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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mário Sève


Mario Sève Wanderley Lopes (20/3/1959 Rio de Janeiro/RJ). Instrumentista (flautista e saxofonista). Arranjador. Compositor. Cursou flauta e composição na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudou com Mauro Senise, Lenir Siqueira, Adamo Prince e Carlos Almada.

É um dos fundadores dos quintetos Nó em Pingo d'Água e Aquarela Carioca.

Como integrante do Nó em Pingo d'Água, gravou os seguintes discos: "João Pernambuco: 100 anos" (1983), com Antonio Adolfo, contemplado com o Prêmio Playboy; "Salvador" (1988), contemplado com o Prêmio Sharp; "Receita de samba" (1992); participação em quatro faixas em "Contemporary instrumental from Brasil" (1993); três faixas em "Sempre Jacob" (1996); e "Nó na garganta" (1999), indicado para o Prêmio Sharp.


Como integrante do Aquarela Carioca, gravou os discos "Aquarela carioca" (1989) e "Contos" (1991), ambos indicados para o Prêmio Sharp, "Receita de samba" (1992), "As aparências enganam" (1993), com Ney Matogrosso, também indicado para o Prêmio Sharp, quatro faixas em "Contemporary Instrumental from Brasil" (1993), a faixa "Patu" (Papito) em " '94 Windham Hill Records Sampler" (1994), a faixa "Cascavel" (Papito e Paulo Muylaert) em "Planet soup" (1995), "Idioma" (1996), igualmente indicado para o Prêmio Sharp, e "Aquarela Carioca ao vivo" (2000).

Acompanhou Geraldo Azevedo, Ney Matogrosso e Alceu Valença, com quem se apresentou em turnê pelos Estados Unidos e Europa.

Pertenceu à Orquestra de Sax de Paulo Moura e à Orquestra de Música Brasileira de Roberto Gnattali, apresentando-se no Free Jazz Festival (RJ) em 1988.

Atuou como arranjador e instrumentista, ao lado de Cristina Braga, na faixa "Deus e o Diabo na Terra do Sol" para o Songbook Instrumental de Tom Jobim, contemplado com o Prêmio Sharp de 1996.

Em 1996, começou a realizar, ao lado da harpista, uma série de shows baseados em músicas e arranjos próprios, apresentando-se no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Instrumentista da banda de Paulinho da Viola, participou da turnê do show "Bebadosamba", gravado no CD "Bebadachama", além de ter gravado no CD "Bebadosamba", contemplado com o Prêmio Sharp de 1997. Ainda nesse ano, apresentou-se, ao lado de Guinga, na Casa Rui Barbosa, mostrando também suas composições.

Em 1999, participou do show e da gravação do CD "Sinal Aberto", de Toquinho. Ainda nesse ano, publicou pela Lumiar Editora, de Almir Chediak, o livro "Vocabulário do choro - Estudos & Composições".

Ao longo de sua carreira, participou de gravações com vários artistas, como Paulinho da Viola, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Dona Ivone Lara, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Leila Pinheiro, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Antonio Adolfo, Guinga, Nara Leão, Elza Soares, Nando Carneiro, Orquestra de Música Brasileira, Emílio Santiago e Época de Ouro, entre vários outros. Em duo com o cravista Marcelo Fagerlande, apresentou-se no Ibam, Teatro do Leblon, Uerj e Furnas, no Rio de Janeiro, e no Sesc Paulista.

Em 2000, iniciou as gravações do seu primeiro disco solo, executando composições de sua autoria, com produção musical de Paulo Rafael e participação de Guinga, Cristina Braga, Nando Carneiro, Marcelo Fagerlande, Mestre Ambrósio, Época de Ouro, Nó em Pingo d'água e Aquarela Carioca, entre outros.

Como produtor musical, foi responsável pelos discos "Salvador" e "Nó na garganta", do Nó em Pingo d'água, "Aquarela Carioca" e "Pixinguinha e Bach".

Lecionou por mais de três anos no curso de saxofone do Centro Musical Antonio Adolfo, atuando em seguida como professor particular.

Em 2001, lançou, com Marcelo Fagerlande, o CD "Pixinguinha e Bach", gravado na Capela do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Johann Sebastian Bach (1685-1750), um dos maiores gênios da música ocidental de todos os tempos, ficou famoso em sua época, não só por suas grandes habilidades como organista e cravista, mas também por seu excepcional poder criador, conseguindo como compositor um equilÌbrio perfeito entre inventividade e domínio intelectual.

Motivados tanto afetivamente quanto intelectualmente, Mário Sève e Marcelo Fagerlande escolheram para este CD alguns títulos de sua vasta obra, aqui apresentados com uma nova formação: somada ao brilhante timbre do cravo, a sonoridade quente e não menos barroca do sax.

Alfredo da Rocha Viana Filho, o carioca Pixinguinha (1897-1973), foi um dos maiores gênios da história da música brasileira. Flautista, saxofonista, compositor e arranjador, tornou-se um expoente em todas essas atividades.

Admirado por muitos, inclusive Villa-Lobos, foi o grande mestre do fraseado musical brasileiro. Mestre, também, do contraponto na nossa música popular, revolucionou o choro com a parceria e série de gravações feitas ao lado do flautista Benedito Lacerda, quando usou o sax tenor para criar e improvisar uma melodia paralela `a principal. Bach e Pixinguinha, com histórias tão diversas e tão separadas no tempo, aqui se encontram não apenas ligados pelo contraponto de sua música, mas também pela surpreendente reunião de seus instrumentos característicos: o cravo, o saxofone e a flauta, nas interpretações magistrais de Mário Sève e Marcelo Fagerlande.

Músicas
1- Rosa (Pixinguinha e Otávio de Souza)
2- Ainda me Recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
3- Invenção a 2 Vozes em Ré Menor (Johann Sebastian Bach)
4- Naquele Tempo (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
5- Ele e Eu (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
6- Coral da Cantata BWV 140 “Wachet Auf” (Johann Sebastian Bach)
7- Gargalhada (Pixinguinha)
8- Lamentos (Pixinguinha e Vinícius de Moraes)
9- Allemande do Solo BWV 1013 (Johann Sebastian Bach)
10- Ária da Cantata BWV 21 “Ich Hatte Viel Bekummernis” (Johann Sebastian Bach)
11- Urubatã (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
12- Sofres Porque Queres (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
13- Invenção a 2 Vozes em Sib Maior (Johann Sebastian Bach)
14- Invenção a 3 Vozes em Fá Menor (Johann Sebastian Bach)
15- Fantasia em Dó Menor BWV 906 (Johann Sebastian Bach)
16- Um a Zero (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
17- Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro)

Em 2004, lançou, com Daniela Spielmann, o CD "Choros, por que sax?".

No ano seguinte, lançou, com o flautista David Ganc, o CD "Pixinguinha + Benedito", registrando a parceria de Benedito Lacerda e Pixinguinha.


Lançou, em 2007, o CD “Casa de Todo Mudo”, gravado em oito diferentes estúdios do Rio e de São Paulo, num espaço de dez anos entre a primeira gravação (com Mestre Ambrósio, em maio de 1997) e a prensagem do disco, que representa o registro de suas próprias composições, com a participação de vários artistas, como Monica Salmaso, Pedro Luís e A Parede, Conjunto Época de Ouro, Benjamim Taubkin, Mestre Ambrósio, Nó em Pingo D’água, Maogani, Nelson Angelo, Clara Sandroni, Rosa Emília, Paulo Muylaert, Toninho Ferragutti, Lui Coimbra, Jorginho do Pandeiro, Cristina Braga Zé da Velha e Silvério Pontes, entre outros. Constam do repertório as canções “Toada” (c/ Guilherme Wisnik), “Lua” (c/ Pedro Luís), “Da antiga” (c/ Nelson Ângelo), “Imaginária” (c/ Suely Mesquita), “Batendo perna” (c/ Sérgio Natureza), “Negreiros”, “Samba no pé”, “Época de Ouro”, “Caco velho”, “Fox torto”, “Alice no frevo”, “A Cabra” e a faixa-título.

Em parceria com David Ganc, em 2010 lançou o livro/CD “Choro Duetos – Pixinguinha e Benedito Lacerda por David Ganc e Mário Sève”. Tocando flauta, saxofone soprano e saxofone tenor, fez show de lançamento do disco com David Ganc (flauta e saxofone tenor) na Sala Municipal Baden Powell (RJ). O espetáculo contou com a participação dos músicos Marcio Almeida (cavaquinho), Rogério Souza (violão) e Celsinho Silva (pandeiro e percussão).


FONTE


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