Páginas

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Izaias e seus Chorões


Grupo de choro formado por Isaías Bueno de Almeida (São Paulo, 1937 - bandolim), Israel Bueno de Almeida (São Paulo, 1943 - violão de 7 cordas), Waldomiro Marçola (violão), Dorival Malavasi (São Paulo, 1934 - cavaquinho), Clodoaldo Coelho da Silva (São Paulo, 1936 - pandeiro), Valdir Guidi (reco-reco, cacheta e ganzá), Vicente de Paula Salvia - Viché - piano), Roberto Sion (flauta) e Toninho Carrasqueira (flauta) em São Paulo. Entre os integrantes também faziam parte dois filhos do clarinetista de orquestra Benedito Bueno de Almeida.


Isaías começou a tocar bandolim com 10 anos de idade em 1947 e, logo depois, seu irmão Israel, quatro anos mais novo, iniciou-se no cavaquinho.

Em 1953, começaram a atuar em programas de calouros, chegando a formar um conjunto com o violonista Antonio Edgard Gianor, lendário modernizador de harmonias. Três anos depois, foi apresentado por Jacob do Bandolim na segunda "Noite dos Choristas" e, a partir daí, tornou-se o mais respeitado bandolinista de São Paulo.


Sempre disposto a improvisar, não teve para isso o apoio de Jacob do Bandolim. Ao contrário do irmão, totalmente apegado ao gênero "Choro", Israel passou depois para o violão, tocando bossa-nova, e para a guitarra, integrando conjuntos de iê-iê-iê. Mais tarde, enveredou pelo jazz, estudou violão clássico e assimilou o violão de 7 cordas, fechando um ciclo que o trouxe de volta ao choro. Com o programa "O Choro das sextas-feiras" apresentado na TV Cultura a partir de 1973, no qual atuava ao lado do Conjunto Atlântico, Isaías passou a ser destaque nacional.


Em 1974, recebeu o Prêmio APCA de revelação do ano. O começo dos anos 70 marcou também o nascimento de Isaías e Seus Chorões, que contava, além de Israel, com gente também vinda de famílias de músicos, como o cavaquinista Dorival, filho do saxofonista Ernesto Malavasi, e o pandeirista Clodoaldo Coelho da Silva, cujo pai, Álvaro, chegou a atuar com o Bando da Lua.


O grupo participou de diversos programas sobre choro na TV Cultura de São Paulo, além de ter acompanhado artistas importantes no cenário da MPB: Paulinho da Viola, Arthur Moreira Lima e Altamiro Carrilho, entre outros.

Depois de gravar os discos "O fino do bandolim", com choros clássico e "O regional brasileiro na música dos Beatles", o grupo lançou, na virada dos 80, o LP "Pé na cadeira". O repertório resgatou músicas raras de pioneiros como Joaquim Callado, Carramona (Albertino Pimentel) e Nelson Alves.


Duas personalidades importantes do bandolim tocado em São Paulo figuram entre os autores: Amador Pinho, espécie de professor informal de Isaías, e Mario Moretti, bandolinista virtuoso ainda em atividade. O LP foi remasterizado para CD no ano de 1999 e lançado pela gravadora Kuarup.


A preservação do lirismo, da graça, e da simplicidade modelar e inusitada de executar o “choro” – A mais pura manifestação musical da alma brasileira. Executam os clássicos do choro de compositores como Pixinguinha, Jacob Bittencourt, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, entre outros , alem de composições do próprio conjunto. O objetivo é procurar transmitir ao público o choro dos chorões na sua forma mais autêntica.


Izaías, que sempre se espelhou no carioca Jacob do Bandolim, é um digno representante do choro paulista, de forte influência italiana, com um jeito mais sentimental de tocar, originário do bandolim napolitano. Suas frases e improvisos são arrebatadores.



Oriundo do tradicional Conjunto Atlântico de Antônio Dauria, seu grupo é o mais antigo em atividade em São Paulo e é tido como referência por seu refinamento e qualidade musical, acumulando em sua trajetória inúmeras apresentações no Brasil e no exterior. Seus fundadores são os irmãos Izaías (bandolim) e Israel Bueno de Almeida, o Israel 7 Cordas(violão), que o criaram com o objetivo de preservar o gênero, conservando suas raízes. A formação atual conta ainda com Marco Bailão (violão de 6 cordas), Getúlio Ribeiro (cavaquinho) e Tigrão(pandeiro).

FONTE



domingo, 9 de agosto de 2015

Lyric Video


Lyric Video: por que cada vez mais as bandas aderem?

O videoclipe sempre foi um das maiores cartões de visita e ferramentas de divulgação do trabalho dos artistas da indústria da música. Muitos de nós tivemos o primeiro contato com trabalho de nossos ídolos em seus clássicos clipes transmitidos em programas como os saudosos "Som Pop", "Clip Trip", "Realce", "Super Special" e o "Fúria Metal" da MTV. Normalmente, artistas já consagrados, ou aqueles cujas gravadoras providenciavam tal veiculação, coisas inerentes ao show business. No entanto, com o advento da tecnologia e o surgimento do Youtube, a coisa se tornou um pouco mais democrática, e permitiu que artistas independentes pudessem veicular seus clipes na plataforma de forma gratuita e expor sua arte ao mundo. E assim o Youtube se tornou a "nova TV", que permite que pessoas de todas as partes do planeta possam conhecer e assistir videoclipes de bandas e artistas de todas as partes do mundo, a qualquer momento, e quantas vezes quiser. Desta forma, o clipe se tornou provavelmente o maior veículo de divulgação do trabalho de uma banda, que associado à facilidade do Youtube e a poder das mídias sociais, aproximou o artista do público, quebrando monopólios e fugindo do eterno ciclo vicioso de se pagar “jabá” para rádios e TV aberta, que continua sendo privilégio dos peixes grandes.

Considerando que o videoclipe é um formato audiovisual que deve vender a música e imagem do artista, no que diz respeito ao público de "boa música" (sobretudo Metal), a apresentação é algo que deve ser levado muito em conta. No entanto, produzir um clipe numa qualidade profissional requer equipamento, equipe, locação, roteiro e todo etc. Ou seja, tempo e custos, mesmo que seja tudo na base do "faça você mesmo". Talvez por isso, artistas do mundo todo resolveram apostar num novo formato para apresentar sua música internet afora: o prático e dinâmico "lyric video". Basicamente, um vídeo trazendo uma animação de letra e áudio da música em sincronia.

Os tipos e níveis de "lyric video" são dos mais diversos, desde personalizar "templates" mais sofisticados, animando e distorcendo as letras conforme o ritmo e intensidade da música, até apresentações de forma mais trivial. Por exemplo, com uma imagem congelada ao fundo, imagens aleatórias em movimento, cenas da banda em estúdio e shows, e a letra no rodapé do vídeo no tempo da música, simplesmente, sem grandes animações.

Entre as bandas brasileiras, o "lyric video" também vem se tornando popular, em estilos bem variados também. Conheça abaixo algumas bandas que investiram no formato, e o porquê da escolha ao invés do tradicional formato videoclipe:

“É um formato que me agrada, pois mexe com a imaginação e todos os sentidos de quem acompanha o vídeo pela primeira vez. Os ‘lyric videos’ são uma ferramenta maravilhosa para o público ter uma interação completa com a letra e a composição como um todo. É um modo de ouvir, ler, entender e assistir a música todos ao mesmo tempo. Imagino que muitas vezes em termos de entender a essência do que o artista realmente quis passar pode até ser mais fiel do que um videoclipe comum” (Guilherme de Siervi - Skyrion)

- Skyrion:

"Ao invés de apenas soltar uma prévia do novo álbum, Guadalajara, no Soundcloud nós resolvemos fazer um ‘lyric video’, com a participação de Gisela Bacelar e direção de Priscilla Zamarioni. É curioso por que o vídeo, editado por Ângelo Capozzoli, tem um ar de videoclipe, traz uma filmagem com cara de cinema, mas é um vídeo com a letra da música Shine. A ferramenta é útil, serve para o seu propósito, mas é mais uma. Não descartaria jamais a gravação de um clipe propriamente dito" (Roger Lombardi - Goatlove)

- Goatlove:

“Como diz o ditado ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’. Então esta imagem em movimento pode contar histórias, emocionar e engajar pessoas de uma maneira infinitamente mais poderosa do que as palavras e imagens paradas, ou simplesmente a música. Hoje o Youtube é a rede social que mais retém a atenção das pessoas. Sorte nossa pois temos uma ferramenta poderosa para divulgação, e isto faz com que o videoclipe e o ‘lyric video’ sejam tão importantes para o artista quanto a própria música” (Nuno Monteiro – Liar Symphony)

- Liar Symphony:

“Vejo como uma ótima e prática opção para o artista divulgar seu trabalho. Além do baixo custo, os ‘lyric videos’ proporcionam uma interessante interação com os fãs, com imagens da banda ou temáticas e revivendo o bom e velho sing along!!!” (Fabio Schneider – Dreadnox)

- Dreadnox:


“Acredito que tanto o ‘lyric video’ como o videoclipe são essenciais, pois unem música e imagem da banda sendo que a maioria das vezes o ‘lyric video’ tem um custo bem menor para o artista do que um videoclipe, possibilitando-o de ter mais material para o público conhecer ainda mais o seu trabalho” (Tiago Claro – Seventh Seal)

- Seventh Seal:

“Além do custo infinitamente menor do que um videoclipe, o ‘lyric video’ é a forma mais direta e rápida para lançar uma nova música e despertar o interesse das pessoas para o resto do material. E não é uma exclusividade das bandas brasileiras que, obviamente, tem um orçamento muito mais baixo que as grandes bandas estrangeiras e que são suportadas por uma gravadora. Grandes artistas tem usado esse novo formato para divulgar seus singles antes do lançamento dos álbuns. Chegou para ficar!” (Alexandre Grunheidt – Ancesttral)

- Ancesttral:



FONTE

https://whiplash.net/materias/news_801/226468-skyrion.html