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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Maurício Einhorn

Simples, afável, modesto e companheiro, Maurício Einhorn é desses artistas considerados patrimônio da cultura musical brasileira. Com muita técnica e sensibilidade, ele é respeitado e querido em todo o mundo. Maurício Einhorn (Moisés David Einhorn), (Rio de Janeiro, 29 de maio de 1932) é um gaitista brasileiro. Filho de imigrantes poloneses gaitistas, começou a tocar gaita de boca aos cinco anos de idade. Dos cinco aos treze anos apresentáva-se no Colégio Franco-brasileiro, onde estudava.

A constância do músico com referência ao instrumento foi tanta que, já aos 10 anos, Einhorn começou a participar dos renomados programas radiofônicos de calouros da época, tais como “A Hora do Pato” e “Papel Carbono” (na Rádio Nacional); e mesmo o programa de Ary Barroso e das Gaitas Hering na Rádio Tupi, ao lado de Fred Williams e outros.

Ainda adolescente, tocou em duos, trios e quartetos, sendo que no início dos anos 50 introduziu-se nas linguagens dos estilos jazz e choro.

Sua primeira gravação foi em 1952, quando, na música “Portate bien” solou com um conjunto de gaitas 'Brazilian Rascals'. Apresentou-se com Waldir Azevedo e seu Regional na Rádio Clube do Brasil. Por volta de 1955 no Hotel América, já extinto, em frente ao Clube Hebraica conheceu Durval Ferreira durante um baile em que Maurício Einhorn tocava. A primeira música dos dois, Sambop, foi gravada em 1959 por Claudete Soares no LP Nova Geração em Rítmo de Samba, em que fez participação.

Depois vieram: "Estamos aí" (com Durval Ferreira e Regina Werneck) gravada por Leny Andrade; Tristeza de nós dois (com Durval Ferreira e Bebeto); Batida Diferente, Nuvem e Clichê (todas com Durval Ferreira), SamBlues (com Durval Ferreira e Regina Werneck) e muitas outras.

Tocou com Vitor Assis Brasil em 1975 e atuou em várias gravações de Chico Buarque, Claudete Soares, Gilberto Gil e muitos outros. Participou das trilhas sonoras de diversos filmes. Teve também destaque na bossa nova, movimento cuja influência mudou os rumos da MPB.

Na década de 1960, em 1968, participou do Festival Internacional da Canção (da Rede Globo de Televisão) junto com o gaitista Toots, como também no Festival da Rede Record de Televisão.

Em 1972, a convite do músico brasileiro Sérgio Mendes, residente nos Estados Unidos, foi para esse país, e chegou a tocar com famosos expoentes do jazz: Jim Hall, guitarrista; Ron Carter, contrabaixista; e o já mencionado gaitista, Toots Thielemans. Com seu amigos, os pianistas brasileiros Eumir Deodato e João Donato, gravou o célebre disco “Donato/Deodato”. Em dezembro de 1972 retornou ao Brasil.


Em 1973 gravou um compacto cujo tema foi o filme “O Último Tango em Paris” (na gravadora Tapecar). Também lançou o LP de trilhas sonoras, “The Oscar Winners”.

Em 1975 gravou para o selo Phillips um LP que deveria ter sido o primeiro a aparecer com o seu nome mas que, por razões comerciais, foi batizado com o nome "A Era de Ouro do Cinema".

Em 1976 fez parceria com o violonista Sebastião Tapajós.

Em 1979 saiu o primeiro LP em seu nome, pela etiqueta Clam.

Lançou outros discos em 1984 e 1985 pela Interdisc na Argentina.

Em 1993 apresentou-se no SESC Pompéia em São Paulo de onde foram gravados as faixas para o seu quarto disco, pela etiqueta Tom Brasil.

Em 1996 gravou o CD "Os Solistas" ao vivo com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta e Paulinho Nogueira depois, relançado pela Moviedisc.

Em 1996 gravou novamente com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta e Altamiro Carrilho o CD independente "Nas águas do Brasil".

Mostrou seu grande talento, técnica e criatividade na arte do uso da gaita em várias fases da história musical no Brasil, quais sejam, da MPB (música popular brasileira), os anos áureos do rádio, bossa nova, os grandes festivais, aos dias de hoje. Com mais de 62 anos de carreira, ainda leciona atualmente. Costuma passar mais prática do que teoria em suas aulas. O músico é amigo do belga Toots Thielemans, tido como o melhor gaitista do mundo. A opinião de ambos é de que, para aprender-se a tocar o instrumento, mesmo que não em nível profissional, é necessário dedicar-se pelo menos uma hora por dia, “inclusive sábado, domingo e feriado.”

No decorrer de sua carreira, o músico gravou com grandes astros da MPB, tais como Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal, Chico Buarque, entre outros.


Consta do seu repertório a composição de mais de 400 músicas, das quais 40 foram gravadas. E ainda continua na ativa. Da sua lista de alunos constam: Gabriel Grossi, brasiliense, e hoje integrante do grupo cujo líder é Hamilton de Holanda, Hélio Rocha, professor de gaita da Escola de Música de Brasília; Leonardo Medeiros, gaitista desde 1999 entre outros.

O músico já marcou presença em Brasília por diversas vezes, inclusive, no início da década de 80, na Granja do Torto, residência oficial de Presidentes da República brasileiros, onde tocou em duo com o então Presidente Figueiredo, que era “gaitista amador”. Ele presenteou o Presidente com uma gaita, que, por sua vez, havia recebido de presente do famoso gaitista Toots Thielemans. A última apresentação na capital foi no Clube do Choro, por sugestão de Gabriel Grossi, no contexto de um projeto em homenagem a Waldir Azevedo. Além disso, a Escola de Música de Brasília também já desfrutou do enorme conhecimento do mestre.

Em 2007, ao completar 75 anos de vida e sessenta de músico, Maurício lançou dois cds pela Delira Música: um autoral (Travessuras) e o outro ao vivo (Conversa de Amigos, vol. 2).

Em Travessuras, gravado e lançado em 2007 pela Delira Música, Maurício reconstrói a sua faceta de compositor na direção do Samba Jazz e da Bossa Nova que o consagrou. Desde ME, de 1979, que trazia interpretações do próprio autor para os clássicos "Batida Diferente", "Estamos aí" e "Tristeza de nós dois", Maurício não gravava um trabalho autoral.

Produzido por Ricardo Leão, com arranjos do próprio e de César Camargo Mariano, Vitor Santos e Jessé Sadoc, "Travessuras" conta com um time de músicos da mais alta qualidade: Ricardo Silveira, Jurim Moreira, Idriss Boudrioua, Ney Conceição, Alberto Chimelli e com uma participação especial de Léo Gandelman.

A Delira Música também lança mais um cd do mestre da harmônica: Conversa de Amigos, vol. 2, é uma gravação ao vivo com o quarteto formado por Maurício Einhorn, Alberto Chimelli (piano), Luiz Alves (baixo) e João Cortez (bateria). Nessas sessões, o quarteto interpretou grandes clássicos do jazz em homenagem ao gaitista belga Jean Toots Thielemans.

Recentemente Maurício gravou o CD ME-78, em comemoração aos seus 78 anos de idade, sendo 65 profissionalmente Neste show, interpretando composições suas, standards e clássicos da música popular brasileira. Mauricio segue realizando shows, compondo e participando de gravações.

Discografia

1966 Participação especial no LP de Baden Powell, "Tempo Feliz"(Polygram/ Phillips)
1980 "ME" (CLAM (Brasil)/ Metronome (Alemanha))
1984 Maurício Einhorn e Sebastião Tapajós (Convidado especial: Arismar do Espírito Santo) LP (Polygram/ Barclay)
1993 Instrumental no CCBB - Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta, Maurício Einhorn e Paulinho Nogueira, Zimbo Trio e ME Quarteto com o pianista Alberto Chimelli
1996 Convidado No CD de Joe Carter "Um abraço no Rio" (Empathy Records)
1996 "Nas águas do Brasil" ( O encontro de Solistas) com Altamiro Carrilho, Gilson Peranzzettta e Sebastião Tapajós
1999 "K-Ximblues" de Paulo Moura
2002 "Conversa de Amigos" com Alberto Chimelli, Luiz Alves e João Cortez (gravado ao vivo no CCBB - 11 a 14 de julho de 2002) (Delira Música)
2007 "Conversa de Amigos - Vol. II" com Alberto Chimelli, Luiz Alves e João Cortez (gravado ao vivo no CCBB - 11 a 14 de julho de 2002) (Delira Música)
2007 "Travessuras" (Delira Música)
2010 "ME- 78" (gravado ao vivo na Sala Cecília Meirelles)
1996 Brasil Musical - Série MÚSICA VIVA - Zimbo Trio e Maurício Einhorn

FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maur%C3%ADcio_Einhorn

http://www.clubedejazz.com.br/noticias/noticia.php?noticia_id=500

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