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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Miltinho Edilberto


Cantor de Mirandópolis, divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul e ao lado do Triângulo mineiro e Goiás. Tocador de forró como os bons nordestinos. Esse é Miltinho Edilberto, paulista de Avaré, o violeiro é respeitado por medalhões da música regional como Xangai, Elomar e Renato Teixeira, de quem é afilhado musical e parceiro.

Miltinho iniciou sua carreira cantando na escola. Por volta dos seis anos de idade, começou a cantar, nas festas cívicas do colégio canções de Roberto Carlos e já esboçava algumas composições, estimulado pela mãe, Dona Tereza. Integrou, também, aos 14 anos, uma orquestra de baile no interior, com repertório que ia do jazz ao samba. Só começou a tocar um instrumento por volta dos 15 anos. Era o violão, que aprendeu a partir de algumas noções ensinadas por amigos em sua cidade natal.

Apesar de começar a compor aos 14 anos, sua obra só começou mesmo a ser construída por volta de 1980. As participações em festivais de músicas impulsionaram sua carreira de compositor, pois mesmo longe da mídia conseguiu ser conhecido por músicas como Cantiga de Ajuda” e Viola Apocalíptica. Ele foi parceiro de talentos como Genésio Tocantins, Juraíldes da Cruz, Dércio Marques e outros tantos bardos sertanejos.

Miltinho toca viola de 10 cordas e mistura forró com uma entonação caipira autoral. Além de músico, desenvolve um trabalho de pesquisa do folclore brasileiro.

No palco, mostra uma mistura de xaxado, baião e embolada, acrescida de uma dose de picardia. Até alcançar popularidade, andou pelo interior do país participando de festivais de música.

A primeira conquista foi o circuito universitário paulista. Não demorou muito para ser considerado o rei do forró da noite paulistana, reunindo cerca de mil e quinhentas pessoas por apresentação em casas de espetáculos.

Miltinho tem três CDs gravados. O primeiro, Viola Que Fala, de 98, tinha pouco de forró. Era um trabalho de música sertaneja de raiz, que lhe rendeu o Prêmio Sharp daquele ano na categoria regional, conforme já foi informado acima. Prestigiado por essa vitória, ainda em 98, Maria Bethânia gravou, do compositor, a romântica "Não Tenha Medo", incluindo-a no repertório regional de "A Força que Nunca Seca"..

Em abril de 99 lançou Como Alcançar Uma Estrela, gravado ao vivo, esse sim seguindo a tradição de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Marinês e Trio Nordestino. Produzido por Arnaldo Saccomani, o disco - resultado de 15 anos de pesquisas pelo Brasil - é cheio de letras politicamente corretas. Um exemplo é Heroína, na qual o músico diz que a droga da paixão é muito mais forte que qualquer outra.


Em 2001 gravou o terceiro, CD, Feito Brasileiro, com as participações do Trio Virgulino, Maria Bethânia e o Grupo Falamansa, com quem gravou seu maior sucesso No Balanço do Busão, incluída na novela “O Clone” (Rede Globo).


A inserção da música nessa trilha sonora valeu a Miltinho o convite para participar de um capítulo desta novela que já foi exibida em mais de quinze países como EUA, URSS, Japão, México, Portugal, Espanha, Argentina e vários do Oriente Médio.

Seu segundo disco, "Viola que Fala", ganhou o Prêmio Sharp de Revelação Regional de 1998.

Em 1999 lançou pela Universal o disco ao vivo "Como Alcançar uma Estrela", mais tarde relançado pela Abril Music como "O Forró de Miltinho Edilberto Ao Vivo".


Considerado um dos mais completos violeiros do país, Miltinho já teve suas músicas gravadas por muita gente boa por aí. Anaí Rosa, Maria Bethânia, Maurício Tizumba, Sérgio Reis, Lenine, Falamansa ,Tânia Alves, Trio Nordestino, Trio Sabiá, Trio Virgulino, Jackson Antunes, Saulo Laranjeira, Anaí Rosa, Bicho de Pé, Rastapé,  Paulinho Pedra Azul, Dércio Marques são alguns desses nomes que incorporaram a obra do músico.


FONTE

cliquemusic

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