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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ana Carolina


Ana Carolina Souza (Juiz de Fora, 9 de setembro de 1974) é uma cantora, compositora, arranjadora e instrumentista brasileira de Pop, Pop Rock, Bossa Nova, Samba e MPB. Ganhadora de 4 Prêmio Multishow de Música Brasileira, 3 Troféu Imprensa e 1 Prêmio TIM de Música. De 1999 até hoje lançou nove álbuns e cinco Digital Versatile Disc, vendendo dois milhões de discos. Ela é uma das cantoras que mais venderam na década de 2000.

Carreira

Ana Carolina nasceu no dia 9 de Setembro de 1974 em Juiz de Fora em Minas Gerais. Logo aos dois meses de idade ela perdeu o pai, que morreu de trombose. Ana tem um irmão e uma irmã, chamada Selma que é 14 anos mais velha.

Sua influência musical vem do berço. Sua avó cantava em rádio, seus tios-avós tocavam percussão, piano, cello e violino. Ana Carolina cresceu ouvindo ícones da música brasileira Chico Buarque, João Bosco, Maria Bethânia; na sua preferência internacional destaca-se Nina Simone, Bjork e Alanis Morrissete. Ainda na adolescência, iniciou a carreira de cantora apresentando-se em bares de sua cidade natal.

Sua mãe era proprietária de um salão de cabeleireiro e, Ana fazia do local seu palco, usava como microfone um rolo de cabelo e cantava versos de Caetano, entre outros. Morava no bairro Granbery, e estudou no Instituto Granbery da Igreja Metodista a maior parte de sua vida.

Aos 12 anos, começou a tocar violão, sozinha, apenas ouvindo, inspirada pelos também mineiro João Bosco. Com apenas 16 anos descobriu ter diabetes, depois de emagrecer 6 quilos de uma hora para outra, ter enjôos e depois de ser internada descobriu a doença quando sua glicemia chegou a 600.

Conhecida por seu registro vocal grave, é classificada como contralto, porém, pode alcançar notas relativamente agudas, portanto, tendo uma grande extensão vocal. Isso a ajudou muito em sua carreira, possibilitando-a interpretar uma ampla variedade de músicas e estilos.

Começou profissionalmente aos 18 anos nos barzinhos da cidade com o repertório de Jobim, Chico, Ary Barroso e outros clássicos. Em entrevista, Ana diz que sua experiência em bares foi, para ela, uma escola, além de cantar sucessos do rádio, já cantava outras canções.

Foi quando Ana Carolina conhecera Luciana David e Keley Lopes, duas estudantes de Comunicação, que gostaram do que ouviram e se tornaram suas empresárias. Então, começaram a surgir convites de mais bares nas cidade vizinhas e, acompanhada sempre pelo amigo e percussionaista Knorr, rodou alguns quilômetros da Zona da Mata mineira. Nesse tempo, Ana começou a compor, contudo essas não foram interpretadas tão cedo.

Ana fez um cursinho pré-vestibular no Colégio e Curso Meta ingressando na faculdade de Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde cursou por pouco tempo.

Conforme o tempo foi passando, Ana ia se tornando mais conhecida, até o dia em que foi convidada para participar em shows maiores, como na abertura do concerto da Orquestra Internacional de Ray Conniff, em 1997.

Posteriormente, o italiano Máximo Pratesi convidou alguns artistas para se apresentarem em Roma. Além de Ana, ele convidou o grupo de mpb da cidade, o Lúdica Música. No Rio, onde assinariam o contrato, Pratesi descobre que Ana era diabética, desistindo de fechar o negócio. No Rio, Ana, muitas vezes, ficava hospedada na casa da amiga Cássia Eller.

Fiquei triste num primeiro momento, mas depois agradeci por não ter ido, pois o fato de eu ter ficado aqui me permitiu crescer e amadurecer na música, a ponto de gravar meu primeiro disco anos depois e ser sucesso no Brasil — Ana Carolina

Depois de realizar vários shows em Belo Horizonte, um rapaz chegou ao camarim com a letra de uma música que compôs enquanto a assistia. Esse rapaz, era o compositor gaúcho, José Antônio Franco Villeroy que se tornaria um dos melhores amigos e parceiros de Ana, a música era "Garganta" - música que foi o primeiro sucesso da carreira da cantora. "Depois me lembrei que conhecia Totonho, eu tinha ido a um show dele no Rio, no Mistura Fina, e adorei, tanto que comprei os dois discos independentes dele.", recorda Ana…

Com a finalidade de fazer da música uma profissão, Ana deixa o curso de Letras e segue para o Rio. Em um show no Mistura Fina, Luciana De Moraes (filha de Vinícius de Moraes) encanta-se com a sua voz grave e cheia de melodia. Resultado, em apenas 15 dias, a jovem e promissora cantora assinou um contrato com a BMG.

Em 1998, ela se apresentou no Hipódromo e no famigerado bar Mistura Fina, e na plateia estava a neta de Vinicius de Moraes, Luciana, a qual entregou uma fita demo. Depois de quinze dias, Ana estava com proposta de duas gravadoras, contudo, assinou o contrato com a BMG. Isso fez com que ela se mudasse para o Recreio dos Bandeirantes, e começasse a produzir seu primeiro álbum, Ana Carolina.

Naquele ano, duas canções desse trabalho foram parar em duas trilha sonoras de novelas da TV Globo: "Garganta" foi para em "Andando nas Nuvens" e "Tô Saindo" parou na sucessora, "Vila Madalena". "Nada pra Mim", uma inédita composta por John, do mineiro Pato Fu, integrou a trilha de Malhação, em 2000, mesmo ano em que veio a indicação à primeira edição do GRAMMY Latino, na categoria brasileira de "Melhor Álbum Pop Contemporâneo".

Com o álbum, Ana ganhou disco de ouro pelos 250 mil cópias vendidas e foi apontada como "a grande promessa da MPB", comparada com Cássia Eller e Zélia Duncan. Em 2001, Ana Carolina fez composições e interpretou música para o filme "Amores Possíveis", "Velas e Vento" e "Margem da Pele", esta última é interpretada por Paula Lima.

Assim, em 1999, chegou ao público de todo o Brasil o CD “Ana Carolina”. O CD, uma verdadeira obra de arte, resgastou os clássicos antigos da MPB (“Beatriz”, “Alguém me disse” e “Retrato em branco e preto” de Chico Buarque) passa pelo Pop de Lulu Santos (“Tudo bem”) e revela Ana Carolina como compositora (“A canção tocou na hora errada”, “Trancado”, “Armazem” e “O avesso dos ponteiros”) e também a Totonho Villeroy (“Garganta” e “Tô saindo”), que passa a ser o seu grande parceiro em composições. Foi através desse CD que Ana Carolina foi indicada ao Grammy Latino.

Ana Carolina conta, hoje, com inúmeras canções de sucesso, entre elas o single "Quem de Nós Dois", "Encostar Na Tua", "Uma Louca Tempestade", "Rosas" e "Carvão".

Em Abril do mesmo ano, o segundo álbum, Ana Rita Joana Iracema e Carolina, com onze letras compostas por ela e, as várias mulheres criadas por Chico Buarque, fazem parte do título do álbum, como uma homenagem que a cantora faz ao seu grande ídolo.

O álbum vendeu 100 mil cópias, e ficou com duas semanas com o 2° mais vendido do Rio de Janeiro e São Paulo e, em 15 dias foi contemplado com o disco de ouro, depois de platina, ultrapassando a marca de 300 mil exemplares. "Quem de Nós Dois (La Mia Storia Tra le Dita)", versão de Ana e Dudu Falcão para um sucesso italiano dos anos 1990, que fez parte da trilha de mais uma novela das 7, Um Anjo Caiu do Céu.

Em 1° de Maio de 2001, às cinco da manhã, Ana saía do apartamento de Paulinho Moska, no Leblon, em direção ao seu na Barra, quando na Av. das Américas perdeu o controle do seu Mercedes-Benz Classe A, que se espatifou contra um poste. Ainda lúcida, foi resgatada e levada para a UTI do Hospital Barra D'Or. Ana sofreu fratura na tíbia e um corte na cabeça, um pouco acima da orelha, onde foram necessários 30 pontos. Em consequência disso, o início da turnê foi adiado.

Em agosto de 2003, lança seu terceiro álbum, batizado de Estampado, Ana diz que ele tem a sua cara. O disco é mais rock'n'roll, o violão nervoso de Ana guia todos os seus batimentos, e os gritos são mais do que confissões. São 13 canções próprias e novos parceiros, como Chico César e Seu Jorge.

Em outubro de 2003, Ana lança o DVD "Estampado", um documentário que contém os bastidores da gravação do álbum, a fase de composições, gravação e finalização, com bate-papos com João Bosco, Chico Buarque e Maria Bethânia, entre outros amigos.

Estampado rendeu 100 mil cópias. O álbum foi considerado o melhor de sua carreira e por todos os cantos se ouvia Ana Carolina, tanto que recebeu disco de ouro em 2004.

Como se não bastasse, Ana lançou o segundo DVD, Estampado - Um Instante Que não Para", gravado no Claro Hall, com a presença de 9 mil pessoas. Nessa versão, encontramos as canções "Vestido Estampado", "Sinais de Fogo", "Outra Vez" e "Eu Gosto é de Mulher", sucesso de 20 anos atrás do Ultraje a Rigor, agora transformado em discurso gay.

Em 2005, chegou ao mercado Perfil, coletânea de sucessos que logo alcançou o lugar mais alto no ranking dos mais procurados, com mais de 320 mil exemplares vendidos. O álbum rendeu a Ana três certificados: de Platina, Platina Duplo e Diamante, no mesmo ano de lançamento. No Brasil, foi o quarto CD mais vendido de 2007.

Ana & Jorge

Ana & Jorge, foi gravado durante o projeto "Tom Acústico" de 2004, promovido pela casa de shows paulista Tom Brasil (Hoje HSBC Brasil), que reúne artistas de diferentes gêneros musicais, mas com grandes afinidades. O show rendeu um álbum e um DVD, intitulado "Ana & Jorge", lançado pela gravadora Sony no ano seguinte, obtendo ótima receptividade de público e crítica. O single "É Isso Aí (The Blower's Daughter)", uma versão de Ana Carolina para The Blower's Daughter, do cantor Damien Rice, estourou nas rádios.

A partir de agosto de 2006, Ana Carolina passou a integrar o corpo de apresentadoras do programa Saia Justa, no canal GNT. A partir aí, lançou um novo álbum, o duplo Dois Quartos. Assim, como os antigos discos de vinil, o álbum tem dois lados. Lançado pela Sony, traz discos parecidos, mas com personalidades diferentes: O primeiro, "Quarto", traz faixas de trabalho e o pop tradicional de Ana, conhecido pelas rádios e pelos fãs. O segundo, "Quartinho", Ana ousa outras linguagens e novos formatos.

Neles, a cantora se supera, em maturidade, criatividade e em ousadia, apresentando faixas como "Cantinho", numa letra cheia de desejos proibidos, e 'Eu Comi a Madonna", em que fala de mulheres provocantes. Outras músicas se destacaram, como "Rosas", "Carvão" - que foi incluída na trilha sonora da telenovela Paraíso Tropical, da Rede Globo -, "Aqui", "Nada te Faltará", "Vai" (composta por Simone Saback), "Ruas de Outono" e "O Cristo de Madeira". O álbum rendeu a Ana Carolina o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Cantora.

O sétimo álbum de Ana Carolina foi gravado nos dias 24 e 25 de novembro de 2007 no Credicard Hall, em São Paulo. O show teve 20 canções, a maioria do sexto álbum: "Nada te faltará", "Rosas", "Tolerância" e "Ruas de Outono". Entre as surpresas, há a canção que fez para Mart'nália "Cabide" e "Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar" composta com Jorge Vercilo para Maria Bethânia, e ainda teve a regravação de "Três", sucesso de Marina Lima). O ponto alto do show fica por conta de É Isso Aí, cantada e executada ao piano. "Multishow ao Vivo: Dois Quartos" venceu o Prêmio Multishow 2008 na categoria Melhor Show e foi indicado a melhor DVD de música no Prêmio Multishow em 2009.

Aqui - Ana Carolina


Ana carolina - Eu e Você


Quem de Nós Dois - Ana Carolina


FONTE

fãclubeoficial

Wikipédia

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