Edson Wander, nome artístico de Edson de Araújo Cavalcanti Filho (Recife, 1945) é um cantor brasileiro.
Edson começou a cantar muito cedo, ainda criança, influenciado por nomes como Vicente Celestino e Orlando Silva. Porém tudo mudou quando ouviu o recém-lançado "É Proibido Fumar", terceiro disco de Roberto Carlos, e resolveu investir na carreira de Rock 'N' Roll.
Inicou sua carreira profissional em 1966, no Rio de Janeiro, apadrinhado pelo cantor Wanderley Cardoso (o sobrenome artístico Wander vem de Wanderley, uma sugestão do também cantor Luís Fabiano). Fez sucesso com as músicas "Tu", "Jovem Triste", "Areia No Meu Caminho", entre outras do seu primeiro disco, "Canto Ao Canto de Edson Wander" (selo Copacabana Discos, 1968).
Lançou quatro discos entre 1968 e 1988, além de quatorze compactos, entre 1966 e 1985. Posteriormente, em 1995, começou a gravar CDs independentemente, tendo seis discos lançados, sendo cinco no estilo Brega, um de canções Evangélicas e uma coletânea.
Conheceu a grande maioria dos músicos brasileiros da década de 60/70, e foi amigo de Raul Seixas, Tim Maia, Fábio, Sérgio Sampaio e Edy Star. Conheceu Jimmy Cliff, Janis Joplin e ainda lançou Sandrá de Sá no mercado musical.
Em 1976 lançou sua primeira obra psicodélica mesmo aproveitando tardiamente um movimento que teve seu auge no final dos anos 60 ele conseguiu nos surpreender mais uma vez ele conseguiu demonstrar extrema versatilidade vocal e musical utilizando o que havia de mais moderno na época em termos de tecnologia, o álbum por não se tratar de nada muito comercial encalhou nas lojas mas se tornou item de colecionador dos amantes do rock 'n' roll.
Edson mora atualmente em Maceió, sempre comparece aos encontros da Jovem Guarda e continua fazendo shows, agora também no estilo brega por questões financeiras mas sempre deixando evidente que sua veia e amor musical é pelo rock 'n' roll.
CURIOSIDADES
Um belo dia, na Radio Mauá, no programa da apresentadora Célia Mara, o colega  (cantor e compositor) José Fabiano falou comigo para que eu tivesse um nome  artístico. Sinceramente, nunca tinha pensado nisso.
Eu aceitei! Como eu já  era afilhado musical do Wanderley Cardoso, ele falou que eu poderia me chamar de  Edson Wander (Wander de Wanderley), e não Edinho Cavalcanti. Eu gostei e sou o  Edson Wander até hoje.
Surgiu nessa época um empresário que era secretario do  Wanderley Cardoso e primo do Genival Mello, chamado Osvaldo Mello. Este  empresário começou a me projetar no meio artístico, cantando músicas do  Wanderley Cardoso e do Ronnie Von (o sucesso ‘Meu Bem’, versão de ‘Girl’, dos  Beatles). Aí sim, depois dessa experiência cantando música deles, fui  apresentado, em um show, pelo Wanderley Cardoso ao diretor da gravadora  Copacabana Ismael Corrêa, que me contratou, juntamente com minha irmã (também  cantora) Marlene Cavalcanti. Na outra semana, nós dois já estávamos gravando em  estúdio.
Cada um gravou um compacto simples, com o conjunto Os Terríveis, que  era empresariado pelo Nício Rocha. Minha primeira gravação fui a música ‘Tu’,  que foi muito cantada em Maceió pela minha prima Viviane, mora!  (risos).
Marlene Cavalcanti gravou e fez sucesso com a música ‘Eu Não Quero  Mais Amar’.
Osvaldo Mello muito influenciou minha carreira, porque ele era um  cara muito dinâmico, atrevido e brigão. Deus o tenha em um bom lugar.
O  primeiro programa de TV que eu fiz como profissional foi o conhecido ‘Festa Do  Bolinha’, apresentado por Jair De Taumaturgo, e tinha a produção do filho Flávio  Taumaturgo.
Logo em seguida, veio o do meu grande amigo e inesquecível  Chacrinha. 
Depois disso, as portas se abriram. ‘Almoço com as estrelas’ (com  Ayrton e Lolita Rodrigues) , ‘Rio Hit Parade’, ‘Raul Gil’, ‘Dárcio Campos’,  ‘Luiz Aguiar’, ‘Bolinha’, Aerton Perlingeiro (que era produzido pelo filho Jorge  Perlingeiro), ‘TV Fone’ (com Mario Luiz), ‘Programa José Messias’ (na TV  Excelsior) e muitos outros da época.
As rádios tinham vários programas de  auditório: Na rádio ‘Mauá’, tínhamos o Euclides Duarte, Hélio Ricardo e minha  madrinha musical, Célia Mara.
Na rádio ‘Nacional’, os programas de maior  audiência eram os do José Messias e do Jair de Taumaturgo. O auditório ficava  tão lotado que não dava para entrar todo mundo. Nessa época, cheguei a cantar ao  lado do Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Vicente Celestino, Orlando Dias,  Silvinho, Miltinho, Emilinha Borba, Marlene, Blackout, Jerry Adriani, Wanderley  Cardoso, José Roberto, Leno e Lílian, Os Jovens, Maritza Fabiane, Denise  Barreto, meu falecido e eterno cunhado Paulo Sérgio, Elizabeth e muitos e muitos  outros amigos (risos).
Na rádio ‘Vera Cruz’, o Edson Santana comandava. Na  rádio ‘Roquete Pinto’ o Speed Luiz era o sucesso. E deixei para falar por último  do ‘Mocinho Brasileiro’, da ‘Rádio Federal de Niterói’, apresentado pelo meu  amigo Paulo Bob, que era considerado o maior apresentador de auditório do Rio de  Janeiro...
''A primeira vez que eu pensei em cantar, tinha uns 5 anos. Foi em um  espetáculo, num circo armado no bairro da Torre Madalena, em Recife (PE), e o  prêmio era de 500 mil reis. Topei e ganhei em primeiro lugar. Com o prêmio,  comprei vários ingressos de cinema, para assistir á filmes. Depois disso, nunca  cantei mais. Só cantava no banheiro de casa!
Mais tarde, quando já tinha uns  14 anos, ouvia um programa de auditório da Rádio Jornal do Commercio (Recife),  onde cantavam muitas crianças da minha idade. Eu escutava esse programa em casa,  e um dia resolvi ir até a rádio e ver tudo de perto. Adorei!
Tinha um garoto  chamado Irakitan de Brito Marinho (que hoje canta no Trio Irakitan), que usava  cabelos grandes. Nunca tinha visto um homem de cabelo comprido! A partir desse  dia, deixei meu cabelo crescer e, mais tarde, cultivei meu cabelo comprido.  Muitos pensam que uso esse cabelo inspirado nos Beatles ou no Roberto Carlos, o  que não é fato.''
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