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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Meire Pavão


A música "Festa de Arromba", de Erasmo e Roberto Carlos diz “apresentando a todo o mundo Meire Pavão”, citando assim Meire uma das principais cantoras da Jovem Guarda.


Meire Pavão - Antônia Maria Pavão (2/6/1948 Taubaté/SP - 31/12/2008). Cantora. Filha do professor de violão, pesquisador de folclore e compositor Teotônio Pavão. Antonia Maria Pavão Fonyat (nome de casada) começou desde menina a tocar violão e aos 11 anos cantou, pela primeira vez no programa “Grande Ginkana Kibon” da TV Record.

As 13 anos já integrava o conjunto vocal Alvorada criado e dirigido por seu pai. O conjunto formado por quatro garotas começou com a gravação de um compacto-duplo pela Fermata (1961).

Em 1963 gravou com o Conjunto Alvorada as músicas "Paraná" e "Cidade sorriso", ambas de autoria de Teotônio Pavão.

Meire permaneceu no referido conjunto vocal até sua extinção em 1964, onde gravou mais cinco discos e se apresentou em dois programas exclusivos que o Alvorada mantinha: aos sábados na TV Record de SP e aos domingos na TV Paraná de Curitiba.

Em 1964 gravou o primeiro disco solo, um compacto simples com "O que é que eu faço do latim?", versão de Teotônio Pavão para a música "Che me ne faccio del latino", de Bertolazzi e Beretta. Essa gravação de Meire com acompanhamento dos Jet Blacks entrou rapidamente nas paradas de sucesso e tornou Meire bastante conhecida.

Depois desse primeiro, ela gravou mais 3 discos até preparar seu LP “A Rainha da Juventude” que foi lançado em 1965 com "Cancei de lhe pedir" e "A mesma praia, o mesmo mar", pela Chantecler.

Meire recebeu esse título porque foi considerada a cantora jovem mais popular de São Paulo pelo programa de TV “Reino da Juventude”(Record), de Antonio Aguillar. O “Rei da Juventude” pelo mesmo concurso foi Roberto Carlos. No mesmo ano apresentou-se com sucesso em programas de TV no Rio de Janeiro.


(versão de 'Taxman', dos Beatles - Meire Pavão acompanhada do conjunto Os Lunáticos - Meire Pavão - Chame um táxi (Taxman, George Harrison, Vrs. Albert Pavão)

Foi nesse início de 1965 que Meire, já considerada a revelação de 1964 pelas revistas “Melodias” e “Revista do Rock”, lançou seu segundo sucesso nas paradas: a versão do sucesso mundial de Petula Clark “Downtown”, que recebeu o nome de “Bem Bom”. Ao mesmo tempo era eleita “Rainha do Twist” ao lado de Jerry Adriani em concurso promovido pela Revista do Rock.


Cantou e gravou várias vezes com o irmão, Albert Pavão, tendo viajado com este no mesmo ano para os EUA, onde gravaram um compacto pelo selo Roulette com as músicas "Piqued head" e "The river of jerere", na verdade versões para o inglês de "Cabeça inchada", de Hervê Cordovil e "De papo pro ar", de Joubert de Carvalho.

Em 1966 estreou na RCA com o compacto simples "Família buscapé" e "Robertinho, meu bem". No mesmo ano gravou pela Polydor "Depois que a banda passou".



No ano seguinte lançou pela RCA o seu segundo LP. No mesmo período atuou na TV Tupi do Rio de Janeiro no programa "O riso mora ao lado". No mesmo canal, apresentou ao lado do cantor Wanderley Cardoso o programa musical "A grande parada".



Em 1969 afastou-se da vida artística, a qual retornou exporadicamente entre 1974 e 1982 participando de gravações de discos infantis Foi quando seu pai e seu irmão Albert começaram a produzir músicas para crianças com historinhas, a maioria em ritmo de rock, que então era uma novidade. É dessa fase LPs como “O Mundo Maravilhoso de Walt Disney” (1975-Sigla), “As mais belas lendas brasileiras” (1976-RCA), “Sítio do Picapau Amarelo” (1976-RGE), “Os 13 Mandamentos da Criança Bacana” (1977-RGE), “A Festa do Bolinha” (1977- RGE), “A Discoteca do Popeye” (RGE- 1979) e outros mais, a maioria com apoio da dupla vocal Vikings e de Thomas Roth. A última gravação de Meire foi no compacto duplo “Chico Bento” da Polygram, em 1982.


FONTE


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