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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Raulzito e os Panteras


Raulzito e os Panteras foi o primeiro e único álbum lançado pela banda brasileira Raulzito e os Panteras, que continha entre seus membros o futuro cantor e compositor Raul Seixas. Os outros integrantes foram Eládio Gilbraz, Mariano Lanat e Carleba.


As gravações ocorreram no final do ano de 1967 e seu lançamento, no início de 1968, pela gravadora EMI-Odeon. Raul Seixas, ainda conhecido apenas por "Raulzito", assina oito das 12 canções do disco. As vendas do disco foram consideradas baixas, o que resultou no fim do grupo. 
A capa do álbum faz uma alusão ao disco With the Beatles dos Beatles.


Antes de chegarem a um estúdio no Rio de Janeiro para gravarem seu primeiro disco, Raulzito e os Panteras (na época, The Panters) acompanhavam quase todos os artistas da Jovem Guarda como Roberto Carlos e Jerry Adriani. E foi justamente Jerry Adriani quem os convidou a tentarem a sorte no Rio. Então gravaram o LP: Raulzito e os Panteras, primeiro disco de Raul Seixas, e o único gravado com Os Panteras.


Era um disco um tanto romântico, sua capa e suas músicas visivelmente influenciada pelos Beatles, com dedilhados românticos, tons de psicodelismo e uma ousada versão de "Lucy in the Sky with Diamonds" ("Você Ainda Pode Sonhar"). As faixas "Me Deixa Em Paz", "Trem 103" e "Dorminhoco", no entanto, se aproximam mais do estilo que caracterizou os lançamentos posteriores de Raul.

Dorminhoco
Faixas

1. "Brincadeira" Mariano 2:40
2. "Por quê? Pra quê?" Eládio 1:51
3. "Um Minuto mais (I Will)" Dick Glasser - Versão: Raulzito 1:44
4. "Vera Verinha" Raulzito/Eládio 1:58
5. "Você ainda Pode Sonhar (Lucy in the Sky with Diamonds)" Lennon/McCartney - Versão: Raulzito 2:18


6. "Menina de Amaralina" Raulzito 1:54
7. "Triste Mundo" Mariano 2:13
8. "Dê-me tua Mão" Raulzito 2:36
9. "Alice Maria" Mariano/Raulzito/Eládio 2:08
10. "Me Deixa em Paz" Mariano/Raulzito/Carleba 1:46
11. "Trem 103" Raulzito 1:55
12. "O Dorminhoco" Carleba/Eládio/Raulzito/Mariano 1:33

Trem 103

Músicos
Raulzito – vocais, guitarra
Eládio Gilbraz – guitarra
Mariano Lanat – baixo
Carleba – bateria
Me Deixa Em Paz

FONTE

https://pt.wikipedia.org/wiki/Raulzito_e_os_Panteras

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Paulinho Nogueira


Paulo Artur Mendes Pupo Nogueira, conhecido por Paulinho Nogueira (Campinas, 8 de outubro de 1929 — São Paulo, 2 de agosto de 2003) foi músico compositor, cantor, violonista e professor brasileiro. Autor de um dos mais procurados métodos de violão existentes no Brasil, aprendeu a tocar com o pai, aos 10 anos. 
 
 
Filho de um violinista, começou a tocar violão em Campinas aos 10 anos, com um dos irmãos. Na mesma época integrou o Grupo Cacique, conjunto vocal dirigido por seu irmão Celso Mendes. Influenciado por Garoto, que ouvia nos programas de rádio, passou a se interessar mais pelo instrumento.
 
 
 
Mudou-se para São Paulo SP em 1952, estreando na boate ltapoã e tocando nas rádios Bandeirantes e Gazeta. Aos 19 anos foi para São Paulo trabalhar como desenhista, mas, sem emprego, passou a tocar violão em casas noturnas, atividade que se estendeu por oito anos.
 
 
 
Em 1960 gravou o primeiro disco, "A Voz do Violão", instrumental, seu primeiro LP, na Columbia, a convite de Roberto Corte Real; e mais tarde revelou-se como cantor também. Com o estouro da bossa nova na década de 60, intensificou sua atividade de professor de violão, tornando-se um dos mais procurados, desenvolvendo um método próprio de ensino.
 
A primeira composição sua a aparecer em disco foi Menino, desce daí, em 1962, pela RGE, interpretada por ele mesmo. Na época da bossa nova, destacou-se como solista e acompanhante em shows e programas de televisão.
 
Começou a dar aulas de violão em 1964, ano em que também recebeu como melhor solista o troféu Pinheiro de Ouro, do governo do Paraná, o mesmo ocorrendo em 1965. Nesse ano foi contratado pela TV Record para atuar em O Fino da Bossa, programa de maior sucesso na época, ao lado de Baden Powell e Rosinha de Valença. Alguns de seus sucessos foram "Menina", "Bachianinha" e "Menino Desce Daí".
 
 
 
Recebeu em 1966 o prêmio Guarani, conferido por jornalistas e críticos de radio e televisão.
 
Em 1969 inventou a craviola, instrumento de 12 cordas que produz um som misto de cravo e viola, e recebeu o prêmio de melhor músico do ano, conferido pelo jornal O Estado de São Paulo. Uma de suas composições, Menina, gravada por ele na RGE, foi grande sucesso em 1970. Dois anos depois transferiu-se para a etiqueta Continental, onde gravou quatro LPs ate 1975.
 
 
 
Em 1986 gravou o LP solo Tons e semitons, com novas composições suas para violão, lançado juntamente com um álbum contendo as partituras das musicas incluídas no disco.
 
Desde 1990 tem lançado vários videocassetes didáticos para solos de violão. Lançou pela Movieplay dois CDs o instrumental Late Night’ Guitar (1992), com musicas brasileiras e internacionais, e Coração violão (1995), no qual intercala solos de violão com musicas inéditas cantadas e regravações de suas composições mais conhecidas.
 
 
 
Exímio violonista, foi também um grande compositor, tanto de músicas instrumentais (famosas inclusive fora do Brasil, como as suas Bachianinhas), quanto de músicas com letra.
 
Teve músicas gravadas por grandes nomes como: Jane Duboc, Jair Rodrigues, Yamandú Costa, Badi Assad, entre muitos outros.
 
Faleceu em São Paulo em 2 de agosto de 2003.


Discografia

  • "A voz do violão" (1959) Columbia LP
  • "Brasil, violão e sambalanço" (1960) RGE LP
  • "Menino desce daí/Tema do boneco de palha" (1961) RGE 78
  • "Sambas de ontem e de hoje" (1961) RGE LP
  • "Outros sambas de ontem e de hoje" (1962) RGE LP
  • "Mais sambas de ontem e de hoje" (1963) RGE LP
  • "A nova bossa e o violão" (1964) RGE LP
  • "O fino do violão" (1965) RGE LP
  • "Sambas e marchas da nova geração" (1966) RGE LP
  • "Paulinho Nogueira" (1967) RGE LP
  • "Um festival de violão" (1968) RGE LP
  • "Paulinho Nogueira canta suas composições" (1970) RGE LP
  • "Dez bilhões de neurônios" (1972) Continental LP
  • "Paulinho Nogueira, violão e samba" (1973) Continental 10.108
  • "Simplesmente" (1974) Continental LP
  • "Moda de craviola" (1975) Continental LP
  • "Antologia do violão" (1976) Phonogram LP
  • "Nas asas do moinho" (1979) Alequim LP
  • "O fino do violão volume 2" (1980) Bandeirantes/WEA LP
  • "Tom Jobim – Retrospectiva" (1981) Cristal/WEA LP
  • "Água branca" (1983) Eldorado LP
  • "Tons e semitons" (1986) Independente LP
  • "Late night guitar - The brazilian sound of Paulinho Nogueira" (1992) CD
  • "Coração violão" (1995) Movieplay CD
  • "Brasil musical - Série música viva - Paulinho Nogueira e Alemã" (1996) Tom Brasil CD
  • "Sempre amigos" (1999) Movieplay CD
  • "Chico Buarque - Primeiras composições" (2002) Trama CD



http://www.vagalume.com.br/paulinho-nogueira


FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinho_Nogueira

http://www.mpbnet.com.br/musicos/paulinho.nogueira
 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

MPB4


MPB4 é um grupo vocal e instrumental brasileiro formado em Niterói, Rio de Janeiro, em 1965. A primeira formação contou com Miltinho (Milton Lima dos Santos Filho, Campos dos Goytacazes, 18 de outubro de 1943), Magro (Antônio José Waghabi Filho, Itaocara, RJ, 14 de novembro de 1943, São Paulo (cidade), SP, 8 de agosto de 2012), Aquiles (Aquiles Rique Reis, Niterói, RJ, 22 de maio de 1948) e Ruy Faria (Ruy Alexandre Faria, Cambuci, RJ, 31 de julho de 1937).



Em 2004 Ruy Faria saiu do quarteto. sendo substituído por Dalmo Medeiros (Rio de Janeiro, RJ, 26 de novembro de 1951), ex-integrante do grupo Céu da Boca, convidado para ficar em seu lugar.

Em 2012, o grupo perde Magro Waghabi, vítima de um câncer, aos 68 anos. O cantor, compositor e arranjador Paulo Malaguti Pauleira, ex-integrante do Céu da Boca e integrante do Arranco de Varsóvia, é convidado para substituir Magro. Após alguns shows por São Paulo, Fortaleza e Minas, sendo anunciando ainda como participação especial, nos dias 25 e 26 de janeiro de 2013, Paulo Malaguti Pauleira foi apresentado oficialmente como novo integrante do MPB4, em dois emocionantes shows no Rival Petrobras.



Seus principais gêneros musicais são o samba e o MPB. Com um repertório marcado por composições de personalidades da música popular brasileira, como por exemplo Noel Rosa, Milton Nascimento, Chico Buarque, João Bosco, Paulo César Pinheiro e Aldir Blanc, o grupo apresenta-se em todo o Brasil, com sucesso de público e de crítica.

A formação do grupo ocorreu em meados de 1964, quando Aquiles, Magro, Ruy e Miltinho integravam o Centro Popular de Cultura, afiliado à União Nacional dos Estudantes - UNE. Magro e Miltinho eram estudantes do 3.º ano de Engenharia da Universidade Federal Fluminense - UFF. Ambos tinham formação musical iniciada desde criança: Miltinho aprendeu violão na adolescência com o instrumentista Jodacil Damasceno e Magro havia participado da Sociedade Musical Patápio Silva, além de ter aprendido teoria musical com Eumir Deodato e Isaac Karabtchevsky.


Ruy tinha acabado de se graduar em Direito pela mesma universidade e era escriturário da antiga agência do Instituto de Assistência e Previdência Social - IAPS. Ao mesmo tempo, trabalhava na noite carioca em dois grupos vocais e tinha sido ''crooner'' em Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro. Aquiles era estudante secundarista e participava do coral de uma escola estadual de Niterói.

De família católica, aos 17 anos, resolveu seguir carreira musical com os outros três integrantes.
Cada um dos integrantes tem um gosto musical diferenciado, embora eles tenham sido influenciados pelo grupo vocal Os Cariocas. Miltinho, desde a adolescência, curtia música americana e Bossa-nova com os grupos Os Cariocas e Tamba Trio. Aquiles, ao mesmo tempo que tinha preferência pelo Trio Irakitan, era fã de Elvis Presley. Magro gostava d

Em 1965, resolvem ser músicos profissionais e viajam para São Paulo. Já tinham gravado o compacto simples "Samba Bem", em 1964, pelo selo Elenco. No início, os quatro rapazes passaram por dificuldades, pois já haviam trilhado carreiras promissoras na época e seus familiares lamentaram a decisão tomada, embora não tenham enfrentado tamanhas resistências. Além disso, Aquiles era menor de idade e seu pai desejava emancipá-lo. Entretanto, tal procedimento era demorado e Ruy Faria tornou-se seu tutor. A passagem da adolescência para a vida adulta foi abrupta para Aquiles, segundo o relato de Ruy Faria, pois foi comparada à troca da Coca-Cola por cerveja.



Lá, entram em contato com artistas recém-lançados na época, como Chico Buarque, Nara Leão, Sidney Miller, Quarteto em Cy, entre outros. Desde o início do grupo, tornam-se ativistas de uma nova proposta, a de uma música brasileira mais popular a todos os que escutarem, de forma que sejam exaltados o povo brasileiro e seus costumes e, principalmente, a crítica à situação política do país, imerso na Ditatura Militar. Desta maneira, entraram em seu repertório as músicas de protesto e sambas.

A parceria com Chico Buarque iniciou-se nesta viagem e durou aproximadamente dez anos. Durante este período, o MPB4 firmou sua musicalidade e acompanhava-o em suas apresentações como escudeiro musical, com boas interpretações das composições de Chico, que já foi considerado como o "quinto integrante de um quarteto". Um dos maiores destaques nesta década são as músicas "Quem te viu, quem te vê" e "Roda Viva", ambas de 1967. Além disso, ganharam espaço também nos famosos festivais de música, produzidos pela Rede Record.

Em 1966, foi lançado o primeiro LP do grupo, com o título "MPB4". O destaque vai para as músicas "Lamento", "Teresa Tristeza". Em 1967, foi lançado outro trabalho, com as músicas "Quem te viu, quem te vê", "Brincadeira de Angola", "Cordão da Saideira" e "Gabriela", que ficou em 6.º lugar no III Festival da Música Popular da Rede Record.


Em 1968, lançam mais um LP com o mesmo título do grupo. Desta vez, a novidade é que cada integrante do grupo tem autonomia sobre uma faixa, como explicou Magro no programa Ensaio, de 1973. Aquiles cantou a música "Estrela é Lua Nova" com o coral da Escola Municipal de Niterói, onde estudou. Miltinho estreia como compositor na faixa "Vim pra ficar". Entretanto, apesar das inovações do grupo, o disco não obteve o reconhecimento esperado.

Ao mesmo tempo, os quatro rapazes enfrentavam dificuldades financeiras e a marca ferrenha da Censura, apesar de serem requisitados para apresentações nos palcos e na televisão. Além disso, em 1968, Chico Buarque vai à Itália para se proteger da Ditadura Militar. Sem seu parceiro, o grupo perdeu o norte e seus integrantes quase desistiram da carreira. O MPB4 tinha seus espetáculos encerrados a qualquer tempo pela Censura. Para dribla-la, os quatro integrantes tinham truques para enganar os censores, além de negociar as letras das músicas, prática que continuaria na década seguinte.


A composição vocal do MPB4 até 1968 era: Ruy, 1.ª voz; Magro, 2.ª; Miltinho, 3.ª; e Aquiles, 4.ª voz. A partir de então, quando Aquiles estudou belcanto (impostação vocal), sua professora discordou da sua posição nas vozes do quarteto e sugeriu a troca das posições vocais. Então, Miltinho, ficou com a 4.ª voz, e Aquiles, com a 3.ª. A troca permanece até hoje e percebe-se que a sonoridade das vozes ficou harmônica.

Em 1970, o MPB4 lança o LP "Deixa Estar", um dos marcos principais da carreira do quarteto. O destaque principal é a música "Amigo é pra essas coisas", de Aldir Blanc e Sílvio da Silva Júnior, que reflete também o espírito do quarteto em enfrentar dificuldades juntos. Como Chico Buarque ainda não estava no Brasil, a música foi uma espécie de "independência" ao parceiro, pois eles não seriam vistos mais como "Porta-voz do Chico", mas um quarteto vocal com personalidade própria. Outros destaques são "Candeias", com o primeiro arranjo vocal de Miltinho, "Boca do Mota", de Milton Nascimento e "Derramaro o Gai".



Em 1971, foi lançado o LP "De Palavra…Em Palavra....", que consolida o estilo do trabalho anterior. Destacam-se as músicas "Cravo e Canela", de Milton Nascimento, "O Cafona", Marcos Valle, "Eu chego lá", de Ataulfo Alves, "De Palavra…Em Palavra…", de Miltinho e Magro e "Pois é, pra quê", de Sidney Miller.

A parceria com Chico Buarque continua firme até meados desta década. Ele e o quarteto viajaram para alguns países, como Argentina e Portugal. As marcas da resistência e contestação contra o Governo Militar continuam firmes nos trabalhos do quarteto, mesmo que eles tenham seus espetáculos encerrados arbitrariamente e buscado negociações em Brasília. A questão financeira também seria complicada para o MPB4, como explica Ruy Faria, em entrevista concedida à jornalista Rosa Minine. Para custear as apresentações, eles pegavam empréstimos aos bancos e, mesmo assim, corriam o risco de ter o investimento perdido com um simples ato da Censura. Mesmo alcançando sucesso de crítica e público, o sossego contra as perseguições viria a partir de 1979, ano da Lei da Anistia.


O ano de 1972 foi importante para o MPB4, pois é lançado o LP Cicatrizes, considerado como um dos trabalhos mais promissores. Miltinho destaca-se como compositor da música-título, com a parceria do jovem Paulo César Pinheiro. Os arranjos instrumental e vocal de Magro tornam-se mais ousados, com destaque para as músicas "Agiboré", "San Vicente", "Partido Alto" de Chico Buarque, "Pesadelo" e "Agiboré".

Ainda no mesmo ano, o MPB-4 foi considerado como o melhor Conjunto Vocal pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Um dos jurados que participou da votação foi o jovem jornalista Maurício Kubrusly.



Em 1973, o quarteto grava a música-tema de O Bem-Amado, composta por Toquinho e Vinícius de Moraes, para a novela de Dias Gomes. Com o nome de Coral Som Livre, os rapazes do quarteto cantam de forma escondida, para driblarem os censores, que teimavam em persegui-los.
No mesmo ano, o quarteto participa das apresentações do projeto Phono 73, ao lado de Chico Buarque. Justamente no período mais duro da Ditadura Militar brasileira, este evento ganhou um viés político, a partir da apresentação de artistas que foram perseguidos pelo regime, como Gal Gosta, Caetano Veloso, Gilberto Gil. Além disso, destacaram-se também os estreantes Raul Seixas e Odair José, e artistas consagrados, como Elis Regina.


Em 1974, o MPB-4 lançou dois excelentes LPs, com avaliações positivas da crítica e do público. O LP Antologia reúne pout-pourri de vários sambistas e outros nomes consagrados da música brasileira, como Dorival Caymmi, Noel Rosa, Paulinho da Viola e o próprio Chico Buarque. Este disco alcança a venda de 70.000 cópias, um valor expressivo para a época. O LP Palhaços e Reis destaca-se pelas composições de Gonzaguinha e Ivan Lins, tais como Tá Certo, Doutor e Palhaços e Reis, que também ganharam relevo nas vozes do quarteto e nos arranjos inovadores de Magro.



No ano seguinte, 1975, o MPB-4 emplaca o sucesso Porto, para a novela Gabriela Cravo e Canela. A mesma música é usada também no remake desta novela, em 2012, com muito sucesso. Ainda por cima, lança o LP MPB-4 10 anos, em comemoração ao décimo aniversário do grupo. Destaques para as músicas Inbalança e De Frente Pro Crime.

Nos anos 1970, participaram de espetáculos históricos, tais como Construção (1971), Phono 73 (1973), MPB-4 no Safári (1975) e Cobra de Vidro (1978). Além disso, lançam discos que consolidam a carreira do quarteto vocal, tais como De Palavra em Palavra, (1971), Cicatrizes (1972), Canto dos Homens (1976) e Cobra de Vidro (1978), entre outros trabalhos de sucesso de crítica e público.

 
Nos anos 1980, lançaram dois trabalhos infantis Flicts (com o Quarteto em Cy, em 1980) e Adivinha o que é (1981), além da participação no especial da Globo, Arca de Noé, com a música 'O Pato'. Outro trabalho de destaque é o disco "Amigo é Pra Essas" Coisas (1989), com a participação dos filhos dos integrantes do MPB-4 na banda de acompanhamento.

 
Nos anos 1990, lançaram discos importantes e com grande aceitação de crítica e de público, como Samba da Minha Terra (1991). Os primeiros discos do grupo, ao vivo, foram A Arte de Cantar ao Vivo (1995) e Melhores Momentos (1999). Continuam com a parceria com o grupo Quarteto em Cy em Bate-Boca (1997) e Somos Todos Iguais (1998).

Em (2000), o quarteto lança dois trabalhos, um deles com o Quarteto em Cy, Vinícius e a Arte do Encontro. Em (2004), Ruy Faria sai do grupo e Dalmo Medeiros torna-se integrante do MPB4. Em 2006, é lançado o DVD "MPB-4 40 Anos", com a participação de Chico Buarque, Milton Nascimento, Cauby Peixoto, Roberta Sá, entre outros artistas consagrados. Em 2008, o grupo gravou, junto com Toquinho, CD e DVD ao vivo, lançados pela Biscoito Fino.

Em 2012 é lançado, pela Biscoito Fino, o CD Contigo Aprendi, com versões inéditas para o português feitas por diversos compositores brasileiros, para grandes boleros. Magro Waghabi morre em São Paulo (SP) após uma longa batalha contra o câncer, no dia 8 de agosto de 2012, aos 68 anos. Paulo Malaguti Pauleira entra em seu lugar.



Curiosidades
  • Hoje, Dalmo Medeiros ocupa a posição vocal do Ruy Faria, que é a 1ª voz;
  • Um dos jurados da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) que participou da votação para eleger o MPB4 como melhor Conjunto Vocal, em 1972, foi o jornalista Maurício Kubrusly;
  • Em 2007, Ruy Faria obtém seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, após 43 anos de formado. Ele estudou Direito pela Universidade Federal Fluminense - UFF e abdicou da carreira de advogado para seguir com o grupo. Hoje, trabalha também como advogado em um conceituado escritório do Rio de Janeiro;

  • Mesmo fora das atividades do grupo, seus integrantes continuam realizando atividades paralelas com grande versatilidade. Magro é um dos mais requisitados arranjadores instrumentais e vocais de vários artistas e mantém um bar no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. Aquiles é escritor, colunista de dois jornais, e mantém um programa de rádio semanal "O Gogó de Aquiles". Miltinho é empresário do grupo e de alguns outros artistas, além de ser convidado como instrumentista para participar de discos com outros artistas. Dalmo Medeiros envereda pelo lado comunicador, divulgando as atividades do grupo no site oficial e no Orkut, além de ser produtor de outros artistas;

  • Dalmo Medeiros é sobrinho de Cauby Peixoto, que participou do DVD MPB-4 Quarenta Anos ao Vivo (2007). A música cantada foi Conceição, um dos maiores sucessos de Cauby;
  • Dalmo Medeiros participou do grupo 'Céu da Boca' e trabalhou também no LP de Kleiton e Kledir, na música 'Navega Coração' (1981). Além disso, ele é graduado em Jornalismo e História;
  • Os filhos dos integrantes do MPB-4 acompanham seus pais em excursões e gravações de trabalhos. Marcos Feijão, filho de Miltinho, na percussão e bateria; Pedro Reis, filho de Aquiles, no bandolim e guitarra; João Faria, filho de Ruy, no baixo;
  • Na contracapa do disco "Adivinhe o que é" (1981), podemos encontrar as fotografias de cada integrante do grupo, quando eles eram crianças. Existe também uma grande fotografia do quarteto, reunido com os seus filhos;
  • Ruy Faria grava seu primeiro trabalho, após seu desligamento do grupo, com Carlinhos Vergueiro, intitulado "Só Pra Chatear"(2005);
  • Em Abril de 2008, Ruy Faria adapta e dirige o espetáculo musical "Calabar", de Chico Buarque e Rui Guerra, no Teatro Niemeyer, Niterói;
  • Em 1982, Aquiles foi eleito presidente do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro. Em 1985, ainda no sindicato, organizou a produção e o lançamento do compacto simples "Nordeste Já", reunindo vários artistas brasileiros cantando duas músicas. O sucesso foi muito grande e o dinheiro arrecadado foi para auxiliar cidades mais pobres da Região Nordeste;

  • Aquiles, com senso agudo de organização e gerência, foi também empresário do grupo entre 1988 e 1990, um período muito fértil para o MPB-4. Em 1990, foi montado o espetáculo "Niterói, Niterói", em que o grupo cantava em uma das barcas de Niterói;
  • Miltinho é o integrante com maior referência musical. Possui boa habilidade com o violão e com os arranjos vocais e instrumentais. Compôs inúmeras músicas em parceria com Alceu Valença, Chico Buarque, Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Magro, entre outros.
  • Aquiles enveredou para o caminho das letras, ao escrever as críticas musicais de álbuns recém-lançados de outros artistas para diversos jornais de grande circulação. Os textos são caracterizados por uma linguagem técnica profunda, além de grande sensibilidade artística. Além disso, em 2004, lançou seu livro, o Gogó de Aquiles, pela editora A Girafa;
  • Magro revelou-se um erudito em música ao apresentar seu programa Vozes da Música, cujo link encontra-se no sítio oficial do MPB-4.


fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/MPB4

Rodrigo Andrade


Rodrigo da Costa Andrade nasceu em Altinópolis/SP, (17 de dezembro de 1983), cidade do interior de São Paulo, onde morou até os quatro anos de idade, quando se muda para Franca - também no interior do estado. Seu pai, Neno, era palhaço de Circo e seu avô materno, João Henrique, era integrante de uma dupla sertaneja que cantava em festas e quermesses no interior de Minas Gerais. Aos sete anos seu avô lhe deu um violão, que ele aprendeu a tocar sozinho. Seis anos depois, aos doze anos, tornou-se vendedor de tênis.

Rodrigo teve sua infância e adolescência divida entre as cidades de Franca e o Pantanal Matogrossense; terra onde viveu seu pai. Rodrigo já nasceu com o DNA artístico, pois a família de seu pai era circense e seu avô materno fazia parte de uma dupla sertaneja que cantava em festas e quermesses nas fazendas do interior de Minas Gerais.

Aos 7 anos ganhou o primeiro violão de seu avô, e desde então adorava brincar e ficar cantarolando pela casa.




Rodrigo é ator, modelo, cantor e compositor brasileiro. Seu gosto pela música sertaneja foi cada vez mais se aflorando, quando com 14 anos ele tentou formar uma dupla sertaneja com um primo, mas ...não deu certo.

Rodrigo não desistiu e seguiu sozinho cantando em shows, festas, bares e também em bandas de rock e de bailes.

Certa vez, em uma das várias apresentações pelo interior de São Paulo, Rodrigo recebeu um convite de uma agência de modelos para ir trabalhar na capital paulista, porém não deu muita bola e seguiu sua vida.

Para se manter, tinha o tempo intercalado entre os estudos pela manhã e o trabalho na parte da tarde. Como vendedor ambulante nas cidades vizinhas com seu primo, Rodrigo buscava mercadorias (roupas, perfumes, relógios etc.) na capital paulista e revendia com seu primo de porta em porta em cidades no interior de São Paulo e de Minas Gerais.

Em 2002, como de costume, Rodrigo foi mais uma vez buscar mercadorias em São Paulo. Resolveu entáo ligar para o agente de modelos que tinha lhe entregado o cartão para fazer uma visita.

E assim foi seguindo. Tinha acabado de terminar o ensino médio e resolveu ir atrás de seus sonhos.


Em entrevista ao site EGO, Rodrigo disse que "quando voltava da escola, ia à rodoviária, pegava o ônibus para a cidade mais próxima e vendia os tênis".



Todas as semanas Rodrigo seguia para São Paulo, fazia testes de publicidade e procurava bares para cantar, se virando da maneira que conseguia. Começaram a surgir os primeiros trabalhos. Fez grandes campanhas para grandes marcas como Coca-Cola, Schweppes, Sprite etc.. Ao mesmo tempo começou a fazer aulas de teatro livre para melhorar sua presença no palco e conseguir mais trabalhos em agências. Rodrigo se apaixonou pelo teatro e começou a levar a sério.

Em 2005 surgiu o convite para trabalhar como modelo fora do Brasil e, ao mesmo tempo, ganhou uma bolsa de estudos na CAL (Casa de Artes Laranjeiras) no Rio de Janeiro. Não pensou duas vezes e foi atrás do que acreditava, arrumou as malas e mudou-se imediatamente para o Rio de Janeiro.

Na bagagem, a determinação, uma mochila com poucas roupas, um violão e R$700 reais. Rodrigo começou a estudar na CAL e trabalhava com várias coisas para se manter, fazia eventos, promoter, garçom, modelava e às vezes cantava em algumas festas.

Influenciado por seu avô, tentou formar uma dupla com seu primo, no entanto, Rodrigo seguiu cantando em espetáculos, festas e bares. Gravou um álbum demo ao vivo intitulado Amor Impossível, disponível para download digital gratuito em seu site.



Após uma visita à Casa de Arte das Laranjeiras, para assistir uma apresentação dirigida pelo tio, Lourival Prudêncio, o Lolo, começou a se interessar e se muda e, a partir desse momento, passou a morou em república na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Ele morou com Rafael Cardoso e André Bankoff, e durante um tempo foi "garçom e produtor de uma banda de axé.


Em 2007, foi convidado por Fabio Zambroni, produtor de elenco da Rede Globo, para participar da gravação de um quadro no programa Turma do Didi. Fez participações em Linha Direta, Paraíso Tropical, Zorra Total, Ciranda de Pedra, Paraíso; "Fiz vários testes para a Globo até que consegui atuar em ‘Caras e bocas’ como Teo", conta.

 Em janeiro de 2011 foi convidado para o elenco da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Insensato Coração, no papel de Eduardo Aboim, onde faz o maior sucesso.


Em 2012, integra o elenco do remake Gabriela, onde vive o mulherengo Berto Leal.

Em 2013 integra o elenco de Amor à Vida como o fisioterapeuta Daniel Melo Rodriguez, sendo seu segundo papel no horário nobre.


 

 
Em seu terceiro disco, Rodrigo Andrade se prepara para lançar o álbum "30 anos", nome provisório, entre dezembro e janeiro. Assim como nos trabalhos anteriores, o cantor
segue na pegada do sertanejo.
 

"Estou dando a minha cara para bater", diz Rodrigo Andrade sobre novo disco.

 Veja na integra = http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/31/estou-dando-a-minha-cara-para-bater-diz-rodrigo-andrade-sobre-novo-disco.htm#fotoNav=216

30 anos


Ouça no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=bE0saAsZifE

Eu imagino a gente daqui 30 anos
Eu imagino o mundo todo diferente
Eu vejo um lugar coberto de flores Só pra nós dois
Eu vejo um espelho e cabelos brancos...
Num mesmo sorriso de 18 anos
Eu vejo uma vida inteira pela frente
Só pra nós dois Só pra nós dois
Eu vejo as crianças no nosso jardim
Com desenho na mão, Lápis de colorir
Uma casa no campo, como você sempre quis
Eu vejo uma caixa com recordações
Com nossos bilhetes, Vários corações
Contando a nossa história Em muitas canções
Eu vejo um espelho e cabelos brancos
Num mesmo sorriso de 18 anos
Eu vejo uma vida inteira pela frente
Só pra nós dois Só pra nós dois
Eu vejo as crianças no nosso jardim
Com desenho na mão, Lápis de colorir
Uma casa no campo, como você sempre quis
Eu vejo uma caixa com recordações
Com nossos bilhetes, Vários corações
Contando a nossa história Em muitas canções
Eu vejo as crianças no nosso jardim
Com desenho na mão, Lápis de colorir
Uma casa no campo, como você sempre quis
Eu vejo uma caixa com recordações
Com nossos bilhetes, Vários corações
Contando a nossa história Em muitas canções
Eu imagino a gente daqui 30 anos...

Tribunal do Amor

http://soundcloud.com/rodrigoandrade7/tribunal-do-amor-rodrigo

Rodrigo Andrade vendia queijos na portaria do Projac antes de ser famoso

Intérprete de Daniel em Amor à Vida conta para Ana Maria Braga que sempre acreditou que realizaria o sonho de ser ator e apresenta canção no programa

08/11/2013 às 09h36                                                    
Rodrigo Andrade toma café da manhã com Ana Maria Braga (Foto: Mais Você / TV Globo)
 
Rodrigo Andrade toma café da manhã com Ana Maria Braga (Foto: Mais Você / TV Globo)
Muita gente não imagina que antes de conquistar a fama e o reconhecimento no meio artístico muitos famosos levaram uma vida comum, de muita luta e batalhas. Esse é o caso do ator Rodrigo Andrade, destaque em Amor à Vida na pele do médico Daniel, casado com a divertida enfermeira Perséfone, de Fabiana Karla. Durante um bate-papo superdescontraído no café da manhã do Mais Você, ele contou para Ana Maria Braga que já chegou a vender queijos na portaria do Projac. Em Franca, São Paulo, sua cidade natal, ele era vendedor ambulante. O galã chegou a vender perfumes, tênis e até roupas de grife.


"Sempre trabalhei com vendas. Gostava porque fazia o meu horário. A primeira vez que vim para o Rio de Janeiro, com 17 anos, estava com o meu primo. Viemos vender queijos. Queria muito conhecer o Projac, então viemos e ficamos na portaria. Fiquei só olhando tudo e fazendo orações para conseguir conquistar o meu espaço. Via os atores saindo e sonhava, imaginava. Nunca tive dúvidas que conseguiria chegar até aqui", revelou Rodrigo.



Carreira de ator e cantor
Rodrigo Andrade revelou que a música foi a primeira opção na sua vida. Ele começou a cantar com 13 anos: "Está no meu sangue, não adianta! Por causa da música, comecei no teatro, depois consegui ir para uma banda. Nesse meio tempo, um agente de São Paulo me chamou para ser modelo mas eu não quis. Depois acabei indo, quando terminei um namoro e fui demitido da banda. Voltei para o teatro depois e foi ele quem me levou para a televisão".



Após atuar na novela Insentato Coração, Rodrigo Andrade lançou um disco e atualmente está gravando um novo CD, que deverá ser lançado entre dezembro e janeiro de 2014. No programa, ele cantou o hit '30 Anos', que já está tocando nas rádios do Brasil. Fã da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, Rodrigo encerrou o programa com o sucesso 'Evidências'.


**Dica de Rodrigo no Facebook** https://www.facebook.com/RodrigoAndradeOficial

Comprei o DVD Chitãozinho e Xororó Sinfônico, to chorando igual criança desde o inicio, um dos dvd's mais lindo que já vi! Em especial duas músicas acabaram comigo. Essa que postei "Fogão de Lenha" com participação do Fábio Jr. Essa música ...retrata minha vida, parece que foi feita pra mim... Também "No Rancho fundo" com a participação fantástica da Maria Gadú. (vou postar a seguir). Vale a pena assistir!



 
 
 
Olá pessoal, pra quem não assistiu: "Rodrigo Andrade, o Daniel de Amor à Vida, investe na carreira de cantor". http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/t/editorias/v/rodrigo-andrade-o-daniel-de-amor-a-vida-investe-na-carreira-de-cantor/2942265/
 
Fonte

http://www.rodrigoandrade.net/2011/#/home

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigo_Andrade

http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2013/11/rodrigo-andrade-vendia-queijos-na-portaria-do-projac-antes-de-ser-famoso.html

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Denise Dumont


Denise Dumont, nome artístico de Denise Bittencourt Teixeira (Fortaleza, 20 de março de 1955) é uma atriz brasileira. É filha de Humberto Teixeira, principal parceiro de Luiz Gonzaga, inclusive em Asa Branca. Denise participou de diversas novelas e filmes no Brasil, mas, depois de se casar com o produtor Matthew Chapman, passou a morar em Nova Iorque. Denise tem dois filhos: Diogo (com o ator Cláudio Marzo) e Anna Bella (com Matthew Chapman).

Em agosto de 1980 e janeiro de 1981 posou para ensaios da Playboy, e, em outubro de 1981, da revista Status. Voltou recentemente para a televisão, na TV Cultura, onde fez o papel de Katia Forton na série Elas por Elas. Um dos grandes nomes do cinema nacional na primeira metade dos anos 80, Denise Dumont foi uma atriz fetiche e uma verdadeira sex simbol do público masculino de sua época.


Denise Bittencourt Teixeira nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira artística na novela “Semideus”, de Janete Clair na Rede Globo. Ela fazia uma ponta, porém já roubava a atenção dos espectadores.


O pai de Denise, o compositor Humberto Teixeira (parceiro de Luiz Gonzaga em canções como “Asa Branca”, “Baião” entre outras) era contrário ao ingresso de sua filha nas artes cênicas. Por isso mesmo, proibiu ela de usar o sobrenome verdadeiro no meio artístico.

Daniel Filho e Walter Avancini foram os responsáveis por elaborar o pseudônimo da musa, dando a ela o pseudônimo de Denise Dumont, por qual ela ficou conhecida. Para conseguir realizar seu sonho de atriz, a moça foi estudar arte dramática na New York University e no Actor´s Studio, se dedicando verdadeiramente a nova profissão.


Voltando ao Brasil, continuou fazendo diversas novelas. Mas foi pela novelinha “Marina” (1980), na qual fez a personagem título que se tornou conhecida nacionalmente.

A estreia no cinema tinha de ser feita logo. Isso aconteceu no filme policial “Terror e Êxtase” de Antônio Calmon pelo qual Denise chegou a ser premiada. Um de seus grandes trabalhos cinematográficos nessa fase foi “Eros, o Deus do Amor” do diretor paulista Walter Hugo Khouri pelo qual interpreta a personagem Ana, fixação amorosa do personagem Marcelo (Roberto Maya). Após a estreia no meio do cinema, a moça foi capa de diversas revistas masculinas mas continuando seu trabalho na Rede Globo, embora o foco de sua carreira tenha sido mesmo o cinema.


Mais uma vez seu porte sensual e de mulher fatal se fez presente em trabalhos como “Filhos e Amantes” e “Rio Babilônia”. Neste último, Denise participa da famosa e polêmica cena da transa na piscina, que ficou marcada em toda sua filmografia.

Também esteve presente em trabalhos mais suaves e mesmo cômicos. São marcas desta faceta da atriz sua presença em produções como “Os Vagabundos Trapalhões” de J.B. Tanko; no comovente “Bar Esperança” de Hugo Carvana ou mesmo em “Jorge, Um Brasileiro” de Paulo Thiago.

Com a grande repercussão internacional de “O Beijo da Mulher Aranha” de Hector Babenco, a musa vai em busca da carreira feita fora do Brasil.

Denise Dumont resgata as raízes - A atriz casou-se com um roteirista inglês, que é bisneto de Charles Darwin, mora em Nova York há 15 anos e atualmente produz documentário sobre seu pai, principal parceiro de Luiz Gonzaga

Há pouco mais de dois meses, a atriz Denise Dumont vasculhava o acervo do museu do Lincoln Center, em Nova York, quando se deparou com a música “Wandering Swallow”, gravada pela cantora americana Peggy Lee, em 1951, e assinada pelos americanos Irvin Taylor e Harold Stevens. O nome e os autores eram novidade para Denise, mas a melodia ela reconheceu de imediato. Trata-se de uma cópia fiel de “Juazeiro”, lançada em 1949 por Luiz Gonzaga e seu principal parceiro, Humberto Teixeira, pai da atriz e tema do documentário O Homem que Engarrafava Nuvens. O Filme, sua primeira investida como produtora, terá a participação de astros da MPB como Caetano Veloso, Chico Buarque e Gal Costa.


Há 15 anos radicada em Nova York, a atriz, que participou de várias novelas da Globo e filmes como Rio Babilônia, de Neville D’Almeida e O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco, garante que não abandonou o País, e mantém-se na ponte-aérea Brasil-Estados Unidos. “Venho todo ano e trago meus filhos. Meu lado brasileiro é importantíssimo para eles”, diz a mãe de Diogo, 25 anos, do casamento com o ator Cláudio Marzo, e Anabela, 14, filha do atual marido, o escritor e roteirista inglês Matthew Chapman, bisneto do cientista Charles Darwin.

O vaivém entre Rio e Nova York começou em 1985, quando a atriz levou Diogo para passar o Natal com a avó materna nos Estados Unidos e acabou ficando para a estreia de O Beijo da Mulher Aranha, a convite de Sônia Braga e Hector Babenco. Empolgada com a boa acolhida da crítica, conseguiu um agente e permaneceu no país para estudar teatro na Universidade de Nova York (NYU).


A aposta rendeu frutos. Ela foi convidada para uma entrevista com o diretor Woody Allen: “Ele perguntou se eu sabia cantar e dançar. Disse que faria qualquer coisa e na hora ganhei o papel, que só depois fui saber qual era”, lembra Denise, que fez uma ponta cantando “Tico-Tico no Fubá” em A Era do Rádio.

Por conta do casamento com Matthew e dos filhos, a atriz deixou a carreira temporariamente de lado. “Foi legal porque pude curtir meus filhos. Num piscar de olhos eles estão crescidos e somem”, diz ela. Foi exatamente o crescimento dos filhos a senha para que Denise deixasse de ser só dona-de-casa e decidisse pôr a criatividade em prática novamente. Diogo e Anabela também foram a grande motivação para Denise se empenhar em redescobrir e divulgar a obra do pai, conhecido como Doutor Baião. “Percebi que minha filha não tem ideia de quem foi o avô e que o Diogo só sabe um pouco, porque o conheceu. Se meus filhos não conhecem, imagina o resto do País.”


"O Homem que Engarrafava Nuvens"

Em 2010, é lançado o filme "O Homem que Engarrafava Nuvens", que apresenta a história de uma das mais surpreendentes personalidades brasileiras: Humberto Teixeira o “Doutor do Baião”.

Produzido por Denise Dummont, filha de Humberto Teixeira, o filme conta a história do baião, envolvida com a de seu pai.

"O projeto nasceu entre 2000 e 2001, quando fui apresentada em Nova York a Ana, viúva de Tom Jobim, pela Luciana de Moraes, filha de Vinicius. Percebi como elas cuidavam e tinham consciência da obra de seus parentes. Fiquei com vergonha de não ter feito nada pela memória de meu pai. Todo mundo canta Asa Branca, mas nem todos sabem que se trata de uma parceria de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga", disse ela em uma entrevista.

Com fotografia de Walter Carvalho, direção musical de Guto Graça Mello e videografismos de Gringo Cardia e Fabio Arruda, "O Homem Que Engarrafava Nuvens" ganhou os prêmios de melhor roteiro, melhor som e ainda o prêmio Oscarito, da Câmara Municipal de Fortaleza, no 19º Cine Ceará, realizado em julho de 2009.

"A viagem foi uma descoberta de suas origens, do baião e de minha mãe. Meu pai era extremamente prolífico e eclético. Tinha um lado feminino, de fazer tudo ao mesmo tempo: estudou medicina, direito, compôs 400 músicas. Meu pai era doce e salgado, ele era nordestino, rígido e conservador”, disse Denise a respeito do pai e do filme.

Para Denise, o filme incluiu um outro desafio, este de ordem pessoal. Foi a sua produção, afinal, que lhe permitiu superar definitivamente algumas mágoas do passado, marcado por uma relação difícil com o pai e o afastamento, imposto por ele, de sua mãe, a atriz Margot Bittencourt. No filme, Denise tem uma conversa muito franca com a mãe - que morreu em 2007 - em que esclarece definitivamente questões sobre o difícil desquite entre os dois, depois do qual ela foi viver nos EUA com o novo marido, Luiz Jatobá. Advogado, Teixeira não permitiu à mãe levar a filha, que cresceu com ele no Brasil.

"Não sei se foi coragem ou necessidade. Quando se começa uma coisa assim, não dá para ficar no meio do caminho", explica Denise, ao ser perguntada sobre a dificuldade desta exposição de sua história familiar. Por isso, acrescenta, este filme é, para ela, "muito pessoal e intransferível".

Presente no documentário, o cantor Fagner faz coro a Denise. “Humberto Teixeira inventou o baião e descobriu Luiz Gonzaga, que antes de conhecê-lo usava a sanfona para tocar músicas francesas em feiras.” Amigo de longa data da atriz, o cantor lembra de um episódio engraçado dos anos 70. “Não conheci o Humberto direito porque chegava em horas pouco apropriadas na casa da Denise. Ela estava na onda do Rá, do paranormal Thomas Green Morton, e vivia entortando os garfos da casa. Tive que desentortar um para comer”, recorda, citando a prática mais conhecida do paranormal.

Denise tem vontade de voltar a atuar. “O frustrante na vida de atriz é que você depende de alguém te oferecer um papel. Produzindo, você gera o trabalho.” Aliás, é o que não falta na família de Denise. Além de escrever um roteiro para o canal de filmes HBO, Matthew produz o piloto de um seriado para a NBC americana estrelado por seu sócio, o ator David Schwimmer, o Ross do seriado Friends. “Ele foi a uma reunião em Los Angeles e fiquei em Nova York esperando. Ele chegou na sexta à noite e no sábado vim para o Rio. Mas é legal, aumenta a saudade”, brinca a atriz, que, pelo menos por hora, não pensa em mudar de vida.

CURIOSIDADES

Carta de Cazuza para a atriz Denise Dumont.
***Rio, 22/7/86.

a saudade é grande, mulher vermelha tiro no coração. estou escrevendo numa tarde cinzenta e fria daí resolvi bater à maquina elétrica. estou ouvindo o último disco do the smiths e me sentindo meio hemisfério norte. o cara na sala conserta o meu vídeo. estou com um da Billie Holiday lindo, filmados numa boate, ela escarrando antes de cantar com os olhos molhados boca amarga sorriso de criança baby porque nossos corações são tão atormentados? ainda não estive com Rita pra saber novidades, eu sou tão difícil de escrever, mas aqui vão novidades que não dão no telefone. tenho trabalhado bastante, pra espantar a solidão e os maus pensamentos. hoje, pela 456° vez resolvi que preciso fazer análise, porque tenho sentido muito medo. medo de voar, de entrar no palco, de amar, de morrer, de ser feliz. medo de fazer análise e não ter mais problemas e perder a inspiração... eu fiz 28 anos e descobri um cara solitário sem vocação pra solidão. ultimamente eu passo mal quando não tem ninguém perto, chego a ter febre, é uma loucura. o menino sozinho brincando de cidades desertas cresceu e quer amar, mas é tão difícil. eu vou chegar pro analista e vou dizer: eu quero aprender a mar. estou gravando um disco, está quase pronto, e as músicas revelam muito isso que eu tô te contando, só que de um jeito sarcástico, debochado e por isso mesmo profundamente triste. viver é bom nas curvas da estrada, solidão que nada! viver é bom partida e chegada, solidão que nada! esse é o refrão de uma balada blue que talvez seja a música de trabalho, e é a minha vida nesses meses, de aeroporto em aeroporto (cada aeroporto é um nome num papel, um novo rosto atrás do mesmo véu). daqui a pouco eu escrevo a letra toda! tem um blues que fala "ando apaixonado por cachorros e bichas, duques e xerifes, porque eles sabem que amar é abanar o rabo, lamber e dar a pata". forte, né? ah, estou ficando careca, fico passando minoxidil pra fingir que é possível parar o tempo. eu queria parar o tempo e voltar e voltar pra barriga da mamãe, mas ia ficar tudo tão parado você vai continuar gostando de mim se eu ficar careca? eu penso muito em você aí, menina linda tentando o grande sonho americano. eu ando muito cansado pra ir à NY, vou tirar férias depois do disco na chapada dos Guimarães, onde uma amiga minha tem um sítio. às vezes eu fico pensando no porque disso tudo, ganhar dinheiro cantando as minhas aventuras de desventuras. comprar uma fazenda e fazer filhos talvez fosse uma maneira de ficar na terra pra sempre,. porque discos arranham e quebram... mas eu acho que no fundo não passa de uma grande viadagem minha esses papos. Caju.


Em 1963, Denise gravou um disco pela Philips, do qual consta registro na Discoteca do Centro Cultural a música "Eu Quero te Dizer", de José A. de Oliveira e Gordurinha.

No Cinema
  • 1980 - Terror e Êxtase
  • 1981 - Os Vagabundos Trapalhões
  • 1981 - Eros, O Deus do Amor
  • 1981 - Filhos e Amantes
  • 1982 - Rio Babilônia
  • 1983 - Bar Esperança
  • 1984 - O Beijo da Mulher-Aranha ... Michele
  • 1984 - Amenic - Entre o Discurso e a Prática
  • 1987 - Allnighter
  • 1987 - Radio Days
  • 1988 - Jorge, um Brasileiro
  • 1989 - Minas-Texas
  • 1989 - Heart of Midnight

Na televisão

  • 1973 - O Semideus.... Analu
  • 1978 - Ciranda, Cirandinha.... amiga de Hélio
  • 1978 - Gina.... Elizabeth
  • 1979 - Marron Glacê.... Andréa
  • 1980 - Marina.... Marina
  • 1981 - Baila Comigo.... Xuxa
  • 1982 - Quem Ama Não Mata.... Júlia
  • 1983 - Voltei pra Você.... Maraísa
  • 1987 - Corpo Santo.... Turista
  • 1994 - Confissões de Adolescente… Dra. Sônia
  • 2010 - As Cariocas… Taci (episódio "A Atormentada da Tijuca")
FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Denise_Dumont

http://www.terra.com.br/istoegente/169/reportagens/denise_dumont.htm

http://revistazingu.blogspot.com.br/2007/11/musaseternas.html