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sábado, 27 de novembro de 2010

Lucas e Luan


Os irmãos Lucas e Luan formam uma dupla de cantores de música sertaneja. De origem humilde, Lucas e Luan emplacaram vários sucessos, entre eles "Horizonte azul", sucesso em 96 que virou hit na voz de  Leandro e Leonardo, e "Mexe que é bom", lançado em 98 e que chegou ao topo das paradas quando regravado por Zezé di Camargo e Luciano.

Horizonte Azul - Lucas e Luan

Vou destacar aqui o trecho de algumas músicas, como:

"Palavras ao Vento": "Não há tristeza que nunca se acabe/Só não acaba esse amor no meu peito/Só um amor pra curar outro amor/Mas eu só consigo gostar de você não tem jeito...".

"Não Brinque com Quem Te Ama": Eu ando sonhando tanto/O tempo todo acreditando/Que o sonho pode ser realidade/Mas devo controlar minha ilusão/Sei que está totalmente em suas mãos/A minha felicidade...".

"O que Fazer Com Tanto Amor?": "[...]Mas o tempo passa e eu fico a viver/De lembranças e paixões/Que doem demais em mim/Tudo ao meu redor/me faz lembrar nos dois/O que vou fazer com tanto amor assim?/ Diz pra mim o que fazer/Com esse solidão/Como faço pra esquecer/E arrancar do peito essa paixão/Diz pra mim o que fazer/Com essa solidão/Como faço pra esquecer/Dei bobeira/Paz que eu preciso/Pro meu coração/Coração".

Preciso Muito Mais":" Essa carência, essa solidão/Que não dão trégua pro meu coração/Precisa ter um fim/Quero encontrar uma pessoa que me entenda/Que no amor me surpreenda/Que saiba cuidar de mim..."

VIDA E OBRA
Os irmãos José Lucas de Ângelo, o Lucas e Josué de Ângelo, o Luan, nasceram na fazenda Santa Terezinha, município de Guará, interior de São Paulo e mesmo trabalhando na roça, sempre gostaram de cantar, mas viver de música era impossível, pois eles tinham que ajudar no sustento da família.

Mesmo assim, sempre que podiam participavam e ganharam muitos festivais, alguns bastante importantes como o Festival Mobral que deu um impulso na carreira da dupla. Nessa época chegaram a gravar alguns trabalhos regionais, mas sem empresário e gravadora não dava para disputar mercado em pé de igualdade com outros artistas e por isso não dava para deixar de lado a vida que tinham para se dedicarem exclusivamente à carreira. Mas como a música sempre falou alto no coração dos dois, um dia eles resolveram acreditar no talento que todos diziam que tinham.


Em 79 saíram da fazenda e se mudaram para Guará, onde ficaram por dois anos e deram os primeiros passos na carreira, mas, como precisavam alçar vôos mais altos, em 81 escolheram Sertãozinho, cidade maior e de onde poderiam se deslocar com mais facilidade e trabalhar melhor o nome da dupla.

Mesmo cantando na noite sertanezina e fazendo alguns shows pela região, eles tinham outras profissões de onde tiravam sustento da família. Luan era instrutor de auto-escola e Lucas foi tapeceiro, depois trabalhou em uma loja de discos.

Em 1992 com apoio do publicitário Éder Bitar que os apresentou ao Dú Tintas, empresário na cidade de Ribeirão Preto, a carreira deu uma guinada e puderam viver só da música. Nessa época eles gravaram Eu só penso em você, uma versão de Always on my mind e estouraram em Minas Gerais, Goiás e interior de São Paulo, passando a ser bem tocados em rádios e vendo a agenda de shows crescer a cada dia. Foi a partir dessa época que eles passaram a se considerar profissionais, artistas mesmo.


A dupla vem se destacando tanto como cantores, quanto como compositores, com músicas encomendadas por nomes como Bruno e Marrone, Daniel, Gian & Giovani, Pedro e Tiago, Guilherme e Gustavo e que viraram sucesso, dentre elas estão Rasta-pé eletrônico, Bebedeira, Tá liberado, Sertanejo de coração, Na última hora, Fala, fala.

Os irmãos hoje se consideram realizados com 8 discos e um DVD gravado em Sertãozinho em um show de pura emoção que reuniu quase 40 mil pessoas e teve a participação de Rio Negro e Solimões, Teodoro & Sampaio, Guilherme e Santiago e Joanna.


Mas nem sempre foi assim. Os irmãos por um bom tempo sentiram o preconceito na pele. Tudo por causa do problema de saúde que Luan teve quando criança. Aos 6 anos Luan começou ter um inchaço no lado esquerdo do rosto que não cedia com os medicamentos tradicionais. Leonel Mafud, proprietário da fazendo em que moravam levou o garoto para Ribeirão Preto, onde morava, e na cidade começou uma verdadeira peregrinação por profissionais da odontologia, procurando resolver o problema. Nessa época encontraram um osso trincado no maxilar e partiram para a colocação de um aparelho ortodôntico, que só veio piorar o caso. “Se fosse hoje, com os recursos da medicina, uma pequena raspagem resolveria o problema”, conta Luan.

Depois de muitos exames eles chegaram ao Hospital das Clínicas do Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão e um dos médicos, o Professor Dr. Mascarenhas, impressionado com o que viu e com a gravidade do caso, não deu muitas esperanças à família, mas iniciou os estudos do caso até chegar ao diagnóstico: o garoto sofria de ostiomielite. A partir daí Luan passou por inúmeros tratamentos e até hoje já fez por 11 cirurgias para correção do maxilar e da face. “Na época em que fazia o tratamento, os médicos não acreditavam que o Luan pudesse sobreviver, que dirá cantar. Hoje ele está aí pra provar que a gente não deve nunca perder a esperança”, comenta o irmão.

Pense Em Mim - Lucas e Luan

Em 2008 a canção “Paixão não se Deleta” recolocou a dupla entre os artistas sertanejos mais tocados do Brasil. A gravação ao lado de Jorge & Mateus no início desse ano deu um novo gás aos irmãos paulistas. Lucas & Luan tem qualidade para ser uma das duplas mais importantes do cenário sertanejo atual.

Paixão Não Se Deleta
Composição: Lucas e Luan

Feito uma nave, sem ter onde pousar
Eu vivo no espaço
Ah quem me dera o meu aeroporto
Fosse nos teus braços
Mas pelo jeito você nem quer saber
Se minha vida depende de você
Estou perdido e só você pode ser a salvação
Tão dividido entre a loucura o amor e a razão

(Refrão)
Eu não queria ser a pedra do seu sapato
Mas paixão não se deleta
O que é que eu faço?


LUCAS e LUAN / SOLIDÃO


Lucas e Luan - Horizonte Azul

O novo trabalho traz além de muitas canções inéditas, algumas regravações. A música "Pondera" que começa a ser trabalhada nas rádios de todo o país e que foi composta por Lucas e Luan é contagiante. O novo CD da dupla foi produzido por Marco Abreu e Dudu Borges, dois grandes nomes da produção musical e arranjos de grandes nomes da musica sertaneja no Brasil, vale a pena conferir o lindo repertório, arranjos e nova sonoridade, enfim, a nova produção do mais novo trabalho dessa dupla fantástica e muito talentosa que é Lucas e Luan. Acesse o novo site da dupla para conferir todo o novo trabalho.

PONDERA - Lucas e Luan


Lucas & Luan - Louca


FONTE:



As Rimas mais Manjadas da MPB


Ao ser entrevistado pelo Jô Soares o jornalista Gustavo Bolognani Martins expôs o resultado de sua pesquisa acadêmica sobre: "As Rimas mais Manjadas da MPB", falou também das curiosidades que permeiam sua vida a respeito das rimas, como o seu primeiro livro, lançado ainda quando era criança e motivo pelo qual seu nome está no Guimes, lembrou de sua participação no Programa da Xuxa, e também falou das rimas nas músicas de sua banda Ecos Falsos...

Eu achei interessante o tema que o Gustavo escolheu para a sua pesquisa, principalmente porque pra quem gosta de música é fácil reconhecer quando algumas melodias, letras, rimas, temas são recorrentes, até pelo mesmo artista. E fica sempre aquela curiosidade da origem das letras, quem teve a ideia primeiro... Outro dia eu observei que as canções do Milton Nascimento  sempre trazem uma temática de reflexão, amizade, mistério, feedback, auto-ajuda... e falam do "SOL".

Segundo o Gustavo ele resolveu fazer esta pesquisa para o trabalho de conclusão do seu curso de Jornalismo porque era justamente esta pergunta que ele se fazia: “qual será a rima mais manjada da MPB?”. Então, ele descobriu também que ninguém nunca tinha feito uma pesquisa assim, ele seria o primeiro.

O trabalho levou uns seis meses para ser feito. Gustavo Martins selecionou 500 músicas - de 2001 até 2005 - sendo as 100 músicas de cada ano que mais tocaram nas rádios nacionais.

Gustavo identificou todas as rimas e classificou aquelas que mais se repetiam, como:
  • "assim/mim", "coração/paixão", “dizer/você”, “fim/mim”, “amor/dor”, “caminho/ sozinho”.
A mais nova rima era: “tesão/ decepção”. A rima: "assim/mim" foi encontrada em 58 músicas das 500 selecionadas para o trabalho.

As rimas mais manjadas da MPB (Gustavo Martins - Ecos Falsos, pt1)


A rima mais comum na música brasileira é “assim” e “mim”, seguida de “coração” e “paixão”. Rimar “amor” e “dor” ficou apenas em oitavo lugar. Essa é a conclusão da pesquisa “É o Amor – Lugares-Comuns na Música Popular Brasileira por Suas Rimas”, do jornalista Gustavo, com as 500 canções mais tocadas nas rádios entre 2001 e 2005, que totalizaram 3.073 rimas.

Gustavo destaca que s palavras mais usadas foram:
  • “você”, “coração”, “amor”, “mim”, “assim”, “paixão”, “amar”, “dizer”, “esquecer”, “ver” e “olhar”.

“Boa parte da música que é consumida no Brasil se vale de uma estética muito manjada, que está mais para a repetição em busca da aceitação do que para a criação artística”, garante.

Apenas 24 hits que chegaram ao topo das paradas entre 2001 e 2005 não se valiam de rimas. Três deles gravados pelo grupo Jota Quest – “Do Seu Lado”, “Só Hoje” e “Na Moral”.



De acordo com Martins, as rimas com o verbo no infinitivo são as mais utilizadas e apareceram em 95% das canções. A campeã foi “Maimbê Dandá”, de Carlinhos Brown, gravada por Daniela Mercury e que, de 11 rimas, possui 5 com esse recurso. Os grupos de pagode e samba também adoram esse recurso de linguagem. “Os artistas se fixam nessas alternativas porque sabem que elas têm uma eficiência de memorização maior no público”, diz o pesquisador.


As rimas mais manjadas da MPB (Gustavo Martins - pt2)



***Ecos Falsos, banda do Gustavo lançou CD dia 25/11/10 - no Estúdio Emme, em São Paulo...



ECOS FALSOS




Ecos Falsos nasceu em 2002, quando amigos de faculdade cansaram de tocar covers e se convenceram que podiam fazer música. Queriam um rock sinceramente barulhento, bem-humorado sem ser patético, com letras decentes e refrões inflamáveis. "Ecos falsos", em ufologia, significa o sinal captado por radares onde supostamente há atividade alienígena. E isso é tudo que eles aceitam esclarecer sobre o nome.

Começaram a apresentar-se para platéias universitárias bêbadas e curiosas, e no segundo semestre do ano já tinham uma demo de cinco músicas nas mãos, intitulada apenas "Ecos Falsos". Conseguiram suas primeiras datas em antros independentes de São Paulo, que entre o fim de 2002 e começo de 2003 pareciam perseguidos pela maldição de fecharem logo depois do show da banda.

Temendo quebrar a cena se continuassem se apresentando com freqüência, entraram em estúdio para gravar sua segunda demo, "The Best of Remixes Reunion Live Remasters Acoustic Tribute", com sete músicas. Artesanal da capa à contracapa, a demo valeu-lhes apresentações bizarras em lugares como a casa de forró KVA e uma convenção de biólogos em Seropédica, no RJ.

Quase uma centena de shows depois, os Ecos Falsos já podem se vangloriar do barulho que suas três guitarras fizeram na cena independente. Lançaram "A Última Palavra em Fashion" no começo de 2005, que entre diversos elogios foi finalista do Prêmio London Burning 2005 como Melhor EP Independente. Já foram destaque na Tramavirtual, Rede Globo e diversos jornais do país. Foram escolhidos como Banda Antes MTV do mês de abril, e sua turnê pelo Nordeste com outras cinco bandas independentes será filmada para o MTV Banda Antes Na Estrada, projeto pioneiro de festival itinerante a ser exibido em seis programas na TV.

Participaram de festivais como Sinfonia de Cães (SP), Oitavo Ato (Cuiabá/MT), Goiânia Noise (GO),Senhor F Festival (DF), Jambolada (MG) e Calango (MT), além de shows no Paraná e Santa Catarina. Já dividiram o palco com Detetives, Ludovic, Réu & Condenado, SomoS, Wasted Nation, Los Pirata, Velhas Virgens, Nervoso, Ambervisions, Zefirina Bomba, Deize Confusa, Daniel Belleza, Forgotten Boys, Stuart, Relespública, Rock Rocket e outras dezenas de bandas bacanas.

A formação atual dos Ecos Falsos é Gustavo Martins (guitarra e voz), Felipe Daros (guitarra e voz), Daniel Akashi (guitarra e voz) e Davi Rodriguez (bateria), e proclama-se com falsa modéstia a "melhor boyband do mundo".

O primeiro CD da banda conta com a participação da Fernanda Takai, Tom Zé, o guitarrista Sérgio Serra (Ultraje a Rigor), na faixa “Isso Me Cansa”, e o tropicalista Tom Zé, que canta o refrão da música que abre o álbum, “A Revolta da Musa”. Cada um veio de uma forma diferente de contato

"A gente  não tem pudores de explorar o marketing da banda. Rock é comercial mesmo", admite Gustavo Martins, principal letrista do Ecos Falsos. O grupo, formado por quatro paulistanos de vinte e poucos anos, se apresenta como um bem formatado produto da geração internet: os próprios integrantes gerenciam o site, a página no MySpace, o mailing e a criação de merchandising. "Nunca escondemos o sonho de nos tornarmos mainstream", assume o guitarrista Daniel Akashi. "Amamos tocar no circuito independente, porque é lá que se tem contato com os fãs, mas estamos sempre atrás da fama."

Recém-lançado, Descartável Longa Vida (Monstro Discos) consolida três anos de intensa atividade underground e marketing virtual. "Por mais que sejamos uma banda que coloca as coisas na internet, a gente sentia que precisava lançar um disco", diz Gustavo. "É uma divulgação de luxo. Quando o público e a imprensa vêem o CD, é outra abordagem", explica o baterista Davi Rodriguez.

O resultado chama a atenção tanto pelo cuidado estético e sonoro quanto pelas participações especiais, de Fernanda Takai (no dueto "Dois a Zero") a Tom Zé (no refrão de "A Revolta da Musa"). "Desde que o Tom Zé elogiou nossas músicas em 2004, a gente já pensava em chamá-lo pra fazer alguma coisa", lembra Gustavo. "Fui na casa dele, escrevi o refrão num papel e fizemos uns takes."

Como uma cooperativa, o Ecos Falsos distribui obrigações burocráticas entre seus membros: Gustavo marca shows, Daniel administra o site, Davi faz clipes e Felipe Daros cuida do fotolog e marca ensaios. Na música, as funções também são compartilhadas. Após a saída do último baixista, a banda abriu mão das três guitarras simultâneas e passou a dividir o baixo e as vozes entre seus integrantes. Durante shows, a troca de posições no palco é constante.

"Percebemos que cada um tinha um timbre diferente. Tentamos dividir os vocais e funcionou mais do que bem", explica o guitarrista Felipe, que canta em "A Revolta da Musa". "É uma coisa dos Titãs que gosto, de ser uma banda com várias possibilidades", completa Gustavo, que carrega o histórico de ter sido um dos mais jovens autores brasileiros a publicar livro (lançou seis desde os 9 anos). E apesar de ser o mais falante, rechaça a condição de líder. "A gente evita esse lance. Digamos que sou o gerente, mas todos são sócios igualitários."

Daniel concorda: "O fato de o Gustavo ser o mais desinibido leva à impressão de líder e gera amores e ódios. Acho que chamar a atenção das pessoas pro bem ou pro mal é ótimo. Ter essa postura é fundamental pra fazer algo acontecer".

Apesar de se auto-declarar bem-humorado - seja nas letras e interpretações cheias de ironia, seja na postura de palco despojada e milimetricamente planejada -, o Ecos é cuidadoso ao citar influências. "A gente se identifica mais com Ultraje, Língua de Trapo, Premeditando o Breque do que com Mamonas, Raimundos", diz Gustavo. "As pessoas acham que o artista deve ter uma postura séria o tempo todo, mas a gente não saberia ser de outro jeito."

Carregando referências variadas que vão do rock oitentista ao típico barulho indie, a própria banda tem dificuldades em definir seu som. "Rock sofrido, não no sentido do sofrimento, mas na dificuldade de se encaixar em um gênero", brinca Felipe. "Tem muita gente que acha barulhento, e muita gente que curte barulho e nos acha pop demais", explica Daniel. "A gente é indie na postura, mas não no sentido estético", resume Davi.

Curiosidades

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A participação da cantora Fernanda Takai na gravação do clipe de “Dois a Zero”, aconteceu assim... a cantora gravou sua participação em seu estúdio caseiro e enviou o arquivo para o Ecos Falsos. “Quando escrevi a música, já estava pensando em um dueto. Mas a gente conhece poucas cantoras. Aí pensamos na Fernanda e mandamos um e-mail convidando, bem desencanados. E ela respondeu... Foi uma realização musical!”, conta Gustavo.

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A participação de Tom Zé no primeiro CD do Ecos Falsos é a com raízes mais antigas e talvez a que dê mais orgulho aos músicos, principalmente pela forma como nasceu. Em 2004, um então estudante de Jornalismo Gustavo Martins foi entrevistar o cantor para o jornal da faculdade e entregou a ele uma demo do Ecos, meio que sem esperança. Alguns dias depois Tom Zé ligava para ele, dizendo que havia adorado as composições. “Eu achei que ele tava de sacanagem – mas não tava. Aí eu fui algumas vezes na casa dele, e a gente mantinha contato. Ele vivia convidando a gente pra tocar em algum disco dele, mas nunca dava certo. E dava vários toques, de como explorar outras freqüências, de não fazer solos desnecessários. Até que um dia conseguimos marcar uma sessão pra ele participar do nosso disco. Era algo antigo, que TINHA de rolar”, enfatiza Gustavo.

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Sérgio Serra chegou até a banda após assistir um show, onde comprou o EP A Última Palavra em Fashion e uma camiseta. Tempos depois, o Ecos Falsos o chamou para tocar em um concerto-tributo ao Ultraje, mas ele quis tocar “Isso Me Cansa”, deles próprios. O resultado ficou tão bom que resolveram aproveitar na gravação do disco. E a participação completa um certo elo que une as duas bandas, donas de um humor e ironia bem particulares e urbanos. “Eu Nunca Ganho”, nona faixa de Descartável Longa Vida, por exemplo, é a versão anos 2000 do clássico Terceiro (hit gravado há 21 anos pela banda de Roger Moreira) por causa da temática que aborda a vida de um fracassado de forma caricata. “A gente toca “Terceiro” nos shows e as músicas têm a ver.Mas não nos inspiramos nela, nem quisemos fazer uma homenagem direta”, comenta Gustavo.

&**
A banda sempre teve um lado cômico aterrorizante, desde suas letras, passando por shows e inclusive fãs (reunidos na comunidade do Orkut).

&**
Os 4 integrantes tem um passado suspeito, enquanto Gustavo era vocalista da finada banda Finnegans, ao mesmo tempo era atendente de uma fracassada Sex Shop de São Paulo. Davi tinha dois empregos: de manhã era cortador de carne bovina de um açougue famoso de Bragança Paulista e motoboy de uma empresa de motoboys de São Paulo durante a madrugada. Daniel era um Webdesigner desempregado e Felipe já era bastante conhecido no cenário underground paulista por ter tocado em várias bandas experimentalismas, até mesmo bandas que misturavam Tango com Pagode.

&**
Durante a sua passagem pelo Banda Antes MTV, houve rumores de que a banda tocou 10 musicas durante as gravações, e que a MTV prometeu dar uma alongada no programa para por 5, mas os produtores do programa seguinte (Tribunal de Pequenas Causas Musicas) não aceitaram.

Spam do Amor (gabarito) - Ecos Falsos


Bolero Matador - Ecos Falsos


FONTE:
RollingStones

SaberSapo

Mondobacana

Pânico

Folha Universal

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Wanderléa


Ela foi a “Ternurinha”, a moça que dançava e cantava seus sucessos no programa Jovem Guarda. Em frente à TV Record, em São Paulo, o público esperava ansiosamente que ela chegasse ou saísse dos estúdios da emissora. Wanderléa é uma das cantoras mais populares do Brasil.

Com seu talento e carisma, a cantora teve uma trajetória surpreendente que marcou época, impôs novos estilos e contribuiu para uma mudança comportamental significativa nas décadas de 60 e 70, sobretudo dos jovens. Junto com Roberto Carlos e Erasmo Carlos protagonizou um dos maiores movimentos musicais de massa do país: a Jovem Guarda.

Seu modo de cantar, dançar e vestir atraiu a atenção de milhares de pessoas que tiveram na cantora um referencial de mulher de atitude, de vanguarda. Milhões de fãs não só cantaram suas músicas como imitaram seus passos e copiaram seus figurinos: mini-saias, botas, calças boca-de-sino ou saint-tropez, pernas e umbigo de fora, cabelos ao vento. Tudo que ela usava no programa da Jovem Guarda, realizado aos domingos, no dia seguinte já era moda no Brasil inteiro. Seus discos estavam nas listas dos mais vendidos e várias músicas de um mesmo disco entravam nas paradas de sucesso.

Foi Assim
Wanderlea
Composição: Renato Correa e Ronaldo Correa

Foi assim
Que eu vi você
Passar por mim
E quando pra você eu olhei
Logo me apaixonei

Foi assim
O que eu senti
Não sei dizer
Só sei que pude então compreender
Que sem você meu bem
Não posso mais viver

Mas foi tudo um sonho
Foi tudo ilusão
Porque não é meu
O seu coração
Alguém roubou de mim
O seu amor
Me deixando nessa solidão

Foi assim
E agora o que é que eu vou fazer
Pra que você consiga entender
Que sem você meu bem
Não posso mais viver

Foi assim
O que eu senti
Não sei dizer
Só sei que pude então compreender
Que sem você meu bem
Não posso mais viver

Mas foi tudo um sonho
Foi tudo ilusão
Porque não é meu
O seu coração
Alguém roubou de mim
O seu amor
Me deixando nessa solidão

Foi assim
E agora o que é que eu vou fazer
Pra que você consiga entender
Que sem você meu bem
Não posso mais viver (x3)

VIDA E OBRA
Wanderléa Charlup Boere Salim (Governador Valadares, 5 de junho de 1946) é uma cantora brasileira. Tornou-se famosa durante a Jovem Guarda. Fez um grande sucesso na época juntamente com seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Trabalhou como atriz principal na película brasileira "Juventude e Ternura" (1968), direção de Aurélio Teixeira, bem como contracenou com Roberto Carlos e Erasmo Carlos em "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" (1968) de Roberto Farias entre outros filmes.

Com os amigos e outros atores e diretores, como Anselmo Duarte, a cantora mostrou outras habilidades atuando como atriz em filmes de longa metragem, gravados no Brasil e no exterior. Reafirmou seu lado apresentadora, comandando com Erasmo Carlos o programa “A Ternurinha e o Tremendão”, um dos maiores sucessos nos tempos áureos da TV Record.

Nascida em Governador Valadares, Wanderléa se mudou aos 9 anos de idade para o Rio de janeiro com a família, para se tornar a mais importante cantora da Jovem Guarda. Já aos 10 anos ganhava concursos em rádios e lançou em 1962 o primeiro compacto.


Em 1963 sai o primeiro LP, "Wanderléa", pela CBS. Na gravadora conhece Roberto(com quem teve um rápido namoro) e Erasmo Carlos, e passa a apresentar em agosto de 1965 o programa Jovem Guarda pela TV Record de São Paulo. Transmitido nas tarde de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram as primeiras estrelas do rock brasileiro.


Participou de filmes ao lado de Roberto Carlos e, depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Atualmente se apresenta cantando seus maiores sucessos, como "Pare o Casamento" (versão de Luís Keller), "Ternura" (Rossini Pinto) e "Prova de Fogo" (Erasmo Carlos).


Após a Jovem Guarda, Wanderléa conquistou livre trânsito em todas as vertentes da música popular. Gravou compositores como Caetano Veloso, Djavan, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Jorge Mautner, Luis Melodia, Raul Seixas e Zé Ramalho. Ousada, em 1967 já gravava versões de Tina Turner e outros artistas internacionais.


A cantora prosseguiu sua carreira gravando vários outros discos com repertório incluído em novelas da Globo – a música “Menino Bonito”, de Rita Lee, tema de Um Sonho a Mais, é uma delas. “Foi Assim”, de Renato e Roberto Correa, foi inserida na novela Rainha da Sucata, voltando a ocupar o primeiro lugar nas paradas, após quase duas décadas – na primeira oportunidade a música, lançada em 1968, como trilha do filme “Juventude e Ternura”.

Ganhou vários prêmios, entre eles cinco troféus “Roquette Pinto”, tido como o mais importante da época. Os shows “Wanderléa Maravilhosa”, dirigido por Guilherme Araújo, em 1972, e “Feito Gente”,com direção de Arthur Laranjeira e direção musical de Rosinha de Valença, em 1975, foram consagrados pela crítica e público como os melhores do ano. Sua desenvoltura no palco e os cenários e figurinos criados para os espetáculos deram um dinamismo e serviram de referencial para outros da época.


"Vamos que eu já vou", disco produzido por Egberto Gismonti em 1978 e lançado pela Odeon, mostra a diversidade musical da artista num trabalho que reuniu importantes instrumentistas brasileiros, como o próprio Egberto Gismonti, Robertinho Silva, Luis Chaves, entre outros...

Em 1984 o filho de Wanderléa Leonardo morre afogado aos 2 anos de idade o garoto estava andando de triciclo e acidentalmente caiu na piscina o garoto chegou a ser socorrido mas não resistiu.


"Te Amo", fez parte da trilha sonora nacional da novela Caras & Bocas, da Rede Globo, como tema do casal protagonista, Dafne (interpretada por Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador). Vale lembrar que a mesma música já havia entrado para a trilha de uma novela dos anos 90, Pedra Sobre Pedra. Graças a essa romântica canção, Wanderléa voltou a ter destaque na mídia.


Wanderléa continua produzindo e conduzindo sua carreira, viajando e fazendo seus shows com muito sucesso pelo Brasil e exterior. Recentemente, participou do show “Elas Cantam Chico” interpretando pela primeira vez duas composições do compositor: “Querubim” e ‘Me Perdoa”.


Em 2003, lançou seu CD “O Amor Sobreviverá”, projeto institucional que fez em parceira com a instituição “O Pequeno Cotolengo” para ajudar crianças e adultos daquela entidade com necessidades especiais.

"O amor sobreviverá", produzisdo por ela e o marido, o guitarrista Lalo Califórnia, foi lançado pela BMG e reuniu músicas de seu último show como "Menino bonito", de Rita Lee, "Mané João", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, "Negro gato", de Getúlio Cortes, "Nação vou ficar", de Tim Maia e "Back in Bahia", de Gilberto Gil.


Em 2005, participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda, como o projeto realizado pelo Sesc que apresentou, em diversas unidades da entidade, shows trazendo Wanderléa com os Golden Boys, os Fevers e outros expoentes da Jovem Guarda e o projeto "Festa de arromba- 40 anos da Jovem Guarda", apresentado durante todo o mês de agosto, no Teatro II do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil),no Rio de Janeiro, passando também por Brasília e São Paulo, no qual fez dupla com Erasmo Carlos, em temporada de 3 dias, alternada com outros expoentes da Jovem Guarda, que também se apresentaram em duplas, como Jerry Adriani e Waldirene, Golden Boys e Vanusa, Wanderley Cardoso e Martinha.

Nesse ano, Wanderléa participou, em São Paulo, das gravações de CD e DVD ao vivo, ao lado de Erasmo Carlos, The Fevers, Golden Boys e outros expoentes da Jovem Guarda. Com agenda lotada, a cantora participou de gravações, shows e programas comemorativos por todo o Brasil.

Em 2006, integrou a caixa "Jovem Guarda", lançada pela EMI, que registrou diversos expoentes que atuaram naquele movimento. No mesmo ano, apresentou, juntamente com Erasmos Carlos e o conjunto The Fevers, o show, rememorando o movimento, no Canecão(Rio de Janeiro).


"Nova Estação" é o nome da música que dá título ao CD, lançado em dezembro de 2008 pela cantora Wanderléa e vencedor do prêmio de disco popular do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). A canção, de Luiz Guedes e Thomas Roth, foi originalmente gravada por Elis Regina em 1980, num dos últimos discos da cantora.

O elogiado CD de Wanderléa mostra que a musa da Jovem Guarda está em boa forma, sintonizada com repertório de abrangente leque estético que engloba samba, choro, reggae, bossa nova, entre outros estilos.01. Nova Estação; 02. Eu e a Brisa/O Que É Amar; 03. Samba da Preguiça; 04. Salve Linda Canção Sem Esperança/Chiclete Com Banana /Adeus América/Eu Quero Um Samba; 05. Mil Perdões; 06. Dia Branco; 07. My Funny Valentine; 08. Choro Chorão - Citação de "Delicado"; 09. A Banca do Distinto; 10. Se Tudo Pode Acontecer; 11. Todos Estão Surdos; 12. Mais que a Paixão.

Wanderléa - no Sr. Brasil - TV Cultura
Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho)
Adeus América (Geraldo Jacques & Haroldo Barbosa)
Eu quero um samba (Geraldo Jacques & Haroldo Barbosa)

Curiosidade: no samba-rock "Todos estão surdos" (de Roberto e Erasmo) há a participação de Dudu Braga, filho de Roberto Carlos.


Em 2009, teve um grande sucesso seu, "Te Amo", de Roberto Correa e Sylvio Son, incluído na trilha sonora da novela "Caras e bocas", da Rede Globo de Televisão. A música foi o tema do casal protagonista da trama, interpretado pela atriz Flávia Alessandra e o ator Malvino Salvador. A mesma canção já havia sido incluída, nos anos 1990, na trilha de outra novela da Rede Globo; "Pedra sobre pedra".


No ano seguinte, fez participação especial no disco "SP 55", do ex-intergrante da banda Titãs, Sérgio Britto. Com esse cantor, fez dueto na faixa "Essa gente solitária".

A cantora Wanderléa, que lançou em 2008 o elogiado CD Nova Estação, fez três shows em junho/2009, no Teatro Fecap, em São Paulo; e gravou o primeiro DVD da artista, lançado pela Lua Music (por onde saiu o CD Nova Estação). Wanderléa esteve acompanhada por Lalo Califórnia (direção musical, arranjos, violão e guitarra), Hanilton Messias (piano), Marcos Rogério (teclados), Khristiano Oliveira (baixo) e Luis Antunes (bateria) e Jadde Flores (percussão).

No repertório, canções como Nova Estação (Luiz Guedes/ Thomas Roth), Dia Branco (Geraldo Azevedo), Samba da Preguiça (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), Salve Linda Canção Sem Esperança (Luiz Melodia), Mil Perdões (Chico Buarque), A Banca do Distinto (Billy Blanco), Eu e a Brisa/ O Que é Amar (Johnny Alf), Se Tudo Pode Acontecer (Arnaldo Antunes), Todos Estão Surdos (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos), Ternura (Levitt/Karen, versão de Rossini Pinto) e Kriola (Hélio Matheus).

A artista recebeu como convidados especiais na gravação do DVD Johnny Alf, Arnaldo Antunes e o grupo Ó do Borogodó. O show Nova Estação é uma produção da Lua Shows, com direção e roteiro de Wanderléa e Thiago Marques Luiz.

FONTE:




Paulo Ricardo


Tenho uma admiração sem tamanho por pessoas que colocam amor no que fazem. E o Paulo Ricardo tem carinho pelo que faz... As letras de suas canções além de românticas são questionadoras. Quem não quer viver um amor de verdade??!! 

Amor de Verdade
Composição: Marinho Marcos / Paulo Ricardo

Cada verso dessa canção
é uma declaração de amor
que eu faço a você
Cada rima cada expressão
é a confirmação de tudo
que eu quis te dizer

E a cada vez que você me ouvir,
você vai sentir toda intensidade
E finalmente vai poder dizer,
que você soube viver,
um amor de verdade
Um amor, assim ninguém vai te dar

Ninguém vai poder separar
Ninguém vai jamais superar, enfim,
todo esse amor que eu trago em mim
Um amor assim tão grande jamais
Pensei que existisse em mim

Só você meu bem,
só você foi capaz de chegar
e modificar tudo assim
Cada vez que eu penso em você,
eu sei bem porque se no coração disparar
Cada vento cada oração, é pura paixão,
é tudo que eu quero te dar

E a cada dia eu vou te mostrar,
eu vou te provar que é verdade o que eu digo
Não, não tem perigo pode vir,
comigo pode se sentir segura porque eu te amo
Um amor, assim ninguém vai te dar

Ninguém vai poder separar
Ninguém vai jamais superar, enfim,
todo esse amor que eu trago em mim
Um amor assim tão grande jamais
Pensei que existisse em mim

Na música "TUDO POR NADA", Paulo Ricardo expõe a situação entre a razão e a emoção que vive o APAIXONADO que acredita em meias-verdades: o outro nunca vai tomar conhecimentos de seus planos; o outro não pode realizar os seus sonhos... 

Tudo Por Nada
Paulo Ricardo
Composição: S.Climie / D.Morgan 

Se eu soubesse que ia ser assim Tudo por nada.
E confesso que eu acreditei em meias-verdades
Você nunca me disse: Te amo
Mas também não disse que não

Enquanto eu fazia tantos planos
Que você nunca vai saber
Nunca vai saber

Quando você ama alguém que não te quer
Quando há um outro homem, outra mulher
Mesmo assim ainda te amo
Mesmo sabendo que eu

Posso, de repente Ser o outro
Não posso te esquecer

Se eu soubesse que ia ser assim
Desde o começo
Não teria te ligado não
Mas bem que eu mereço
Alguém tão diferente, brilhava
E parecia querer
Aquilo que eu sempre sonhava
E que você não soube ser
Você não pôde ser

Quando você ama alguém que não te quer
Quando há um outro homem, outra mulher
Mesmo assim, ainda Te amo

Mesmo sabendo que eu Posso,
de repente Ser o outro
Eu não consigo te esquecer
Não posso te esquecer

Se eu soubesse que ia ser assim
Tudo por nada.
E confesso que eu acreditei
em meias-verdades
Você nunca me disse: Te amo
Mas também não disse que não
Enquanto eu fazia tantos planos
Que você nunca vai saber
Nunca vai saber

Quando você ama alguém que não te quer
Quando há um outro homem, outra mulher
Quando você ama alguém que não te quer
Quando há um outro homem, outra mulher...

Paulo Ricardo Oliveira Nery de Medeiros, (ou apenas Paulo Ricardo), nasceu no Rio de Janeiro em 23 de setembro de 1963, é um cantor, baixista, compositor, intérprete, guitarrista, jornalista, ator... Paulo Ricardo vendeu mais de 5 milhões de discos, indicado ao Grammy.

Este artista multimídia nasceu no Rio de Janeiro no dia 23 de setembro de 1962, no bairro da Urca, cresceu ouvindo Bossa Nova e Jovem Guarda. Desde a infância interessou-se por música, estudando um pouco de teclado na adolescência.

A relação com a música começou cedo. Na infância ouvia de Toquinho, Vinícius, Nat King Cole. Ainda no Jardim de Infância participou de um programa na TV Globo, apresentado por Augusto Cesar Vanucci, cantando por três sábados seguidos. Seu ídolo desde pequeno era o Rei Roberto Carlos.

Em 1967 ao assistir o filme Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, levado por seu pai, decidiu que a música seria o seu futuro. Depois de morar com a família em Florianópolis e Brasília, Paulo Ricardo, chegou a São Paulo onde tem início seu aprendizado musical ouvindo muito rock como Led Zeppelin, Emerson Lake&Palmer e muito, muito Beatles.

Em 1978 foi para Brasília participar de um curso de verão e monta, com o amigo Ismael, sua real primeira banda, Prisma.

De volta a São Paulo, foi ao ensaio de uma banda cover do Deep Purple, e conhece o tecladista Luiz Schiavon. Dessa amizade nasceu o Aura, banda de rock progressivo.


No final de 1979, entrou na USP para cursar a Faculdade de Jornalismo e começou a escrever sobre música para as revistas Som Três, Pipoca Moderna e o jornal Canja.


Após 2 anos resolveu ir para Londres onde teve contato com toda a cena musical européia do pop-rock, o pós-punk e a new wave. Da capital inglesa enviava a coluna "Via aérea" com as novidades musicais européias. Depois desta temporada voltou para o Brasil decidido a montar uma banda tecnopop e fazer sucesso. Procurou o tecladista Luiz Schiavon, com quem manteve correspondência no período que esteve em Londres, e mostrou as letras que havia composto nesse período.


Após vários ensaios com Schiavon, a fita demo resultante deste trabalho foi apresentada a Marcos Maynard da gravadora CBS, porém, foi considerada embrionária. Mas a dupla não desistiu, continuou trabalhando no material inicial com muitos ensaios, ajustes e novas idéias.

Com a entrada do guitarrista Fernando Deluqui e do baterista Moreno Junior, substituído em seguida por Paulo P. A. Pagni, o RPM começou a se apresentar em várias casas noturnas paulistanas e chamou atenção das gravadoras. Depois de várias negociações, a banda fechou um contrato inédito para cinco álbuns com a CBS.

O disco Revoluções por Minuto, foi gravado nos estúdios Transamérica em São Paulo, entre 1984 e 1985, com produção de Luiz Carlos Maluly. O disco vendeu mais de 500 mil cópias, mais de 200 shows pelo Brasil e rendeu o álbum ao vivo Rádio Pirata que atingiu a impressionante marca de mais de 2.500.000 milhões de cópias.


Em 1989 o RPM tem seu fim, após a gravação e turnê do terceiro álbum Quatro Coiotes. 


Com o fim do RPM, Paulo Ricardo decide seguir em carreira solo.

O primeiro trabalho foi lançado em 1989, intitulado "Paulo Ricardo" tinha a participação de Fernando Deluqui e trazia os hits "A um passo da Eternidade" e "A fina poeira do ar" com participação de Rita Lee. Paulo Ricardo mantinha a pegada rock’n’roll dos anos anteriores.



Em 1991 é lançado seu segundo álbum, "PsicoTrópico", onde o rock continuava pulsando. Destaque para a parceria com Liminha e a participação e Sandra de Sá na música "Sexy e quente".


Em 1993, o trabalho seguinte teve o nome do RPM – "Paulo Ricardo&RPM". Fernando Deluqui participou do álbum e na composição das músicas. Destaque também para "Ninfa", música em parceria com Paulo P.A. Pagni.

Em 1996, lançou o trabalho "Rock Popular Brasileiro", onde o cantor faz uma releitura de vários clássicos do rock e do pop nacional. A participação de Renato Russo em "A cruz e a espada" se tornou um hit, 10 anos após seu lançamento com o RPM.

A Cruz e a Espada - Paulo Ricardo e Renato Russo 



Tem início um flerte do cantor com a música pop brasileira, com a gravação de "Baby" de Caetano Veloso e "Lumiar" de Beto Guedes.



Á partir daí a carreira de Paulo Ricardo começou à trilhar o caminho do pop-romântico, mostrando a influência que Roberto Carlos sempre teve em sua carreira. "O Amor me Escolheu" de 1997, trouxe esta tendência e mostrou Paulo Ricardo na capa, flechado, fazendo uma alusão à São Sebastião.


Neste trabalho gravou sucessos de Djavan, Jorge Ben Jor, Fagner e apresentou o hit "Dois" em parceria com Michael Sullivan, incluída na trilha sonora da novela "Corpo Dourado" da Rede Globo, em 1998. "Dois" foi a música mais tocada no Brasil naquele ano.


A canção "Tudo por nada" - sua versão em português para "My heart can´t tell you no", gravada por Rod Stewart em 1988 - foi o tema de abertura da novela "Pérola Negra" do SBT em 1998.



Além disso, regravou a música "E não vou mais deixar você tão só" de Antônio Marcos que Roberto Carlos já havia gravado em "O Inimitável" de 1968.


Com "Amor de verdade" de 1999, Paulo Ricardo, mostrou todo seu lado romântico e fez uma homenagem à Roberto Carlos. O trabalho é permeado por regravações do Rei e com as novas "Amor de verdade", "Mais e mais" e "Como se fosse a primeira vez".




Estas duas em parceria com Michael Sullivan ressaltando a letra de "Como se fosse a primeira vez" onde os compositores utilizaram títulos de músicas de Roberto Carlos para compor a canção.

Já a música "Sonho Lindo" foi abertura da novela "A Usurpadora" do SBT em 1999. A parceria com Michael Sullivan continuou rendendo frutos em 2000.


O álbum "Paulo Ricardo", marcado pelo conteúdo romântico, foi lançado pela Universal no final do ano e trouxe 13 canções, das quais 11 foram compostas pela dupla.

Em 2001, Paulo Ricardo regravou "Imagine", música de John Lennon, que foi tema da novela "Estrela-Guia" da Rede Globo.


Para a gravação da canção, foi necessária a permissão da viúva Yoko Ono, que autorizou, pessoalmente à Paulo Ricardo, não só a regravação, como também a versão em português, escrita pelo próprio cantor.

Ainda em 2001, Paulo Ricardo voltou a trabalhar com os parceiros do RPM e lançou o single "Vida Real", que foi tema de abertura do programa Big Brother Brasil da Rede Globo, fenômeno de audiência em todo o mundo. A música foi escolhida como a melhor versão do reality show pela própria Endemol, detendora internacional dos direitos do programa.


No final do mesmo ano teve início o trabalho com a MTV para lançamento de um especial do RPM com CD e DVD.

O álbum "MTV RPM 2002", foi gravado ao vivo no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, nos dias 26 e 27 de março 2002. O trabalho vendeu mais de 300 mil cópias do CD e 50 mil cópias do DVD.


O ano de 2002 foi repleto de realizações. A Dreamworks convidou Paulo Ricardo para fazer a trilha sonora da versão brasileira do filme Spirit - O Corcél Indomável, que teve a versão original em inglês gravada pelo cantor por Bryan Adams. Com este trabalho, recebeu prêmio da DreamWorks de melhor performance vocal internacional na tradução de Spirit.



Em novembro, Paulo Ricardo iniciou sua participação, como ator, na novela "Esperança" da Rede Globo, no papel de Samuel, par romântico de Camille, interpretada por Ana Paula Arósio. Além disso, compôs e interpretou com o RPM a música "Onde está meu amor?", música tema da personagem de Nina, interpretada por Maria Fernanda Cândido.


Após esta experiência, Paulo Ricardo retomou o trabalho como cantor e iniciou um novo projeto: o grupo PR.5. A banda era formada formado pelo próprio Paulo Ricardo, Paulo P.A. Pagni, Jax Molina, Juninho, Paulinho Pessoa e Yann Lao.

Em 2004 foi lançado o trabalho "Zum Zum". Em 2005, com a banda PR.5, lançou o CD e DVD Acoustic Live, onde interpretou sucessos internacionais de bandas e cantores que tiveram influências em sua formação musical. Beautiful Girl, música da banda australiana INXX e regravada por Paulo Ricardo nesse cd, foi destaque na novela global Paginas da Vida.


Em novembro de 2006, Paulo Ricardo lançou o CD "Prisma", nome de sua primeira banda. O novo trabalho apresentou canções inéditas de sua autoria, a regravação de Ninfa, parceria com P.A. e o hit "A Chegada". O CD também marcou a volta da parceria com Luiz Schiavon na canção "O dia D, a Hora H".


O trabalho é indicado em 2007 ao Prêmio Grammy Latino, na categoria melhor álbum pop contemporâneo.

Em dezembro de 2007 é lançado o livro "Revelações Por Minuto", contando a história do RPM. O tão esperado BOX comemorativo dos 25 anos do RPM.

Em julho de 2008, contendo os três CDs da banda, um CD de raridades e o DVD do show "Rádio Pirata" de 1986 no Anhembi em São Paulo.


Em setembro de 2008 saiu o primeiro single virtual através do site www.pauloricardo.com, que teve na sua primeira semana de lançamento a música inédita "Linda Demais" como as mais baixadas na UOL.


Paulo Ricardo e PR5 continuam sua tourne pelo Brasil enquanto Paulo Ricardo prepara um cd em homenagem a Vinicius de Moraes junto com Toquinho.



CURIOSIDADE:

O cantor Paulo Ricardo, que integrou o grupo RPM, falou no programa Refrão da censura feita ao primeiro disco de vinil da banda durante a ditadura militar. Ele conta que sofreu um processo por ter citado nomes de políticos supostamente envolvidos em casos de corrupção...


FONTE