Um fato curioso ocorreu com o cantor Ivanilton de Souza Lima (O Michael Sullivan): em 1975 ele compôs uma linda balada e a intitulou de "My Life". Na hora de lançar o disco pelo selo Top Tape, teve de escolher um nome internacional. Abriu a lista telefônica de Nova York e escolheu Michael Sullivan.
"My Life" entrou na trilha sonora da novela O Casarão, mas Michael continuou a faturar como Ivanílton – ele era vocalista da banda Renato e Seus Blue Caps. "O chato é que eu cantava My Life com o grupo e tinha de ouvir das pessoas que a versão da novela era melhor", diverte-se.
Ivanilton de Souza Lima popularmente conhecido como Michael Sullivan (Recife, 9 de março de 1950) é um cantor, compositor e produtor musical brasileiro.
Começou cantando na noite de Recife com quatorze anos de idade. Aos quinze anos participou de alguns concursos de calouros como; Varieté, de Nilson Lins, na Rádio Jornal do Commercio. Ganhou o primeiro lugar e recebeu o prêmio, a carteira profissional da Ordem dos Músicos do Brasil e um contrato com a TV Jornal do Commercio e, assim, iniciou sua carreira de cantor, nos programas da emissora Você faz o Show, Noite de Black Tie e Bossa 2, se consagrando desde então como revelação pernambucana.
Aos dezesete anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Hyldon, com quem compôs sua primeira música em 1968), Pial, guitarrista que trabalhou com Tim Maia e Tinho, saxofonista e arranjador que trabalhou com Tim Maia, além de ter sido um dos fundadores da banda Vitória Régia). Formaram então o grupo Os nucleares que conheceu a sua primeira gravação no ano 1969 em vinil pela RCA .
Travou conhecimento com Cassiano e Tim Maia, com quem aprendeu a tocar violão. Gravou a primeira composição de sucesso da dupla Sullivan e Massadas Me dê Motivo.
Aos dezenove anos integrou o grupo Os Selvagens, e aos 21 anos, o grupo Renato e Seus Blue Caps como cantor e guitarrista. Sua passagem por essa banda resultou em seis discos de ouro, cuja vendagem chegou a mais de 1.000.000 de discos.
Ainda no “Renato e seus Blues Caps”, Michael Sullivan iniciou sua carreira solo com a música My Life (sua segunda composição), que fez parte da trilha sonora da novela O Casarão, da Rede Globo. O compacto My Life tornou-se para o mercado fonográfico um dos mais vendidos no país, superando a marca de 1.000.000 de cópias, o que equivalia a um disco de Diamante.
Em 1978, fez o LP pela Capitol Um mundo Melhor Pro Meu Filho, e em 1979, o LP Michael Sullivan pela K-Tel.
De 1980 a 1986 foi integrante do grupo The Fevers.
Paulo Massadas, quem conheceu em 1979, foi parceiro frequente de suas composições por 16 anos. A Dupla é responsável por muitas canções de sucesso.
Em 1988, a parceria fez o disco Sullivan e Massadas pela gravadora BMG com a participação de Sergio Mendes e Jermaine Jackson. Um disco bem aclamado pela crítica.
Em 1989, a dupla fez um compacto com o apresentador da Rede Globo Fausto Silva (Faustão) pela Som livre, Do tempo que, primeira música de abertura do programa Domingão do Faustão.
Em 1990, foi editado o disco Sullivan e Massadas ao vivo, gravado no teatro da SUAM, com sucessos da dupla lançados pela gravadora Som Livre.
Em 1992, dando continuidade a sua carreira solo, Michael Sullivan faz o cd Talismã, sucesso de crítica da sua trajetória solo. Em 1994, a dupla se desfez.
O seleto número de sucessos rendeu à dupla Sullivan e Massadas um recorde, que foi publicado no Guiness Book, identificando-a como a dupla de compositores com maior número de discos nas paradas de sucessos no menor espaço de tempo.
Em 1995, já morando nos EUA, lança na gravadora Warner Music o cd de título Michael Sullivan.
Em 1998, Michael Sullivan teve a oportunidade de voltar às suas origens fazendo um cd de Black Music, com a participação de Cassiano, composições de Hyldon e uma homenagem ao seu professor Tim Maia, no cd Caminhos do Coração, da gravadora Som Livre. Esse disco foi sucesso de vendas e crítica, e teve a canção Coração Vazio como parte da trilha sonora da novela Corpo Dourado, chegando a disco de ouro.
Em 2003, Michael Sullivan, já no Brasil, lançou o cd Duetos com grandes vozes, como; Simone, Xuxa, Alcione, Sandra de Sá, Tim Maia, Fafá de Belém, Fágner, Joanna entre outros pela Gravadora Sony Music, procurando sintetizar toda a sua obra e assim fechar um ciclo de quatro décadas de sucessos.
Em 2007, Sullivan se fixa e rebusca o seu lado (sempre Black) com o novo cd Sullivan Nu Soul com composições em parcerias com Carlinhos Brown, cd que sai pelo seu novo selo independente Graffite Music.
Em 2010, Sullivan lança o DVD/CD Duplo Sullivan Ao Vivo - Na Linha do Tempo pela Gravadora Universal. Gravado ao vivo em estúdio, com participações dos artistas e parceiros Carlinhos Brown, Martinho da Vila, Daniel Jobim, Jorge Aragão, Arnaldo Antunes, Roberto Menescal e Anayle Lima. A apresentação gravada em setembro de 2009 no PlayRec Studios (RJ), em estilo intimista, lembrando os bares de blues de New Orleans, reúne uma big band e 26 músicas (22 faixas), apresentadas nos formatos DVD e CD (volumes 1 e 2).
A direção de áudio do projeto é assinada por Junior Mendes e Michael Sullivan, enquanto que João Elias Jr. e Luciana Bellini comandam a direção de vídeo. Além das canções conhecidas, o cantor incluiu as inéditas Baladeiro (com Hyldon), Açúcar (com Dudu Falcão) e Doce Cabana (com Carlinhos Brown).
Produziu grandes cantores da mpb, como; Tim Maia, Alcione, Sandra de Sá, Danilo Caymmi, Antônio Marcos, Serguei, Xuxa, Sidney Magal, Fafá de Belém, Roupa Nova, Joanna, Paulo Ricardo, Rosana, Fagner entre outros.
Michael Sullivan foi convidado a trabalhar e morar nos Estados Unidos - Los Angeles e Miami - para ali compor e produzir nomes, como Ricky Martin, Chayanne, Ana Gabriel, Menudos, Chicos de Boulevart, Yuri, Robi Rosa e Michael Sambelo entre outros.
Sullivan alcançou o topo das paradas de sucesso em 60 países no mundo inteiro, incluindo as Américas, a Europa e o Oriente. Como produtor, vendeu mais de 60 milhões de discos, no Brasil e em toda América Latina.
As conquistas de Sullivan foram aumentando e ficando cada vez mais significativas no mercado brasileiro. Pelo merecido sucesso, suas músicas foram temas de trinta telenovelas, como:
O Casarão
Locomotivas
Transas e Caretas
Um Sonho a Mais
Roda de Fogo
O Outro
Bambolê
Sassaricando
Bebê a Bordo
Carrossel
Pedra sobre Pedra
De Corpo e Alma
Corpo Dourado
A Lua Me Disse
Cobras e Lagartos
A Outra (Televisa)
Sullivan obteve êxito com suas canções voltadas aos corações infantis através de Xuxa,Trem da Alegria,Angélica, Palhaço Bozo, TV Colosso, Família Dinossauro, Mara Maravilha, He-man, Thundercats, Cavaleiros do Zodíaco, Trapalhões e outros personagens e personalidades, como Renato Aragão, com as músicas “ Criança Esperança” e “Amigos do Peito”, Temas do Criança Esperança e da UNICEF. Ao todo, compôs aproximadamente 350 músicas infantis. Revelou e apostou em Xuxa como cantora e fez a música infantil se tornar gênero forte no Brasil, além disso, criou junto com Paulo Massadas o grupo Trem da Alegria, enorme sucesso entre as crianças dos anos 80 e começo de 90.
No final dos anos 90 Michael Sullivan entra na musica Gospel, como sempre com canções bem sucedidas. A maioria de seus sucessos foram gravadas por Marcelo Crivella na gravadora Line Records além de outras composições cedidas a outros artistas .
- Canções
Simone (Amei demais)
Tim Maia (Me Dê Motivo, Leva)
Fagner (Deslizes)
Roberto Carlos (Amor Perfeito, Pergunte pro seu Coração, Meu Ciúme)
Roupa Nova (Whisky a Go-Go, Show de Rock n Roll, Mistérios)
Alcione (Nem Morta, Estranha Loucura)
Sandra de Sá (Retratos e Canções, Joga Fora, Não Vá)
Joanna (Amanhã Talvez, Amor Bandido, Um sonho a Dois, Promessas)
Fafá de Belém (Amor Cigano e Abandonada)
Xuxa (Lua de Cristal, Brincar de Índio, Parabéns da Xuxa, Arco-íris, Valeu (10 anos de amor), É de chocolate, Estrela cadente, Profecias (Fim do mundo), Estrela guia, Boas Notícias, A vida é uma festa, Xuxa Park, O elefante feliz, Parabéns pra Jesus, A valsa da bailarina, Rambo, Apolo, Hey DJ, Sexto Sentido, Dança nas estrelas, Primeiro aniversário, Recado pra Xuxa, Bobeou, dançou, Coração criança, Como o sábio diz, Espelho meu, Mil vezes mil, Maçã do amor, Xuxaxé, Baila, baila, Hora do banho, Férias no Havaí, Uma canção para Sasha, Terra prometida, Em busca do amor, Trem fantasma, Na hora em que você quiser chegar ).
Angélica (Na hora de dormir, Fada bela, Ciúme, Cuida de mim, Semente do amanhã, Meninas, Apaixonados )
Trem da Alegria (Uni-duni-tê, É de chocolate, He-Man, Lambada da Alegria)
Rosana (Nem um Toque, Custe o que Custar)
Paulo Ricardo (Dois)
José Augusto (Fui eu, Amar Você)
Patrícia Marx (Certo ou Errado, Sonho de Amor, Festa do Amor e Leis do Coração)
Com o lançamento de Na linha do tempo – Michael Sullivan ao vivo (2010), em CD e DVD, Sullivan não só solta a voz, apropriada ao repertório suingado que construiu, como também recebe convidados, para dividir com ele os sucessos de 40 anos de carreira, com mais de 1.200 músicas gravadas por artistas de todos os segmentos. E aí aparecem Carlinhos Brown, Martinho da Vila, Daniel Jobim, Jorge Aragão, Arnaldo Antunes, Roberto Menescal e a própria mulher, a cantora Anayle Lima. “Antes do compositor, sou um cantor”, avisa o próprio, orgulhoso da atividade na qual, verdade seja dita, não teria a mesma sorte e fama do compositor. Detalhe: My life, o seu primeiro sucesso de compositor e intérprete, vendeu milhões de cópias, depois de integrar a trilha da novela global O casarão, de 1976.
“A black music brasileira começou com Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro”, defende o pernambucano que diz ter-se arrepiado, aos 7 anos de idade, ao ver Gonzagão pela primeira vez, durante show em um cinema de Timbaúba, interior de Pernambuco, onde foi criado. “Na época, fiquei três dias sem dormir e resolvi ser cantor. Depois de ouvi-lo cantar Sabiá (“A todo mundo eu dou psiu – psiu, psiu, psiu…”), aquilo nunca mais me saiu da cabeça”, recorda, classificando aquele momento como um “som de Woodstok”. “Com aquele acordeom e aquela voz, era como Moisés falando na montanha. Aquilo para mim era a coisa mais black, que eu só fui entender depois de conhecer a Motown, a levada do Michael Jackson”, garante o compositor, cantor e instrumentista.
As inéditas do repertório do CD/DVD são Açúcar (com Dudu Falcão), Baladeiro (com Hyldon) e Doce cabana (com Carlinhos Brown). No mais, sucessos como Um dia de domingo, com a participação do neto de Tom Jobim, Daniel Jobim, e Me dê motivo, com Arnaldo Antunes declamando a letra em um dos melhores momentos do lançamento.
Brega “Na época em que nos acusavam eu acho que foi mais uma perseguição. Eu não gosto nem de falar disto, mas vou falar. É o seguinte: na década de 1970, quando surgiu a FM, que tocava só músicas de escritório, eu fui em uma rádio – não vou citar o nome das pessoas – em que discutiam sobre a gravação de Tortura de amor, de Waldick Soriano, por Maria Creusa. Como eles tinham de tocar, porque era lindo, ficaram discutindo como anunciar o nome do autor. Um cara falou: ‘Vamos anunciar só a metade do nome. De Soriano, Tortura de amor, com Maria Creusa.
Quando você é simples e consegue com o óbvio fazer uma história que às vezes chega no mundo inteiro… Quer dizer, uma parte da crítica falava mal da gente, mas outra falava bem. Então, o mundo falava bem. Muitos até nos chamavam de gênios. E ser genial no óbvio é legal. Isto é para poucos.
Encomenda
“Eu faço música sob encomenda. Se o artista pedir eu faço, mas ele não é obrigado a gravar, não. Às vezes ele pode não gravar. Deslizes, por exemplo, eu fiz pensando no Roberto Carlos mas ele não se empolgou muito, preferindo gravar outra música. Aí eu mostrei para 60 artistas e ninguém gravou. Quando eu fui produzir um disco do Fagner ele falou que queria gravar uma música da dupla. Nós mostramos quatro ou cinco canções para ele, que escolheu Deslizes.
Já Um dia de domingo foi feita a pedido de Gal Costa, que diz ter amado Leva, que fizemos para o Tim Maia, pedindo para a gente fazer algo para ela gravar com ele no disco novo dela. No dia seguinte sentamos e ela gravou. Um dia de domingo é a minha Garota de Ipanema, com mais de 300 gravações mundo afora”.
Massadas
“Em 1993, eu já havia ficado em Miami, para trabalhar na Sony de lá e a distância para qualquer trabalho atrapalha. Já no ano seguinte ele me ligou dizendo que ia dar um tempo. Ia fazer uma fábrica de vinil, entrar em uma coisa industrial. Aí eu voltei em 1997-98, fazendo ponte aérea com o mercado latino, com o qual trabalho até hoje. Eu tenho 1.200 músicas gravadas e a metade está com o Massadas, Então, sempre alguém regrava, a gente precisa de uma versão, tem o problema de uma letra. Quer dizer, são os nossos filhos que nós temos de cuidar e temos de nos falar. Há um, dois anos atrás, eu encontrei com ele no Criança Esperança e botamos o papo em dia”.
Pseudônimo
“Michael é uma homenagem a Michael Jackson. Já o Sullivan eu vi em uma lista telefônica em Nova York e eu também já gostava deste nome, porque me lembrava o Gilbert O’Sullivan, que gravou Alone again (Naturally)”.
FONTE
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Sullivan
divirta-se uai
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