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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

João Só


João Só ou João Evangelista de Melo Fortes (Teresina, 3 de novembro de 1943 — Salvador, 20 de junho de 1992) foi um cantor e compositor brasileiro. Caçula entre os 12 filhos de Tito Fortes e de Irene Couto de Mello, aprendeu a tocar os primeiros acordes de cavaquinho quando ainda era criança, tendo começado a estudar vários instrumentos aos 15 anos, na época em que veio com a família de Teresina para Salvador.


Em 1971 defendeu seu primeiro sucesso, Canção para Janaína, no sexto Festival Internacional da Canção. Em seguida gravou aquele que seria seu maior sucesso, Menina da Ladeira.

Ainda do começo da década de 1970 datam seus outros êxitos: Ando na Velocidade e Copacabana. A partir de 1978, João Só passou a se dedicar somente a shows, tendo se apresentado centenas de vezes por todo o Brasil, deixando gravados 15 discos e algumas fitas, contendo mais de 40 músicas de sua autoria, nos 20 anos de sua carreira. Entre elas, curiosamente, também compôs o primeiro hino oficial do time de futebol Londrina Esporte Clube, "Bandeira do Meu Coração", na sua campanha de 1977. Faleceu em decorrência de um infarto, aos 48 anos, quando já se encontrava esquecido pelo grande público.


Os versos "Menina que mora na ladeira/ E desce a ladeira sem parar/ Debaixo do pé da laranjeira/ Ela senta pra poder descansar..." tocaram sem parar durante todo o ano de 1971. "Fico feliz de ter ficado em primeiro lugar, na frente da musica Jesus Cristo, do meu amigo Roberto Carlos", orgulha-se João Só. Vinte anos depois, Roberto Carlos continua Rei, Menina da ladeira foi regravada no último disco disco de Neguinho da Beija-Flor, mas passou despercebida. João Só é lembrado em programas de flash back.

O sucesso passou, os fãs sumiram, e as gravadoras não o disputam mais. João Só resiste. Deixou o Rio, voltou a morar na casa dos pais, em Salvador, e continua criando. Sua última composição que está num disco independente, é Qual é a música?. "Qual é a música que faz você não me esquecer?", pergunta o autor. Menina da ladeira é claro. Um sucesso inesquecível. Houve uma época que ele tentou se livrar desta homenagem que fez em 1968 para as meninas de Salvador.

Depois do estouro do compacto simples, em 1971, a Odeon produziu um LP e dois compactos duplos de João. Em todos incluiu Menina da ladeira. Haja sucesso! "Ela ofuscava todas as outras faixas. Quando ia nas rádios, ninguém queria saber do resto do disco." João ficava calado, aproveitava para fazer shows e programas de tevê. Até que cansou. "Se eu tivesse continuado naquele ritmo de toada, estava emplacando até hoje." João Só radicalizou. Saiu da Odeon e começou a fazer samba-canção e bolero. Não deu certo.

Em 1978 trocou o Rio por São Paulo, onde ficou até 1984. Voltou para Salvador. Os 12 meses ininterruptos de sucesso não garantiram ao compositor um futuro tranqüilo. Até o segundo semestre de 1972, quando a música já tinha caído para o oitavo lugar, João não recebeu um centavo de direito autoral. "O autor tinha que se filiar a uma entidade que arrecadaria os direitos, mas eu não sabia", diz. "Perdi muito dinheiro por não me cercar das pessoas certas." Não há nenhum rancor nisso. João Só não lamenta o fim do sucesso e muito menos o fato de ter que cantar em casas noturnas de Salvador, recebendo Cr$ 500 de couvert artístico por pessoa. "O dinheiro não é tudo na vida". João continuou com aquele mesmo jeito tímido do final dos anos 60 quando trabalhava na TV Aratu e o produtor David Raw perguntou qual era o seu nome. "É João, só."

MÁRCIA VIEIRA

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Georgia Brown


Georgia Brown nome artístico de Rossana Monti; Napoli, 29 de junho de 1980), é uma cantora, compositora e produtora musical ítalo-brasileira, reconhecida por seu extenso registro vocal que a coloca no seleto grupo das vozes raras.

Georgia Brown é conhecida pela sua grande extensão vocal e está fora de nosso campo de audição, podendo ser captada apenas por medidores de frequência, pois são notas tão agudas que não podem ser captadas pelo ouvido humano.
Em 2004 entrou para o Guinness Book com dois recordes: "Maior Extensão Vocal do Mundo com 8 oitavas (G2/G10)" e "Nota Mais Aguda (G10)".
Seus títulos foram publicados nas edições de 2006 e 2010, permanecendo intactos até hoje.
fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Georgia_Brown

Elomar Figueira Mello


Elomar Figueira Mello (Vitória da Conquista, 21 de dezembro de 1937) é um cantor e compositor brasileiro.

Seu nome aparece com variações nos primeiros discos, o que contribuiu para difundir dúvidas e confusões sobre a grafia. A forma adotada na publicação de suas obras desde o álbum Na quadrada das águas perdidas, de 1978, fixou-se como Elomar Figueira Mello, que é seu nome civil.


Nasceu Elomar na Fazenda Boa Vista pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Figueira e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira. A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música "Ecos de uma Estrofe de Abacuc".



Seus pais eram o Sr. Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé, Bahia e a Srª. Dona Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos: Dima e Neide. Dos três aos sete anos de idade Elomar viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira.

Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, no final da década de 1960, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia. Teve também uma passagem rápida pela Escola de Música dessa mesma Universidade.

Casado com Adalmária de Carvalho Mello é o pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.

Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, está a 22 Km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens que se localiza na bacia do Rio Gavião e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.


Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.


Orlando Celino, pintor conquistense, o único que Elomar permitiu retratá-lo, recebeu em 2003 a encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Vitória da Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico Elomar, como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste seu ancestral. Este quadro denominado Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, está hoje na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007.

De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja. Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciados pela tradição ibérico e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos. Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.



Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco "Elomar em Concerto", acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como "Clariô", "O Violeiro", "Arrumação" e "O Peão na Amarração".


Discografia

Parcelada Malunga Elomar, Arthur Moreira Lima, Xangai, Heraldo do Monte, José Gomes Gravado ao Vivo no Teatro Pixinguinha (SP).
Na Quadrada das Águas Perdidas Elomar, Elena Rodrigues, Dércio Marques, Xangai e Carlos Pita Gravado no Seminário de Música da UFBA. Fantasia Leiga para um Rio Sêco Elomar e Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia Gravado no Auditório do Centro de Convenções da Bahia. …Das Barrancas do Rio Gavião Elomar.
Auto da Catingueira Elomar, Jacques Morelembaum, Marcelo Bernardes, Andrea Daltro, Sônia Penido, Xangai e Dércio Marques Gravado na Sala de Visitas da Casa dos Carneiros em Gameleira (Vitória da Conquista, BA).
Elomar em Concerto Elomar, Jacques Morelembaum, Quarteto Bessler-Reis, Paulo Sérgio Santos, Marcelo Bernardes, Antônio Augusto e Octeto Coral de Muri Costa Gravado ao Vivo na Sala Cecília Meireles (RJ).
ConSertão Elomar, Arthur Moreira Lima, Paulo Moura e Heraldo do Monte Gravado na Sala Cecília Meireles (RJ).
Xangai Canta Elomar Xangai, Elomar, João Omar, Jacques Morelembaum, Eduardo Morelembaum, Eduardo Pereira.
Cantoria 1 Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA).
Cantoria 2 Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA).
Cantoria 3 Canto e Solo Elomar Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA). Árias Sertânicas Elomar e João Omar Gravado no Estúdio Cacalieri — BA.
Cartas Catingueiras Elomar Gravado no "Nosso Estúdio" — SP.
Concerto Sertanez Elomar, Turíbio Santos, Xangai e João Omar (part. especial) Gravado ao vivo no Teatro Castro Alves dias 7, 8, 9 e 10 de janeiro de 1.988 em Salvador, BA.


Outras obras

Sertanílias: romance de cavalaria. Originalmente concebido como roteiro de cinema, foi publicado em 2008 na forma de romance.



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Edu Falaschi


Edu Falaschi, (São Paulo, 18 de maio de 1972), é um cantor, compositor e produtor musical brasileiro, líder da banda de heavy metal Almah e ex-vocalista da banda Angra.


Desde sua infância, Edu mantinha contato com a música, pelo fato de muitos familiares de seu pai serem músicos. Com isto, sempre participava de reuniões com os mesmos. Porém, não mantinha interesse pelo canto, mesmo sendo fã de cantores como Ronnie James Dio (Black Sabbath) e Bruce Dickinson (Iron Maiden). Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão.


Edu chegou a ser baterista de uma banda de blues com seus amigos. Posteriormente foi baixista e guitarrista de uma banda de covers da Baixada Santista, chegando a fazer vocais de apoio. No segundo semestre de 1989, participou do festival de música F.I.C.O, promovido pelo Colégio Objetivo, junto a alguns amigos da escola e garantindo a classificação em terceiro lugar. Alguns membros da banda decidiram investir em um repertório próprio e, com isto, surgiu em 1990 o grupo Mitrium. Por volta de 1991, a banda gravou sua primeira demo tape, com a canção "Just Remember".


Em 1992, outra fita demo foi gravada, com as canções "The Shadows" e "You Can Choose the Side of Darkness", todas de autoria de Eduardo Falaschi.


A banda se projetou rapidamente no cenário da cidade de Santos e, em 1993, partiriam para São Paulo, onde assinaram com a gravadora Army Records e lançaram seu primeiro álbum, intitulado Eyes of Time, com quatro músicas de autoria de Falaschi: "Eyes of Time", "Run from the Fire", "Lives So Close" e "The Shadows" (lançada na segunda demo tape da banda).

Em Janeiro de 1994, Edu se inscreveu no concurso promovido pelo grupo Iron Maiden para substituir o vocalista Bruce Dickinson. O cantor foi um dos selecionados no Brasil e no mundo, chegando a manter contato com Dick Bell, diretor de produção da Iron Maiden Holding. Ao mesmo tempo, iniciava seus estudos superiores de Propaganda e Marketing. Devido aos estudos, não se classificou para as etapas finais do concurso, que escolheu o cantor Blaze Bayley, e deixou a banda Mitrium em Agosto de 1994. Ainda assim, gravou um EP com a banda Opium, com 8 músicas.

Em 1998, foi convidado pelos músicos do grupo Symbols of Time, liderado pelo seu irmão, Tito Falaschi, para produzir o primeiro CD da banda. Antes do início da pré-produção, um dos guitarristas, o baixista e o baterista originais deixaram o grupo. Foram convocados três novos membros e a banda iniciou as gravações do disco em Julho de 1998. Após a produção, Eduardo assumiu o posto de vocalista, enquanto Tito Falaschi passou a ser baixista do grupo, que passaria a se chamar apenas Symbols.


Paralelamente, Edu participou do álbum Ordinary Existence da banda Venus, como cantor, arranjador e produtor de voz. O álbum do grupo Symbols, que leva o mesmo nome do grupo, foi lançado ainda em 1998. Em 2000, o grupo lançou mais um álbum, intitulado "Call To The End", com grande sucesso de vendas no Brasil e no exterior.

Em Agosto de 2000, Edu aceitou o convite para realizar o teste para o posto de vocalista do Angra, anteriormente ocupado por Andre Matos. Em janeiro de 2001, Tito Falaschi, baixista do Symbols e irmão de Edu, e Rodrigo Arjonas, guitarrista do grupo, deixam a banda. Poucos meses depois, Edu Falaschi é efetivado como vocalista do Angra, junto a dois novos integrantes (Felipe Andreoli, baixista do grupo paulista Karma, e Aquiles Priester, baterista do grupo gaúcho Hangar). O cantor se dispõe a continuar com o Symbols, porém, os integrantes deste decidem deixar a banda e, com isso, Edu encerra as atividades do Symbols passa a se dedicar integralmente ao Angra.

Edu Falaschi gravou as músicas "Pegasus Fantasy", "Blue Forever" e "Never" para o filme do anime Cavaleiros do Zodíaco, Prólogo do Céu. As músicas também fazem parte da versão brasileira da trilha sonora do mesmo anime.

Em 2006, Edu Falaschi lançou seu primeiro projeto solo, o álbum Almah, lançado pelas gravadoras JVC Records e AFM Records. O projeto contou com a participação de três renomados músicos do metal mundial: os finlandeses Emppu Vuorinen (guitarrista do Nightwish) e Lauri Porra (baixista do Stratovarius) e o estadunidense Casey Grillo, baterista do Kamelot. Com o tempo, o Almah passa a ser uma banda, tendo como atuais integrantes os guitarristas Marcelo Barbosa e Paulo Schroeber, o baixista Felipe Andreoli (membro do Angra e do Karma) e o baterista Marcelo Moreira. Com esta formação, o grupo gravou o álbum Fragile Equality, lançado em Setembro de 2008.

Em 2011, Edu Falaschi é eleito o melhor vocalista de 2010 pela revista Roadie Crew. Nesse mesmo ano lança o álbum Motion pelo Almah e sai em turnê. Em 24 de maio de 2012, publicou uma nota anunciando sua saída do Angra. Ele não explicou os motivos, mas disse que vai se dedicar a projetos paralelos, como o Almah. O último grande show de Edu com o Angra foi no Rock in Rio 2011, onde teve um baixo desempenho vocal, sendo criticado por muitos fãs, e acabou por fazer declarações bastante polêmicas para o programa Rock Express.


Discografia

Mitrium Eyes of Time (1994)
Venus Ordinary Existence (1997)
Symbols Symbols (1997)
Call to the End (2000)
Angra Rebirth (2001)
Hunters and Prey" (2002) 
of Shadows (2004)
Aurora Consurgens (2006)
Aqua (2010)
Almah Almah (2006)
Fragile Equality (2008)
Motion (2011)

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Edson Wander


Edson Wander, nome artístico de Edson de Araújo Cavalcanti Filho (Recife, 1945) é um cantor brasileiro.

Edson começou a cantar muito cedo, ainda criança, influenciado por nomes como Vicente Celestino e Orlando Silva. Porém tudo mudou quando ouviu o recém-lançado "É Proibido Fumar", terceiro disco de Roberto Carlos, e resolveu investir na carreira de Rock 'N' Roll.

Inicou sua carreira profissional em 1966, no Rio de Janeiro, apadrinhado pelo cantor Wanderley Cardoso (o sobrenome artístico Wander vem de Wanderley, uma sugestão do também cantor Luís Fabiano). Fez sucesso com as músicas "Tu", "Jovem Triste", "Areia No Meu Caminho", entre outras do seu primeiro disco, "Canto Ao Canto de Edson Wander" (selo Copacabana Discos, 1968).


Lançou quatro discos entre 1968 e 1988, além de quatorze compactos, entre 1966 e 1985. Posteriormente, em 1995, começou a gravar CDs independentemente, tendo seis discos lançados, sendo cinco no estilo Brega, um de canções Evangélicas e uma coletânea.

Conheceu a grande maioria dos músicos brasileiros da década de 60/70, e foi amigo de Raul Seixas, Tim Maia, Fábio, Sérgio Sampaio e Edy Star. Conheceu Jimmy Cliff, Janis Joplin e ainda lançou Sandrá de Sá no mercado musical.


Em 1976 lançou sua primeira obra psicodélica mesmo aproveitando tardiamente um movimento que teve seu auge no final dos anos 60 ele conseguiu nos surpreender mais uma vez ele conseguiu demonstrar extrema versatilidade vocal e musical utilizando o que havia de mais moderno na época em termos de tecnologia, o álbum por não se tratar de nada muito comercial encalhou nas lojas mas se tornou item de colecionador dos amantes do rock 'n' roll.

Edson mora atualmente em Maceió, sempre comparece aos encontros da Jovem Guarda e continua fazendo shows, agora também no estilo brega por questões financeiras mas sempre deixando evidente que sua veia e amor musical é pelo rock 'n' roll.


CURIOSIDADES

Um belo dia, na Radio Mauá, no programa da apresentadora Célia Mara, o colega (cantor e compositor) José Fabiano falou comigo para que eu tivesse um nome artístico. Sinceramente, nunca tinha pensado nisso. Eu aceitei! Como eu já era afilhado musical do Wanderley Cardoso, ele falou que eu poderia me chamar de Edson Wander (Wander de Wanderley), e não Edinho Cavalcanti. Eu gostei e sou o Edson Wander até hoje. Surgiu nessa época um empresário que era secretario do Wanderley Cardoso e primo do Genival Mello, chamado Osvaldo Mello. Este empresário começou a me projetar no meio artístico, cantando músicas do Wanderley Cardoso e do Ronnie Von (o sucesso ‘Meu Bem’, versão de ‘Girl’, dos Beatles). Aí sim, depois dessa experiência cantando música deles, fui apresentado, em um show, pelo Wanderley Cardoso ao diretor da gravadora Copacabana Ismael Corrêa, que me contratou, juntamente com minha irmã (também cantora) Marlene Cavalcanti. Na outra semana, nós dois já estávamos gravando em estúdio. Cada um gravou um compacto simples, com o conjunto Os Terríveis, que era empresariado pelo Nício Rocha. Minha primeira gravação fui a música ‘Tu’, que foi muito cantada em Maceió pela minha prima Viviane, mora! (risos). Marlene Cavalcanti gravou e fez sucesso com a música ‘Eu Não Quero Mais Amar’. Osvaldo Mello muito influenciou minha carreira, porque ele era um cara muito dinâmico, atrevido e brigão. Deus o tenha em um bom lugar. O primeiro programa de TV que eu fiz como profissional foi o conhecido ‘Festa Do Bolinha’, apresentado por Jair De Taumaturgo, e tinha a produção do filho Flávio Taumaturgo. Logo em seguida, veio o do meu grande amigo e inesquecível Chacrinha. Depois disso, as portas se abriram. ‘Almoço com as estrelas’ (com Ayrton e Lolita Rodrigues) , ‘Rio Hit Parade’, ‘Raul Gil’, ‘Dárcio Campos’, ‘Luiz Aguiar’, ‘Bolinha’, Aerton Perlingeiro (que era produzido pelo filho Jorge Perlingeiro), ‘TV Fone’ (com Mario Luiz), ‘Programa José Messias’ (na TV Excelsior) e muitos outros da época. As rádios tinham vários programas de auditório: Na rádio ‘Mauá’, tínhamos o Euclides Duarte, Hélio Ricardo e minha madrinha musical, Célia Mara. Na rádio ‘Nacional’, os programas de maior audiência eram os do José Messias e do Jair de Taumaturgo. O auditório ficava tão lotado que não dava para entrar todo mundo. Nessa época, cheguei a cantar ao lado do Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Vicente Celestino, Orlando Dias, Silvinho, Miltinho, Emilinha Borba, Marlene, Blackout, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, José Roberto, Leno e Lílian, Os Jovens, Maritza Fabiane, Denise Barreto, meu falecido e eterno cunhado Paulo Sérgio, Elizabeth e muitos e muitos outros amigos (risos). Na rádio ‘Vera Cruz’, o Edson Santana comandava. Na rádio ‘Roquete Pinto’ o Speed Luiz era o sucesso. E deixei para falar por último do ‘Mocinho Brasileiro’, da ‘Rádio Federal de Niterói’, apresentado pelo meu amigo Paulo Bob, que era considerado o maior apresentador de auditório do Rio de Janeiro... ''A primeira vez que eu pensei em cantar, tinha uns 5 anos. Foi em um espetáculo, num circo armado no bairro da Torre Madalena, em Recife (PE), e o prêmio era de 500 mil reis. Topei e ganhei em primeiro lugar. Com o prêmio, comprei vários ingressos de cinema, para assistir á filmes. Depois disso, nunca cantei mais. Só cantava no banheiro de casa! Mais tarde, quando já tinha uns 14 anos, ouvia um programa de auditório da Rádio Jornal do Commercio (Recife), onde cantavam muitas crianças da minha idade. Eu escutava esse programa em casa, e um dia resolvi ir até a rádio e ver tudo de perto. Adorei! Tinha um garoto chamado Irakitan de Brito Marinho (que hoje canta no Trio Irakitan), que usava cabelos grandes. Nunca tinha visto um homem de cabelo comprido! A partir desse dia, deixei meu cabelo crescer e, mais tarde, cultivei meu cabelo comprido. Muitos pensam que uso esse cabelo inspirado nos Beatles ou no Roberto Carlos, o que não é fato.''

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domingo, 5 de agosto de 2012

Lúcio Sherman


Lúcio Sherman (Lúcio Justino)
6/8/1973 Duque de Caxias, RJ

Compositor. Cantor. Produtor. Começou sua carreira na década de 1980 tocando em bares, shoppings e casas noturnas do Rio de Janeiro, assim como em várias cidades do estado: Campos, Macaé, São Fidélis, Prado, Araruama e Linhares, no Espírito Santo.

Em 1995, participou do "Festival 1º Fescan Rádio Mec", com a composição "Final de semana", no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro. Com essa mesma música obteve boa classificação no "Festivalda", realizado também no Rio de Janeiro. Músico da noite tocou em diversas casas como Scala e Magic, de (...)

Em 1995, participou do "Festival 1º Fescan Rádio Mec", com a composição "Final de semana", no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro. Com essa mesma música obteve boa classificação no "Festivalda", realizado também no Rio de Janeiro. Músico da noite tocou em diversas casas como Scala e Magic, de (...)


Com músicas gravadas por Carlos Dafé (RJ), Rosy Aragão (SP), MPBlack(RJ), Du Black (ES), Cíntia Andrade (RJ), Karla Prietto (RJ), Ricardo Aguilar (SP), Kildson Araújo, Suburbanda (RJ), Bêrto (RJ) entre outros....

No ano 1999, cantor Adil Tiscatte produziu o CD Som das Lonas para o selo Rio Arte participou interpretando a música "Ilusão" com (Marcelo de Souza).Neste mesmo ano produzio o CD "Desejo" com arranjos e direção musical de Tinho Martins, com participações especias de Lyn Hilton, Arthur Maia, Paulinho Black, Syrley Ferrari, Zé Canutto, Reppôlho..


No ano 2000, Euclides Amaral produziu para o selo Guitarra Brasileira o CD "Conexão carioca 2". Neste CD, também com apresentação do crítico Ricardo Cravo Albin, participou interpretando afaixa de abertura do CD (ciúme).


Em 2002, ao lado de Carlos Dafé, Eliane Faria, Rubens Cardoso, Cláudio e Cristina Latini, Pecê Ribeiro, entre outros, participou do disco "Conexão carioca 3", produzido por Euclides Amaral. Neste CD, com apresentação do poeta e letrista Sergio Natureza, interpretou "Caiu Quebrou" (c/Dora Mariana), "Livres" (c/ PC Freitas).

Ainda neste CD foram incluídas de sua autoria "Cabelo Duro" interpretada por MPBlack "Considerações" interpretada po Carlos Dafé (c/ Euclides Amaral e Carlos Dafé). Neste mesmo ano, apadrinhado por Gérson King Combo, apresentou no Espaço Sesc Copacabana o show "A noite da música negra carioca" com Marko Andrade. O show fez parte do "Projeto Novo Canto" e contou com roteiro e direção de Euclides Amaral e Sergio Natureza.

Em 2003, no CD "Quem são os novos da MPB?", coletânea produzida por Lúcio Sherman, foi incluída de sua autoria "Caiu Quebrou"(c/ Dora Mariana), "Considerações"(c/ Euclides Amaral e Carlos Dafé), "Livres" (c/ PC Freitas.), "Cabelo Duro" interpretada por MPBlackl. Neste mesmo ano, apresentou-se nos programas de TV A Cara do Rio e pragrama Atitude.com TVE Brasil.Teve seu show gravado pela Rede SESC SESI TV, com Gerson King Combo e Marko Andrade na programação do projeto Ritimos e Sons do Brasil ficando uma semana no ar, o selo Peixe Vivo relançou o disco "Conexão carioca 3".

Em 2003 cantou ao lado de Luzia Motta, Jorge Aragão, Preta Gil, Dhema, Luiz Melodia, Sandra de Sá, Dicró no teatro Rival BR convidado por seu parceiro Carlos Dafé.Neste mesmo ano Dafé convida no Mistura Fina.

Em 2004 participou do CD BLACK MUSIC BRASIL selo Som Sicam interpretou a música "Caiu Quebrou" ( c/ Dora Mariana) ,ainda neste CD foram incluídas de sua autoria "Olhando para o ceú" (Estrela), (c/ Carlos Dafé).

MÚSICAS: Ansiedade (c/ Lynn Hilton) • Beijo na boca (c/ Bertô) • Cabelo duro • Caiu, quebrou (c/ Dora Mariana) • Céu azul • Ciúme • Considerações (c/ Carlos Dafé e Euclides Amaral) • Desejo (c/ Tinho Martins) • Emprestado • Eu soul (c/ Euclides Amaral) • Final de semana • Ilusão (c/ Marcelo de Souza). Pistoleira do Amor (c/ Chico Quintanilha). Olhando para o ceú (Estrela) (c/ Carlos Dafé). (...) DISCOGRAFIA: • Som das lonas (vários) (1999) Rioartedigital CD • Desejo (1999) Independente CD • Conexão carioca 2 (vários) (2000) Selo Guitarra Brasileira CD • Conexão carioca 3 (vários) (2002) Selo BigVal Produções CD • Quem são os novos da MPB? (vários) (2003) Selo O Puro Som CD • Conexão carioca 3 - bônus) (vários) (2003) Selo Peixe Vivo CD • Black music Brasil (vários) (2004) Selo Som Sicam CD • Copacabana (participação) (2004) Selo O Puro Som CD

SHOWS:
  • 1998: Carnaval Riotur. Praça do Méier, RJ
  • 1999: Show com a cantora Lynn Hilton. Intercontinental Hotel, RJ,
  • 2000: Desejo, um show acústico. Teatro Procópio Ferreira, Duque de Caxias, RJ, •
  • 2000: Desejo, um show acústico. Centro Cultural Laurinda Santos Lobo. RJ,
  • 2000: Quem são os novos da MPB? (Jonny Maestro e Jonas Ribas). Lona Cultural João Bosco. RJ,
  • 2000: Desejo, um show acústico. Centro Cultural Correia Lima. RJ,
  • 2001: Desejo, um show acústico. Espaço Cultural da Cantareira. Niterói. RJ,
  • 2001: Encontro de gerações. (c/ Carlos Dafé). Clube Florença. RJ,
  • 2002: A noite da música negra carioca. (c/ Gérson King Combo e Marko Andrade). Projeto Novo Canto. Sesc de Copacabana, RJ,
  • 2003: Quem são os novos da MPB?. (vários). Lona Cultural João Bosco, RJ,
  • 2003: Quem são os novos da MPB? (vários). Centro Cultural Carioca, RJ,
  • 2003: Quem são os novos da MPB? - Projeto Encontros Notáveis (vários). Teatro do Sesi Graça Aranha. RJ,
  • 2003: Projeto Prêt-à-Porter. Com Alex Guedes (direção Sergio Natureza). Teatro Café Pequeno, Leblon, RJ,
  • 2003: Quem são os novos da MPB? (c/ Carlos Dafé, Eliane Faria, Euclides Amaral, Luzia Mota, Tinho Martins, entre outros). Tribunal do Chopp, Duque de Caxias. RJ, 
  • 2003: Projeto Novas Vozes (Show Quem são os novos da MPB?). (vários). Teatro do Sesc de João João de Meriti, RJ,
  • 2003: Quem são os novos da MPB? (vários). Teatro do Sesc de Engenho Novo, RJ, 
  • 2003: Carlos Dafé Convida. (c/ Preta Gil, Cidade Negra, Gérson King Combo, Copa 7, Sandra de Sá, Dhema, Euclides Amaral e Marko Andrade). Teatro Rival BR, RJ, 
  • 2003: Gérson King Combo Convida. (c/ Paula Lima, Sandra de Sá, Carlos Dafé, Hildon, Limousine Negra e Clave de Soul). Quadra da Escola Império Serrano, RJ, 
  • 2004: Lúcio Sherman em "Um talk show diferente" -com participação especial de Euclides Amaral. Entrevistado por Flávio Lima e Lula Dimorais. Espaço Alma, RJ, 
  • 2004: Show Encontro de gerações. Participação de Tinho Martins, Luzia Motta e Euclides Amaral. Espaço Alma, RJ,
  • 2004: Lúcio Sherman convida Euclides Amaral. Projeto Novas Vozes. Sesc de São João de Meriti, RJ,
  • 2004: Lúcio Sherman convida Tinho Martins e Euclides Amaral. Projeto Encontro de Gerações, Espaço Alma, RJ.
  • 2005 show de abertura teatro uff (rj) niterói Wanderleia.
  • 2007: Lúcio Sherman convida: Cláudio Zoli, Euclides Amaral e Luzia Motta. Projeto Novas Vozes. Sesc de São João de Meriti, RJ.
  • 2008: show de abertura no teatro da uff Niterói (RJ) Geraldo Azevedo. 2008 show de abertura teatro uff Niterói (rj) Wagner Tisso.
  • 2009: Cluble Recreativio Caxiense RJ com Adriana, Byafra.
  • 2011: Espaço Cultural Coisa Cristalina, c/ Elson do Forrogode Niterói RJ.
  • 2011: SESC São João de Meriti "Samba Com Feijão", c/ Eliane Faria RJ.
  • 2011: Praia de Camboinhas Niterói , c / Elson do Forrogode RJ. Bibliogravia Crítica:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Edição: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006, RJ.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Esteio Editora, 2008. luciosherman@hotmail.com LÚCIO O GRANDE MÚSICO E COMPOSITOR DE UMA LINHA EXEMPLAR E DE EXCELÊNCIA NATURAL,ESTE ARTISTA É UMA ESTRATÉGIA FUTURA E SALVE A JUVENTUDE E O SOM DO LÚCIO SHERMAN.

CARLOS DAFÉ. Na contra capa do CD,CONEXÃO CARIOCA 2 Ricardo Cravo Albin escreveu: “...mais um esforço, mais um desabafo,mais um ato de coragem. Tudo isso para proclamarmos que há gente de talento, sim senhor. Afastada pela mídia de nosso convívio”. Gente com o brilho de Lucio Sherman.

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Paula Santoro



Paula Santoro de Sousa Lima nasceu em Belo Horizonte (Minas Gerais) e desde cedo já demonstrava gosto pelo canto. Aos 3 anos de idade, costumava fazer pequenas apresentações cantando cantigas de roda nas reuniões de sua família.
Na sua infância, a casa em que morava com seus pais e avós maternos, era repleta de música. Seu avô, médico e violinista amador, organizava saraus onde ele e seus amigos tocavam e faziam audições de vinis de música clássica. Sua avó materna, sua mãe e suas tias também tocavam piano e seu pai tocava gaita de boca.
Seu primeiro instrumento foi um violão, presente de aniversário dos seus padrinhos, aos 10 anos de idade. Aos 12, subiu ao palco pela primeira vez, cantando e tocando suas próprias canções, no Iriri Praia Clube, em Iriri (ES) onde sempre passava férias com sua família. Aos 14, participou do Festival da Canção do Colégio Loyola, onde estudava, ganhando o prêmio de cantora revelação. Dos 10 aos 25 anos, Paula também se dedicou à dança, sua outra grande paixão, além da música.
Apesar de ter cursado dois anos de Medicina e de ter se formado em Comunicação Social, foi na música que Paula encontrou sua vocação.
Aos 20 anos, ao mesmo tempo em que estudava Comunicação na UFMG, também se dedicava aos cursos de canto, violão, piano e musicalização na Fundação de Educação Artística. Além de seus estudos na FEA, teve aulas particulares com alguns dos melhores professores de técnica vocal do Brasil.
Logo depois, começa sua carreira profissional como integrante do grupo vocal Nós & Voz. Além de excursionar por todo Brasil, o grupo participou do musical “Manoel, o Audaz” - com roteiro de Fernando Brant - e gravou o LP HUM, primeiro registro fonográfico de Paula, aos 25 anos. Neste período também cantou ao lado de Cláudio Nucci, Sérgio Santos e Rosa Emília, no espetáculo “Mar de Mineiro” em homenagem ao poeta Cacaso.
Depois da experiência com o Nós & Voz e a música de Cacaso, Paula ingressa no universo do rock progressivo. Convidada por Marcus Viana, a cantora se torna integrante do respeitado grupo Sagrado Coração da Terra com quem realizou a turnê de “Pantanal” e gravou o tema de abertura de “Ana Raio e Zé Trovão”- novelas da extinta TV Manchete. Participou também do terceiro álbum do Sagrado, “Farol da Liberdade”, um dos mais representativos trabalhos do grupo.
Aos 26 anos recebe o Troféu Faísca de Melhor Cantora de Minas Gerais, fato que se repetiu três anos mais tarde.
Estréia como atriz no musical “Mulheres de Hollanda”, dirigido por Pedro Paulo Cava, sobre a obra de Chico Buarque. O espetáculo ficou mais de um ano em cartaz em Belo Horizonte, com lotação esgotada.
Logo depois, participou de vários álbuns, começou sua carreira solo e gravou um CD pop, projeto da gravadora Paradoxx Music. Neste momento, Paula ainda não tinha achado sua identidade musical. Em 1998, Paula foi selecionada para atuar na minissérie “Chiquinha Gonzaga” da Rede Globo e participou do musical “Aldir Blanc, um cara bacana” ao lado de Lucinha Lins, Cláudio Tovar, Cláudio Lins, Adriana Garambone e Zé Luiz Mazziotti, no Rio de Janeiro.
Neste mesmo ano, Paula fez sua estréia no exterior. Cantou em um dos maiores eventos da Copa do Mundo - “Brahma Brasil Festival” - na França, ao lado de nomes como Gilberto Gil, O Rappa, Skank, Paralamas do Sucesso, Fernanda Abreu e Antonio Villeroy, entre outros. Em 2000, participou do Projeto Novo Canto (RJ), que revelava novos talentos de todo o Brasil (tendo como padrinho Chico César) ficando entre os dez artistas selecionados para se apresentar no Canecão, no show de encerramento do projeto. Além disso, dublou a voz da atriz Maria Fernanda Cândido na minissérie global “Aquarela do Brasil”, ficando mais conhecida pelo grande público. Foi também uma das protagonistas do curta-metragem “Castigo” do cineasta mineiro José Américo Ribeiro e cantou na trilha do filme. Em 2002, conquistou o terceiro lugar do V Prêmio Visa – Edição Vocal, entre mais de dois mil candidatos do Brasil inteiro.
No ano seguinte, foi convidada por Nestor Sant’Anna para gravar o álbum SABIÁ, que seria dado como brinde de fim de ano para os clientes da empresa mineira Vallée. Mesmo não sendo um álbum de carreira, e sim um projeto que não foi comercializado, através deste CD Paula parte para sua primeira turnê européia. Em Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra apresentou-se para uma platéia estusiasmada. Sua elogiada performance em Londres, no Momo’s Kemia Bar, resultou em um convite para retornar à cidade em novembro deste mesmo ano para uma apresentação no The Forum ao lado da cantora Alcione. O concerto, intitulado “Forever Samba”, projeto do Brazilian Contemporary Arts, comemorava o centenário do nascimento de Ary Barroso e foi sucesso de público e crítica.
Ainda em Londres, Paula cantou no programa de música mais importante da televisão britânica - “Later with Jools Holland” (BBC-TV2), como também nos programas de rádio “Late Junction” e “BBC Radio London”. Na mídia impressa, recebeu críticas elogiosas na revista “Time Out” e no jornal “Evening Standard”. Gravou seis faixas em um tributo a Tom Jobim que foi lançado pela gravadora londrina Union Square. Participou também da coletânea “Brazilian Love Songs” ao lado de Joyce, Marcos Valle, Everything But the Girl e Celso Fonseca, entre outros.
De volta ao Brasil, Paula ingressou no universo do samba fazendo uma participação especial nos shows do grupo Gafieira de Bolso, liderado pelo saxofonista Eduardo Neves. O grupo se apresentou durante dois anos nas melhores casas de shows da efervescente Lapa, no Rio de Janeiro. A parceria continuou no CD do grupo onde Paula interpretou duas canções. No final de 2004, Paula começou a gravar aquele que considera o seu primeiro álbum solo, onde encontrou sua identidade musical. Não é à toa que o CD foi intitulado PAULA SANTORO e teve como maior influência, a sonoridade do Clube da Esquina e a liberdade do jazz. Lançado em 2005 pela gravadora Biscoito Fino no Brasil, Japão e Argentina, o CD contou com as participações especiais de Chico Buarque, Toninho Horta, Nelson Angelo, Jaques Morelenbaum e Banda Mantiqueira, entre outros grandes músicos da MPB e foi produzido por Rodolfo Stroeter e Rafael Vernet. Em 2006, Paula excursionou com sua banda por todo Brasil lançando o novo álbum. O sucesso de crítica e público acabou gerando um convite de Nélson Motta para participar do projeto “Sintonia Fina”. Foi selecionada para o “Projeto Pixinguinha” ao lado do carioca Wilson das Neves e do amazonense Antonio Pereira, excursionando pelo centro-oeste do Brasil. Cantou ao lado de Flávio Venturini no projeto “Conexão Telemig Celular”, em Belo Horizonte e apresentou-se em alguns dos mais importantes festivais de jazz do Brasil, tais como: “Tudo é Jazz” em Outro Preto e “Tim Valadares Jazz Festival” em Governador Valadares. Foi indicada ao 5° Prêmio Rival Petrobrás de Música na categoria “Melhor Cantora”. No final de 2006, embarcou para sua terceira turnê européia em que se destacaram os concertos no tradicional Jazzkeller (Frankfurt) e no respeitado Gasteig, maior centro cultural de Munique. Em 2007, Paula continuou a divulgação de seu álbum e também se apresentou ao lado de Guinga pelo Brasil e Itália, interpretando canções do novo disco do compositor - "Casa de Villa" - em que faz uma participação especial na faixa "Via-crúcis". Paula e sua banda participaram do programa "Som Brasil" (TV Globo) em homenagem à Ivan Lins (com a participação dele) e, no final de 2007, embarcaram para sua quinta turnê européia: Londres (Guanabara), Paris (Havana Jazz Club), Barcelona (Harlem Jazz Club), Frankfurt (Jazzkeller), Munique (Bayerischer Hof Night Club), Lisboa (Onda Jazz), Luxemburgo (Mierscher Kulturhaus), entre outros importantes clubes de jazz. Paula Santoro e o pianista Rafael Vernet acabam de gravar o programa Mosaicos (TV Cultura) em homenagem à Aracy de Almeida, exibido em maio de 2008.
 
Além dos shows, Paula está se preparando para a gravação de um novo CD. FONTE http://www.paulasantoro.com.br/bio.php

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alice in Chains


Alice in Chains é uma banda americana de rock formada por Layne Staley e Jerry Cantrell em Seattle, Washington, no ano de 1987 Apesar de vastamente associada ao gênero grunge, o som da banda incorpora essencialmente elementos do heavy metal e do metal alternativo, produzindo um som mais acústico e pós-punk, além de algumas melodias de doom metal.

A banda alcançou fama internacional como parte do movimento grunge do início dos anos 90, ao lado de Pearl Jam, Soundgarden e Nirvana, sendo uma das mais bem sucedidas comercialmente desta época, com mais de 15 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos e cerca de 35 milhões vendidos em todo o mundo.

A banda ainda teve dois álbuns na primeira posição da Billboard 200 (Jar of Flies e Alice in Chains), onze singles nas dez primeiras posições da parada Mainstream Rock Tracks e oito indicações ao Prêmio Grammy.



O conjunto nunca se separou oficialmente, mas ficou por muitos anos inativo devido aos problemas de Layne Staley com drogas, os quais culminaram na sua morte, em 2002. Os integrantes remanescentes reuniram-se em 2005, e em 2009 terminaram a gravação de seu primeiro álbum de estúdio em quatorze anos, com William DuVall como o novo vocalista e também guitarrista. O álbum, intitulado Black Gives Way to Blue, foi lançado em setembro de 2009 pela Virgin/EMI.

Em 28 de maio de 2013, a banda lançou o seu segundo álbum com DuVall, The Devil Put Dinosaurs Here

Tudo começou no inverno de 1987, quando o guitarrista Jerry Cantrell foi a uma festa em Seattle, onde conheceu um homem de cabelo rosa claro que estava no centro de tudo; tratava-se do vocalista Layne Staley. "Ele tinha um grande sorriso no rosto, e estava sentado ao lado de duas mulheres maravilhosas", lembra Cantrell, que não tinha um lugar para morar e foi acolhido por Staley, que o levou a sua residência: um estúdio de ensaios sujo e cheirando a urina chamado Music Bank, localizado em um armazém, onde os dois passaram a viver.

Logo, Cantrell o convidou para cantar em sua banda de glam metal chamada Diamond Lie, já que Staley estava saindo de uma outra banda do mesmo sub-gênero. Mike Starr, conhecido de Jerry, havia tocado em outras bandas do mesmo estilo, como Sato e Gypsy Rose, e logo aceitou tocar baixo na banda, trazendo ainda o baterista Sean Kinney, que namorava sua irmã. Os concertos da banda, nessa época, consistiam em covers que, de acordo com a imprensa local, ganhavam "nova vida" quando eram tocados pelo Diamond Lie. Cantrell comentou à RIP Magazine, em 1993, quanto às motivações iniciais na formação da banda:

Era: "Vamos formar uma banda, escrever umas canções, tocar em alguns clubes para conseguirmos cerveja e mulheres". Sério, era por aí. Nós fizemos isso por um ano e meio, só tocando e, então, finalmente começamos a considerar até onde queríamos ir musicalmente. Foi meio que algo natural, nada que tenha sido pensado. Foi algo que acontece somente quando você passa um tempo com as pessoas e começam a crescer juntos.

No ano seguinte, a banda mudou seu nome tendo como inspiração "Alice n' Chains", nome da antiga banda de Staley, tornando-se Alice in Chains, e começou a gravar algumas demos. Algumas dessas músicas apareceriam mais tarde no primeiro álbum oficial da banda.

Já tendo certa notoriedade na cena local, apresentando-se em bares e pequenos clubes, em 1989, decidiram gravar seu próprio álbum independente e tentar distribuí-lo localmente, mas, antes do álbum ser lançado, o grupo assinou com a Columbia Records. Seu primeiro trabalho oficial foi o EP "We Die Young", em julho de 1990.


A faixa-título se tornou um hit moderado em rádios americanas mais pesadas, apenas preparando caminho para o lançamento do álbum Facelift, em agosto daquele mesmo ano.


Facelift foi bem recebido pelo público e a banda começou uma turnê com Iggy Pop em novembro, apresentando as canções "Dirt" e "Rooster" ao público, que não deu muita atenção para elas na época. Em dezembro, o concerto lotado no The Moore Theater, em Seattle, é gravado pelo diretor Josh Taft e lançado como Live Facelift, o primeiro lançamento em vídeo do grupo.


Enquanto isso, o álbum produz o inesperado hit "Man in the Box", tendo uma escalada de 26 semanas até o Top 20 e cujo vídeo recebeu grande exibição na MTV. Realizando turnês de suporte de bandas como Extreme, Megadeth em algumas datas e depois com a turnê Clash of the Titans (que contava com Slayer, Anthrax e Megadeth), e Van Halen, Facelift chegou ao disco de ouro.

No começo de 1992, a banda lançou um inesperado EP de composições semi-acústicas, denominado Sap, gravado em apenas dois dias e intitulado devido a um sonho do baterista Sean Kinney, no qual a banda chamava o novo álbum de Sap. O álbum conta com as participações de Ann Wilson do Heart, juntando-se a Staley e Cantrell no refrão de "Brother" e "Am I inside", assim como Chris Cornell do Soundgarden e Mark Arm do Mudhoney na canção "Right Turn" (creditados no encarte como Alice Mudgarden).


O grupo recebeu mais exposição em 1992, quando uma de suas novas canções, "Would?", apareceu na trilha sonora de Vida de Solteiro, um filme do diretor Cameron Crowe baseado nas vidas dos solteiros de Seattle. A banda também apareceu no filme, tocando as canções "Would?" e "It Ain't Like That" durante uma das cenas que ocorre num clube. O lançamento prévio de "Would?" ajudou a criar antecipação pelo próximo LP do grupo.


O álbum Dirt, lançado na primavera de 1992, exemplifica o som pesado guiado pela guitarra e cheio de distorções, ao mesmo tempo em que abre espaço para as harmonias vocais cada vez mais complexas de Staley e Cantrell. Foi um sucesso tanto de crítica quanto comercial, ganhando disco de platina após menos de 2 meses de seu lançamento, e continua sendo o álbum mais bem sucedido da banda até hoje. Entretanto, as letras obscuras, a maior parte tratando de isolação e vício, aumentaram as especulações de que Staley era viciado em heroína. Agora se sabe que esta especulação estava correta.


Para a divulgação desse álbum, a banda saiu em turnê com Ozzy Osbourne. Durante esta turnê, Layne quebrou seu pé e completou a turnê usando uma cadeira de rodas e muletas, não perdendo nenhuma data. Camisetas da turnê mostravam o raio-X do pé quebrado do vocalista. Depois, o grupo teve uma passagem pelo Brasil no festival Hollywood Rock, no Rio de Janeiro e São Paulo, em 1993. Após estas datas, Mike Starr deixou o grupo devido às turnês intensas e eventualmente se juntou à banda de hard rock Sun Red Sun.Starr foi logo substituído temporariamente pelo baixista da banda de Ozzy Osbourne, Mike Inez.

Quando a banda entrou em estúdio em 1993 e compôs duas novas canções, "What the Hell Have I" e "A Little Bitter", para a trilha sonora do filme com Arnold Schwarzenegger, O Último Grande Herói, Inez (que co-escreveu "A Little Bitter" foi confirmado como novo baixista da banda.



Durante o verão de 1993, Alice in Chains se juntou a bandas como Primus, Tool, Rage Against the Machine e Babes in Toyland para o festival de música alternativa Lollapalooza, no qual a banda foi muito bem recebida.

Após suas explosivas performances na turnê Lollapalooza, a cena musical alternativa clamava por outro lançamento pesado, nervoso e barulhento do quarteto de Seattle. Em janeiro de 1994, entretanto, a banda surpreendeu fãs e críticos com Jar of Flies, que trazia um retorno aos arranjos mais acústicos e leves, canções bem desenvolvidas completadas com sutis arranjos de cordas, misturados com pontos de exclamação dos ataques de guitarra, a assinatura de Cantrell, e os vocais de Staley.

Lançado como um EP, ainda que tivesse qualidade de álbum em design e duração, Jar of Flies estreou como n.º 1 nas listas de vendas de álbuns da Billboard, o primeiro EP na história a alcançar tal posição. Evoluindo do som alternativo e progressivo da primeira faixa para baladas mais tradicionais, o álbum parece prestar homenagem às raízes musicais de Cantrell, sendo escrito e gravado em uma semana.

Os Alice in Chains estavam programados para sair em turnê durante o verão de 1994 com Metallica e a atração de abertura Suicidal Tendencies, mas desistiram antes do começo da turnê, dando gás aos rumores de vício de drogas. Danzig substituiu Alice in Chains em algumas datas, enquanto outras foram tocadas pelo Candlebox. A banda ficou um bom tempo fora da estrada, o que fez aumentar as especulações quanto ao vício de Staley. Nessa época, as tensões internas levaram a banda a debandar, o que efetivamente durou apenas seis meses.

Apesar disso, Staley se apresentou com The Gacy Bunch, um "supergrupo grunge" formado em 1995 com o guitarrista Mike McCready do Pearl Jam e o baterista do Screaming Trees, Barrett Martin. Eles mais tarde mudaram seu nome para Mad Season e lançaram um único álbum, Above.

Em Novembro de 1995, a banda retomou as atividades com o lançamento do álbum auto-intitulado, Alice in Chains, comumente chamado de "Grind", "Tripod", "Three" ou "Three Legged Dog" devido à imagem de um cachorro tripé na capa (explicado no documentário lançado um mês depois, The Nona Tapes e pelo fato de ser o terceiro álbum da banda.

Este álbum foi um retorno às raízes heavy metal da banda, mas diferente do som presente em seus álbuns anteriores, ainda que juntando o estilo mais acústico presente em Jar of Flies em algumas canções. Para alguns fãs, este retorno à forma foi bem-vindo, para outros não foi nem um passo à frente nem um passo para trás em terreno familiar. O álbum estreou na primeira posição, mas o grupo novamente falhou em dar suporte com uma turnê, gerando uma maior discussão sobre o vício de Staley em heroína. Eventualmente, este seria o último álbum oficial que o Alice in Chains produziria com o vocalista.

O grupo reapareceu em 1996 para tocar seu primeiro concerto em cerca de três anos no MTV Unplugged, um programa de canções somente acústicas. Durante todo o concerto, era visível a fraqueza de Staley e os efeitos do uso da droga. O set incluiu as canções mais conhecidas da carreira, dando nova vida a canções como "Brother". O grupo trabalhou seu material mais pesado com arranjos acústicos novos e incluiu um guitarrista rítmico, Scott Olson, para arredondar o som. Eles também introduziram uma nova canção, "Killer Is Me". Um álbum da performance foi lançado mais tarde naquele ano, estreando na terceira posição nas paradas. Após o concerto acústico, a banda abriu quatro shows para a turnê de reunião do Kiss, substituindo o Stone Temple Pilots, que teve que abandonar as datas devido aos problemas com drogas do vocalista Scott Weiland. O concerto do dia 3 de julho, em Kansas City, foi o último com Staley como vocalista.

Os membros restantes da banda quiseram mantê-la unida e tentaram manter contato com Staley, mas ficou claro que seus problemas de saúde não o permitiriam retornar ao trabalho em pouco tempo. Cantrell, então, passou a se dedicar a outros projetos, gravando seu primeiro álbum solo em 1998, sob o título de Boggy Depot. Devido à colaboração significativa do baixista Mike Inez, do baterista Sean Kinney e do produtor Toby Wright ao álbum, este conta com uma faixa não lançada das sessões do álbum auto-intitulado Alice in Chains ("Settling Down").

Em 1998, Staley se reuniu com os outros membros do grupo pela última vez para gravar duas canções inéditas: "Get Born Again" e "Died". Estas canções foram lançadas em 1999, no box-set Music Bank. A compilação continha 48 canções, incluindo raridades, velhas demos, as duas novas canções, e a maior parte das faixas contidas nos álbuns da banda.

O grupo também lançou Nothing Safe: The Best of the Box, que serviu como um aperitivo de 15 canções para o Music Bank, assim como sua primeira compilação de melhores canções. As duas novas músicas seriam as últimas que Staley gravaria, enquanto Music Bank seria o último lançamento de novo material de estúdio da banda com o vocalista. Em 2000, o álbum ao vivo Live, contendo canções tocadas em shows de 1990 a 1996, e outra coletânea dos 10 maiores hits da banda, Greatest Hits, em 2001, finalizaram os lançamentos oficiais do grupo no período.

Apesar de a banda não ter acabado oficialmente na época, Staley ficou bastando abalado quando sua ex-noiva, Demri Parrott, morreu de endocardite infecciosa em 1996. Ele, assim, tornou-se recluso, raramente deixando seu apartamento em Seattle. A possibilidade da reunião completa do Alice in Chains finalmente terminou em 20 de abril de 2002, quando Staley foi encontrado morto em seu condomínio em consequência de uma overdose letal por combinação de heroína e cocaína (Speedball). A perícia aproximou a data do óbito de Staley para 5 de abril, pois o corpo já se encontrava em estado de decomposição. Coincidentemente, foi a mesma data aproximada da morte de Kurt Cobain, oito anos antes.

Cantrell, abalado pela morte de seu amigo e companheiro de banda, dedicou seu segundo álbum solo, Degradation Trip (2002), totalmente a Staley. O álbum foi lançado aproximadamente dois meses após o falecimento de Staley como um disco único, e mais tarde relançado, como havia sido originalmente planejado e com canções a mais, como um disco duplo. Ainda que algumas canções no álbum pareçam ter sido escritas sobre a morte do companheiro de banda de Cantrell ("Thinking 'bout my dead friends whose voices ring on" em "Psychotic Break", por exemplo), Degradation Trip foi completamente gravado antes do falecimento de Staley.

Reunião e Black Gives Way To Blue (2005 - 2011)
A banda em concerto com o novo vocalista William DuVall.

Em 2004, foi afirmado que os membros remanescentes do Alice in Chains estavam tocando juntos e que o grupo logo voltaria à ativa.[48] A re-estreia, entretanto, só aconteceu um ano depois, em 18 de fevereiro de 2005, quando o Alice in Chains se reuniu novamente para um concerto beneficente no Premiere Club, em Seattle, a fim de arrecadar fundos para as vítimas do tsunami asiático de 2004. No lugar de Staley, estava presente Patrick Lachman, vocalista do Damageplan, que há pouco tempo havia perdido o guitarrista Dimebag Darrell. O concerto também contou com as participações de Krist Novoselic do Nirvana e Chris DeGarmo do Queensrÿche, além das aparições-surpresa de Wes Scantlin do Puddle of Mudd e Maynard James Keenan do Tool para ajudar nos vocais, e Ann e Nancy Wilson do Heart reprisando seus vocais de apoio em "Brother".

Em 10 de março de 2006, os membros restantes do Alice in Chains marcaram presença no concerto Decades Rock Live, do VH1, honrando as roqueiras de Seattle Ann e Nancy Wilson do Heart, ocasião na qual tocaram suas próprias canções: "Would?" (com o vocalista do Pantera e Down, Phil Anselmo) e "Rooster" (com William DuVall e Ann). A banda seguiu com uma pequena turnê pelos clubes dos Estados Unidos, vários festivais na Europa, e uma breve turnê pelo Japão, realizando um concerto de duas horas, com uma parte acústica na metade e um vídeo de oito minutos em homenagem à Layne Staley. Para coincidir com a reunião da banda, a Sony lançou a muito adiada terceira compilação do Alice in Chains, The Essential Alice in Chains, um álbum duplo contendo 28 canções.

Durante os concertos de reunião, a banda convocou para os vocais o membro da banda da carreira solo de Jerry Cantrell e vocalista da Comes With the Fall, William DuVall. Duff McKagan, do Velvet Revolver, também se juntou à banda para a turnê, tocando segunda guitarra em algumas canções.

Jerry comentou, em 1º de novembro de 2006, que a apresentação em Providence, Rhode Island, no dia 31 de outubro, foi gravada para futuro uso no lançamento de um DVD. O concerto em si teve quase três horas de duração, com a banda apresentando canções que não vinham sendo mostradas na turnê. Ele também explicou melhor os motivos pelos quais a banda estava em turnê:

Ele [Layne Staley] está lá todas as noites. Essa é uma das principais razões pelas quais nós estamos fazendo isso. Eu não tenho dúvidas de que ele ficaria totalmente: "Bem, porque vocês demoraram tanto?". Levou muito tempo para mim, pessoalmente, chegar em termos com querer me colocar nessa situação, sabe. Esta é a melhor forma. Nós estávamos todos quase que no mesmo lugar, isso pareceu como se fosse a coisa certa a ser feita, sabe. Nós o levamos conosco em todos os nossos modos, sabe, ele está ao nosso redor o tempo todo.

Ainda que tanto Sean quanto Jerry tenham previamente comentado que se novo material fosse produzido, a banda mudaria de nome, uma atualização no blog da página oficial da banda, em 30 de abril de 2007, confirmou que a banda se encontrava em processo de gravação de demos para um novo álbum de inéditas e que o novo som estava "destruidor". Pouco depois, a banda saiu na turnê Re-Evolution com o Velvet Revolver, confirmando William DuVall como novo vocalista.

A banda em ensaio com a Orquestra Sinfônica do Noroeste para o concerto beneficente Symphony Legacy, no Benaroya Hall, em Seattle.

Em 31 de agosto, como resposta à ótima recepção de crítica e fãs aos pequenos sets acústicos nos concertos da banda, o grupo gravou um set completamente acústico no The Rave/Eagles Club em Milwaukee, Wisconsin, incluindo canções de todos os álbuns lançados pela banda (incluindo os EP e duas releituras: uma da banda The Who e outra de Elton John), supostamente para um futuro álbum ao vivo, o que foi mais tarde desmentido por Cantrell, que afirmou a importância de primeiramente lançar um novo álbum de estúdio.

O grupo passou a realizar mais concertos acústicos pelos Estados Unidos, intitulados "the Acoustic Hour". Uma das últimas apresentações de 2007 se deu tocando junto à Orquestra Sinfônica do Noroeste e ao Coral de Garotas do Noroeste, em 2 de novembro, no Benaroya Hall, para o concerto beneficente Symphony Legacy, que também contou com a presença do Heart.

A banda pretendia entrar em estúdio para gravar o novo álbum na época de festas de 2007, visando lançamento em 2008, porém, ao invés disso, passou o final de 2007 e o primeiro semestre de 2008 gravando demos para as novas canções. Em 23 de outubro de 2008, o grupo começou a gravar o novo álbum com o produtor Nick Raskulinecz (Foo Fighters, Rush, Stone Sour, Mondo Generator), e 20 canções estariam sendo consideradas para inclusão no lançamento em 2009.

As gravações para o novo álbum terminaram em 18 de março de 2009, no Studio 606 em Los Angeles, e o processo de mixagem no Henson Studios em Hollywood[66] foi concluído em abril. Em 25 de abril, foi confirmado que o lançamento do novo álbum do Alice in Chains aconteceria em setembro, pelo selo Virgin/EMI, marcando a primeira mudança de gravadora em seus mais de vinte anos de carreira. Em 11 de junho, foi revelado que o álbum se chamaria Black Gives Way to Blue, com lançamento para 29 de setembro de 2009.

Em 30 de junho, uma das faixas, "A Looking in View", foi lançada como single do álbum por tempo limitado como um download grátis através do website oficial da banda, que também estreou o vídeo para a canção em 7 de julho.

O segundo single, "Check My Brain", foi lançado para as rádios em 14 de agosto e disponibilizado para compra três dias depois. Além disso, foi anunciado que Elton John havia participado da faixa-título.

Em 2009, a banda participou como sendo uma das atrações principais do Soundwave Festival na Austrália, junto de Nine Inch Nails, Scars On Broadway e Lamb of God; também se apresentaria no festival Rock On the Range, ao lado de Mötley Crüe, Avenged Sevenfold, Slipknot e Korn.

Para coincidir com a turnê europeia da banda, foi lançado o terceiro single de Black Gives Way To Blue, "Your Decision", em 16 de novembro no Reino Unido e em 1º de dezembro nos Estados Unidos.

Em 11 de janeiro de 2012, Jerry Cantrell, em entrevista à Rolling Stone, declara estar trabalhando num novo disco da banda e que a inatividade do grupo em estúdio (haja vista o lançamento de EPs entre os álbuns principais nos anos 90 até o hiato musical) é devido a uma cirurgia no ombro a que o guitarrista fora submetido. Ele, contudo, ressalta a produção de material nesse tempo longe do estúdio e mesmo antes da intervenção médica.

Passados cerca de onze meses após a entrevista, o site oficial da banda postou um vídeo com uma música inédita, Hollow, anunciada dias antes em seu twitter. O vídeo, resultante de um concurso no Instagram em que foram feitas montagens das letras com imagens e sincronizadas com a música, confirmava o retorno do grupo ao estúdio e a proximidade do lançamento do novo disco. Juntamente ao vídeo, foi divulgada a data de lançamento da nova música e confirmado o sucessor de Black Gives Way to Blue (ainda sem nome definido).

Hollow foi disponibilizada no iTunes em 8 de janeiro de 2013. Em 13 de fevereiro de 2013, Alice in Chains postou no Facebook um anagrama referente ao nome do seu novo álbum, com as letras H V L E N T P S U S D A H I E E O E D T I U R R. No dia seguinte, foi anunciado que o novo álbum seria chamado de The Devil Put Dinosaurs Here. O disco foi lançado no dia 28 de maio desse ano. A banda se apresentou no 4º dia do Rock in Rio 2013, na noite do dia 19/09, com um show relativamente curto, cerca de 1 hora, abrindo com a musica "Them Bones" e fechando com "Rooster" e tocando varias músicas conhecidas, como "We Die Young" e "Nutshell".

Apesar de existir há bastante tempo, o Alice in Chains lançou apenas cinco álbuns de estúdio (Facelift, Dirt, Alice in Chains, Black Gives Way to Blue e The Devil Put Dinosaurs Here), ainda que estes tenham sido, em geral, acompanhados pouco tempo depois por EP semi-acústicos.

A banda também gravou canções especialmente para trilha sonoras de filmes, como é o caso de "What the Hell Have I?" e "A Little Bitter", para o filme Last Action Hero, e "Would?", para o filme Singles (e acabou mais tarde entrando no álbum Dirt). Outras canções da banda foram usadas em filmes, como "Got Me Wrong", em Clerks, "Again", em Marvin's Room, "Right Turn", em Black Hawk Down, "Them Bones", em Riding Giants e Street Fighter II: The Animated Movie, e "Man in the Box" em The Perfect Storm e Lassie; e em jogos eletrônicos: "Angry Chair" em Doom II, bem como "Them Bones", que também toca na Radio: X, uma das rádios de Grand Theft Auto: San Andreas,[90] além de aparecer em ATV Offroad Fury, Guitar Hero II, Guitar Hero: Smash Hits e Madden NFL 10, enquanto "Would?" aparece em Burnout Dominator, Burnout Paradise e Rock Band Unplugged.[98] "No Excuses" está presente em Guitar Hero: Metallica.

Os membros da banda também contribuíram separadamente para trilhas sonoras, com Layne se juntando a Tom Morello (guitarrista do Rage Against the Machine), Stephen Perkins (baterista do Jane's Addiction), Martyn LeNoble (baixista do Porno For Pyros) e Matt Serletic, sob a alcunha de Class of '99, com os covers de "Another Brick in the Wall (Part I)" e "Another Brick in the Wall (Part II)", do Pink Floyd, para o filme The Faculty; e Jerry e Sean com a canção "Leave Me Alone", para o filme The Cable Guy.

Concerto do grupo em Boston, Massachusetts, em 1992.

A música do Alice in Chains tem sido categorizada como rock, hard rock, heavy metal, rock alternativo ou, mais comumente, grunge. Esta última categorização se deve mais à imagem da banda, suas raízes de Seattle, ter surgido na mesma época em que outras bandas da região começaram a chamar atenção da mídia,[3] e por suas mórbidas e introspectivas letras. Este termo, inclusive, sempre foi rejeitado pela banda, não hesitando em mostrar contentamento quando se espalhou a frase "Grunge is dead" ("O grunge morreu") pós-1994.

Jerry Cantrell identifica a banda primariamente como heavy metal. Ele contou à revista Guitar World, em 1996: "Nós somos várias coisas diferentes... Eu não sei ao certo qual é a mistura, mas há definitivamente metal, blues, rock & roll, talvez um toque de punk. A parte metal nunca vai embora, e eu nunca quero que ela vá".


O grupo é marcado pelo seu som pesado e lento, devido à influências como Led Zeppelin, Black Sabbath, Van Halen e Metallica, sendo considerada a banda grunge que mais flerta com o heavy metal e descrita pelos críticos como "pesada o suficiente para fãs de metal -- e ainda assim seus temas negros e ataques punks os colocaram entre as primeiras fileiras das bandas grunge de Seattle".

Também é marcado por suas letras depressivas, obscuras e pessimistas, que abordam temas variados em suas canções, desde mortalidade ("Them Bones") à canções de amor ("Love, Hate, Love" e "Rain When I Die"),  e temas recorrentes como quanto ao uso de drogas, notadamente no álbum Dirt ("Junkhead", "Godsmack" e "Hate to Feel"), fazendo com que as canções da banda sejam frequentemente consideradas "sombrias".


Certas canções do álbum Facelift são reminiscências dos primórdios da banda, ainda mais voltada para o glam rock e hard rock, como "I Know Somethin' ('Bout You)", "Put You Down" e "Killing Yourself", e também há uma canção de puro improviso, do EP Sap, chamada "Love Song". A banda também tem seu lado mais suave em sons acústicos a partir dos EP Sap e Jar of Flies, e enquanto o grupo inicialmente manteve estes lançamentos separados, o álbum intitulado do Alice in Chains combinou os estilos para formar "um som desolado, niilista, que balanceava hard rock nervoso com sons acústicos com texturas sutis".

As canções da banda são todas feitas em afinação mi bemol (Eb), com a exceção de "What the Hell Have I?", que é tocada em ré (D). Isso se deve ao fato de a afinação em um semi-tom menor soar mais tempo mais pesada que a afinação padrão e mais melancólica que a nota normal. A música da banda também possui distintos aspectos rítmicos, ocasionalmente favorecendo tempos esquisitos, como pode ser encontrado em "them Bones" e "I Can't Remember".


O estilo de guitarra de Jerry Cantrell combina o que Stephen Erlewine da allmusic chamou de "riffs esmurrados e extensas texturas de guitarra" para criar "ritmos em nota menor lentos e chocantes". Enquanto as guitarras distorcidas afinadas um semi-tom abaixo misturadas com os vocais distintos de Staley ao estilo "sussurro-para-um-grito" chamavam a atenção de fãs de metal, a banda ainda tinha "um senso de melodia que era inegável", o que introduziu o Alice in Chains a uma audiência pop muito maior fora do underground.

Os Alice in Chains também são notáveis pelas harmonias vocais únicas de Staley e Cantrell, que incluem passagens sobrepostas e duplo vocal principal. Os vocais de Staley, os quais, de acordo com Alyssa Burrows, formam o som distinto do grupo, variam sutilmente em cada álbum deles: do uso constante de gritos inspirados no hard rock, como em Facelift; vocais mais melódicos em Sap, Dirt e Jar of Flies; à adição de efeitos de voz e diminuição de uso de notas mais altas presentes no álbum homônimo, em faixas como "Head Creeps" e "Grind".



fonte

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alice_in_Chains