Alda Perdigão - 19/9/1934 São Paulo/SP. Cantora. Começou a cantar ainda criança quando aos cinco anos de idade formou dupla com o irmão. Teve um programa exclusivamente dela, de 30 minutos na TV Cultura de São Paulo. Cantora de grande potência vocal e forte personalidade em cena, Alda Perdigão fez sempre muito sucesso, onde quer que se apresentasse. Foi casada por duas vezes, sendo que a segunda foi com o Durval Emmerich, quando Alda decidiu exercer apenas a função de esposa e mãe.
Iniciou a carreira artística em 1950, quando venceu o concurso "A mais bela voz juvenil de São Paulo" instituído pela recém fundada TV Tupi. Tinha então 16 anos e ganhou como prêmio um contrato com a TV Tupi na qual ficou até o ano seguinte.
Em 1952, transferiu-se juntamente com Demerval Costalima, que era o Diretor Geral das Emissoras Associadas para as Organizações Victor Costa TV Paulista lá permanecendo até 1958, quando foi então assinou contrato com a TV Record.
Em 1956, contratada pela gravadora pernambucana Mocambo gravou seu primeiro disco com a marcha "O casamento da princesa" e o samba "Modo de gostar", as duas de autoria de Portinho, Wilson Falcão e Machado, e os fox "Os pobres de Paris", de M. Mannot e J. Rouzeaud, em versão de Júlio Nagib, e "Cupido me acertou", de Portinho e Wilson Falcão.
Em 1957, gravou a marcha "Vire a página", de Conde, Antônio Rago e Alcebíades Nogueira, e o samba "Amor inocente", de Venâncio e Jorge Costa. Contratada pela Odeon em 1958, gravou a toada "O balanço da rede", de Osnir dos Santos Perdigão e Odair dos Santos Perdigão, os sambas "No meu Canindé", de Raul Duarte, e "Meu primeiro amor", de Raguinho e Gentil Castro, e a marcha "Como dói", de Alfredo Borba e Orlando Monello.
Participou de duas coletâneas lançadas pela gravadora Odeon em 1959: "Carnaval 1959", do qual tomaram parte os artistas Ataulfo Alves, Dalva de Oliveira, Isaura Garcia, Ademilde Fonseca, Francisco Egydio, Marlene, Orlando Silva, e Demônios da Garoa, entre outros, interpretando a marcha "Meu primeiro amor", de Raguinho e Gentil Castro.
O outro disco foi o LP "Festival de vozes com os maiores da "Maior", e que contou com participações de Isaura Garcia, Neyde Fraga, Trio Marayá, e outros, no qual cantou as músicas "Momento perigoso" e "Chovia", ambas de Alfredo Borba e Édson Borges.
Ainda em 1959, lançou em disco de 78 rpm a valsa "Chovia", de Edson Borges e Alfredo Borba, e o clássico samba canção "Fim de caso", de Dolores Duran.
Em 1960, gravou com acompanhamento de Valter Vanderley e seu conjunto os sambas "Tome continha de você", de Dolores Duran e Edson Borges, e "Samba triste", de Baden Powell e Billy Blanco.
Em 1961, foi contratada pela RCA Victor e lançou o LP "Alda Perdigão" no qual interpretou obras como "Samba do bom", de Sidney Morais, "Brancura", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, "Quando a esperança vai embora", de Tito Madi, "Chorou chorou", de Luis Antônio, "Meu caminho", de Sidney Morais e Anna Luisa, "Por pouco pouco", de Raul Duarte, "Lua espiando", de Sidney Morais, "Esperando", de M. Campos da Silva e Hilton Accioli, "Canção dos olhos tristes", de Tito Madi, "Cantar por cantar", de Tasso Bangel, "Mundo mau", de Sidney Morais e Julio Rosemberg, e "É fácil dizer adeus", de Tito Madi.
Nesse disco se destacaram os sambas "Samba do bom", "Brancura", "Cantar por cantar" e "É fácil dizer adeus", também lançados em discos de 78 rpm.
Contratada pela RGE gravou em 1963, a canção "Mater dolorosa", de Luis Amade e Gilbert Becaud, em versão de Henrique Lobo, e a "Guarânia da saudade", de Luiz Vieira, tendo sido a primeira cantora a registrar essa clássica guarânia, em disco que contou com acompanhamento da Orquestra RGE sob a direção do maestro Pocho.
No mesmo ano, lançou o LP "Sonata do amor divino" no qual interpretou "Amor de trapo e farrapo", de Paulo Vanzolini, "Desespero", de Édson Borges, "Doce amargura (Ti guardero nel cuore)", de R. Ortolani e N. Oliviero, e versão de Nazareno de Brito, "Canção da solidão", de Haroldo Barbosa e Luis Reis, "Noite não te vas (Noche no te vayas)", de Roberto Cantoral, e versão de Eduardo Prado, "Sonata do amor divino" e "Guarânia da saudade", de Luis Vieira, "Magoada (Hurt)", de Crane e A. Jacobs, e versão de Édson Gama, "Poeta popular", de Wilma Camargo, "Despedida", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Se meu amor viesse agora", de Irmãos Orlando e Antônio Correia, e "Vem amor (Vem que te quiero)", de Arnulfo e M. Veja, e versão de Amaury Mazorca. Ainda no mesmo ano, participou da coletânea "14 sucessos de ouro Vol. 4" da RGE interpretando a canção "Doce amargura".
Também em 1963, lançou pela Philips um disco com a canção "E agora?", de Gilbert Becaud, e versão de Delanoe, e o samba-canção "Quando chegares", de Carlos Lira.
Em 1969, lançou um compacto simples "Alda Perdigão com orquestra" pelo selo RGE com as músicas "Poema de ternura" e "Mamãe pequenina".
Em 1973, participou do LP "Quando as escolas se encontram" da gravadora RCA Camden que reuniu artistas como Marlene, Joel de Castro e outros interpretando sambas de diferentes escolas de samba.
Nesse disco cantou os sambas "Zodíaco no samba", de Paulo Brazão e Irany S. Silva, e "Trá-lá-lá Lamartine Babo um hino ao carnaval brasileiro", de Darci do Nascimento e Oliviel Alves de Oliveira.
Em 1975, sua interpretação para o samba "Brancura" foi incluída no LP "Raízes - Denis Brean & Osvaldo Guilherme" da série "Grandes autores" da RCA Camden.
No ano seguinte, o disco "Na boca do povo - 16 sucessos de sempre" da gravadora Premier/RGE incluiu sua interpretação para a "Guarânia da saudade", de Luiz Vieira.
Guarania da Saudade - Carlos José - Luiz Vieira - Ada Perdigão
Em 1990, foi lançada pela gravadora RGE a "Série inesquecível - Grandes compositores" e no volume dedicado a Raul Sampaio e Benil Santos, foi incluída sua versão para o samba-canção "Despedida".
Gravou discos pelas gravadoras Mocambo, Odeon, RCA Victor e RGE e participou da inauguração de diversas emissoras de TV pelo Brasil além de fazer inúmeras apresentações em Rádios de diferentes Estados.
Em 1999, depois de ter feito três operações na coluna voltou a cantar em pequenas apresentações.
FONTE
http://www.dicionariompb.com.br/alda-perdigao/dados-artisticos
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