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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Lúcio Alves


Lúcio Alves, um dos precursores da Bossa Nova, tornou-se um dos cantores mais populares do rádio. Alguns de seus maiores sucessos foram ‘Sábado em Copacabana’ e ‘Valsa de uma Cidade’.



Lúcio Alves canta "A Vizinha do Lado" de Dorival Caymmi no filme "Marido de Mulher Boa", filmado em 1960 pelo diretor J. B. Tanko. http://bossa-brasileira.blogspot.com/

VIDA E OBRA

Lúcio Ciribelli Alves (Cataguases, 28 de janeiro de 1927 — Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1993) foi um cantor e compositor brasileiro. Mineiro de Cataguases, filho de um maestro de banda, começou a tocar violão na infância.

Aos 9 anos interpretou a musica “Juramento Falso”, sucesso do repertorio de seu ídolo: Orlando Silva. Mudou-se ainda criança para com a família para o Rio de Janeiro, onde começou a participar de programas de rádio, como cantor e radio-ator.

Criou nos anos 1940, o grupo musical Namorados da Lua. Lúcio, aos 14 anos, era o cantor, violonista e arranjador; o grupo fez sucesso e se desfez em 1947. Lúcio Alves compôs com Haroldo Barbosa a canção "De conversa em conversa" e "Baião de Copacabana".


No início da década de 1950 se tornou um dos cantores mais populares do rádio. Gravou com Dick Farney - Teresa da praia (Tom Jobim/Billy Blanco), Sábado em Copacabana (Dorival Caymmi/Carlos Guinle), Valsa de uma cidade (Ismael Neto/Antônio Maria), Xodó (Jair Amorim/J M de Abreu).

Tereza da Praia- Dick Farney e Lúcio Alves

Música de Tom Jobim e Billy Blanco

Lúcio
Arranjei novo amor
No Leblon
Que corpo bonito
Que pele morena
Que amor de pequena
Amar é tão bom

O Dick
Ela tem
Um nariz levantado
Os olhos verdinhos
Bastante puxados
Cabelo castanho
E uma pinta
So lado
É a minha Tereza
Da praia

Se ela é tua
É minha também
O verão passou
Todo comigo
O inverno pergunta
Com quem
Então vamos
A Tereza
Na praia deixar
Aos beijos do sol
E abraços do mar
Tereza

É da praia
Não é de ninguém
Não pode ser tua
Nem minha também
Tereza
É da praia

Lançou o disco Lúcio Alves interpreta Dolores Duran - 1960 - homenageando a cantora que morreu em 1959.

Em 1975, depois de um longo hiato, lançou o sensacional Lucio Alves. O disco trazia somente composições com nomes de mulher. Ana Luisa, Risoleta, Rosa e, a mais bela gravação já feita dessa música, Ligia, de Tom e Chico Buarque.


Os discos "A bossa é nossa" e "Balançamba", destacam-se as suas interpretações para Dindi (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), Samba da minha terra de Dorival Caymmi, Ah, se eu pudesse e O barquinho (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli). Dóris e Lúcio no Projeto Pixinguinha - com Dóris Monteiro - gravadora EMI Odeon Brasil - 1978.


Romântico/A arte do espetáculo - ao vivo - gravado ao vivo no restaurante-bar Inverno & Verão - São Paulo - agosto de 1986. Foi a última gravação de Lúcio Alves.


"Enquanto a Vida Passa - Uma homenagem a Lúcio Alves"

O Espetáculo estreou, com sucesso de público, no dia 14 de Julho, no Teatro Café Pequeno e cumprirá temporada até 12 de Agosto de 2010. Este espetáculo já foi apresentado no Teatro Bibi Ferreira, em sua primeira versão, e teve sua reestréia com nova direção e alterações cênicas, no Bar do Tom, onde foi sucesso de público.

O homenageado deste espetáculo, Lúcio Alves, começou, aos nove anos, participando de programas de rádio, inscrevendo-se no programa de calouros para canta a música "Um Juramento Falso". Venceu o concurso com uma interpretação impecável e com tamanha carga emocional, para uma criança de nove anos, que o apresentador do programa, Barbosa Junior, o apelidou de "Cantor de Multidinhas" como uma referência elogiosa ao grande ídolo Orlando Silva, conhecido como o Cantor das Multidões.

Lúcio Alves criou o grupo "Namorados da Lua" em 1941, no qual era cantor, violinista e arranjador vocal. O grupo se desfez em 1947, quando Lúcio Alves partiu para a carreira solo. Ainda adolescente começou também a compor, tendo feito em parceria com Haroldo Barbosa a obra-prima "De Conversa em Conversa", que está no espetáculo.

"Enquanto a Vida Passa - Uma homenagem Lúcio Alves" une elementos musicais e cênicos e apresenta fragmentos da vida pessoal e artística do Lúcio Alves, alterna blocos de músicas e textos. As falas são ditas por Lúcio, com a interpretação da ator André Poubel.

A cantora e atriz Andreia Carneiro interpreta a Ânima, que é sua alma capaz de transformar a dramaticidade da música "Noite de Paz" em uma prece de graças. É ela quem permite que a consagrada "Chão de Estrelas" seja cantada praticamente à capela.

No espetáculo "Enquanto a Vida Passa - Uma homenagem a Lúcio Alves" o autor, Renato Alvim, dá vida a Lúcio Alves para apresentar o estado de maturidade emocional em que o personagem se encontra ao entrar em contato com sua própria Ânima, Anderia Carneiro, que interpreta o repertório de Lúcio Alves para apresentar a manifestação de sua Ânima. E é através de sua voz que o público ouve os sucessos do homenageado cantados de forma intimista, suave, "fraseada", como de ele sempre quis e nem sempre pode cantar. Acompanham Adreia Carneiro os musicos, Celinho Burlamaqui, Sylvio Barbosa. Bonavita e Marquinho Roberto, que também acumula a direção musical.


A interpretação dos sucessos musicais de Lúcio Alves é representada com a simplicidade, a docilidade e a delicadeza que apenas a alma artística de uma grande intérprete é capaz de realizar.

A produção pretende, com este espetáculo, trazer para o presente oo brilho e o estilo de Lúcio Alves, porém com a releitura de sua última apresentação ao vivo em 1986, em São Paulo, onde originou o CD "No Palco! Lúcio Alves".

Alexandre Maguolo assina a direção cênica e o autor Renato Alvim a direção geral. Ao todo são 22 músicas que encantarão o público, entre as citadas também não poderia deixar de ser interpretada a música que deu nome ao espetáculo "Enquanto a Vida Passa".



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