Dick Farney - Sábado em Copacabana
Depois de trabalhar toda semana,
Meu sábado não vou desperdiçar.
Já fiz o meu programa pra essa noite
E já sei por onde começar:
Um bom lugar pra se encontrar, Copacabana.
Pra passear, à beira-mar ,Copacabana.
Depois um bar à meia-luz, Copacabana.
Eu esperei por essa noite uma semana.
Um bom jantar, depois dançar, Copacabana.
Pra se amar, um só lugar, Copacabana.
A noite passa tão depressa,
Mas vou voltar lá pra semana,
Se eu encontrar um novo amor, Copacabana.
Carlos Guinle (Rio de Janeiro, 20 de abril de 1919 — Roma, 26 de dezembro de 1956) foi um compositor e mecenas brasileiro, membro da família Guinle. Terceiro filho de Eduardo Pallasim Guinle, Carlos Guinle casou-se com Gilda Rocha, com quem teve dois filhos, Jorge Guinle e Carlos Filho.
Um dos herdeiros do ramo central da tradicional e abastada família carioca Guinle, fundadora do Copacabana Palace, do Parque Guinle, do Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro e da Ilha de Brocoió na Baía de Guanabara, além do Fluminense Futebol Clube.
Em 1968, foi um dos criadores da Granja Comary, de Teresópolis, belo sítio serrano onde até hoje se concentra a seleção brasileira de futebol.
Era irmão do crítico de jazz Jorge Guinle, sempre participou, desde o começo dos anos 1950, das jamsessions cariocas tendo sido amigo de muitos compositores e intelectuais brasileiros. Dedicando-se aos negócios de sua família e sempre se considerando um compositor amador, nunca deixou, contudo, de comparecer aos shows musicais mantidos, especialmente, no Hotel Copacabana Palace, a partir das duas boates do famoso hotel, o Golden Room e o Midnight. Destacou-se por ser mecenas de Villa-Lobos em sua viagem a França.
Teve sua primeira composição lançada em 1950, o samba-canção "Você não sabe amar", em parceria com Dorival Caymmi e Hugo Lima, gravado por Francisco Carlos na RCA Victor.
Você não sabe amar - Tom Jobim
Em 1953, o samba-canção "Tão só", em parceria com Dorival Caymmi, foi gravado por Dorival Caymmi na Odeon. Nesse ano, o samba-canção "Tão só", com Dorival Caymmi foi regravado por Vera Lúcia e o samba-canção "Não tem solução", também com Dorival Caymmi foi gravado por Zaíra Rodrigues, as duas na Odeon.
"Não Tem Solução" (Dorival Caymmi & Carlos Guinle) 1972
Maria Bethânia c. Terra Trio
Aconteceu um novo amor
Que nao podia acontecer
Nao era hora de amar
Agora o que vou fazer?
Nao tem soluçao
Este novo amor
Um amor a mais
Me tirou a paz
E eu que esperava
Nunca mais amar
Nao sei o que faço
Com esse amor demais.
Em 1955, duas de suas parcerias com Dorival Caymmi, "Sábado em Copacabana" e "Não tem solução" foram lançadas por Dorival Caymmi no LP "Sambas" da Odeon. O samba-canção "Sábado em Copacabana", lançado originalmente por Dorival Caymmi em disco de 78 rpm se tornou um clássico da música popular sendo considerado como um precursor da bossa-nova.
Em 1959, Agostinho dos Santos regravou "Não tem solução" no LP "O inimitável Agostinho".
Em 1963, "Rua deserta" foi regravada po Sylvia Telles no LP "Bossa, Balanço, Balada", do selo Elenco, de Aloysio de Oliveira.
Em 1972, a música "Não tem solução", com Dorival Caymmi foi gravada por Dick Farney no LP "Penumbra e romance" no selo London/Odeon. Ainda em 1972 Maria Bethânia c. Terra Trio**Terra Trio - Zé Maria Rocha (piano), Fernando Costa (contrabaixo) e Ricardo Costa (bateria), regrava a música "Não tem Solução".
Em 1976, a composição "Você não sabe amar", com Dorival Caymmi e Hugo Lima foi gravada por Dick Farney em LP da EMI/Odeon. Em 1977, Emílio Santiago gravou "Rua Deserta", no LP "Feito para Ouvir" (1977).
Em 1992, no LP "Samba canção" Dóris Monteiro regravou "Não tem solução". Em 1994, as composições "Sábado em Copacabana", com Dorival Caymmi e "Você não sabe amar", com Dorival Caymmi e Hugo Lima foram relançadas no "Songbook Dorival Caymmi".
Em 1998, "Rua deserta", com Dorival Caymmi e Hugo Lima regravada por Cristóvão Bastos e Amélia Rabello no CD "Canções de Caymmi".
Em 2001, no CD "Maricotinha" lançado pela Biscoito Fino, Maria Bethânia regravou o samba-canção "Sábado em Copacabana".
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