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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Luís Barbosa


Luís Barbosa (Luís dos Santos Barbosa), cantor e compositor carioca, de uma família de músicos e radialistas, nasceu em Macaé no Rio de Janeiro/RJ em 7/7/1910 e faleceu em 8/1 0/1938. Irmão do compositor Paulo Barbosa, do humorista e cantor Barbosa Júnior e do radialista Henrique Barbosa, começou sua carreira na Radio Mayrink Veiga, no Esplêndido Programa, de Valdo Abreu, em 1931, logo se destacando por sua personalidade na interpretação de sambas, reforçada pela novidade da utilização de “breques”.


Ficou conhecido por batucar no chapéu de palha, marcando o ritmo. Teria sido o inventor de um incipiente samba de breque. Cantou o primeiro jingle comercial do rádio brasileiro, composto por Nássara, no Programa Cazé. Foi o responsável pelo fato de Ciro Monteiro estrear no rádio no citado Programa. Sua arte influenciou de forma expressiva os batuques de Ciro Monteiro e Dilermando Pinheiro. O primeiro na caixa de fósforo e o segundo no chapéu. E também o samba de breque de Moreira da Silva.

Foi também o introdutor do chapéu de palha como acompanhamento rítmico, nos programas de rádio e em gravações. Seus primeiros sucessos foram as interpretações de Caixa Econômica (Nássara e Orestes Barbosa) e Seu Libório (João de Barro e Alberto Ribeiro).

Luis Barbosa - Caixa econômica

SEU LIBÓRIO - Luis Barbosa

(Extraído do filme ALÔ ALÔ CARNAVAL - Cinédia - 1936 - SEU LIBÓRIO - João de Barro e Alberto Ribeiro)

Luis Barbosa iniciou a carreira no rádio em 1931, firmou-se como intérprete de sambas sincopados e sambas-canção, entre as inovações que introduziu na forma intimista de cantar samba, que teria muitos seguidores, estão a introdução do "breque" de forma mais sistemática e o acompanhamento rítmico feito pelo chapéu de palha.


 
Em 1931 gravou na Odeon seus primeiros discos: os sambas Meu santo (Pedro Brito), Silêncio (Vadico), Não gostei de seus modos (Amor) e Sou jogador (de sua autoria), e as marchas Vem, meu amor (Pedro Brito e Milton Amaral) e Pega, esta também de sua autoria.


Na Victor, em 1933, gravou o primeiro samba de Wilson Batista, Na estrada da vida, e em seguida o samba Adeus, vida de solteiro, além do samba-canção Jamais em tua vida, ambos do compositor e pianista Mano Travassos de Araújo, que o acompanhou ao piano.

No mesmo ano, a convite de Jardel Jércolis, passou a se apresentar todas as noites no Teatro Carlos Gomes, cantando juntamente com Deo Maia o samba No tabuleiro da baiana (Ary Barroso), que seria gravado por ele em dupla com Carmen Miranda, na Odeon, em 1937.


Em seguida gravou, na Victor, a marcha Quem nunca comeu melado (com Jorge Murad), o samba Bebida, mulher e orgia (Luis Pimentel, Anis Murad e Manuel Rabaça), o samba Cadê o toucinho e a marcha Eu peço e você nao dá (ambos de Nássara e Antônio Almeida), e os sambas Lalá e Lelé (Jaime Brito e Manezinho Araújo), Risoleta (Raul Marques e Moacir Bernardino), Perdi a confiança (Rubens Soares e Ataulfo Alves) e Já paguei meus pecados (Leonel Azevedo e Germano Augusto).


Entre 1935 e 1937 gravou uma série de sambas de breque de Antônio Almeida e Ciro de Sousa, com acompanhamento ao piano de Mário Travassos de Araújo.



No Carnaval de 1936, fez sucesso com a gravação da marchinha de Antônio Almeida e A. Godinho Ó! ó! não, que inicialmente era um anúncio da Drogaria Sul-Americana, do Rio de Janeiro.
 

A vida de boêmio interrompeu o sucesso de sua curta mas extraordinariamente marcante carreira, tendo morrido tuberculoso em casa de sua família, na Tijuca, em 1938.

FONTE

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