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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Elisa Paraiso


A cantora mineira Elisa Paraíso se rende ao ritmo do baião, com o lançamento do seu segundo CD, que faz homenagem ao pernambucano Luiz Gonzaga. “Sempre gostei de Luiz Gonzaga, que ouvia muito na infância. No meu primeiro disco pensei em gravar músicas dele, mas queria tantas que guardei tudo para um CD especial”, diz a moça, que começou a cantar aos 13 anos no curso da Fundação Artística, em Belo Horizonte.

A vida profissional teve início em 1998, quando participou da primeira montagem do musical Mulheres de Hollanda, de Pedro Paulo Cava. Aos 30 anos, Elisa deslancha na carreira. Neste mês, é uma das participantes do programa Som Brasil, exibido pela Rede Globo, que homenageia o mineiro João Bosco. Vai interpretar as canções Bala com Bala, Bijuteria e Caça à Raposa do Conterrâneo.
A cantora Elisa Paraíso confessa que não esperava a surpreendente repercussão na estreia da carreira fonográfica independente. “Fiz um disco de repertório aparentemente mais difícil, de instrumentação diferenciada”, justifica, ao falar, empolgada, do sucesso do CD Da maior importância, cujo batismo vem da composição homônima de Caetano Veloso, considerada uma espécie de “lado b” do compositor baiano.
Atração do Verão Arte Contemporânea (VAC), em apresentação única hoje à noite, na Fundação de Educação Artística (FEA), a intérprete de timbre agradável e desenvoltura no canto volta a apresentar o disco ao público de Belo Horizonte, do qual vêm se destacando na programação das FMs canções como Coração vulgar, de Paulinho da Viola, e Imitação, de Batatinha, além da própria faixa-título.
Acompanhada de banda formada por Gustavo Figueiredo (piano), Pablo Souza (baixo acústico), Thiago Nunes (guitarra, violão e arranjos) e André “Limão” Queiroz (bateria), Elisa também vai aproveitar para mostrar releituras próprias de pérolas de Cole Porter (Get out of town) e Radiohead (Faust arp), essa última em versão “totalmente surpresa”, segundo anuncia. “Achei no YouTube. Enquanto a versão da banda é supercheia, com cordas e tudo mais, essa é à base de violão de aço”, explica. Segundo diz, a canção, na verdade, é uma “loucura”, já que a letra “não diz nada com nada”. “Mas, como eu achei linda, resolvi fazê-la no show”, considera a cantora.
Com um novo disco prontinho para lançar – O Nordeste de Lua, em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, – Elisa Paraíso colhe os frutos da promissora estreia que, segundo admite, foi preparada com carinho e dedicação, desde a escolha do repertório aos arranjos, feitos pelo músico e parceiro Thiago Nunes. A começar da agenda, que desde o lançamento de Da maior importância, em agosto, não para. Depois da temporada de 40 dias em Nova York, onde teve a oportunidade de se apresentar em vários espaços, inclusive ao lado de Jorge Continentino e Guilherme Monteiro, que integram a banda Forró in the Dark, que faz forró no exterior, com guitarras distorcidas e outras pegadas. Em novembro, Elisa retornou ao Brasil para fazer o projeto Música independente, da Fundação Clóvis Salgado, preparando-se, agora, para viajar pelo interior do estado, em março, no projeto Conexão Vivo. São João del-Rei, na região das Vertentes, e Uberândia, no Triângulo, estão na agenda da cantora, que promete lançar, em junho, o disco dedicado a Luiz Gonzaga. O Lua Em O Nordeste de Luiz Gonzaga, Elisa Paraíso quis trazer para a música (normalmente alegre) a tristeza das letras do repertório do mestre do baião. “O repertório de Lua tem aquele lado malicioso, mas eu sempre me identifiquei mais com a história do povo sofrido, dependente da terra e da chuva”, conta a jovem cantora, que, acompanhada apenas da sanfona de Toninho Ferragutti, conseguiu transformar o xote A morte do vaqueiro em algo parecido com o tango. “Ficou lindo”, derrete-se a intérprete. O único forró propriamente dito do disco – Estrada de Canindé – virou um legítimo pé-de-serra. No mais, Elisa fez questão de mexer nas harmonias e instrumentação da obra de Luiz. Fugindo do óbvio, ela deixou sucessos como Asa branca para o show. Mas o disco não renega Assum preto, Respeita Januário e tantos outros. Produto de um show apresentado pela cantora no projeto Dois tempos, O Nordeste de Luiz Gonzaga é produto da paixão de Elisa por festas juninas e, obviamente, Luiz Gonzaga, desde a infância. fonte divirta-se 

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