Leonardo Gandelman, mais conhecido como Leo Gandelman, (Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1956) é um saxofonista e compositor brasileiro. Destaca-se por tocar vários tipos de saxofones, ter uma forte presença de palco e criar um tipo de música contagiante.
Trabalhou com Lulu Santos (tocando em Sincero e Certas Coisas), e iniciou carreira-solo em 1988. Apesar de ser um músico de estúdio na essência, já tocou com quase todos os artistas da MPB. Fez várias músicas que foram usadas de trilha sonora. Seu disco que mais vendeu foi o terceiro, Solar.
Filho de uma pianista clássica e de um maestro, aos 15 anos já era solista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Além da sólida formação clássica, estudou no Berklee College of Music, nos Estados Unidos, regressando ao Brasil em 1979 para dar início à carreira profissional.
Desde 1977, Leo vem se dedicando à carreira como saxofonista, arranjador e produtor, tendo participado em mais de 800 gravações.
Iniciou sua carreira solo em 87 inspirando- se principalmente na música brasileira e no Jazz, sempre com clara versatilidade e criatividade. Estas são marcas registradas que fizeram com que ele fosse eleito durante 15 anos consecutivos pelo concurso “Diretas na Música” do Jornal do Brasil, “o Melhor Instrumentista Brasileiro”.
Pouco depois, agregou a seu currículo as funções de arranjador e produtor, iniciando vitoriosa carreira na MPB. Gandelman gravou com praticamente todo mundo.
Em 1997, iniciou carreira solo, aproximando-se cada vez mais do jazz e da música erudita. Seu trabalho também foi lançado com grande sucesso nos Estados Unidos, onde Leo desenvolveu uma carreira notável na última década, com direito a seis temporadas de casa cheia no Blue Note de Nova Iorque.
Com o trânsito fluente entre o Jazz e o clássico, participou como solista - em 2001 - dos concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira no Lincoln Center e no Central Park.
Voltando ao Brasil, Gandelman também foi solista da Orquestra Sinfônica da Bahia, de Ribeirão Preto, entre outras, interpretando a Fantasia de Villa Lobos para Sax Soprano e Orquestra e o Concertino para Sax Alto, de Radames Gnatalli.
O mesmo repertório o levou à sala São Paulo, onde se apresentou com a OSESP em 2003, sob a regência do maestro John Nashling.
Em 2004, Leo Gandelman foi solista convidado da Orquestra Sinfônica de Brasília no concerto da Independência, com um repertório de músicas brasileiras para o presidente Lula e convidados do governo.
E em 2006 gravou um CD/DVD com a Orquestra Sinfônica da Petrobrás, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, do Concertino de Radamés Ganattali que foi lançado pela Rádio MEC.
Leo já gravou dez discos ao longo de sua carreira solo, tendo vendido mais de 500.000 copias. Nos últimos anos tem realizado workshops e participado de diversos Festivais em todo país.
Com o CD "Radamés e o Sax" Leo Gandelman , ganhou do premio TIM 2007 como “ Melhor Disco Instrumental “ e “ Melhor produtor “.
O artista tem se dedicado ao lançamento do novo projeto em CD e DVD “Sabe Você” pela EMI Music Brasil, numa linda releitura de baladas brasileiras contando com participações especiais de grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Leny Andrade, Ney Matogrosso, Joel Nascimento e Leila Pinheiro.
Em Dezembro de 2009 . participou do "Moscow City Jazz Festival " e foi tambem a Caracas onde sob a Regencia de Issac Karabitchevsky , foi solista convidado da "Orquestra Jovem de Caracas" .
Um dos pontos altos desse caminho, seu novo álbum Origens (Saxsamba), não foi batizado à toa.
“Redescobri meu início”, conta o artista. O reencontro com a música erudita, diz, foi em 1999. O ano é o mesmo do lançamento de Primeiro Brasil sinfônico, em parceria com o maestro e compositor carioca Silvio Barbato.
Paralelamente, começou a fazer releituras de concertos com a pianista Maria Teresa Madeira, sempre em reduções para piano. Nesse contexto foram gravadas as 15 faixas que compõem o novo trabalho. “Eu e ela vínhamos ensaiando para tocar e já estávamos com tudo pronto, só não sabíamos quando seria lançado”, lembra.
Gravado em novembro de 2009 no próprio estúdio de Gandelman, no Rio de Janeiro, o disco reúne exclusivamente peças para saxofone e piano, contemplando composições de Villa-Lobos, Jacques Ibert, Radamés Gnatalli, Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Em primorosas performances, Gandelman se reveza entre os saxofones soprano, alto e tenor, tendo em sua companhia ora Maria Teresa Madeira, ora Estela Caldi, ambas ao piano.
De Villa-Lobos, escolheu Fantasia para sax soprano e Quatro canções da floresta do Amazonas. “Fantasia é uma peça à qual me dedico há 10 anos, procurando me aperfeiçoar e conseguir interpretação cada vez mais pessoal”, revela.
Outra composição que escolheu para o novo disco e que vem lhe dando muito trabalho, conta, é Concertino para sax alto, do francês Jacques Ibert: “Essa peça tem extremo grau de virtuosismo, me dediquei pra caramba. É tecnicamente complicada e de um lirismo enorme”.
Brasiliana 7, do gaúcho Radamés Gnatalli, já havia sido gravada por ele em Radamés e o sax, álbum que lançou em comemoração ao centenário de nascimento do homenageado, em 2006, e dedicado exclusivamente ao seu repertório.
Naquela época, foi gravada com quinteto, e agora ganhou versão para sax e piano. Já Brejeiro (Ernesto Nazareth) e Gaúcho (Corta-jaca), de Ernesto Nazareth, que completam o disco, são duas músicas que ele e Maria Teresa estão acostumados a tocar em shows. “Elas trazem alegria ao disco”, acredita ele.
TRÁFEGO
Gandelman está com agenda cheia. Divide o tempo entre projetos em duo, quinteto e orquestra, sem falar nas trilhas sonoras. A propósito, no momento ele está se preparando para gravar seu próximo álbum autoral (em quinteto, com lançamento previsto para o segundo semestre) e está às voltas com a finalização da música para o documentário Cartas para o futuro, sobre Cuba, dirigido por Renato Martins e Lula Carvalho.
Sem falar que Origens foi lançado pelo seu novo selo, Saxsamba, pelo qual o músico relança Radamés e o sax. “Ter o próprio selo é a melhor maneira de pôr para fora a própria música. A realidade exige isso. Hoje, a atividade de músico é multifacetada”, afirma. Ele ainda não sabe se o selo servirá só para seus lançamentos ou se acabará se tornando plataforma para outros artistas.
Além disso, o saxofonista anuncia para este ano parceria com o grupo Azymuth e participação num dos shows que a cantora norte-americana Cyndi Lauper fará no Brasil este mês. “Vivemos um momento em que as barreiras que se impõem ao músico são as suas próprias limitações. A gente, hoje, é livre para trafegar em todos os estilos. Não há mais patrulhamento”, conclui.
Por Eduardo Tristão Girão, do Estado de Minas
FONTE
Diário de Pernambuco
Wikipédia
siteoficial
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