Alguns dos mais renomados compositores brasileiros são relembrados - e apresentados - ao público graças ao projeto ''Musica Brasilis''. Os músicos integrantes têm o trabalho de resgatar e disponibilizar na internet http://www.musicabrasilis.org.br/ repertóriosde nomes que pouco tiveram suas canções editadas nos últimos tempos.
Após o trabalho na rede, o objetivo é fazer com que o público possa ouvir pérolas da música nacional com a segunda edição do Circuito BNDES Musica Brasilis, que inicia turnê no dia 26/04, às 20h, no espaço Cultural Artística Itaim (Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.830. Tel.: 3258-3344), em São Paulo. Os ingressos custam R$ 50. Após performance na Capital paulista, seguem para o Rio de Janeiro,
O projeto deste ano traz o espetáculo ''1911-2011 - Os Bambas da Bela Época'', no qual fazem viagem centenária para interpretar composições de nomes como Chiquinha Gonzaga, Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Francisco Braga e Henrique Oswald, entre outros.
"O circuito é a versão itinerante do projeto na internet. É preciso fazer com que esse repertório raro circule por diversos lugares", diz a pianista Rosana Lanzelotte, idealizadora do projeto.
O ponto de partida é ''Forrobodó'', opereta de Chiquinha Gonzaga apresentada pela primeira vez em 1911.
As ações ocorrem na casa de música ''Ao Violino de Bronze'' e o público acompanha a movimentação do lugar no passar de 100 anos.
Em certo momento, os músicos aproveitam para mostrar o processo de desenvolvimento de uma partitura a partir de um teclado eletrônico.
Grande parte do repertório conta com canções do período moderno e a contextualização das músicas ocorre a partir de projeções de imagens de época e da narração especial gravada pela atriz Malu Mader.
Segundo Rosana, a utilização de equipamentos eletrônicos é essencial para atrair o público. "Estamos em um mundo visual e tenho de fazer uso da tecnologia para que tudo fique mais atrativo para todos."
Um dos diferenciais é o espaço dado para compositores que quase acabaram deixados de lado pelo tempo. É o caso de Glauco Velasquez, um dos pais do modernismo na música popular brasileira. "Há uma parcela surpreendente da música brasileira que está esquecida por falta de versões. Não temos noção desse patrimônio", afirma Rosana.
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
DGABC
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