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domingo, 16 de janeiro de 2011
Zé Renato
"Pai fecha a torneira que a água do mundo ta acabando...!" Foi a partir deste pedido, do seu filho caçula Benjamin, que o cantor e compositor Zé Renato teve a idéia do projeto musical "Água Pras Crianças" - Cada Gota é um Tesouro, onde ele pretende levar até as crianças de forma envolvente e original, um trabalho musical que transmita boas idéias e enriqueça sua sensibilidade.
Ouça abaixo uma pequena amostra do projeto:
Água, pra quê?
Declaração Universal dos Direitos da Água
***Gostei desse assunto... em 2002 eu fiz a minha Monografia tendo por temática o Poema "Águas" do poeta sul-matogrossense Manoel de Barros.
ÁGUAS
Desde o começo dos tempos águas
e chão se Eles se encontram amorosamenteamam.
E se fecundam.
Nascem formas rudimentares de seres e plantas
Filhos dessa fecundação.
Nascem peixes para habitar os rios
E nascem pássaros para habitar as árvores.
Águas ainda ajudam na formação das
conchas e dos caranguejos.
As águas são a epifania da Natureza.
Agora penso nas águas do Pantanal
Nos nossos rios infantis
Que ainda procuram declives para correr.
Porque as águas deste lugar ainda são espraiadas
Para o alvoroço dos pássaros.
Prezo os espraiados destas águas
com as suas beijadas garças.
Nossos rios precisam de idade ainda
para formar os seus barrancos
Para pousar em seus leitos.
Penso com humildade que fui convidado
para o banquete destas águas.
Porque sou de bugre.
Porque sou de brejo.
Acho que as águas iniciam os pássaros
Acho que as águas iniciam as árvores
e os peixes
E acho que as águas iniciam os homens.
Nos iniciam.
E nos alimentam e no dessedentam.
Louvo esta fonte de todos os seres,
de todas as plantas, de todas as pedras.
Louvo as natências do homem do Pantanal.
Todos somos devedores destas águas.
Somos todos começos de brejos e de rãs.
E a fala dos nossos vaqueiros
carrega murmúrios
Destas águas.
Parece que a fala de nossos vaqueiros
tem consoantes Líquidas
E carrega de umidez as suas palavras.
Penso que os homens deste lugar
São a continuação destas águas.
(Barros, Manoel de. Águas, 2001)
Com mais de 30 anos de história na música, Zé Renato aterrisa em Campinas com repertório extenso para o show que faz nesta quarta-feira (19/01/11), às 21h, no Almanaque Café. Na apresentação, o cantor relembrará alguns de seus sucessos, enquanto será acompanhado pelo conjunto campineiro Quarteto de Cordas Vocais.
Zé Renato ficou conhecido por tocar no grupo Boca de Livre, mas paralelamente ao conjunto o cantor construiu sua carreira solo, que já reúne oito álbuns. Emplacou diversos sucessos, como as músicas “Pelo sim, pelo não” e “A hora e a vez”, incluídas na trilha da novela “Roque Santeiro”.
Mas o cantor e compositor capixaba ganhou mesmo projeção ao interpretar e homenagear grandes nomes da música nacional, como Sílvio Caldas, Zé Kéti, Noel Rosa e Chico Buarque, entre outros...(EPCampinas)
Zé Renato canta "Namoradinha de um amigo meu",
Composição de Roberto Carlos - no Estúdio Outra Margem
Estou amando loucamente
A namoradinha de um amigo meu
Sei que estou errado
Mas nem mesmo sei como isso aconteceu
Um dia sem querer olhei em seu olhar
E disfarcei até pra ninguém notar.
Não sei mais o que faço
Pra ninguém saber que estou gamado assim
Se os dois souberem
Nem mesmo sei o que eles vão pensar de mim
Eu sei que vou sofrer mas tenho que esquecer
O que é dos outros não se deve ter
Vou procurar alguém que não tenha ninguém
Pois comigo aconteceu
Gostar da namorada de um amigo meu.
VIDA E OBRA
José Renato Botelho Moschkovich, mais conhecido como Zé Renato (1 de Abril de 1956) é um cantor, instrumentista e compositor capixaba.
Aos 9 anos de idade, Zé Renato atuou em uma peça de teatro dirigida por Ziembinski. Na adolescência aprendeu a tocar violão.
Zé Renato participou de festivais de música e em 1977 integrou o grupo Cantares.
Em 1982 lançou um álbum solo Luz e mistério.
Em 1984 passou a integrar o grupo Boca Livre.
Em 1986 formou com Cláudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista, a Banda Zil, no ano seguinte integrou a banda Al di Meola.
Nos Anos 90 lançou de vez em carreira solo.
Zé Renato foi casado com a atriz Patricia Pillar por 10 anos (1985-1995).
Em 2010 - Papo de Passarim - *Duas vozes, dois violões, um pouco de percussão. O formato limpo e intimista é a base do magistral encontro de Zé Renato e Renato Braz. A dupla coleciona muitas afinidades: cantores afinadíssimos e sofisticados constroem suas carreiras por caminhos bem próprios, com assinatura. E o novo ponto, interseção entre as duas histórias, acontece no show que virou CD, vai ser DVD, e volta para a estrada como show. Papo de Passarim, singelo assim.
Zé Renato foi referência para Renato Braz no início de uma carreira que já soma 20 anos. O primeiro encontro no palco do capixaba Zé Renato com o paulista Renato Braz aconteceu em duas apresentações especialíssimas no Sesc Vila Mariana. Com o sucesso do duo, Zé Renato e Renato Braz receberam convite do Canal Brasil para um especial, que foi gravado nos últimos dias de maio no Teatro Fecap, também em São Paulo. O nobre show chega primeiro nesse CD ao vivo, que abre alas para o especial de TV e o lançamento em DVD.
Somando ideias o repertório foi construído a partir de papos informais entre os dois artistas.
Entram sambas do mineiro João Bosco com o carioca Aldir Blanc (Kid Cavaquinho/De frente pro crime) e do paulistano Paulo Vanzolini (Capoeira do Arnaldo). A poesia de Paulo Cesar Pinheiro aparece com os parceiros Wilson das Neves (Um novo amor chegou e O dia em que o morro descer e não for carnaval) e Dori Caymmi (Rio Amazonas e Desenredo). Ares cubanos chegam em composição de Ela O'Farrill (Adios felicidad) enquanto o nordeste brasileiro está representado com Raymundo Evangelista e Ary Monteiro (Panelada de bochecha, com direito a versos que celebram o papo de passarim). O cancioneiro clássico brasileiro ainda aparece na parceria de João de Barro e Antonio Almeida (A saudade mata a gente).
Da obra de Zé Renato, recriam duas parcerias com Milton Nascimento: "Ponto de encontro" e "Anima", essa costurada a "Sem fim", de Novelli e Cacaso. Com Xico Chaves, Zé assina o "Papo de passarim" que batiza o trabalho enquanto com Cláudio Nucci e Ronaldo Bastos apresenta "A hora e a vez".
O disco não marca apenas o encontro de dois trabalhos, é efetivamente uma obra de duo. Nesse trabalho os dois dividem vocais, direção musical e se dobram nos violões e nas percussões. A dupla tem o acompanhamento luxuoso do baixo de Sizão Machado, pontuando elegante o ambiente. (*Por Beto Feitosa)
FONTE
Wikipédia
Musicaria Brasil
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