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sábado, 26 de março de 2011

Marinês


Marinês, nome artístico de Inês Caetano de Oliveira (São Vicente Férrer, 16 de novembro de 1935 — Recife, 14 de maio de 2007) foi uma cantora brasileira de forró, baião e xaxado, entre outros ritmos. Cantora pernambucana muito popular no nordeste, considerada a Rainha do Forró, gravou mais de 30 discos em sua carreira.

Entre os sucessos de Marinês, estão: "Por debaixo dos panos", "Pisa na fulô" e "Peba na pimenta".

Marinês nasceu em Pernambuco mas foi criada na Paraíba, em Campina Grande, onde cantava no colégio. Em seguida ganhou prêmios em concursos de calouros e foi criando fama como cantora de forró.

Filha de pai seresteiro, iniciou a carreira na banda Patrulha de Choque do Rei do Baião, que formou com o marido Abdias e o zabumbeiro Cacau para se apresentar na abertura dos shows de Luiz Gonzaga. Gravou o primeiro disco em 1956 e integrou o grupo de Luiz Gonzaga, com quem foi para o Rio de Janeiro.

Gravou o primeiro disco em 1956, já à frente do grupo Marinês e sua Gente, com o qual se consagrou. A Primeira canção gravada por Marinês foi em 1956, com Luiz Gonzaga, intitulada por Mané e Zabé.

Participou de filmes, cantou em rádios e se apresentou em diversos lugares, mas sempre voltou ao nordeste, onde seu público cativo lota cinemas, auditórios e estações de rádio para assisti-la e dançar ao som de sua música.

Zé Gonzaga e Marinês e sua Gente

(Zé Gonzaga e Marinês cantando no filme "Rico Ri à Toa", em 1957, com direção de Roberto Farias)

O álbum Marinês e sua Gente - 1960 - RCA Victor - BBL 1075) traz as seguintes faixas: História de Lampião, de Onildo Almeida; Povo bravo, de Onildo Almeida; Trem da Central, de Mary Monteiro, Gordurinha; A banda do Zé, de Adelino Rivera, Antônio Barros; Carestia, de Onildo Almeida; Viúva nova, de Reynaldo Costa, Juvenal Lopes; Chegou São João; Zé Dantas, Joaquim Lima; Do lado de lá, de Adelino Rivera, Antônio Barros; Alô Paraíba, de Mary Monteiro, Gordurinha; Os óio de Anabela, de Julinho, João do Vale; Saudade do nordeste, de Antônio Barros, Aleixo Ourique; Depois da asa branca, de Antônio Barros.


Em 1999 o CD comemorativo dos 50 anos de carreira da cantora, "Marinês e Sua Gente", foi produzido por Elba Ramalho e contou com a participação de Lenine, Dominguinhos, Genival Lacerda, Chico César, Geraldo Azevedo, Antônio Barros (e Cecéu), Moraes Moreira, Alceu Valença, Zé Ramalho, Marco Farias, Margareth Menezes e Ney Matogrosso interpretando sucessos de forró como: "Forró do Beliscão", "Coco da Mãe do Mar", "Meu Cariri", "Lamento Sertanejo", "A Noite Toda", "Forró das Comadre" e outros.

Em 2003, a cantora se submeteu a uma cirurgia de implante de uma ponte de safena.

Marinês tivera um AVC em 5 de maio/2007, em Recife, e estava se recuperando no Real Hospital Português de Beneficência, no Recife. Dona do título de "Rainha do forró e do xaxado", a cantora Maria Inês Caetano de Oliveira, a Marinês, morreu no Hospital Português, em Recife /PE, aos 71 anos.



Marinês morreu no Recife, em Pernambuco, Estado onde nasceu, mas sua terra de coração era a Paraíba, para onde se mudou ainda pequena. Lá, ouviu os sucessos de Emilinha Borba no rádio. E o baião de Luiz Gonzaga pelos alto-falantes que irradiavam o som do velho Lua por todo o Nordeste. E foi ele - o "Rei do Baião" que ensinou a Marinês as manhas do xaxado, o que acabou fazendo com que ela fosse coroada a soberana deste ritmo acelerado. A Elba de sua era. Como Elba foi a Marinês da era atual.



(Vídeo extraído do DVD do grupo paraibano de forró pé-de-serra Clã Brasil, gravado no Teatro Paulo Pontes (Espaço Cultural), em João Pessoa.)

Primeira mulher a formar um grupo de forró, Marinês e sua Gente, a artista adicionou o "Maria" ao seu nome para driblar a proibição paterna e poder cantar na rádio. E, por obra e graça de um locutor menos atento, Maria Inês virou Marinês. E assim ela assinou seu nome do primeiro ao último disco, "Marinês Canta a Paraíba, editado em 2005. Mais do que a "Rainha do Xaxado" ou a "Rainha do Forró" Marinês reinou soberana entre sua gente. É um símbolo de uma era. Uma cultura. E - como tal - não morre jamais.

DISCOGRAFIA

Vamos xaxar (1957)
Aquarela nordestina (1959)
Marinês e Sua Gente (1960)
O Nordeste e seu ritmo (1961) RCA LP
Outra Vez, Marinês(1962) RCA Victor 78
Coisas do Norte (1963) RCA LP
Siu, siu, siu (1964) RCA LP
Maria Coisa (1965) RCA LP
Meu benzim (1966) RCA LP
Marinês (1967) RCA LP
Mandacaru (1968) RCA LP
Vamos rodar roda (1969) RCA LP
Sonhando com meu bem (1970) RCA LP
Na peneira do amor (1971) RCA LP
Canção da fé (1972) RCA LP
Só pra machucar (1973) RCA LP
A dama do Nordeste (1974) RCA LP
A volta da cangaceira (1975) CBS LP
Nordeste valente (1976) Entré LP
Cantando pra valer (1978) Copacabana LP
Atendendo ao meu povo (1979) CBS LP
Bate coração (1980) CBS LP
Estaca nova (1981) CBS LP
Desabafo (1982) CBS LP
Só o amor ilumina (1983) PolyGram LP
Tô chegando (1986) RCA LP
Balaio de paixão (1987) RCA Victor LP
Feito com amor (1988) Continental LP
Marinês, cidadã do mundo (1995) BMG CD
Marinês e sua Gente. Raízes do Nordeste (1998) Copacabana/EMI
Marinês e sua Gente-50 anos de forró (1999) BMG CD
Marinês (2000) BMG CD
Cantando com o coração (2003) Independente CD
Marinês canta a Paraíba (2006) Independente CD



FONTE



Notas Musicais - Blog do Mauro Ferreira

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