Pra quem gosta de jazz, devidamente temperado por ritmos brasileiros...
Carlos Malta - O Bebado e a Equilibrista - Heineken Concerts - 2000
...Carlos Malta iniciou em fevereiro/2011 uma série de shows e oficinas pelo País tanto para apresentar o disco "Tudo Azul", lançado no ano passado, como para falar sobre as origens do samba, da bossa, do baião e do choro.
Carlos Malta - Garota De Ipanema - Heineken Concerts - 2000
"Quando eu abro a 'caixa preta', quando falo da música, é para falar na mesma língua do público. E é uma experiência que pode mudar a vida de uma pessoa. Minha intenção é que o cara saía do workshop e vá direto para uma loja comprar um instrumento musical. Se isso acontecer, pra mim, será o sucesso absoluto", diz, em entrevista por telefone à Agência Estado.
Nos dias 25 e 26 de fevereiro, à noite, o Carlos Malta Quarteto fará show no Sesc Pinheiros. E, no dia 26, das 14h às 16h, ocorrerá a primeira oficina "Diversidade da Música Brasileira", cujas inscrições tiveram início no dia 1º. Outras serão realizadas em Presidente Prudente, em um acordo entre o Sesc e a Secretaria de Cultura da cidade. E, com patrocínio da Petrobras, haverá ainda uma turnê pelo Norte e Nordeste, com shows e oficinas em Rio Branco, Manaus, Belém, Fortaleza, Natal e Teresina.
Foi uma aula de flauta doce na escola, quando tinha uns sete anos, que mudou a vida de Malta, hoje maestro e multiinstrumentista, com passagens pela banda de Hermeto Pascoal, cuja convivência amplificou sua percepção da música viva em tudo e todos. Não é à toa que é chamado de "Escultor do Vento". Seja no sax, na flauta, pife ou clarone. Este último, aliás, um instrumento muito restrito à música erudita, foi veículo de forte tensão a quem ouviu os solos da música "Soul Sin/Sou Sim", do novo disco, em show em dezembro, no Jazz nos Fundos, em São Paulo.
Malta fez esse tema como uma resposta ao contrabaixo de "So What", de Miles Davis. Mas foi muito além. "Aquele instrumento (clarone) faz muito bem à alma. O clarone, como instrumento de orquestra, é muito comportado. Aí quando você pega o instrumento como um aborígene - e minha relação com o instrumento é essa - aí é a intuição se servindo de um conhecimento técnico. É um voo completamente radical." E a resposta a Miles, na verdade, é que Malta é sim O Cara, e aí?
Mesmo se o público das oficinas não se motivar a fazer música, um evento assim é importante para formar plateia e ampliar o espaço da música instrumental. Além de Malta, estarão no palco-escola o contrabaixista Guy Sasso, o baterista Richard Montano e o pianista Daniel Grajew.
"Vamos falar, por exemplo, de onde vem o baião. Qual o tipo de material étnico do qual os ritmos são compostos? A maioria das coisas que a gente toca tem um centro rítmico que inspira a parada."
VIDA E OBRA
Carlos Malta (25 de fevereiro de 1960, no Rio de Janeiro) é um músico brasileiro. Toca diversos tipos de flauta (flautim, flauta, pífano, flauta baixo, flautas indígenas, entre outros), além de clarinete, clarone e saxofone (Pode-se dizer os instrumentos de sopro com apenas uma palheta). É também compositor, arranjador e educador musical.
Iniciou a tocar profissionalmente com dezoito anos, tocando com músicos como Johnny Alf, Antônio Carlos & Jocafi e Maria Creuza.
Em 1981 passou a acompanhar Hermeto Pascoal, tocando com ele até 1993, quando iniciou sua carreira solo.
Tocou também com Egberto Gismonti, Pat Metheny, Gil Evans, Marcus Miller, Charlie Haden, Wagner Tiso, Laércio de Freitas e Nico Assumpção.
Atua frequentemente como músico de estúdio, havendo participado de discos de Guinga, Lenine, Sérgio Ricardo, Leila Pinheiro, Marcus Suzano, Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso, Gilberto Gil (no álbum São João Vivo, de 2001).
Em 1993 aliou-se ao violoncelista suíço Daniel Pezzotti para a gravação do disco "Rainbow", concorrendo ao Prêmio Sharp de 1995.
Participa, como professor, de festivais no Brasil e no exterior desde 1994. Nesse ano, fundou os grupos Coreto Urbano (formação variada) e Pife Muderno (Carlos Malta, Andréa Ernest Dias, Marcos Suzano, Oscar Bolão e Durval Pereira).
Em 1997 apresentou-se no Free Jazz Festival com o Coreto Urbano e o Pife Moderno, num show eleito pelo jornal O Globo como o melhor show do ano.
Lançou em 1998 o seu primeiro CD solo, chamado "O Escultor do Vento".
No ano seguinte, saiu o disco "Carlos Malta e Pife Muderno" (1999).
Recebeu o troféu guarnicê de melhor trilha sonora no 26º Festival de Cinema, em 2003, no Maranhão.
Em 2003 participou do CD Os Bambas da Flauta, lançado pela Kuarup.
Carlos Malta e Ricardo Herz - O Canto da Ema
Discografia
Solo
O Escultor do Vento (1998)
Carlos Malta e Pife Muderno (1999)
Pixinguinha - Alma e Corpo (2000)
Pimenta (homenagem a Elis Regina) (2000)
Ponto de Bala
Duos
Instrumental no CCBB - Laércio de Freitas e Carlos Malta (1993)
Rainbow (com Daniel Pezzoti) (1993)
Com Coreto Urbano
Carlos Malta e o Coreto Urbano
Tudo Coreto
Com Pife Muderno
Carlos Malta e Pife Muderno (1999)
Paru (2006)
Chiclete com Banana - Gordurinha e Almira Castilho
Participações em discos de Hermeto Pascoal
"Hermeto Pascoal e Grupo" (som da Gente - 1982)
"Lagoa da Canoa" (Som da Gente - 1984)
"Brasil Universo" (Som da Gente - 1986)
"Só não toca quem não quer" (Som da Gente - 1987)
"Festa dos Deuses" (Polygram - 1992)
Feira de Mangaio Carlos Malta, Ricardo Herz e Roda de Choro
FONTE
Estadão.com.br
Wikipédia
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