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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Laurindo Almeida


Laurindo Almeida introduziu o violão brasileiro, com todas as suas caraterísticas únicas, no mundo do jazz norte-americano. Laurindo José de Araújo Almeida Nóbrega Neto (Miracatu/SP, 2 de setembro de 1917 — Los Angeles, 26 de julho de 1995) foi um violonista brasileiro.



O violonista e compositor Laurindo Almeida nasceu na pequena cidade litorânea "Prainha", hoje Miracatu, no Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo. Vinha de uma família grande e com formação musical: seu pai, ferroviário, era um apaixonado seresteiro e sua mãe, de cujos 15 filhos morreram oito, era uma pianista amadora. Iniciou-se com as primeiras noções musicais de sua mãe e aprendendo a tocar o violão com sua irmã Maria.

Em 1935, já habilidoso, mudou-se para Santos e, depois, para o Rio. Sozinho e sem dinheiro, chegou a dormir em banco de praça, tendo passado semanas à base de café com leite e pão e manteiga.

Começou sua carreira em 1936 tocando a bordo de um navio de cruzeiro e, no final dos anos 30, foi trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, levado pelo radialista César Ladeira, tendo inclusive formado um duo com o lendário Garoto e atuado ao lado de artistas como Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnattali, e Pixinguinha.

Em 1947 fez parte da orquestra de Carmen Miranda. A partir de 1950, estabeleceu-se em Los Angeles e passou ser um requisitado músico de estúdio e se tornando-se conhecido como violonista da orquestra de Stan Kenton, gravando muitos discos.

Talvez como nenhum outro artista, Laurindo contribuiu para a difusão sistemática da bossa nova nos EUA. Comenta-se mesmo que suas gravações de 1953 com o saxofonista Bud Shank antecipam em vários anos, do ponto de vista musical, o aparecimento da bossa nova.


Nos anos 1963-1964, Laurindo participou do Modern Jazz Quartet.



Laurindo ganhou seis Prêmios Grammy, além de uma série de outros prêmios da indústria fonográfica e cinematográfica, e compôs e fez arranjos para 800 produções, incluindo filmes dos grandes estúdios de Hollywood. Ele toca bandolim em O Poderoso Chefão, de 1972, e alaúde em Os Dez Mandamentos, de 1956, tendo sua última participação em filmes em Os Imperdoáveis, dirigido por Clint Eastwood, de 1992. Também fez arranjos para a série Bonanza e Além da Imaginação.



Laurindo de Almeida, um dos violonistas brasileiros mais conhecidos nos Estados Unidos, país para onde migrou, na década de 1940. Destacou-se ainda por ter introduzido o violão brasileiro, com todas as suas divercidades como o samba, choro e baião e uma mistura de vários tipos de música folclórica do Nordeste brasileiro no mundo do jazz norte-americano. Foi o criador do que ele chamou " jazz de samba" , uma combinação de jazz com elementos de samba.

Em 1936 mudou para o Rio de Janeiro e foi trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu por 11 anos, atuando ao lado de artistas como Garoto, Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnattali, Carmen Miranda, e Pixinguinha. Além do trabalho na rádio, tocou em clubes e conduziu seu próprio grupo durante mais de cinco anos no Cassino da Urca.

Em 1938 gravou seu primeiro disco, tocando guitarra, acompanhado por Gastão Bueno Lobo na guitarra havaiana, interpretando de sua autoria a valsa "Saudade que passa" e o choro "Inspiração". No mesmo ano teve o samba "O último samba", gravado por Roberto Paiva.

Em 1939 teve os sambas "Mulato antimetropolitano" e "Você nasceu pra ser grãfina", gravados com pela cantora Carmen Miranda. No mesmo ano, acompanhou com Garoto a gravação de Ary Barroso do samba jongo "Na baixa do sapateiro" e da cena carioca "Boneca de pixe".

Na mesma época seu samba canção "Pedro Viola", gravado por Aracy de Almeida, foi um dos destaques. Com Garoto dirigiu um conjunto regional que participou de diversas gravações na Odeon, acompanhando entre outros, Carmen Costa,Jararaca, Dorival Caymmi e Alvarenga e Ranchinho.

Em 1940, Leopoldo Stokowski solicitou a Villa-Lobos que selecionasse e reunisse os mais representativos artistas de Música Popular Brasileira, para gravação de músicas destinadas ao Congresso Pan-Americano de Folclore. Villa-Lobos incluiu no grupo escolhido a nata dos verdadeiros criadores nacionais de música: Pixinguinha, Cartola, Donga, João da Baiana e, ao lado destes, estava o violonista. As gravações realizaram-se na noite de 7 para 8 de agosto de 1940, a bordo do navio Uruguai atracado no Armazém 4. Foram registradas 40 músicas, e entre essas apenas 16 chegaram ao disco, reproduzidas nos Estados Unidos em dois álbuns de quatro fonogramas cada um, sob o título "Columbia presents Native Brazilian music Leopold Stokowski".

Ainda no mesmo ano, gravou ao violão o cateretê "De papo pro á", de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano e a valsa "Saudades de Matão", de Jorge Galatti.

Em 1941 compôs com Jararaca a marcha "Que chero bom", gravada por Cinara Rios na Victor. No mesmo ano foi trabalhar no Cassino Copacabana, Com Garoto fez numerosas gravações e composições de valsas, a primeira, "Ainda te lembras de mim". Organizou e criou samba original, choro, foxtrote, samba-jongo, folk-songs, como também canções humorísticas.

Em 1942, passou a atuar no Cassino do Balneário da Urca e compôs com Junquilho Lourival uma das músicas de destaque do ano, a canção patriótica "Meu caboclo", gravada por Orlando Silva. Com o fechamento dos cassinos brasileiros, numa época em que era considerado um dos melhores violonistas do país, partiu para os Estados Unidos, onde tocou em orquestras, filmes, shows, consolidando uma respeitável carreira solo. Segundo seu depoimento: "A viagem de avião do Rio para Nova Iorque levou 38 horas, com muitas paradas, e mais 12 horas para a Califórnia".

Estabeleceu-se em Hollywood, onde recebeu oferta para tocar no filme de Danny Kaye, "Nasce uma estrela", no qual Benny Goodman, Tommy Dorsey, Ella Fitzgerald, Louis Armstrong e Nat King Cole também haviam trabalhado. Pouco depois, passou a integrar a orquestra de Stan Kenton. Na orquestra, introduziu a tradição de violão espanhol dentro do jazz e as gravações deste tempo cedo se fixaram como padrão para violonistas de jazz. Com a orquestra, gravou sua primeira música, "Lament", pela etiqueta Capitol.

Em 1943 compôs com Alvarenga e Ranchinho a rancheira "Malvada minha", gravada pela dupla na Odeon.

Em 1946 teve gravados os samba "Carinho proibido", parceria com Romeu Geraldo de Almeida e "Perfume da terra", com Dias da Cruz, pela cantora Heleninha Costa. Com seu conjunto acompanhou na Continental algumas gravações de Heleninha Costa e Silvio Caldas.

Em 1947ao violão, acompanhado de seu conjunto os choros "Buliçoso", um clássico do gênero e "Pandeiro manhoso", ambos de sua autoria.

Em 1949, gravou seu primeiro disco solo nos Estados Unidos, "Concert creation for guitar". A este seguiram-se a série de três LPs "Brazilance", gravados na World Pacific, e, em 1951, o LP "Sueños"(Dreams), onde registrou a canção "Sonho".

Em 1952, debaixo do título "The Laurindo Almeida Quartet", fez dois registros históricos para a World Pacific Jazz.

Em 1953, gravou, com o saxofonista Bud Shank, uma série de discos que foram posteriormente reeditados em 1962.

Em 1956, gravou na Capitol o LP "Guitar music of Latin America" e, no ano seguinte, o LP "Impressões do Brasil", onde registrou suas composições "Pôr-do-sol em Copacabana" e "Serenata".

Ainda em 1956, tocou alaúde na música título Da super-produção norte americana, o filme "Os dez mandamentos", de Cecil B. de Mille.

Por volta de 1962, a popularidade da Bossa Nova nos Estados Unidos determinou novo impulso à sua carreira.

Entre os anos de 1963-1964, participou do Modern Jazz Quartet, grupo com o qual realizou excursão à Europa e gravou um repertório eclético que incluía desde o "Samba de uma nota só", Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça ao "Concerto de Aranjuez", do compositor erudito Joaquin Rodrigo .

Em 1964, recebeu o Prêmio Grammy pelo disco "Guitar from Ipanema". Além de integrar o Modern Jazz Quartet nos anos 1960, participou do LA 4 na década seguinte.

Em 1967, esteve no Brasil, onde se apresentou na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro, e como convidado do II FIC, promovido pela TV Globo.

Participou da trilha sonora de cerca de 800 filmes, tendo se consolidado como arranjador, orquestrador e compositor. Além de deixar várias obras para violão, teve músicas gravadas por artistas como Orlando Silva, Carmen Miranda, Aracy de Almeida, entre outros. Fez ainda trilhas sonoras para diversas séries de filmes norte-americanos de televisão, entre os quais "O fugitivo".

Ao longo de sua carreira, ganhou seis Prêmios Grammy, além de uma série de outros prêmios da indústria fonográfica e cinematográfica.

Em 1972, tocou bandolim na música título do filme "O poderoso chefão".

Em 1979, lançou nos Estados Unidos o disco "First Concert for Guitar orchestra", no qual gravou um concerto de sua autoria e o Concerto nº 4 de Radamés Gnattali, a ele dedicado, acompanhado pela Orquestra de Câmara de Los Angeles.

Nos anos de 1980 se apresentava com um trio com baixos e tambores (Robert Magnusson e Jim Plank / Chuck Flores). O trio de violão dele, Guitarjam (com Larry Coryell e Sharon Isbin), tocou para "Wolf Trap", no Carnegie Hall em 1988.

Na década de 1990, apresentou-se no Brasil no Free Jazz Festival.

Em 1992, participou da trilha sonora de um filme tocando na gravação do tema do filme "Os imperdoáveis".

Com mais de 40 discos gravados, no exterior, lançou o CD, "Naked Sea", com Danny Welton (duas semanas antes de sua morte). É o único músico brasileiro a figurar na Enciclopédia do Jazz.

FONTE

WIKIPÉDIA


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