Páginas

sábado, 21 de maio de 2011

Patrícia Talem


Se pedíssemos para alguém nos dizer o significado de música, diriam: “A música é uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar o som e o silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo”. E não seria nada comum, uma cantora nos dizer que compreendeu melhor a música numa Faculdade de Engenharia Civil, mas foi exatamente lá que PATRICIA TALEM viu a música de uma forma mais matemática.

Patrícia Talem é dona de uma voz afinada e agradável aos ouvidos, tem uma facilidade para interpretar as nuances de subidas e descidas pela escala musical. Além de pronunciar as palavras inteiras, a suavidade de sua voz encanta a quem a está ouvindo.

Ainda criança já mostrava seus dons, adorava cantar. Aos 14 anos já fazia aulas de piano e canto. Sua grande influência é a bossa nova de João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Morais. Também carrega em sua bagagem o Jazz, e claro, a música mineira de Toninho Horta, Flávio Venturini, Milton Nascimento e Renato Motha.

O compositor carrega a arte de expressar um sentimento, ou mesmo uma história, em palavras e notas – que é muito valiosa para mim e tenho um profundo respeito por ele” ressalta.

Carreira

A cantora percorreu um longo caminho até entrar ao estúdio para gravar seu primeiro album. Atenta aos detalhes, ela se diverte ao narrar sua experiência como integrante de bandas que atuavam em hotéis, piano's bar e casas noturnas, antes de partir para carreira solo.

Em 2006, com apoio do produtor Marco da Costa, começou a fazer pesquisas para seu primeiro disco gravado dois anos depois em Los Angeles.

Intitulado Patricia Talem, o disco traz letras em português, sendo apenas uma das doze faixas cantada em inglês. O álbum reúne composições inéditas de Flávio Venturini, Alexandre Blasifera, Renato Motha, Patrícia Lobato, Keko Brandão, Jairzinho, Elder Costa, Marcelo Pompeu, Rita Altério, Pedro Altério e Sandro Albert.

Algumas releituras também são encontradas como “Só de você”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho; “Ludo real”, de Chico Buarque e Vinicius Cantuária e uma versão de Pedro Baldanza para “Stella by starlight”.

Patricia vem se apresentando em países da Europa e EUA, onde seu primeiro álbum foi lançado recentemente, recebendo ótimas críticas.


Uma combinação de detalhes colaborou para que seu primeiro álbum Patricia Talem, lançado nos EUA em 2008, conquistasse a crítica local. O álbum, produzido por Marco da Costa e Sandro Albert, teve a participação, em todas as faixas, dos Yellowjackets Russell Ferrante e Jimmy Haslip. Foi indicado em duas categorias ao Press Award 2010, maior prêmio da música brasileira nos EUA.

Zé Feliz

Quanto mais eu vou, nesta estrada eu sou
O que sempre quis
Sou um pau brasil, sou um sabiá
Sou um zé feliz

Viajo na rota do sol
Um sol tão imenso de ouro
Me leva pra onde eu não sei
Só sei que me faz prosseguir, prosseguir...

Eu nasci pra ser , simplesmente ser, solto porai
Para ser um só, para ser um são, para ser um sim
Nas veias do meu coração
Um rio prateado de lua
Me leva pra onde eu não sei
Só sei que me faz prosseguir, prosseguir...

Mesmo se a luz partir meu coração
Posso sonhar o mundo inteiro em mim
Sim vou chorar
Mas sempre prosseguir...

O senso aguçado da intérprete se mostra ainda mais apurado em OLHOS, seu segundo CD. Produzido por Marco da Costa, é trabalho de esmerada sensibilidade e leveza ímpar.

Gravado no espetacular Bennett Studios, em Nova Jersey, que pertence ao cantor Tony Bennett, OLHOS é marcado por uma deliciosa sofisticação acessível a qualquer ouvido. Lançando mão de repertório de primeiríssima linha, PATRICIA TALEM prova mais uma vez que é uma das mais bonitas vozes da novíssima geração da MPB.



Patrícia ainda divide o microfone em Nascente com Jane Monheit, e com Flávio Venturini na musica Clube da Esquina 2. No piano, Russell Ferrante; no contrabaixo Christian McBride, e Sandro Albert na guitarra.

Clube da Esquina

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço....

Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases
lacrimogênios

Ficam calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração

Na curva de um rio, rio...
E lá se vai mais um dia
E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,
gente, gente...

FONTE

SITE OFICIAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário