Airto Moreira nasceu, em 1941, em Itaiópolis – interior de Santa Catarina –, e viveu seus primeiros anos em Curitiba. Antes mesmo de literalmente andar com as suas próprias pernas já batucava no chão cada vez que ouvia no rádio uma música ritmada. Se isso preocupava a sua mãe, o mesmo não acontecia com a sua avó que reconheceu o seu potencial e o encorajou-o a se expressar musicalmente. Aos seis anos de idade, já recebia elogios pelo seu modo de cantar e tocar percussão. Em seguida, a emissora de rádio local lhe deu um programa que ia ao ar todas as tardes de sábado. Aos treze anos tornou-se músico profissional tocando percussão, bateria e cantando em bandas de baile. Aos dezesseis anos mudou-se para São Paulo, passando a apresentar-se regularmente em casas noturnas e programas de televisão como percussionista, baterista e cantor. Em 1965, no Rio de Janeiro, conheceu a cantora Flora Purim. Flora foi para os Estados Unidos, em 1967, e, logo depois, Airto a seguiu. Uma vez em Nova Iorque, começou a tocar com músicos importantes como Reggie Workman, JJ Johnson, Cedar Walton e o baixista Walter Booker. Foi através de Booker que começou a tocar com Cannonball Adderley, Lee Morgan, Paul Desmond e Joe Zawignul. Em 1970, Zawignul indicou Airto para uma sessão de gravação com Miles Davis, para o álbum “Bitches Brew”. Depois disso, Davis convidou-o, junto com Hermeto Pascoal, para juntar-se ao seu grupo que, na época era composto por alguns ícones do jazz como Wayne Shorter, Dave Holland, Jack De Johnette, Chick Corea e, mais tarde, John McLaughlin e Keith Jarrett. Airto integrou a grupo de Miles Davis por dois anos aparecendo em “Live/Evil”, “Live at the Fillmore”, “On the Corner”, “The Isle of Wight”, “Bitches Brew” e, mais tarde, nas apresentações de Fillmore. Airto foi convidado para integrar a formação original do Weather Report com Wayne Shorter, Joe Zavignul, Miroslav Vitous e Alphonse Mouzon, tendo gravado com eles o álbum “The Weather Report”. Logo em seguida juntou-se ao grupo original Return to Forever de Chick Corea com Flora Purim, Joe Farell e Stanley Clarke com o qual gravou os álbuns: “Return to Forever” e “Light as a Feather”. Em 1974 formou, com Flora Purim, a sua primeira banda nos Estados Unidos: Fingers. Ficou conhecido nos os anos 70 e 80, como um dos percussionistas mais populares do mundo. Seu domínio sobre os instrumentos, aliado à sua habilidade em tirar o som certo no momento exato, fez dele o número um na lista dos produtores e bandleaders. Seu trabalho com Quincy Jones, Herbie Hancock, George Duke e Paul Simon, Carlos Santana, Gil Evans, Gato Barbieri, Michael Brecker, The Crusaders, Chicago e muitos outros, incluindo a participação em trilhas sonoras para o cinema, como em “The Exorcist”, “Last Tango in Paris”, “King of the Gypsies” e “Apocalypse Now”, representa só uma pequena parte da contribuição de Airto para a música nas últimas três décadas. O impacto do seu trabalho levou a revista Downbeat a considerar a categoria ‘percussão’ na votação dos seus leitores e críticos, na qual Airto foi o vencedor absoluto por mais de vinte vezes, desde 1973. Nos últimos anos, foi considerado o percussionista número um pela Jazz Time, Modern Drummer, Drum Magazine, Jazzizz Magazine, Jazz Central Station’s Global Jazz Pool na Internet, do mesmo modo que por várias publicações Européias, Latino-Americanas e Asiáticas. Airto vem promovendo a causa da música percussiva em todo o mundo como membro do “Planet Drum Percussion Ensemble”, junto com Mickey Hart, baterista do “The Grateful Dead”, que inclui também o grande especialista em conga Giovanni Hidalgo e o virtuoso tablista Zakir Hussein, do mesmo modo que Flora Purim, Babatunde Olatunji, Sikiru e Viku Vinakrian, com o qual receberam o Grammy em 1991, na categoria ‘World Music’. O instrumentista contribuiu ainda para o Grammy recebido pela Dizzy Gillespie’s United Nations Orchestra na categoria ‘melhor álbum de jazz ao vivo’. Também compôs e tocou a sua “Brazilian Spiritual Mass” em um especial de duas horas para a TV Alemã, com a WDR Philharmonic Orchestra em Colônia. Essa rara performance foi registrada em vinil para o selo Harmonia Mundi e licenciada em vídeo distribuído em todo o mundo. Mais recentemente, foi músico convidado da Boston Pops Philharmonic Orchestra em especial para a PSB TV e também com o Smashing Pumpkins no “Unplugged” da MTV, com o grupo japonês de percussão Kodo e no último CD “Exciter” do grupo Depeche Mode. Seu disco “Killer Bees” para o selo Melt2000, que tem como convidados Herbie Hancock, Stanley Clarke, Chick Corea, Mark Egan e Hiram Bullock, foi um dos álbuns mais aclamados pela crítica no mercado europeu. Seu disco solo “Homeless”, lançado em 2000, é considerado um álbum de alta energia com ritmos tribais e continua balançando o chão das casas de dança em todo o mundo. Outros lançamentos nesse selo incluem o grupo Fourth World com José Neto e Flora Purim. Sua canção ‘Celebration Suite’ foi re-mixada no ano passado pelo grupo DJ Bellini Brothers e recebeu o título ‘Samba de Janeiro’ Essa faixa permanece em primeiro lugar na categoria “dance music” em 26 países da Europa, Ásia e América Latina. Em 2000, foi mais uma vez votado como o percussionista número um pelos leitores da Downbeat Magazine. Airto acaba de gravar um álbum com o grupo japonês de percussão Kodo, no qual foram incluídas duas de suas composições: ‘Maracatu’ e ‘Berimbau Jam’. ‘Maracatu’ foi escolhida por ser uma das músicas oficiais da copa do Mundo de 2002 e serviu como tema da cerimônia de abertura do evento no Japão. Como professor no Departamento de Etnomusicologia da UCLA, vem abrindo novos horizontes em termos de conceitos musicais e energia criativa. Divide o seu tempo entre as gravações em estúdios, workshops e shows, criando novos projetos incluindo DVD Surrond Sound , bem como pesquisando novos materiais para futuras performances nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. fonte http://www.ejazz.com.br/detalhes-artistas.asp?cd=263
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domingo, 29 de julho de 2012
Airto Moreira
Airto Moreira nasceu, em 1941, em Itaiópolis – interior de Santa Catarina –, e viveu seus primeiros anos em Curitiba. Antes mesmo de literalmente andar com as suas próprias pernas já batucava no chão cada vez que ouvia no rádio uma música ritmada. Se isso preocupava a sua mãe, o mesmo não acontecia com a sua avó que reconheceu o seu potencial e o encorajou-o a se expressar musicalmente. Aos seis anos de idade, já recebia elogios pelo seu modo de cantar e tocar percussão. Em seguida, a emissora de rádio local lhe deu um programa que ia ao ar todas as tardes de sábado. Aos treze anos tornou-se músico profissional tocando percussão, bateria e cantando em bandas de baile. Aos dezesseis anos mudou-se para São Paulo, passando a apresentar-se regularmente em casas noturnas e programas de televisão como percussionista, baterista e cantor. Em 1965, no Rio de Janeiro, conheceu a cantora Flora Purim. Flora foi para os Estados Unidos, em 1967, e, logo depois, Airto a seguiu. Uma vez em Nova Iorque, começou a tocar com músicos importantes como Reggie Workman, JJ Johnson, Cedar Walton e o baixista Walter Booker. Foi através de Booker que começou a tocar com Cannonball Adderley, Lee Morgan, Paul Desmond e Joe Zawignul. Em 1970, Zawignul indicou Airto para uma sessão de gravação com Miles Davis, para o álbum “Bitches Brew”. Depois disso, Davis convidou-o, junto com Hermeto Pascoal, para juntar-se ao seu grupo que, na época era composto por alguns ícones do jazz como Wayne Shorter, Dave Holland, Jack De Johnette, Chick Corea e, mais tarde, John McLaughlin e Keith Jarrett. Airto integrou a grupo de Miles Davis por dois anos aparecendo em “Live/Evil”, “Live at the Fillmore”, “On the Corner”, “The Isle of Wight”, “Bitches Brew” e, mais tarde, nas apresentações de Fillmore. Airto foi convidado para integrar a formação original do Weather Report com Wayne Shorter, Joe Zavignul, Miroslav Vitous e Alphonse Mouzon, tendo gravado com eles o álbum “The Weather Report”. Logo em seguida juntou-se ao grupo original Return to Forever de Chick Corea com Flora Purim, Joe Farell e Stanley Clarke com o qual gravou os álbuns: “Return to Forever” e “Light as a Feather”. Em 1974 formou, com Flora Purim, a sua primeira banda nos Estados Unidos: Fingers. Ficou conhecido nos os anos 70 e 80, como um dos percussionistas mais populares do mundo. Seu domínio sobre os instrumentos, aliado à sua habilidade em tirar o som certo no momento exato, fez dele o número um na lista dos produtores e bandleaders. Seu trabalho com Quincy Jones, Herbie Hancock, George Duke e Paul Simon, Carlos Santana, Gil Evans, Gato Barbieri, Michael Brecker, The Crusaders, Chicago e muitos outros, incluindo a participação em trilhas sonoras para o cinema, como em “The Exorcist”, “Last Tango in Paris”, “King of the Gypsies” e “Apocalypse Now”, representa só uma pequena parte da contribuição de Airto para a música nas últimas três décadas. O impacto do seu trabalho levou a revista Downbeat a considerar a categoria ‘percussão’ na votação dos seus leitores e críticos, na qual Airto foi o vencedor absoluto por mais de vinte vezes, desde 1973. Nos últimos anos, foi considerado o percussionista número um pela Jazz Time, Modern Drummer, Drum Magazine, Jazzizz Magazine, Jazz Central Station’s Global Jazz Pool na Internet, do mesmo modo que por várias publicações Européias, Latino-Americanas e Asiáticas. Airto vem promovendo a causa da música percussiva em todo o mundo como membro do “Planet Drum Percussion Ensemble”, junto com Mickey Hart, baterista do “The Grateful Dead”, que inclui também o grande especialista em conga Giovanni Hidalgo e o virtuoso tablista Zakir Hussein, do mesmo modo que Flora Purim, Babatunde Olatunji, Sikiru e Viku Vinakrian, com o qual receberam o Grammy em 1991, na categoria ‘World Music’. O instrumentista contribuiu ainda para o Grammy recebido pela Dizzy Gillespie’s United Nations Orchestra na categoria ‘melhor álbum de jazz ao vivo’. Também compôs e tocou a sua “Brazilian Spiritual Mass” em um especial de duas horas para a TV Alemã, com a WDR Philharmonic Orchestra em Colônia. Essa rara performance foi registrada em vinil para o selo Harmonia Mundi e licenciada em vídeo distribuído em todo o mundo. Mais recentemente, foi músico convidado da Boston Pops Philharmonic Orchestra em especial para a PSB TV e também com o Smashing Pumpkins no “Unplugged” da MTV, com o grupo japonês de percussão Kodo e no último CD “Exciter” do grupo Depeche Mode. Seu disco “Killer Bees” para o selo Melt2000, que tem como convidados Herbie Hancock, Stanley Clarke, Chick Corea, Mark Egan e Hiram Bullock, foi um dos álbuns mais aclamados pela crítica no mercado europeu. Seu disco solo “Homeless”, lançado em 2000, é considerado um álbum de alta energia com ritmos tribais e continua balançando o chão das casas de dança em todo o mundo. Outros lançamentos nesse selo incluem o grupo Fourth World com José Neto e Flora Purim. Sua canção ‘Celebration Suite’ foi re-mixada no ano passado pelo grupo DJ Bellini Brothers e recebeu o título ‘Samba de Janeiro’ Essa faixa permanece em primeiro lugar na categoria “dance music” em 26 países da Europa, Ásia e América Latina. Em 2000, foi mais uma vez votado como o percussionista número um pelos leitores da Downbeat Magazine. Airto acaba de gravar um álbum com o grupo japonês de percussão Kodo, no qual foram incluídas duas de suas composições: ‘Maracatu’ e ‘Berimbau Jam’. ‘Maracatu’ foi escolhida por ser uma das músicas oficiais da copa do Mundo de 2002 e serviu como tema da cerimônia de abertura do evento no Japão. Como professor no Departamento de Etnomusicologia da UCLA, vem abrindo novos horizontes em termos de conceitos musicais e energia criativa. Divide o seu tempo entre as gravações em estúdios, workshops e shows, criando novos projetos incluindo DVD Surrond Sound , bem como pesquisando novos materiais para futuras performances nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. fonte http://www.ejazz.com.br/detalhes-artistas.asp?cd=263
Théo de Barros
E eu concordo com ele. Gosto desta música e de seu potencial de brincar com as palavras para dizer em alto e bom som que era chegada a hora de romper com aqueles que sufocavam os ideais de LiBeRdAdE de um povo. Disparada traz a tona reações contidas e eufóricas... e quando a música temina tem-se a sensação de que se lavou a alma.
Teófilo Augusto de Barros Neto (Rio de Janeiro, 10 de março de 1943), mais conhecido como Théo de Barros, é um compositor, violonista, cantor e arranjador brasileiro. Filho do compositor alagoano Teófilo de Barros Filho. Começou a aprender violão aos 11 anos de idade, tendo estudado com Francisco Batista Barros, Tio Manuel, João Caldeira Filho, Leo Perachi e Alfredo Lupi. Compôs sua primeira música, "Saudade pequenina", aos 15 anos de idade. Com 19 anos já tinha duas músicas interpretadas por Alaíde Costa, "Natureza" e "Igrejinha". Gravou seu primeiro compacto em 1963 (com "Vim de Santana" e "Fim") e no mesmo ano integrou o Sexteto Brasileiro de Bossa, como contrabaixista; e apresentou-se como cantor e músico em televisão e em várias boates paulistas, como João Sebastião Bar, Baiúca e Jogral, entre outras. Sua canção "Menino das laranjas" foi gravada por Geraldo Vandré em 1964. Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em várias boates da cidade – começou a ter o trabalho reconhecido quando Elis Regina gravou o seu samba "Menino das Laranjas", em 1965. Notabilizou-se por suas parcerias com Geraldo Vandré, como "Disparada" (empatada com "A banda", de Chico Buarque, em 1º lugar no II Festival de Música Popular Brasileira - 1966, da Rede Record, e defendida por Jair Rodrigues que, junto com o Trio Maraiá e o Trio Novo (grupo que formou ao lado de Heraldo e Airto Moreira e que mais tarde, com a chegada de Hermeto Pascoal, passaria a se chamar Quarteto Novo), dividiu o primeiro lugar com "A Banda", de Chico Buarque, no Festival da TV Record de 1966. Também formou, juntamente com Heraldo do Monte, Airto Moreira e Hermeto Pascoal o Quarteto Novo, que gravou um único LP em 1967 e acompanhou Edu Lobo e Marília Medalha, também em 1967, na apresentação da canção "Ponteio", que foi a vencedora do III Festival de Música Popular Brasileira. Quarteto Novo foi uma banda de música instrumental formada em 1966, em São Paulo - SP, Brasil. Originalmente chamado de Trio Novo, o grupo era composto por Theo de Barros (contrabaixo e violão); Heraldo do Monte (viola e guitarra); e Airto Moreira (bateria e percussão). O conjunto foi criado para acompanhar o cantor e compositor Geraldo Vandré em apresentações e gravações. Com a entrada do flautista Hermeto Pascoal, o trio passou a se chamar Quarteto Novo. Em 1967 o conjunto grava o seu único LP: Quarteto Novo. Neste mesmo ano, acompanhou Edu Lobo e Marília Medalha da apresentação da música Ponteio, que venceu o 3º Festival de Música Popular Brasileira. O conjunto se dissolveu em 1969, e o LP foi reeditado em 1973. A música do Quarteto continua muito instigante mesmo nos dias atuais, pela exuberância dos arranjos e das sonoridades que eles alcançaram. Discografia Quarteto Novo, 1967, Odeon. 1.O ovo (Geraldo Vandré - Hermeto Pascoal) uma das primeiras composições de Hermeto em parceria com Geraldo Vandré, apresenta uma flauta hipnotizante e uma emoção constante 2.Fica mal com Deus (Geraldo Vandré) tem uma percussão bem marcada e mostra grande entrosamento dos integrantes 3.Canto geral (Geraldo Vandré - Hermeto Pascoal) 4.Algodão (Luiz Gonzaga - Zé Dantas) é uma viagem pelos seus 7:22 minutos, a faixa mais longa do álbum 5.Canta Maria (Geraldo Vandré) 6.Síntese (Heraldo do Monte) é exemplo perfeito da mistura entre jazz, bossa nova e a música-de-raiz brasileira 7.Misturada (Airto Moreira- Geraldo Vandré) traz um solo de bateria sensacional em que as rufadas e a “quebração” de pratos frenéticos são trocadas por uma aula rítmica com total domínio sobre o tempo. Em seguida uma base pesada com dois violões e uma percussão “rasteira” que não larga a melodia (rock’n’roll na veia!), até que entra a flauta e conduz novamente à leveza. 8.Vim de Sant'Ana (Theo de Barros) mistura jazz, bossa nova e a música-de-raiz brasileira. Bonus: 1.Ponteio (Edu Lobo) 2.O cantador (Dori Caymmi - Nelson Motta). Théo de Barros atuou como diretor musical em várias produções do Teatro Arena durante a década de 60, entre elas a peça "Arena conta Zumbi", de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Escreveu com Boal a montagem "Arena canta Bolívar", que excursionou pelo Peru, México e Estados Unidos. No cinema, compôs a trilha para o longa-metragem "Quelé do Pajeú", de Anselmo Duarte, filme dirigido por Anselmo Duarte em 1970. Em 1972, assinou a direção musical da apresentação de "A capital federal", de Artur Azevedo, encenada no Teatro Anchieta (SP), sob direção geral de Flávio Rangel. Assinou a produção musical e escreveu arranjos para "Música popular do centro-oeste", coleção de 4 LPs lançada pela gravadora Marcus Pereira. Em 1979 fundou a Eldorado, em sociedade com Aluísio Falcão, lançando por esta gravadora o LP duplo "Primeiro disco", como compositor, intérprete, arranjador, produtor musical e diretor artístico. Participou do LP "Raízes e frutos". De 1981 a 1982, produziu e escreveu os arranjos para dois LPs premiados de Edu da Gaita. Nas década de 80 intensificou o seu trabalho como arranjador e passou a compor jingles comerciais. Lançou o CD "Violão Solo", em 1997, pela gravadora Paulinas. Participou, em 1982, do Festival MPB Shell (Rede Globo), com a canção "Barco sul", composta em parceria com Gilberto Karan. Trabalhou como arranjador para a Movieplay entre 1990 e 1993, em CDs como "The Best of Antonio Carlos Jobim", "The Beatles in Bossa Nova", "The Best of Chico", "Toquinho e Vinicius", "Pery Ribeiro Songs of Brazil" e "Jane Duboc". Participou , em 1995, do VII Encontro da MPB com "Fruta nativa", em parceria com Paulo César Pinheiro. Em 1997, lançou o CD "Violão solo". Atuando também na área publicitária, é autor de mais de 2.000 jingles. Em 2004, lançou o CD "Theo". fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Th%C3%A9o_de_Barros
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Romeu Fernandes
Romeu Fernandes (Romeu Pece), cantor e compositor, nasceu em Santos, SP, em 17/11/1924. Ainda criança apresentou-se em diversas rádios de Santos, com o nome de Romeu Peis, chegando a atuar com cantores famosos da época.
Por volta de 1940, atuou como crooner de "Amleto e sua orquestra", "Quarteto Marabá" e dos "Brazilian Boys", apresentando-se em Santos e São Paulo. Entre os anos de 1952 a 1965, atuou como artista contratado em divesas emissoras de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1954, estreou em disco gravando o samba "Brincando sim", de Antônio Duarte, Georgino Abrangel e Antônio Lopes e a marcha "Mulher de cego", de guido Medina, Geneci Azevedo e Alfredo Ribeiro. Em seguida, gravou o bolero "Fantástica visão", de Ângelo Reale e Antônio Duarte pela Sinter. Por essa época, o cantor Alcides Gerardi gravou uma composição sua, o bolero "Recordando", na Odeon.
Em 1955 gravou o samba "Jóia falsa", de Luiz de França e Armando Nunes, o tango "Adeus querida", de Eduardo Patané e Floriano Faissal e a valsa "Volta para o meu amor", de Joubert de Carvalho e Tostes Malta.
Em 1956, passou a gravar na RCA Victor estreando com o samba "Adeus Bahia", de Cyro Monteiro e Dias da Cruz e a canção "É tão sublime o amor", versão de Almeida para música de Webster e Fain. No mesmo ano, gravou o tango "Voltei querida", parceria com Nelson Bastos e o samba canção "Cicatrizes", parceria com José Batista.
Em 1957, participou como ator e cantor do filme "Samba na vila", dirigido por Luís de Barros. No mesmo ano, gravou o fox trot "Outros tempos", de Bruno Marnet e Irani de Oliveira e a valsa "Meu burrinho", de Almeida Rego.
Em 1958, lançou pela Continental, de Dante Santoro e Ghiaroni o bolero "Loucura" e o choro "Nosso passado".
Em 1960, passou a gravar na Copacabana estreando com o tango "Miragem", de Adelino Moreira e a valsa "Serenata", de Adelino Moreira e Nelson Gonçalves.
Em 1961 regravou a clássica canção "A voz do violão", de Francisco Alves e Horácio Campos. Gravou o LP "Homenagem ao Rei da Voz", em homenagem a Francisco Alves na gravadora Odeon, tendo alcançado sucesso.
Em 1962, gravou os boleros "A última tristeza", de Jota Santos e "Estou só", de sua autoria e Cícero Acaíaba. Dentre seus parceiros, destacam-se os compositores Guido Medina, Nelson Bastos e José Batista.
Em 1963 gravou na Continental o bolero "Volta pra mim", de Getúlio Macedo e Luiz de Carvalho.
Em 2001, continuava em atividade, divulgando nas emissoras cariocas uma compilação de suas músicas em CD.
Em 2002 o cantor Romeu Fernandes interpretou a toada "Prece do Sertanejo", do compositor João Correia.
JOAO CORREIA/ROMEU FERNANDES - PRECE DO SERTANEJO
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998
http://www.dicionariompb.com.br/romeu-fernandes/dados-artisticos http://cifrantiga2.blogspot.com/2010/12/romeu-fernandes.html#ixzz212DuSQaIsábado, 14 de julho de 2012
Aderbal Duarte
Djalma Lúcio
Djalma Lúcio, cantor brasileiro nascido na Bahia em 1943 ou 1944 com mais de 38 anos de carreira. Seu grande sucesso foi "O que passou, passou", gravada em 1971.
Com muita repercussão nas rádios, tem no currículo 14 discos, entre compactos e LPs. Participou ativamente dos programas Os Galãs Cantam e Dançam, Qual é a Música? e outros do SBT e de outras emissoras.
Foi assunto obrigatório em jornais e revistas, sendo tema de extensas reportagens de todas as publicações importantes. Atualmente reside na cidade de Iguape.
01 - Eu e tu ..... (Evaldo Gouveia - Jair Amorim)
02 - Primeira estrela que vejo ..... (Fred Chateaubriand - Vinicius de Carvalho)
Djalma Lucio
1 Tanto amor 2 Não pode ser Adeus 3 E dificil esquecer 4Deixa-me Partir 5 Viento 6 Você não sabe o que é saudade 7 Um Triste pra viver 8 Uma Ternura em Cada abraço 9 Sonata do amor de nos deois 10 Balada do Adeus 11 Página virada 12 Vê Lembra e Penasa
Djalma Lucio
1 A Imensidão ( Lá Immensità ) S´penso em você
Djalma Lucio
1 Nunca Mais 2 Meu Jeito de ser
Conhecido do grande público por ter lançado discos nos anos 70 e ter feito, na década seguinte, parte do time de cantores do “Qual é a Música”, DJALMA LÚCIO é nascido em Ibiassucê, pequeno município localizado na Bahia, , mas mudou-se com a família, ainda pequeno, para Minas, em busca de uma vida melhor: ‘Era uma cidade pequena, simples, boa de viver, pelo menos naquela época, não havia perspectivas’. A carreira artística teve início quando participou de alguns programas infantis. ‘E, modestamente falando, ganhava sempre’, recorda-se.
Conhecido do grande público por ter lançado discos nos anos 70 e ter feito, na década seguinte, parte do time de cantores do “Qual é a Música”, DJALMA LÚCIO é nascido em Ibiassucê, pequeno município localizado na Bahia, , mas mudou-se com a família, ainda pequeno, para Minas, em busca de uma vida melhor: ‘Era uma cidade pequena, simples, boa de viver, pelo menos naquela época, não havia perspectivas’. A carreira artística teve início quando participou de alguns programas infantis. ‘E, modestamente falando, ganhava sempre’, recorda-se.
Djalma Lúcio lembra ainda que a distância da família foi o maior obstáculo que enfrentou. ‘Tive que ficar longe dos meus pais e dos meus seis irmãos, quando me mudei para Belo Horizonte em busca de oportunidades’, afirma. Mesmo com uma família tão numerosa, apenas ele seguiu para o lado artístico: ‘Só eu canto na família, talvez por ter sido muito influenciado pelos programas de rádio que ouvia, principalmente os da Nacional do Rio, que era a melhor na época. E TV, nem dava para pensar. Mesmo com quase uma dezena de discos gravados, o maior sucesso alcançado foi com ‘O que passou, passou’, de autoria de Nelson Ned, lançado em 1971. O cantor cita como ídolos Cauby Peixoto e Silvio César, e diz ter se inspirado no movimento da Jovem Guarda.
‘O ‘Qual é a Música’ era a porta para eu fazer vários shows’
A parceria com Silvio Santos na televisão durou mais de 20 anos: ‘Cheguei ao programa dele em 1970 para participar do quadro ‘Os Galãs Cantam e Dançam aos Domingos’, que durou três anos. Em 1977, fui convidado para o ‘Qual é a Música?’, que ficou no ar até 91′. ‘Hoje só faço algumas participações eventuais, mas sem dúvida o ‘Qual é a Música’ marcou a minha vida, mesmo sem ser artisticamente importante. O programa era a porta para muitos shows’, admite o cantor.
Recentemente, Djalma reencontrou seus antigos colegas de trabalho através da também cantora Vera Lúcia, que promoveu o ‘revival’. ‘Mantenho contato com ela e nesse encontro, revi o Pablo (dublador do programa), o Ary Sanches (também cantor da atração) e pessoas que, diretamente ou indiretamente, fizeram parte do programa. Foi muito emocionante’, conta. Djalma acrescenta que a palavra saudade não é a ideal para definir o que sente da época ao lado de Silvio Santos. ‘Eu não sinto propriamente saudades, sinto sim uma satisfação de ter feito a minha parte. O melhor que pude e sempre com muito profissionalismo. Foi muito bom’, completa.
Para o cantor, penetração maior da mídia nos dias de hoje explica cachês mas elevados
Ele não se recorda de nenhum show feito em lugar inusitado e dá sua opinião sobre a diferença entre os cachês de hoje e os cobrados nos anos 70: ‘Atualmente, a mídia tem uma penetração infinitamente maior do que antigamente. O nosso maior sucesso com o Silvio, o quadro dos galãs, só passava em São Paulo’. ‘Hoje, o país está coberto em toda sua área pelas emissoras de TV. Então as pessoas de Rondônia ou do Amapá sabem quem você é’, acrescenta.
Em relação à aparência, Djalma conta que procura se cuidar. ‘Nem é tanto por vaidade, mas sim por saúde. Procuro me alimentar equilibradamente e faço minhas caminhadas diárias porque gosto. É muito boa vontade sua dizer que a minha aparência é a mesma de tempos atrás. Claro que não é e eu sei disso. Vivo em um lugar tranquilo (na cidade paulista de Iguape) e com ar puro. O que mais posso querer?’, explica. ‘Além disso, faço também a coisa que me dá mais prazer: viajar. Todos os anos eu escolho um lugar e vou. Desse modo, já andei por esse mundo de Deus mais do que sonhei’, finaliza.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Djalma_L%C3%BAcio http://centraldenoticias.wordpress.com/2012/06/27/entrevista-djalma-lucio/
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Edu Krieger
Edu Krieger, nome artístico de Eduardo Lyra Krieger, é um cantor, compositor e instrumentista. Natural da cidade do Rio de Janeiro, começou sua carreira fazendo trilhas sonoras para peças de teatro e acompanhando artistas da MPB, como o maestro e sanfoneiro Sivuca. Suas composições têm sido gravadas por nomes de destaque da música brasileira, como Maria Rita, Ana Carolina, Teresa Cristina e Roberta Sá.
Compositor, cantor e instrumentista, Edu Krieger iniciou sua carreira aos sete anos de idade, cantando no Coro Infantil do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sob regência de Elza Lakschevitz. Mais tarde, começou a criar trilhas sonoras para inúmeras montagens teatrais dirigidas por nomes como Tim Rescala e Pedro Paulo Rangel, entre outros. Sua trajetória profissional ganhou impulso em 1998, quando foi vencedor do Prêmio Shell de melhor música com as composições da peça “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, sob direção de Antônio Abujamra. Como instrumentista, Edu Krieger acompanhou grandes nomes da MPB como Sivuca, Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Nilze Carvalho e Fátima Guedes. Participou ainda de gravações em discos de Tânia Alves, Zé Ramalho, Renata Arruda e grupo vocal Garganta Profunda. Edu Krieger é autor de músicas gravadas por Maria Rita, Ana Carolina, Roberta Sá, Teresa Cristina, Pedro Luís e a Parede, Ara Ketu, Falamansa, Sururu na Roda, Trio Nordestino, Moyseis Marques e Aline Calixto, entre outros. Duas de suas canções foram incluídas em novelas da Rede Globo: “Como Plural”, interpretada por Roberta de Recife em “Porto dos Milagres”, e “Simplesmente Mulher”, interpretada por Silvia Machete em “Caras e Bocas”. Seu primeiro CD, “Edu Krieger”, lançado pela gravadora Biscoito Fino, foi indicado na categoria “Revelação” do prêmio Rival Petrobras de música em 2006, além de ganhar, em 2007, o troféu da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como “revelação da MPB”. O CD foi ainda relacionado entre os dez melhores do ano pela crítica especializada do jornal “O Globo” (RJ). O trabalho, produzido por Lucas Marcier (baixista da banda Brasov), conta com 14 músicas próprias, incluindo “Temporais”, composta em parceria com Geraldo Azevedo, que faz participação especial. Para o cinema, Edu Krieger compôs a canção original do longa-metragem “Mulheres Sexo Verdades Mentiras”, de Euclydes Marinho. É também co-autor de músicas dos filmes “Feliz Natal” e “O Palhaço”, dirigidos por Selton Mello, sob produção musical de Plínio Profeta. Em parceria com o letrista Fernando Brant, Edu Krieger compôs a música “Tancredo, a Travessia”, interpretada por Fagner, tema do documentário sobre Tancredo Neves dirigido por Silvio Tendler. No carnaval de 2009, Edu Krieger sagrou-se campeão do quarto Concurso Nacional de Marchinhas da Fundição Progresso. Edu conquistou o Troféu Carmem Miranda com a canção “Bendita Baderna”, eleita a preferida do público em votação nacional promovida pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo. O concurso teve 843 marchinhas inscritas e o júri foi presidido pelo jornalista e escritor Sérgio Cabral. Correnteza, lançado em 2009 pela Biscoito Fino, é o nome do segundo CD de Edu Krieger. O trabalho tem produção musical de Lucas Marcier e conta com participações de mestres como João Donato (piano) e Rildo Hora (gaita). Em 2010, Edu Krieger, Oscar Niemeyer e seu enfermeiro Caio Almeida compuseram o samba “Tranquilo com a Vida”. A parceria com o lendário arquiteto foi lançada na internet pela gravadora Deckdisc e obteve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional. No carnaval de 2011, Edu Krieger conquistou o bicampeonato do sexto Concurso Nacional de Marchinhas da Fundição Progresso com “Nossa Fantasia”, que disputou com 947 concorrentes. A canção se sagrou vencedora através de votação popular promovida pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, conquistando o Troféu João de Barro. Ainda no carnaval deste ano, Edu Krieger comandou o bloco “Feitiço do Villa”, criado em homenagem a Villa-Lobos, para o qual compôs o samba em parceria com seu pai, o maestro Edino Krieger. fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Edu_Krieger
Antonia Adnet
Antonia Adnet é o nome artístico de Antonia Campello Adnet (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1985), é uma arranjadora, compositora, violonista e cantora da banda de Roberta Sá, desde 2005.
Formada em música pela UniRio, Antonia começou a tocar violão, compor e cantar quando ainda era menina. Talento é algo que a família dessa moça esbanja. Ela é filha do instrumentista e compositor Mário Adnet, sobrinha da cantora Muíza Adnet e do também instrumentista e produtor musical Rodrigo Campello (que junto com Antonia, toca na banda da Roberta), irmã da cantora Joana Adnet e prima do humorista Marcelo Adnet, apresentador do programa 15 minutos da MTV. Em 2010, Antonia lançou seu primeiro CD “Discreta” (Adnet música/Biscoito Fino). Além de assinar sete das doze faixas e quase todos os arranjos, ela ainda participou, junto com seu pai, da produção do CD, que conta com as participações da própria Roberta Sá (“Discreta”), Marcelo Adnet (“Pessoas Incríveis”) e João Cavalcanti (“Quero um xamego”). Lançou o CD “Pra Dizer Sim” em Junho de 2012. fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonia_Adnet
Rodrigo Aquino
Depois do sucesso no lançamento de seu primeiro CD O que Você Tem a Dizer?, em dezembro do ano passado, Rodrigo Aquino segue carreira musical das mais promissoras. No último dia 23 de maio/12, o músico arrancou aplausos na primeira apresentação no Vinnil Cultura Bar, considerada a melhor casa de música ao vivo de Belo Horizonte.
Aos 26 anos, Rodrigo apresentou repertório de canções autorais e sambas de consagrados compositores, entre eles Ataulfo Alves, sem contar algumas incursões de samba-rock. Em abril, ele também foi tema de especial na Rede Minas, que tornou seu trabalho ainda mais conhecido em todo o estado. A agenda de shows segue lotada até o final do ano.
O cantor, compositor e poeta Rodrigo Aquino, grande revelação da nova geração de músicos mineiros, vem construindo seu sonho profissionalmente desde o fim de 2007, passo a passo, tendo hoje uma carreira em ascensão com vários degraus já conquistados. Destacando-se a visibilidade alcançada na capital e no interior do Estado de Minas Gerais após o lançamento do seu Disco “O que você tem a dizer?”, todo autoral, em Dezembro de 2008. Rodrigo conquistou algo raro para um artista que se apresenta num primeiro CD, tanto o público quanto a mídia especializada receberam o trabalho com carinho e respeito entusiasmados.
No final de 2009, Rodrigo Aquino se apresentou em grande show no Teatro Sesiminas, segundo teatro mais importante de Belo Horizonte, com patrocínio de cinco grandes empresas. Foi um sucesso palpável, de mídia, público e qualidade, do qual foram colhidas respostas contundentes e muito gratificantes. O Espetáculo contou com uma equipe composta por verdadeiros ícones do cenário cultural mineiro, equipe esta que segue hoje com Rodrigo Aquino. Fazem parte deste time: o grande pianista e arranjador Túlio Mourão, como Diretor Musical, o respeitado profissional Nestor Sant´anna, na direção artística e orientação de carreira e a renomada professora de canto Babaya na preparação vocal e criação de conceitos de interpretação. O show foi gravado pela Rede Minas de Televisão, e transmitido, em Especial, para todo o Estado e alguns outros pontos do país.
Em 2010, o artista ampliou suas fronteiras, vencendo as montanhas de Minas Gerais e conquistando espaço no disputado mercado do Rio de Janeiro. Hoje, Rodrigo Aquino tem a carreira gerenciada pela Posto 9 Música, produtora carioca de grande porte, responsável por artistas como Kid Abelha, tendo já elencado Lulu Santos e Adriana Calcanhoto, entre outros.
Segundo Túlio Mourão, a capacidade de síntese faz de Rodrigo um cronista do cotidiano muito ágil. “A sua sensibilidade e facilidade de comunicação o torna capaz de apreender instantaneamente a realidade,” destaca. Nestor Sant'anna, que trabalha com o artista desde 2008, comenta: “Poeta de consistência, base e boa formação, que se mostra em letras bem feitas e estruturadas, que casam muito bem com as músicas que compõe. Bem diferente de muitos que vemos hoje no mercado”.
O diretor artístico destaca, ainda, o profissionalismo e a presença cênica do compositor. Babaya, que acompanha a trajetória de Rodrigo há sete anos como sua professora de canto e conscientização corporal, destaca a voz de Rodrigo como uma de suas potencialidades, ao lado das composições inteligentes e swingadas. “Ele chegou para preencher uma lacuna de músicos inquietos, que conjugam boa composição e ritmos envolventes. Lacuna esta aberta por nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil e Milton Nascimento.”
Certo da importância de firmar parcerias mais amplas, com seriedade e empenho cotidiano, Rodrigo Aquino comenta: “No início havia apenas eu e a minha confiança. Hoje tenho meus fãs, com um carinho imenso e tangível, a resposta concreta e positiva da mídia especializada, importante vitória, uma equipe de pessoas competentes e respeitadas que abraçaram o trabalho com muita sinceridade e esperança, acreditando com afinco nas canções e nas poesias, e ainda, a confiança de todos eles. Espero seguir neste caminho com profissionalismo, planejamento e dedicação.”
O que você tem a dizer?, CD de estréia de Rodrigo Aquino, tem o samba como referência, mas transita por várias vertentes da música brasileira, revelando influências ecléticas. Nesta quinta, ele apresenta o trabalho inédito em show no Teatro Dom Silvério. Além das canções do disco, ele mostra outras músicas próprias, presta homenagem a mestres como Ataulfo Alves e Zé Keti, e tem momento especialmente destinado à bossa nova. “Não podia deixar de passar por essa fase da música brasileira que me influenciou muito harmonicamente”, comenta.
Com sete faixas, o CD sintetiza as intenções de Aquino. O compositor defende apresentação condensada, embora tenha mais de 100 músicas prontas para serem levadas a estúdio. “Estamos em plena revolução da indústria fonográfica, precisamos buscar novos parâmetros. Com outros mecanismos à disposição, como a internet, já não faz sentido fazer discos enormes”, argumenta. Ele lembra que, a partir da próxima semana, suas músicas estarão disponíveis para download no site www.rodrigoaquino.com.br. Rodrigo optou por valorizar as autorais no disco, apesar de as versões de sucessos serem bem recebidas pelo público.
Advogado e poeta, Rodrigo Aquino conta que desde criança se dedica à palavra. Por isso, ele diz, as letras têm papel fundamental nas suas composições. O compositor associa crítica social e política a temas cotidianos, tratados com certa ironia. Em Bolinhas de sabão, abre exceção para abordar universo infantil. Fã confesso das letras de Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, Clube da Esquina e Vander Lee, para ele a música tem o papel de expressar as idéias de seus criadores. “Amo essa carreira. Com essa estréia, estou assumindo a escolha desta profissão. A formação em direito contribuiu para a minha noção de mundo”, diz.
PROTESTO
Apesar do acento crítico das letras, Rodrigo Aquino não defende a música de protesto. Para ele, diversão e reflexão devem estar aliadas em favor do entretenimento. “Os poemas devem despertar vários tipos de sentimentos, mas quem quiser só curtir o balanço vai ficar à vontade. O samba está na alma e estou muito feliz com o resultado dessa fusão de intenções”.
Com supervisão técnica e artística de Babaya, preparadora vocal, e do produtor Nestor Sant’Anna, ele conta que a participação dos veteranos foi de grande importância para o acabamento do disco e para a decisão de estrear em mercado concorrido e adverso. “São muitas as dificuldades para quem está começando, mas me acalma pensar que, todos os dias, os artistas têm de se reinventar para manter o espaço conquistado. É como um recomeço sempre, para todo mundo”, avalia.
Elisa Paraiso
A cantora mineira Elisa Paraíso se rende ao ritmo do baião, com o lançamento do seu segundo CD, que faz homenagem ao pernambucano Luiz Gonzaga. “Sempre gostei de Luiz Gonzaga, que ouvia muito na infância. No meu primeiro disco pensei em gravar músicas dele, mas queria tantas que guardei tudo para um CD especial”, diz a moça, que começou a cantar aos 13 anos no curso da Fundação Artística, em Belo Horizonte.
A vida profissional teve início em 1998, quando participou da primeira montagem do musical Mulheres de Hollanda, de Pedro Paulo Cava. Aos 30 anos, Elisa deslancha na carreira. Neste mês, é uma das participantes do programa Som Brasil, exibido pela Rede Globo, que homenageia o mineiro João Bosco. Vai interpretar as canções Bala com Bala, Bijuteria e Caça à Raposa do Conterrâneo. A cantora Elisa Paraíso confessa que não esperava a surpreendente repercussão na estreia da carreira fonográfica independente. “Fiz um disco de repertório aparentemente mais difícil, de instrumentação diferenciada”, justifica, ao falar, empolgada, do sucesso do CD Da maior importância, cujo batismo vem da composição homônima de Caetano Veloso, considerada uma espécie de “lado b” do compositor baiano. Atração do Verão Arte Contemporânea (VAC), em apresentação única hoje à noite, na Fundação de Educação Artística (FEA), a intérprete de timbre agradável e desenvoltura no canto volta a apresentar o disco ao público de Belo Horizonte, do qual vêm se destacando na programação das FMs canções como Coração vulgar, de Paulinho da Viola, e Imitação, de Batatinha, além da própria faixa-título. Acompanhada de banda formada por Gustavo Figueiredo (piano), Pablo Souza (baixo acústico), Thiago Nunes (guitarra, violão e arranjos) e André “Limão” Queiroz (bateria), Elisa também vai aproveitar para mostrar releituras próprias de pérolas de Cole Porter (Get out of town) e Radiohead (Faust arp), essa última em versão “totalmente surpresa”, segundo anuncia. “Achei no YouTube. Enquanto a versão da banda é supercheia, com cordas e tudo mais, essa é à base de violão de aço”, explica. Segundo diz, a canção, na verdade, é uma “loucura”, já que a letra “não diz nada com nada”. “Mas, como eu achei linda, resolvi fazê-la no show”, considera a cantora. Com um novo disco prontinho para lançar – O Nordeste de Lua, em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, – Elisa Paraíso colhe os frutos da promissora estreia que, segundo admite, foi preparada com carinho e dedicação, desde a escolha do repertório aos arranjos, feitos pelo músico e parceiro Thiago Nunes. A começar da agenda, que desde o lançamento de Da maior importância, em agosto, não para. Depois da temporada de 40 dias em Nova York, onde teve a oportunidade de se apresentar em vários espaços, inclusive ao lado de Jorge Continentino e Guilherme Monteiro, que integram a banda Forró in the Dark, que faz forró no exterior, com guitarras distorcidas e outras pegadas. Em novembro, Elisa retornou ao Brasil para fazer o projeto Música independente, da Fundação Clóvis Salgado, preparando-se, agora, para viajar pelo interior do estado, em março, no projeto Conexão Vivo. São João del-Rei, na região das Vertentes, e Uberândia, no Triângulo, estão na agenda da cantora, que promete lançar, em junho, o disco dedicado a Luiz Gonzaga. O Lua Em O Nordeste de Luiz Gonzaga, Elisa Paraíso quis trazer para a música (normalmente alegre) a tristeza das letras do repertório do mestre do baião. “O repertório de Lua tem aquele lado malicioso, mas eu sempre me identifiquei mais com a história do povo sofrido, dependente da terra e da chuva”, conta a jovem cantora, que, acompanhada apenas da sanfona de Toninho Ferragutti, conseguiu transformar o xote A morte do vaqueiro em algo parecido com o tango. “Ficou lindo”, derrete-se a intérprete. O único forró propriamente dito do disco – Estrada de Canindé – virou um legítimo pé-de-serra. No mais, Elisa fez questão de mexer nas harmonias e instrumentação da obra de Luiz. Fugindo do óbvio, ela deixou sucessos como Asa branca para o show. Mas o disco não renega Assum preto, Respeita Januário e tantos outros. Produto de um show apresentado pela cantora no projeto Dois tempos, O Nordeste de Luiz Gonzaga é produto da paixão de Elisa por festas juninas e, obviamente, Luiz Gonzaga, desde a infância. fonte divirta-se
Flávia Dantas
Cantora e compositora carioca de grande talento, Flávia Dantas faz hoje (11/07/12) show de lançamento de "Dois Faróis" (seu primeiro disco, totalmente autoral), com produção musical de Bernardo Dantas. A apresentação acontece às 21h30, no Teatro do Solar de Botafogo - Rua General Polidoro, 180 - RJ.
Das canções à produção a quatro mãos com o músico e marido Bernardo Dantas, que arranjou e dirigiu o CD, intitulado “Dois Faróis”. Algumas músicas falam diretamente do amor; todas, sem exceção, dialogam indiretamente com ele e suas várias facetas.
Parece que tudo o que Flávia toca, olha e sente pode virar poesia. Mas há um porém que torna o trabalho único. Quando ela fala da relação a dois, é constante que a compositora se volte mais para o outro, e com ele, dialogue, do que para si própria.
A função emotiva, que gera lamentos e sessões dor-de-cotovelo, frequentemente chorando o amor perdido ou mal correspondido, pode dar lugar às boas horas do amor: quando é realizado, vivido, curtido, como a deliciosa Beijos de cinema, que tem pegada de blues.
Doce, sim; frágil não. Determinada e consciente de que podia ir até onde quisesse, a cantora não surpreenderá quem a viu no palco, esbanjando, a um só tempo, voz doce e fluida e confiança em cada nota que irá emitir, de cada passo que dará.
Que, enfim, o ouvinte que aguarda este primeiro CD de Flávia Dantas não espere da moça o samba de um nota só. Flávia cai no samba sim, mas também flerta com a bossa nova, o jazz, o baião e a MPB, reverenciando ídolos como Tom Jobim, Dorival Caymmi, João Gilberto e Nara Leão e entregando referências modernas, como Marisa Monte e Zeca Baleiro.
A harmonia fica por conta do casal Em meio à audição, a sensação é de que aquele repertório sempre esteve com a gente. Com arranjos carregados de intimidade, os ouvidos recebem as canções como velhos amigos que nos visitam e nos aconchegam e aconselham. Aqueles amigos que, quando falam, parece que sabem mais da gente do que a gente mesma.
Bernardo Dantas anuncia em seus arranjos o respeito, a dedicação e a cumplicidade com a estreia de Flávia. Ponto a ponto; nota a nota, tem-se um bordado que confere ao trabalho uma unidade confortadora. Dá vontade de sair dançando e de deitar na rede ao som do amor suingado. De olhos fechados e peito aberto. (Sol Mendonça, escritora e jornalista).
Flávia Dantas é cantora da Orquestra Carioca de Samba.
Influencias:
Música Popular Brasileira: João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius, Chico Buarque, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Candeia, Ary Barroso, Noel Rosa, Sidney Miller, Paulo Cesar Pinheiro, Nara Leão, Carmen Miranda, Linda Batista, Aracy de Almeida. Moska, Ceumar, Edu Krieger, Teresa Cristina, Fred Martins, tanta gente... tanta música...
Sounds Like:
Dois Faróis (Flávia Dantas) Flávia Dantas: voz / Bernardo Dantas: produção musical, arranjo, guitarra e violão / Alexandre Caldi: sax tenor / Guto Wirtti: baixo elétrico / Marcelo Caldi: piano / Marcelo Costa: bateria.
fonte