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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Leonardo Altino


Filho de músicos, o violoncelista brasileiro Leonardo Altino começou seus estudos musicais aos cinco anos de idade e realizou sua primeira apresentação aos oito. Aos onze, tocou pela primeira vez com uma orquestra sinfônica o Concerto nº 1 de Saint-Saëns. Sua descoberta nacional veio em 1986, aos quatorze anos, quando Leonardo foi o mais jovem vencedor no concurso “Jovens Concertistas Brasileiros”, competição de prestígio no Rio de Janeiro, que o levou a se apresentar com as principais orquestras do Brasil. Aos dezenove, Leonardo Altino conquistou o primeiro prêmio no Concurso Internacional de Violoncelo de Viña Del Mar (Chile) e desde então realizou concertos por todo o Brasil, Chile, Colômbia, Coréia, Taiwan, Venezuela e Estados Unidos.


Elogiado pela revista Strad por sua “inteligência excepcional e som excepcionalmente elaborado”, Leonardo foi solista com as orquestras Sinfônica de Boston, Filarmonica de Bogotá, Sinfônica de Jackson, Sinfônica de Memphis, Sinfônica de Montgomery, New England Chamber, Pro Symphony Musica, Sinfônica Brasileira, Sinfônica Nacional, Sinfônica Nacional de Chile, Sinfônica de São Paulo e do Festival Virtuosi, entre outras, sob a direcção de maestros como Eleazar de Carvalho, Mark Churchill, Isaac Karabtchevsky, David Machado, Carl Saint-Clair e Benjamin Zander entre outros. Como camerista, tem colaborado com músicos como Monique Duphil, Ilya Gringolts, Krysa Oleh, Steven Mackey, Antonio Meneses e o Quarteto Miró. Juntamente com sua esposa, Soh-Hyun Park Altino, e o pianista Victor Asuncion, participa do recém formado Dunamis Trio.


Professor apaixonado e mentor de jovens músicos, Leonardo faz parte do corpo docente da Escola de Música Rudi Scheidt da Universidade de Memphis, Tennessee. É frequentemente convidado para realizar master classes e ensinar em vários festivais ao redor do mundo, incluindo o Festival y Academia Nuevo Mundo, Campos do Jordão, Duxbury, Fábrica de Música, MIMO e nos festivais Virtuosi. Durante os verões, ao lado de sua esposa, ensina no Programa Estudo Intensivo de Cordas no Festival MasterWorks. Antes de sua posição atual em Memphis, Leonardo Altino foi escolhido para participar do Cello Fellowship da Orquestra Sinfônica de Montgomery como artista residente por dois anos.


Leonardo Altino estudou no New England Conservatory of Music, na Escola Superior de Música de Detmold e na Universidade de Illinois e teve como principais professores Francisco Pino, Aldo Parisot, Laurence Lesser, Marcio Carneiro e Suren Bagratuni.


Atualmente, reside em Memphis, Tennessee, com sua esposa e filho, David.


SOBRE O DUO
Há mais de trinta anos que Ana Lúcia e Leonardo, um duo formado por mãe e filho, se apresentam em Nova York, Boston, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Santiago (Chile) e muitas outras cidades nos Estados Unidos e no Brasil. Frequentemente o duo viaja com o violinista Rafael Garcia, marido há 45 anos de Ana Lúcia e pai de Leonardo. Rafael e Ana Lúcia foram mentores, professores, treinadores, colaboradores, companheiros de viagem, apoiadores e inspiração para Leonardo, que agradece pelo incentivo e amor inabaláveis.


FONTE

http://www.virtuosi.com.br/poema

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Wilson Batista


Wilson Baptista de Oliveira também conhecido como Wilson Batista (Campos, 3 de julho de 1913 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1968) foi um compositor brasileiro. Wilson Batista foi chamado, por Paulinho da Viola, de “o maior sambista brasileiro de todos os tempos”. Sua obra é volumosa, chegando a cerca de 600 canções; alguns de seus sambas são clássicos da música brasileira e foram gravados pelas maiores estrelas de sua época.



Filho de um guarda municipal de Campos, ainda menino participou, tocando triângulo, da Lira de Apolo, banda organizada por seu tio, o maestro Ovídio Batista. Ainda na cidade natal, fez parte do Bando, para o qual compunha algumas músicas. Participou, ainda em sua cidade natal, do bloco "Corbeille de flores", para o qual compôs várias músicas. Era mulato, tinha 1,65 m de altura, cabelos ondulados e rosto fino. Chegou a cursar o Instituto de Artes e Ofícios de Campos, buscando habilitar-se no ofício de marceneiro. Não teve oportunidade de adquirir muita instrução. Assinava o nome com grande esforço. Quando era solicitado a escrever um bilhete, a situação ficava mais difícil. No entanto, era capaz de fazer um poema com grande facilidade.



No final da década de 1920, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1929, mudou-se sozinho para o Rio de Janeiro tentar ganhar a vida como compositor indo morar por algum tempo com um tio que era gari. Tinha dificuldades de se adaptar a empregos. Chegou a trabalhar como acendedor de lampiões na Light, logo que chegou à capital do país, mas por pouco tempo. Seu sonho era vencer como compositor de sambas.



Foi um boêmio inveterado. Logo que chegou ao Rio, ainda adolescente, passou a freqüentar o Mangue, zona da prostituição e os cabarés e cassinos do famoso bairro da Lapa. Foi ali que o jovem travou contato com a vida boêmia e musical da cidade. Gostava de se divertir, das mulhers e de ouvir música. Ao começo nunca foi de beber e nem era chegado ao jogo de azar. Descobriu, logo depois, a Praça Tiradentes, com seus teatros.



Passou então a freqüentar os cabarés da Lapa e o Bar Esquina do Pecado, na Praça Tiradentes, pontos de encontro de marginais e compositores, tornando-se amigo dos irmãos Meira, malandros famosos da época, cuja amizade lhe valeu várias prisões. A seguir, começou a trabalhar como eletricista e ajudante de contra-regra no Teatro Recreio.

Com 16 anos, fez seu primeiro samba, Na estrada da vida, lançado por Aracy Cortes no Teatro Recreio - na época a cantora popular mais famosa da então capital da República - e gravado em 1933 por Luís Barbosa.



Acredita-se que sua primeira parceria tenha se dado com o compositor José Barbosa da Silva, o Sinhô, no samba de breque Mil e Uma Trapalhadas, cuja gravação aconteceu apenas na década de 60, pelo cantor Moreira da Silva.

Na década de 1930, um dos grandes mercados para compositores e músicos era o teatro musicado, de revista. Um dos pontos onde os profissionais de teatro se reuniam era a Leiteria Dom Pedro I e o Café Carlos Gomes, na Praça Tiradentes. Foi nesse local que conheceu muitos personagens da música popular daquele tempo: Roberto Martins, Nássara, Ataulfo Alves, Antônio Almeida, Geraldo Pereira, Jorge Faraj e tantos outros.

Era um contumaz vendedor de sambas e não tocava nenhum instrumento, embora fosse afinado, a não ser sua caixinha-de-fósforos. Foi casado e tornou-se pai de dois filhos, embora a vida boêmia o levasse a ficar até três dias sem aparecer em casa, para desespero da esposa. Foi morador da Ilha de Paquetá e costumava chamar a todos de "Major", fazendo o pedido de costume: "Tem um dinheirinho aí pro Cabo Wilson? ".

Viveu em meio à boemia, até o coração adoecer. Apesar da fama e do sucesso alcançado ao longo de sua carreira, morreu pobre. No fim da vida, quando encontrava um velho companheiro fazia o pedido de sempre: "Posso apanhar um dinheirinho com você, Major?". Faleceu no Hospital Sousa Aguiar, no Centro do Rio de janeiro, no dia 7 de julho de 1968, quatro dias depois de completar 55 anos. Os amigos liderados por R. C. Albin se cotizaram para levar o corpo para a Capela Santa Terezinha, ao lado do Hospital e em frente à Praça da República. No dia seguinte levaram o corpo para o cemitério do Catumbi e o sepultaram somente quando o sol se pôs. Dias antes, o Museu da Imagem e do Som tentara gravar seu depoimento. Doente, ele resistia à idéia do depoimento, quase implorando a Ricardo Cravo Albin, então diretor do MIS: "Ricardo, você não vê que não tenho voz para contar tudo o que eu quero...". Ainda assim, deixou gravado o último samba, sem nome, só assobiado e com o ritmo simples e sincopado de sua caixinha-de-fósforos, além de uma então música inédita homenageando Nelson Cavaquinho.

Seu primeiro samba gravado foi Por favor, vai embora (com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), pela Victor, na interpretação de Patrício Teixeira, em 1932. A partir de então, passou a fazer parte da Orquestra de Romeu Malagueta, como crooner e ritmista (tocava pandeiro).

Em 1933, Almirante gravou sua batucada Barulho no beco (com Osvaldo Silva) e três intérpretes (Francisco Alves, Castro Barbosa e Murilo Caldas) divulgaram seu samba Desacato (com Paulo Vieira e Murilo Caldas), que fez muito sucesso.

Sempre frequentando o mesmo ambiente de boemia, fez a apologia do malandro no seu samba Lenço no pescoço, já gravado em 1933 por Sílvio Caldas, que deu início à famosa polêmica com Noel Rosa (Noel Rosa X Wilson Batista), o qual respondeu no mesmo ano com Rapaz folgado, contestando a identificação do sambista com o malandro.



Sua réplica a Noel veio no samba Mocinho da Vila. Fora do contexto da polêmica, Noel Rosa e Vadico compõem o Feitiço da Vila. No Programa case, Noel improvisa (sem gravar) duas novas estrofes para o Feitiço da Vila e, em cima dos novos versos, Wilson compõe Conversa fiada, ao qual Noel contrapôs, em 1935, o samba Palpite Infeliz.

O caso terminou com dois sambas seus, Frankenstein da Vila e Terra de cego. Terra de Cego, entretanto, deu origem a uma parceria entre Wilson e Noel, intitulada, Deixa de ser Convencida. Com Letra de Noel escrita sobre a melodia composta por Wilson, originalmente, para Terra de Cego e, assim, pôs fim a polêmica. Os dois polemistas conheceram-se entre um e outro desafio e tornaram-se amigos. As músicas dessa polêmica foram reunidas, em 1956, num LP de dez polegadas da Odeon, cantadas por Roberto Paiva e Francisco Egídio - Polêmica.

Continuando sua vida de boêmio-compositor, vendendo sambas e fazendo parcerias "comerciais", conheceu, no Café Nice, na Avenida Rio Branco, o cantor e compositor Erasmo Silva, com quem formou um conjunto, com Lauro Paiva ao piano e Roberto Moreno na percussão. Com o conjunto, realizou apresentações em Campos/RJ e, de volta ao Rio de Janeiro, formou, em 1936, uma dupla com Erasmo Silva - a Dupla Verde e Amarelo - que participou da vocalização da orquestra argentina Almirante Jonas, que estava de passagem no Rio de Janeiro, seguindo com ela para Buenos Aires, Argentina, onde ficaram por três meses, ainda em 1936.

De volta ao Brasil, trabalharam durante mais de um ano na Rádio Atlântica, de Santos/SP, e, depois, na Record, da capital paulista, onde também gravaram, com as Irmãs Vidal, pela Columbia, seu primeiro disco, com Adeus, adeus (Francisco Malfitano e Frazão) e Ela não voltou (dos mesmos compositores e mais Aluísio Silva Araújo). Obtendo certo sucesso, seguiram para uma temporada em Porto Alegre/RS, voltando a São Paulo para trabalhar na Rádio Tupi.



A fama viria em 1938, quando a dupla foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, mas já no ano seguinte, com a ida de Erasmo Silva para Buenos Aires, a dupla se desfez.

Em 1939 foi apresentado por Germano Augusto ao bicheiro e malandro conhecido por China, a quem venderia muitas músicas. Nessa época, sua temática sofreu modificações, ditadas não só pela associação a novos parceiros, mas principalmente pela influência direta de uma portaria governamental que proibia a exaltação da malandragem.

Ainda em 1939, fez com Ataulfo Alves Mania da falecida e Oh! seu Oscar, samba que se destacou no Carnaval de 1940, vencendo o concurso de músicas carnavalescas do Departamento de Imprensa e Propaganda do governo federal, tendo sido gravado por Ciro Monteiro, intérprete que lançou em disco, também no mesmo ano, os seus sambas Tá maluca (com Germano Augusto) e O bonde de São Januário (com Ataulfo Alves), este último grande sucesso no Carnaval de 1941.

Consagrado desde então, iniciou, com diversos parceiros famosos, uma série de composições, retratando tipos cariocas, que conseguiram êxito na maioria dos Carnavais dos vinte anos seguintes.

Ainda em 1940, Moreira da Silva gravou Acertei no milhar (com Geraldo Pereira), que se tornou um dos clássicos do samba de breque; em 1941, Vassourinha lançou em disco outra música sua que se destacou no Carnaval de 1942, Emília, feita com Haroldo Lobo, seu parceiro ainda em Rosalina, destaque carnavalesco de 1945.

(aqui na voz de Moreira da Silva)

Homenageando a torcida do Vasco da Gama, apesar de rubro-negro, compôs com Augusto Garcez No boteco do José, que, na gravação de Linda Batista, fez sucesso no Carnaval de 1946.



Três anos depois se destacaria com Pedreiro Valdemar, feito com Roberto Martins e gravado por Blecaute, e, em 1950, obteria enorme êxito com Balzaquiana (com Nássara), lançado em disco por Jorge Goulart.

(Cauby Peixoto canta Sistema Nervoso)

Sua marcha Sereia de Copacabana e o seu samba Mundo de zinco (ambos com Nássara), este gravado por Jorge Goulart, foram muito cantados nos Carnavais de 1951 e 1952, respectivamente.
Para o Carnaval de 1956 compôs com Jorge de Castro a marcha Todo vedete, que teve problemas com a censura por suas referências ao baile dos travestis do Teatro João Caetano; com o mesmo parceiro fez, para o Carnaval dos dois anos seguintes, Vagabundo e Marcha da fofoca, sendo esta última gravada pelo radialista César de Alencar.



Em 1961, fez com Jorge de Castro, o principal parceiro da fase final de sua carreira, o samba "A última mulher" gravado por João Dias na Columbia e com Jorge de Castro e Luiz Vanderley o chachacha "Rei Pelé", homenagem ao jogador de futebol Pelé, gravado por Luiz Vanderley na Victor. Dois anos depois a vedete Anilza Leoni gravou no selo Albatroz a marcha "Terezinha", com J. Batista.



O Carnaval de 1962 foi um dos últimos de que participou, lançando, em gravação de César de Alencar, Cara boa, marcha feita com Jorge de Castro e Alberto Jesus.

Em 1968, foi conviado a participar da Bienal do samba em São Paulo, criada pela TV Record, mas sua música acabou chegando atrasada e não foi incluída no Festival. Por solicitação do crítico R. C. Albin, contudo, ele foi homenageado na finalíssima do evento com um pot-pourri dos seus maiores sucessos. Esta seria a última homenagem pública que lhe foi prestada enquanto ainda vivia.

Em 1977, teve os sambas "O bonde São januário", "Oh! Seu Oscar", "Mundo de zinco" e "Louco" regravadas pelo grupo vocal MPB-4 no LP "Antologias volume 2".

Em 1979, Paulino da Viola regravou o samba "Chico Brito".


Em 1985, foi publicado pela Funarte o livro "Wilson Batista e sua época", de Breno Ferreira Gomes.

Em 1995, Cristina Buarque regravou "Memórias de torcedor" no CD "Estácio e Flamengo 100 anos de samba e amor".



Em 1997, a editora Globo, na série "MPB - Compositores" lançou um fascículo e um Cd dedicados a sua obra. Nesse CD estão presentes 12 composições suas, entre as quais, "Sistema nervoso", que havia sido gravado por Simone em seu segundo LP, interpretado por Paulinho Boca de cantor, "Flor da Lapa", por Cristina Buarque, "Meu mundo é hoje", por Eliete Negreiros e "Samba rubro-negro", por Carlinhos Vergueiro.



Em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o ICCA - Instituto Cultural Cravo Albin a caixa "100 anos de música popular brasileira" com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 3 estão incluídos seus sambas "Oh, Seu oscar" e "O bonde de São Januário", ambos com Ataulfo Alves, na interpretação de Gilberto Milfont e As Gatas.

Boêmio até o fim da vida, nos seus últimos anos trabalhou como fiscal da UBC (União Brasileira de Compositores), entidade que ajudou a criar. Foi enterrado na tumba da UBC, no Cemitério do Catumbi.



Existem inúmeras músicas de autoria do Wilson, algumas delas se encontram na listagem abaixo:
  • A carta, (com José Batista), Samba gravado em 1953 na Todaamérica
  • A mão do Alcides, (com Ferreira Gomes e Bruno Gomes), Marcha gravada em 1953 na Continental
  • A mulher que eu gosto, (com Ciro de Souza), Samba gravado em 1941 na Victor
  • A respeito de amor, (com Arnô Canegal), Samba gravado em 1939 na Victor
  • A voz do sangue, (com Valfrido Silva), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • Abgail, (com Orestes Barbosa), Samba gravado em 1947 na Odeon
  • Acertei no milhar, (com Geraldo Pereira), Samba-choro gravado em 1940 na Victor
  • Ai, ai, que pena, (com Davi Nasser), Samba gravado em 1942 na Odeon
  • Ai, Ari, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1948 na Continental
  • Apaguei o nome dela, (com Haroldo Lobo e Jorge de Castro), Samba gravada em 1944 na Continental
  • Argentina, (com Newton Teixeira), Marcha gravada em 1946 na Odeon
  • As pupilas do Senhor Bocage, (com Arnaldo Paes), Marcha gravada em 1939 na Columbia
  • Balazaqueana, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1949 na Continental
  • Balzaqueana, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1956 na Sinter
  • Benedito não é de briga, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1945 na Odeon
  • Bonde São Januário, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Botões de Laranjeira, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Brigamos outra vez, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Cabelo branco, (com Orestes Barbosa), Samba gravado em 1945 na RCA Victor
  • Cabo Laurindo, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1945 na Continental
  • Cansei de chorar, Choro gravado em 1937 na Columbia
  • Canta..., Samba gravado em 1937 na Columbia
  • Carta verde, (com Valfrido Silva e Armando Lima), Samba gravado em 1940 na Columbia
  • Casinha pequena, (com Murilo Caldas), Marcha gravada em 1939 na Victor
  • Chico Viola, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1952 na RCA Victor
  • Chinelo velho, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Cidade de São Sebastião, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • Cocktail de 44, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1944 na Odeon
  • Com açúcar, (com Darci de Oliveira), Batucada gravada em 1940 na Victor
  • Comício em Mangueira, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1945 na RCA Victor
  • Como se faz uma cuíca, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1944 na Victor
  • Complexo, (com Magno Oliveira), Samba gravado em 1949 na Todaamérica
  • Cosme e Damião, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1953 na Copacabana
  • Cowboy do amor, (com Roberto Martins), Marcha gravada em 1940 na Columbia
  • Datilógrafa, (com Jorge Faraj), Samba gravado em 1953 na RCA Victor
  • Depois da discussão, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Derrota, (com José Batista), Samba gravado em 1951 na RCA Victor
  • Desacato, (com Murilo Caldas e P. Vieira), Samba gravado em 1933 na Odeon
  • Desacato, (com Murilo Caldas), Samba gravado em1955 na Odeon
  • Deus no Céu e ela na Terra, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Dia dos meninos, (com Jorge de Castro), Samba gravado na POPULAR em data indefinida
  • Diagnóstico, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Dolores Sierra, (com Jorge de Castro), Samba-canção gravado em 1956 na RCA Victor
  • Duas janelas, (com Jorge Faraj), Samba gravado em 1942 na Victor
  • É mato, (com Alvaiade), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • E o 56 não veio, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1943 na Continental
  • É tudo meu, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1943 na Continental
  • Ela é, (com Claudionor Cruz), Samba gravado em 1939 na Odeon
  • Elza, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1945 na Continental
  • Emília, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1941 na Continental
  • Essa mulher tem qualquer coisa na cabeça, (com Cristóvão de Alencar), Samba gravado em 1942 na Victor
  • Essa vida não é sopa, (com Haroldo Lobo), Marcha gravada em 1941 na Victor
  • Esta noite eu tive um sonho, (com Moreira da Silva), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Estás no meu caderno, (com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), Samba gravado em 1934 na Victor
  • Eu e o mar, (com José Batista), Samba-canção gravado em 1960 na Albatroz
  • Eu lhe avisei, (com Alberto Jesus), Samba gravado em 1954 na Columbia
  • Eu não sou daqui, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Eu também sou Batista, (com José Batista), Marcha gravada em 1949 na Continental
  • Eu vivo sem destino, (com Osvaldo Santiago e Sílvio Caldas), Samba gravado em 1933 na Victor
  • Fala baiano, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1943 na Continental
  • Faz um homem enlouquecer, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Filomena, cadê o meu?, (com Antônio Almeida), Samba gravado em 1949 na RCA Victor
  • Flor da Lapa, (com César Brasil), Samba-canção gravado em 1952 na Sinter
  • Formosa argentina, (com Geraldo Augusto), Marcha gravada em 1939 na Victor
  • Ganha-se pouco mas é divertido, (com Ciro de Souza), Choro gravado em 1941 na Victor
  • Garota dos discos, (com Afonso Teixeira), Samba gravado em 1952 na RCA Victor
  • Gaúcho bom, (com Roberto Martins), Marcha gravada em 1941 na Odeon
  • Gênio mau, (com Rubens Soares), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Gostei de você, (com Arlindo Marques Junior), Samba gravado em 1946 na Odeon
  • Gosto mais do Salgueiro, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Greve de alegria, (com Roberto Roberti e Arlindo Marques Júnior), Samba gravado em 1954 na Odeon
  • Grito das selvas, (com Augusto Garcez), Marcha gravada em 1940 Victor
  • Guiomar, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1944 na Odeon
  • Hilda, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1945 na Continental
  • Hildebrando, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1941 na Victor
  • História da Favela, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1953 na Continental
  • História da Lapa, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1957 na RCA Victor
  • História de criança, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Inimigo do batente, (com Germano Augusto), Samba gravado em 1939 na Odeon
  • Inocente, (com Marcleo e Brazinha), Samba gravado em 1954 na Todaamérica
  • Lá vem Mangueira, (com Haroldo Lobo e Jorge de Castro), Batucada gravada em 1943 na Continental
  • Lá vem o Ipanema, (com Arlindo Marques, Marina Batista e Roberto Roberti), Samba gravado em 1947 na Continental
  • Ladrão de corações, (com Valfrido Silva), Marcha gravada em 1933 na Odeon
  • Largo da Lapa, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1942 na RCA Victor
  • Lavei as mãos, (com Marino Pinto), Samba gravada em 1944 na Continental
  • Lealdade, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1942 na Columbia
  • Lenço no pescoço, Samba gravado em 1933 na Victor
  • Louco (Ela é seu mundo), (com Henrique de Almeida), Samba gravado em 1946 na Odeon
  • Louco, (com Antônio Almeida), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Mal agradecida, (com Bucy Moreira), Samba gravado em 1948 na Odeon
  • Mania da falecida, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1939 na Victor
  • Marcha da fofoca, (com Jorge de Castro), Marcha gravada em 1957 na RCA Victor
  • Marcha das fãs, (com Jorge de Castro), Marcha gravada em 1956 na Copacabana
  • Marcha do J. J., (com Jorge Goulart), Marcha gravada em 1955 na Continental
  • Margarida, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1945 na Odeon
  • Mariposa, (com João da Bahiana), Marcha gravada em 1940 na Victor
  • Martírio, (com Arlindo Marques Junior e Roberto Roberti), Samba gravado em 1953 na Todaamérica
  • Matéria plástico, (com Jair Amorim), Marcha gravada em 1952 na RCA Victor
  • Meia noite, (com José Batista e Brazinha), Marcha gravada em 1953 na Todaamérica
  • Memórias de um torcedor, (com Geraldo Gomes), Samba gravado em 1946 na Odeon
  • Mercador, (com Ari Monteiro), Marcha gravada em 1952 na RCA Victor
  • Meu drama, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1951 na Continental
  • Meu último cigarro, Samba gravado em 1937 na Columbia
  • Meus vinte anos, (com Sílvio Caldas), Samba gravado em 1942 na RCA Victor
  • Minha linda hindu, (com Antonio Nássara), Marcha gravada em 1952 na RCA Victor
  • Miss Brasil, (com Jorge de Castro e Américo Seixas), Marcha gravada em 1954 na Todaamérica
  • Miss Mangueira, (com Antônio Almeida), Samba gravado em 1949 na Continental
  • Mulato calado, (com Benjamin Batista e Marina Batista), Samba gravado em 1947 na Odeon
  • Mundo de Madeira, (com Jorge de Castro), Samba gravado em1955 na Odeon
  • Mundo de zinco, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1951 na Continental
  • Mundo de zinco, (com Antonio Nássara), Samba gravado em 1956 na Sinter
  • Na estrada da vida, Samba gravado em 1933 na Victor
  • Não devemos brigar, Samba gravado na Columbia em data indefinida
  • Não durmo em paz, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1936 na Odeon
  • Não era assim, (com Haroldo Lobo), Samba gravada em 1944 na Continental
  • Não sei dar adeus, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1939 na Odeon
  • Não sou Manoel, (com Roberto Martins), Marcha gravada em 1945 na Odeon
  • Não tenho juízo, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1944 na Odeon
  • N-A-O Til, Não, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • Nega Luzia, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1956 na Todaamérica
  • No boteco do José, (com Augusto Garcez), Marcha gravada em 1945 na RCA Victor
  • No mundo da Lua, (com José Gonçalves), Samba gravado em 1942 na Columbia
  • Nossa Senhora das Graças, (com Jorge de Castro), Samba-canção gravado em 1956 na RCA Victor
  • Nosso presidente continua, (com Haroldo Lobo), Samba gravada em 1944 na Continental
  • O Alberto bronqueou, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1945 na Odeon
  • O Bonde São Januário, (com Ataulfo Alves), Fox gravado em 1941 na Victor
  • O cinzeiro de Zazá, (com Antonio Nássara), Marcha gravada em 1953 na Continental
  • O gato e o rato, (com Arnô Canegal e Augusto Garcez), Marcha gravada em 1939 na Victor
  • O Juca do Pandeiro, (com Augusto Garcez), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • O princípio do fim, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1943 na Continental
  • Ó Seu Oscar, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1939 na Victor
  • Oh Dona Inês, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Olho nela, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Olhos vermelhos, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1951 na RCA Victor
  • Outras mulheres, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1945 na RCA Victor
  • Papai não vai, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Parabéns para você, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1945 na Odeon
  • Pausa para meditação, (com Américo Seixas), Samba-canção gravado em 1949 na Continental
  • Pedreiro Waldemar, (com Roberto Martins), Marcha gravada em 1948 na Continental
  • Perdi meu caminho, Samba gravado em 1937 na Columbia
  • Pombinha branca, (com Antonio Nássara), Marcha gravada em 1951 na RCA Victor
  • Por favor vá embora, (com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), Samba gravado em 1932 na Victor
  • Prece ao sol, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1958 na RCA Victor
  • Preconceito, (com Marino Pinto), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Quando dei adeus, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1939 na Victor
  • Que papagaio sou eu, (com Henrique de Almeida), Samba gravado em 1945 na Continental
  • Quero um samba, (com Valdemar Gomes), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Raiando, (com Murilo Caldas), Samba gravado em 1935 na Victor
  • Refletindo bem, (com J. Cascata), Samba gravado em 1939 na Victor
  • Rosalina, (com Haroldo Lobo), Samba gravado em 1944 na Continental
  • Sapoti, (com José Batista e Marina Batista), Samba gravado em 1947 na RCA Victor
  • Se fosse minha, (com Marino Pinto), Valsa gravada em 1949 na Odeon
  • Se não fosse eu, (com Haroldo Lobo e Jorge de Castro), Samba gravado em 1943 na Odeon
  • Se u fosse rei, (com Benjamin Batista e Marina Batista), Samba gravado em 1947 na Continental
  • Senhor do Bonfim te enganou, (com Claudionor Cruz e Pedro Caetano), Samba gravado em 1939 na Odeon
  • Senhor do Corcovado, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • Será?, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1939 na Odeon
  • Sereia de Copacabana, (com Antonio Nássara), Marcha gravada em 1951 na Continental
  • Sistema nervoso, (com Roberto Roberti e Arlindo Marques Júnior), Samba gravado em 1953 na Todaamérica
  • Suplício, (com Nóbrega de Macedo e Brazinha), Samba gravado em 1953 na RCA Victor
  • Tá maluca, (com Geraldo Augusto), Samba gravado em 1940 na Victor
  • Tá na cara, (com Carlos Alberto), Marcha gravada em 1953 na Sinter
  • Taberna, (com Cícero Nunes), Samba gravado em 1949 na Continental
  • Terra boa, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1942 na Victor
  • Teu riso tem, (com Roberto Martins), Samba gravado em 1937 na Odeon
  • Tião, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1956 na Copacabana
  • Tortura mental, (com Jorge de Castro), Samba balada gravado em 1954 na RCA Victor
  • Um baile na chacrinha, (com Benjamin Batista e Marina Batista), Marcha gravada em 1947 na RCA Victor
  • Um pedaço de mim, (com Custódio Mesquita), Samba gravado em 1941 na Odeon
  • Uma casa brasileira, (com Everaldo de Barros), Marcha gravada em 1953 na Todaamérica
  • Vale mais, (com Marino Pinto), Marcha gravada em 1939 na Victor
  • Velho marinho, (com Alberto Ribeiro), Samba-canção gravado em 1951 na Todaamérica
  • Vem amor, (com Alvaiade), Marcha gravada em 1941 na Odeon
  • Vinte e cinco anos, (com Cristóvão de Alencar), Samba gravado em 1940 na Odeon
  • Virou... virou, (com Roberto Martins), Batucada gravada em 1941 na Victor
  • Você é meu xodó, (com Ataulfo Alves), Samba gravado em 1941 na Victor
  • Você já foi a São Paulo?, (com Jorge de Castro), Samba gravado em 1944 na Continental
  • Volúvel, (com César Brasil), Samba gravado em 1953 na Sinter
  • Vou pra Goiás, (com Antonio Nássara e Jorge de Castro), Samba gravado em 1956 na RCA Victor
 


FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilson_Batista

http://www.dicionariompb.com.br/wilson-batista

http://ims.uol.com.br/Radio/D609


Augusto Garcez


Augusto Garcez é um compositor de música popular brasileira.

Em 1938, Carlos Galhardo gravou pela Victor a batucada "Mania de quem ama", de Augusto Garcez em parceria com Jorge Faraj.

Em dezembro de 1939, o mesmo cantor gravou , pela RCA Victor, "Gargalhei" (de Augusto Garcez c/ Henrique de Almeida e Arnô Canegal).

Nesse mesmo ano, sua parceria com Wilson Batista e Arnô Canegal, a marchinha carnavalesca "O gato e o rato", foi gravada pela cantora Odete Amaral, pela RCA Victor.


Em 1941 e 1943 foram gravadas duas parcerias com Wilson Batista: "Grito das selvas" e "O Juca do Pandeiro", respectivamente.

Neste mesmo ano de 1943, Cyro Monteiro gravou de autoria de Augusto Garcez: "Apresenta-me àquela mulher" (c/ Nelson Cavaquinho e Gustavo de Oliveira) e "Não te dói a consciência? " (c/ Nelson Cavaquinho e Ary Monteiro).



Em 1945 Augusto Garcez compôs com Cyro de Souza "Beijo na boca", logo gravado por Ciro Monteiro Neste ano de 1945, o mesmo cantor (Cyro Monteiro) gravou "Aquele bilhetinho" (c/ Nelson Cavaquinho e Arnô Canegal) e no ano seguinte, em 1946, Cyro Monteiro interpretou "Rugas" (c/ Nelson Cavaquinho e Ary Monteiro), todas pela gravadora RCA Victor.



Ainda em 1946, "No boteco do José", parceria com Wilson Batista, uma brincadeira com a torcida do Vasco da Gama (time de futebol carioca), foi gravado por Linda Batista, alcançando sucesso naquele carnaval.


Em 1957 Roberto Silva registrou em seu LP "Descendo o morro número 3" a música "Aquele bilhetinho", parceria de Augusto Garcez, Arnô Canegal e Nelson Silva, nome aliás, com o qual Nelson Cavaquinho (então estreante) assinava na época.

No ano de 1968, Paulinho da Viola interpretou "Não te dói a consciência" em LP pela gravadora Odeon.


Em 1983, o samba "Acabou a sopa", com Geraldo Pereira foi incluído no disco "Geraldo Pereira - Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto" no qual a dupla Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto interpretaram obras do sambista Geraldo Pereira em LP lançado pela Funarte.



Na década de 1990 Leny Andrade incluiu "Rugas" e "Não te dói a consciência" no CD "Luz Negra - Nelson Cavaquinho por Leny Andrade", lançado pela gravadora Velas.

Em 2001, Beth Carvalho incluiu "Rugas" e "Não te dói a consciência" no CD "Nome Sagrado - Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho", pela gravadora Jam Music.


Ainda em 2001, Nelson Sargento, Soraya Ravenle e grupo Galo Preto apresentaram no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, o show O Dono das Calçadas, em homenagem a Nelson Cavaquinho, lançado em CD no ano seguinte, trazendo, entre outras, "Rugas".


FONTE

http://www.dicionariompb.com.br/augusto-garcez/dados-artisticos

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Linda Batista


Florinda Grandino de Oliveira (São Paulo, 14 de junho de 1919 — 17 de abril de 1988), mais conhecida como Linda Batista, foi uma cantora e compositora brasileira. Era filha de Batista Júnior e irmã de Dircinha Batista.

Começou sua carreira acompanhando sua irmã mais nova ao violão durante suas apresentações. Em 1936, teve que substituir a irmã no programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, obtendo boa aceitação do público. Também naquele ano, participou, ao lado de Dircinha, do filme Alô, Alô, Carnaval.

Linda precisou de apenas um ano para se consagrar como cantora. Em 1937, foi a primeira cantora a ser eleita Rainha do Rádio, título que manteve por onze anos consecutivos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Pouco depois, como contratada da então nova Rádio Nacional, fez uma excursão de grande sucesso no Norte e Nordeste que durou seis meses, começando por Recife/PE. Ali, apresentou-se no Teatro Santa Isabel, cantando músicas de Capiba acompanhada da Jazz-Band Acadêmica.


Sucessos
  • A pátria está te chamando, Grande Otelo (1943)
  • Amor passageiro, Jorge Abdalla e Zé Kéti (1952)
  • Bis, maestro, bis!, Cristóvão de Alencar e J. Maia (1940)
  • Bambu, Fernando Lobo e Manezinho Araújo (1951)
  • Batuque no morro, Russo do Pandeiro e Sá Róris (1941)
  • Bom dia, Aldo Cabral e Herivelto Martins - c/as Três Marias (1942)
  • Calúnia, Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos (1958)
  • Chico Viola, Nássara e Wilson Batista - c/Trio Madrigal (1953)
  • Coitado do Edgar, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1945)
  • Criado com vó, Marambá (1946)
  • Da Central a Belém, Chiquinho Sales (1943)
  • Dona Divergência, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1951)
  • Enlouqueci, João Sales, Luiz Soberano e Valdomiro Pereira (1948)
  • Eu fui à Europa, Chiquinho Sales (1941)
  • Foi assim, Lupicínio Rodrigues (1952)
  • Levou fermento, Monsueto (1956)
  • Madalena, Ary Macedo e Ayrton Amorim (1951)
  • Marcha do paredão, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1961)
  • Me deixa em paz, Ayrton Amorim e Monsueto (1952)
  • Meu pecado, não, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1953)
  • Migalhas, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1950)
  • Nega maluca, Ewaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
  • No boteco do José, Augusto Garcez e Wilson Batista (1945)
  • O maior samba do mundo, David Nasser e Herivelto Martins - c/Nelson Gonçalves (1958)
  • Ó abre alas!, Chiquinha Gonzaga - c/Dircinha Batista (1971)
  • Palavra de honra, Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes (1955)
  • Prece de um sambista, Billy Blanco (1952)
  • Quem gosta de passado é museu, de sua autoria e Jorge de Castro (1964)
  • Quero morrer no carnaval, Luiz Antônio e Eurico Campos (1961)
  • Risque, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
  • Stanislau Ponte Preta, Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo (1959)
  • Trapo de gente, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
  • Tudo é Brasil, Sá Róris e Vicente Paiva (1941)
  • Valsinha do Turi-turé, Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy (1945)
  • Vingança, Lupicínio Rodrigues (1951)
  • Volta, Lupicínio Rodrigues (1957)
Filmografia
  • Alô, Alô, Carnaval (1936)
  • Maridinho de Luxo (1938)
  • Banana da Terra (1939)
  • Céu Azul (1940)
  • Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)
  • Samba em Berlim (1943)
  • Abacaxi Azul (1944)
  • Berlim na Batucada (1944)
  • Não Adianta Chorar (1945)
  • Caídos do Céu (1946)
  • Não Me Digas Adeus (1947)
  • Folias Cariocas (1948)
  • Esta É Fina (1948)
  • Fogo na Canjica (1948)
  • Pra Lá de Boa (1949)
  • Eu Quero É Movimento (1949)
  • Um Beijo Roubado (1950)
  • Agüenta Firme, Isidoro (1951)
  • Tudo Azul (1952)
  • Está com Tudo (1952)
  • É Fogo na Roupa (1952)
  • Carnaval em Caxias (1954)
  • O Petróleo É Nosso (1954)
  • Carnaval em Marte (1955)
  • Tira a Mão Daí (1956)
  • Depois Eu Conto (1956)
  • Metido a Bacana (1957)
  • É de Chuá (1958)
  • Mulheres à Vista (1959)
  • Virou Bagunça (1960)



Cantora. Compositora.

Filha do humorista e ventríloquo João Baptista Júnior e de Emília Grandino de Oliveira, de tradicional família paulista. Nasceu no bairro paulistano de Higienópolis. Na verdade, seus pais já moravam no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas a avó materna, Dona Florinda fazia questão que todos os seus netos nascessem em sua casa. Foi lá que nasceram Odete (sua irmã mais velha), ela (que recebeu o nome da avó) e Dircinha (a caçula).

O pai, que era capaz de imitar 22 vozes sem abrir os lábios, resolveu ir para o Rio de Janeiro, já que na capital federal encontraria mais perspectivas de trabalho. Tratou de educar as filhas nos melhores colégios. A pequena Florinda fez seu curso primário no tradicional Colégio Sion.

Aos 10 anos, já estudava violão com Patrício Teixeira e, nessa época, compôs sua primeira música intitulada "Tão sozinha". Ainda menina, costumava ser levada pela empregada da família à gafieira "Corbeille de Flores", que ficava perto de sua casa. Concluiu o ginásio no Colégio São Marcelo e, em seguida, iniciou cursos de contabilidade e de corte e costura.

Em 1937, casou-se com Paulo Bandeira, mas separou-se poucos meses depois. Tinha uma personalidade carismática, temperamental e excêntrica. Seu pai faleceu em 1943, o que provocou um pequeno interrompimento em sua carreira.

Em 1959, recebeu da UBC e da Sbacem o troféu Noel Rosa. Na década de 1960, começou a afastar-se embora muito sutilmente da vida artística. Nos anos 1980, parou de trabalhar, recolhendo-se à companhia das irmãs, em seu apartamento no bairro carioca de Copacabana, o último bem imóvel que lhes restou. No fim da vida, passaram por dificuldades financeiras, tendo sido auxiliadas pelo cantor e fã José Ricardo.


Foi, depois de Carmen Miranda, uma das primeiras estrelas de grande popularidade em todo o Brasil. Ao fim da chamada Época de Ouro era difícil encontrar quem não ouvisse seus programas de rádio. Recebeu inúmeros títulos com Rainha do Rádio, Estrela do Brasil, Nosso Patrimônio Nacional, Sambista nº 1 da Belacap, entre outros. Foi amiga dos Presidentes Vargas, Juscelino e Jango e, admirada por personalidades internacionais como Sablon, Orson Welles, a estilista Schiaparelli, entre outros.

Começou sua carreira artística muito cedo, assim como a irmã, Dircinha Batista, três anos mais nova que ela. Aos 13 anos já acompanhava ao violão a irmã Dircinha em apresentações na Rádio Cajuti. Já eram conhecidas como as Irmãs Batista, pois resolveram adotar o sobrenome do pai.


Em 1936, por causa de um atraso da irmã, teve que substituí-la cantando no programa de Francisco Alves, na Rádio Cajuti. Na ocasião interpretou "Malandro", de Claudionor Cruz, iniciando uma carreira de muito sucesso. Soube depois que o "atraso" havia sido combinado entre seu pai e Francisco Alves, pois este a queria cantando em seu programa e ela era muito tímida para cantar. Logo depois, foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Na mesma época, fez uma excursão de grande repercussão ao Nordeste.

Em 1937, foi eleita a primeira Rainha do Rádio, título que manteve por 11 anos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, um barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Logo depois, viajou pelo Norte e Nordeste do país, numa excursão de 6 meses, que começou no Recife, no Teatro Santa Izabel, onde interpretou músicas do pernambucano Capiba com a companhamento da Jazz-Band Acadêmica. No mesmo ano, atuou no filme "Maridinho de luxo", de Luís de Barros, na Cinédia e foi contratada pela Odeon.


Em 1938, transformou-se na principal "crooner" da Orquestra de Kolman, no Cassino da Urca. Ainda em 1938, inaugurou o Cassino da Ilha Porchat, em São Vicente, no litoral de São Paulo, com o maior salário pago até então a uma cantora brasileira. Quando retornou ao Rio, recebeu o slogan de "A Maioral do Samba". Seu estilo de estrela, provocava cenas antológicas. Costumava chegar na Rádio Nacional em um sofisticado carro importado, vestida com casacos de pele e ostentando jóias caras, o que causava grande repercussão na imprensa.

No mesmo ano, atuou no filme "Banana da terra", escrito por João de Barro com produção de Wallace Downey, ao lado de Carmen Miranda, Almirante, Dircinha Batista e outros astros. Gravou, pela Odeon o primeiro disco em dupla com Fernando Alvarez interpretando duas rumbas: "Churrasco" e "Chimarrão", a primeira de Djalma Esteves e Augusto Garcez e a segunda de Djalma Esteves. Seu nome, no entanto, não consta no selo do disco e nem na discografia em 78 rpm.

Em 1939, voltou a atuar no Cassino da Urca como atração principal, lançando músicas compostas exclusivamente para ela por Chiquinho Sales, como "A vida é isso"; "Eu fui à Europa" e "Eu quero é gaita", permanecendo como artista daquela casa até 1946, quando o cassino fechou. Também em 1939, lançou pela Odeon, cantando em dueto com Fernando Alvarez a marcha "Oitava maravilha", de sua autoria.


Em 1940, gravou na Odeon seu primeiro disco solo, cantando a marcha "Macaco quer banana", de J. Piedade e Sá Róris e o samba "Abre a porta", de Raul Marques e César Brasil. No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos o samba "Bis maestro, bis", de Cristóvão de Alencar e J. Maia. Ainda no mesmo ano, foi contratada pela Victor gravadora onde permaneceu por 20 anos e na qual estreou com a marcha conga "Passei na ponte", de Ary Barroso e o samba "Renda nova", de Juraci Araújo e Gomes Filho, com acompanhamento de Louis Cole e Sua Orquestra do Cassino Atlântico.


Em 1941, gravou a marcha "História de Adão e Eva", de Nelson Teixeira e Antônio Barreto e o samba "Dança mas não encosta", de Raul Marques e Roberto Roberti. No mesmo ano, fez grande sucesso com a valsa "Tudo é Brasil", de Vicente Paiva e Sá Róris e "Batuque no morro", de Russo do Pandeiro e Sá Róris. Excursionou ainda a Buenos Aires na Argentina. Também no mesmo ano, gravou os sambas-choro "Eu fui à Europa", de Chiquinho Sales e sucesso no Cassino da Urca e "Meu bamba", de Chiquinho Sales e Luiz Peixoto, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu dirigido pelo maestro Pixinguinha.

Em 1942, gravou com acompanhamento de Luiz Americano e seu regional os sambas "Quarta-feira, 17", de Russo do Pandeiro e Ari K. Silva e "De sol a sol", de Alvaiade e Ari Monteiro; a batucada "Olha a onda", de Ubirajara Nesdan e Artur Vargas, e a "Marchinha do pintor", de Nássara e Roberto Martins.


Nesse mesmo ano, fez nova excursão à Buenos Aires. Também no mesmo ano, gravou os sambas "Folga nego" e "O índio, o sarará e o português", de Vicente Paiva e Luiz Peixoto com acompanhamento de Vicente Paiva e Sua Orquestra do Cassino da Urca e "Desperta Brasil", de Grande Otelo e "Vitória amarga", de Popeye do Pandeiro e Grande Otelo com Luiz Americano e seu regional nos acompanhamentos.

Gravou ainda com As Três Marias os sambas "Bom dia", de Herivelto Martins e Aldo Cabral e "Aula de música", de Haroldo Barbosa e Herivelto Martins. Seu sucesso no rádio e no disco, acabou por levá-la à presença do Presidente Vargas nos anos 1940. A partir de então, iniciou-se uma admiração mútua entre os dois, sempre citada com orgulho pela cantora.


Em 1943, deixou a Rádio Nacional e foi para a Rádio Tupi recebendo 10 contos por mês, um salário altíssimo para a época. No mesmo ano, gravou os sambas "Para de gritar", de Herivelto Martins e "Grande prêmio", de Marília e Henrique Batista com acompanhamento dos Diabos do Céu. Por essa época, com grande prestígio popular emprestou sua imagem à mobilização patriótica naqueles tempos de guerra cantando músicas como o samba "A pátria está te chamando", de Grande Otelo com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu regional. Apresentou-se na época, no Norte e Nordeste do país para tropas brasileiras e americanas lá aquarteladas no "Show da vitória", com orientação de Ary Barroso e direção de Teófilo de Barros com elenco que contava, entre outros, com Dorival Caymmi e o Trio de Ouro.


Em 1944, para o carnaval lançou a marcha "Clube dos barrigudos", de Cristóvão de Alencar e Haroldo Lobo, gravada em dezembro do ano anterior. Também em 1944, gravou o samba "Os direitos são iguais" e a marcha "São João do Barro Preto", de Grande Otelo e o samba "Terra de Ioiô", de Russo do Pandeiro e Ari Monteiro. No mesmo ano, gravou os sambas "Mulata brasileira", de Custódio Mesquita e Joracy Camargo e "Donde é que você é?", de Ari Monteiro e Arnô Canegal.


Em 1945, lançou o samba "Coitado do Edgar", que foi um dos sucessos do ano e a marcha "A cobra está fumando", uma homenagem à FEB, Força Expedicionária Brasileira, ambas da dupla Benedito Lacerda e Haroldo Lobo. No mesmo ano, fez sucesso no carnaval com a marcha "No boteco do José", de Wilson Batista e Augusto Garcez e excursionou com sucesso pelo Brasil apresentando-se em diversas capitais.

Em 1946, participou do filme "Caídos do céu", de Luís de Barros na Cinédia. No mesmo ano, gravou os sambas "Assobia um samba", de Ary Barroso; "Você sempre me dizia", de sua autoria e "Ranchinho abandonado", de Norberto Martins e Pacheco Silva, entre outras composições.

Em 1947, gravou a batucada "Pobre vive de teimoso", de Ciro de Sousa e Jorge de Castro; o choro "Mulato doce", de Jaime Silva e José Luiz e o samba "Língua não tem osso", de César Brasil e Haroldo Torres, entre outras. No mesmo ano, assinou contrato com a boate Vogue onde permaneceu por cinco anos. Ainda no mesmo ano, viajou com a irmã Dircinha ao Ceará para a inauguração da Ceará Rádio Clube, fazendo apresentações no Teatro José de Alencar.

Atuou também no Teatro Santa Izabel e na Rádio Clube de Pernambuco. No ano seguinte, gravou da dupla Haroldo Lobo e David Nasser a marcha "Por trás" e o samba "Entregue o apito ao Vavá". Participou ainda do filme "Esta é fina", juntamente com Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves e outros.

Em 1950, gravou com sucesso o samba "Nega maluca", de Fernando Lobo e Evaldo Rui. Gravou também a marcha "A mão de pixe", de Donga e J. Piedade e fez seu primeiro registro de uma composição de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Migalhas", parceria com Felisberto Martins. Ainda no mesmo ano, gravou o samba "O Brasil há de ganhar", de Ary Barroso alusivo à Copa do Mundo realizada naquele ano no Brasil.


Em 1951, gravou o coco "Bambu", de Manezinho Araújo e Fernando Lobo e o samba "Ó de penacho", de Manezinho Araújo e Armando Cavancânti. No mesmo ano, retornou para a Rádio Nacional onde apresentou seu próprio programa intitulado "Coisinha Linda". Também no mesmo ano, viajou para uma temporada de 4 dias em Portugal que se transformou em temporada de 20 dias devido ao sucesso alcançado. Foi convidada pelo gerente da boate Vogue de Paris para cinco apresentações. Apresentou-se ainda no Carrol's e no programa Henri Salvador na TV francesa. Seu sucesso foi tamanho que foi convidada para se apresentar no Open Gate, de Roma, capital italiana, onde ficou por um mês e meio. Retornou ainda à Paris onde apresentou-se em mais dois programas de TV antes de retornar ao Brasil. Ainda no mesmo ano, atuou no filme "Agüenta firme, Isidoro", da Cinédia. Também em 1951, conheceu um de seus maiores sucessos com o samba-canção "Vingança", de Lupicínio Rodrigues.

Em 1952, gravou com Trio Madrigal o samba "Chico Viola", de Nássara e Wilson Batista, homenagem ao cantor Francisco Alves, falecido em acidente automobilístico naquele ano. Ainda no mesmo ano, atuou nos filmes "Tudo azul", de Moacir Fenelon; "Está com tudo", de Luís de Barros e "É fogo na roupa", de Watson Macedo.

Em 1953, gravou os sambas "Trapo de gente" e "Risque", de Ary Barroso. Gravou também com Ataulfo Alves, o samba "Balança, mas não cai", de Ataulfo Alves. No mesmo ano, gravou com a irmã Dircinha os sambas "Carro de boi", de Capiba e "Nossa homenagem", de sua autoria e Henrique Beltrão. Do compositor pernambucano Capiba, gravou ainda no mesmo ano o samba canção "Última carta" e o samba-choro "Subúrbio triste".

Em 1954 gravou a "Marcha da penicilina" e o samba "Graças a Deus", da dupla Klécius Caldas e Armando Cavalcânti. No mesmo ano, participou dos filmes "Carnaval em Caxias", de Paulo Wanderley, da Fama-Atlântida e "O petróleo é nosso", de Watson Macedo. Ainda no mesmo ano, gravou com Nelson Gonçalves os sambas " Fume um cigarro", de David Raw e Victor Simon e "Fumei", de sua autoria.


Em 1955, saiu da Rádio Nacional e ingressou na Rádio Mayrink Veiga. No mesmo ano, gravou os sambas "Palavra de honra", de Carolina Cardoso de Menezes e Armando Fernandes e "Prefiro ele", de René Bittencourt. Também no mesmo ano, participou do filme "Carnaval em Marte", de Watson Macedo.

Em 1956, atuou nos filmes "Depois eu conto", de Watson Macedo e "Tira a mão daí", de J. Rui, da Flama-Unida. No mesmo ano, gravou a "Marcha do resfriado", de Klécius Caldas, Armando Cavalcânti e Brasinha e ingressou na Rádio Tupi com o fabuloso salário de 60.000 cruzeiros mensais.

Em 1957, gravou outro clássico de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Volta". No mesmo ano, fez excursão ao Uruguai e participou do filme "Metido a bacana", de J. B. Tanko, da Cinedistri-Sino.

Em 1958, registrou os sambas "O gemido da saudade", de Monsueto Menezes e José Batista; "Qual é o caso", de Jorge de Castro e Erasmo Silva e "O morro está doente", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães.

No mesmo ano, atuou no filme "É de chuá", de Vítor Lima, da Cinedistri-Sino e fez nova excursão ao Uruguai. Lançou também o LP "Linda Batista", interpretando entre outras, "Zé do morro", de Herivelto Martins e David Nasser; "Feijoada completa", de Oswaldo França e Mary Monteiro e "Conselho", de Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos.

No ano seguinte, apresentou-se na Argentina e participou do filme "Mulheres à vista", de Herbert Richers. Ainda em 1959, retornou para a Rádio Nacional além de receber da UBC e SBACEM, o prêmio Noel Rosa dado artistas que tivessem gravado apenas música nacional. No mesmo ano, gravou o choro "Stanislau Ponte Preta", de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho e o samba "O maior samba do mundo", de Herivelto Martins e David Nasser.

Em 1960, obteve grande sucesso no espetáculo "Varieties, 1960" apresentado por Carlos Machado na boate "Night and day". No mesmo ano, gravou a marcha "Vai que é mole" e o samba "Não precisas bater", de Mário Lago e Castelo.


Em 1961, fez sucesso no carnaval com o samba "Quero morrer no carnaval", de Luiz Antônio e Eurico Campos. O outro lado do disco, trazia a marcha "Olha a italiana" de sua autoria, naquele que foi seu último disco na RCA Victor. No mesmo ano, transferiu-se para a Chantecler onde estreou com o samba "Naná", de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Rutinaldo.

Em 1963, assinou com a Mocambo e lançou os sambas "Olho grande", de João de Oliveira e Oldemar Magalhães e "Pagar pra ver", de Armando Cavalcânti e Ivo Santos.

Em 1964, obteve algum sucesso no carnaval com o samba "Quem gosta de passado é museu", de sua parceria com Jorge de Castro. Participou de programas de televisão, mas foi aos poucos se afastando da vida artística entrando em depressão enquanto a fortuna pessoal acumulada se esvaía.

Em, 1998, o musical intitulado "Somos irmãs", de Sandra Werneck foi encenado no CCBB, no Rio de Janeiro, revivendo a vida, o sucesso e a decadência das irmãs Batista. A montagem, dirigida por Ney Matogrosso, ainda percorreu o Brasil em várias apresentações, sempre com êxito de público e de crítica.


FONTE