'Queremos legalizar a música digital', diz brasileiro do Grooveshark.
Grooveshark é um site de compartilhamento de músicas on-line. O site permite que o usuário faça o upload de suas músicas que ficam disponíveis para serem ouvidas por outros usuários. Grooveshark tem um fluxo médio de 50 a 60 milhões de música por mês e cerca de 400 000 usuários com uma taxa de crescimento de 2 a 3% por mês.
Atualmente o serviço oferece um mecanismo de busca de músicas pelo nome da faixa, artista ou álbum. Uma vez localizada a música, o usuário poderá ouvi-la na interface em Flash através de transmissão (streaming), criar playlists e compartilhá-los por e-mail em sites de relacionamento como Facebook, Twitter e StumbleUpon, ou permitir que outras pessoas escutem as músicas através de widgets em Flash que podem ser publicados em blogs do Wordpress.
O Grooveshark não permite que o usuário baixe os arquivos para seu computador, as musicas podem ser ouvidas apenas através do site ou dos widgets criados a partir de playlists. O site oferece a opção de adquirir os arquivos de áudio em lojas on-line, como Amazon.com ou iTunes. Também disponibiliza aplicativos para aparelhos móveis com o sistema Android e Blackberry.
O futuro da música não pertence ao iPod. Nos próximos anos, ela viverá na nuvem. Apple, Google e Amazon já anunciaram serviços de armazenamento e consumo de músicas via streaming.
E o serviço europeu Spotify, com mais de 15 milhões de músicas em seu catálogo online, acaba de chegar aos EUA.
Em um mar cheio de tubarões, o Grooveshark, pequena empresa criada em 2006 por três estudantes da Universidade da Flórida, nos EUA, já acumula mais de 10 milhões de usuários cadastrados.
O site, que funciona como um aplicativo na web para tocar qualquer uma dos milhões de músicas disponíveis, tem como seu primeiro funcionário o brasileiro Paulo da Silva.
Contratado no início da empresa, quando ela nem sequer tinha um escritório, ele é hoje engenheiro de software sênior e recruta novos desenvolvedores e programadores para expandir o site.
Confira os principais trechos da entrevista
- Você trabalha no Grooveshark desde quando?
- Como foi a entrevista de emprego?
- E o que o fez acreditar neles?
- A empresa existe desde 2006, mas só em meados de 2008 houve uma explosão de acesso e divulgação do site. O que aconteceu de diferente?
No começo, nosso modelo de negócio era uma rede ponto a ponto, como o Kazaa, mas em um formato legal. Nós tínhamos um programa, e o usuário pagava US$ 0,99 por música - quem fazia o upload do arquivo recebia US$ 0,10, e o restante ficava para as gravadoras. Mas o fato de ter que baixar um programa e se cadastrar para participar diminuía o interesse dos usuários.
- E qual foi a solução?
- Há quanto tempo você não compra um CD?
- O Grooveshark depende muito da colaboração dos usuários que enviam conteúdo para os servidores. Como isso funciona?
- Recentemente, o Spotify chegou aos EUA e surgiu como concorrente do Grooveshark. Quais os próximos passos do serviço?
*
RAIO-X PAULO DA SILVA
PROFISSÃO Programador
IDADE 24 anos
CARGO Engenheiro de software do Grooveshark
CIDADE Nascido em Presidente Prudente, mora em Gainesville, nos EUA
TWITTER @paulothesilva
SITE grooveshark.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário