Florinda Grandino de Oliveira (São Paulo, 14 de junho de 1919 — 17 de abril de 1988), mais conhecida como Linda Batista, foi uma cantora e compositora brasileira. Era filha de Batista Júnior e irmã de Dircinha Batista.
Começou sua carreira acompanhando sua irmã mais nova ao violão durante suas apresentações. Em 1936, teve que substituir a irmã no programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, obtendo boa aceitação do público. Também naquele ano, participou, ao lado de Dircinha, do filme Alô, Alô, Carnaval.
Linda precisou de apenas um ano para se consagrar como cantora. Em 1937, foi a primeira cantora a ser eleita Rainha do Rádio, título que manteve por onze anos consecutivos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Pouco depois, como contratada da então nova Rádio Nacional, fez uma excursão de grande sucesso no Norte e Nordeste que durou seis meses, começando por Recife/PE. Ali, apresentou-se no Teatro Santa Isabel, cantando músicas de Capiba acompanhada da Jazz-Band Acadêmica.
Sucessos
- A pátria está te chamando, Grande Otelo (1943)
- Amor passageiro, Jorge Abdalla e Zé Kéti (1952)
- Bis, maestro, bis!, Cristóvão de Alencar e J. Maia (1940)
- Bambu, Fernando Lobo e Manezinho Araújo (1951)
- Batuque no morro, Russo do Pandeiro e Sá Róris (1941)
- Bom dia, Aldo Cabral e Herivelto Martins - c/as Três Marias (1942)
- Calúnia, Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos (1958)
- Chico Viola, Nássara e Wilson Batista - c/Trio Madrigal (1953)
- Coitado do Edgar, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1945)
- Criado com vó, Marambá (1946)
- Da Central a Belém, Chiquinho Sales (1943)
- Dona Divergência, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1951)
- Enlouqueci, João Sales, Luiz Soberano e Valdomiro Pereira (1948)
- Eu fui à Europa, Chiquinho Sales (1941)
- Foi assim, Lupicínio Rodrigues (1952)
- Levou fermento, Monsueto (1956)
- Madalena, Ary Macedo e Ayrton Amorim (1951)
- Marcha do paredão, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1961)
- Me deixa em paz, Ayrton Amorim e Monsueto (1952)
- Meu pecado, não, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1953)
- Migalhas, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1950)
- Nega maluca, Ewaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
- No boteco do José, Augusto Garcez e Wilson Batista (1945)
- O maior samba do mundo, David Nasser e Herivelto Martins - c/Nelson Gonçalves (1958)
- Ó abre alas!, Chiquinha Gonzaga - c/Dircinha Batista (1971)
- Palavra de honra, Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes (1955)
- Prece de um sambista, Billy Blanco (1952)
- Quem gosta de passado é museu, de sua autoria e Jorge de Castro (1964)
- Quero morrer no carnaval, Luiz Antônio e Eurico Campos (1961)
- Risque, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
- Stanislau Ponte Preta, Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo (1959)
- Trapo de gente, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
- Tudo é Brasil, Sá Róris e Vicente Paiva (1941)
- Valsinha do Turi-turé, Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy (1945)
- Vingança, Lupicínio Rodrigues (1951)
- Volta, Lupicínio Rodrigues (1957)
- Alô, Alô, Carnaval (1936)
- Maridinho de Luxo (1938)
- Banana da Terra (1939)
- Céu Azul (1940)
- Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)
- Samba em Berlim (1943)
- Abacaxi Azul (1944)
- Berlim na Batucada (1944)
- Não Adianta Chorar (1945)
- Caídos do Céu (1946)
- Não Me Digas Adeus (1947)
- Folias Cariocas (1948)
- Esta É Fina (1948)
- Fogo na Canjica (1948)
- Pra Lá de Boa (1949)
- Eu Quero É Movimento (1949)
- Um Beijo Roubado (1950)
- Agüenta Firme, Isidoro (1951)
- Tudo Azul (1952)
- Está com Tudo (1952)
- É Fogo na Roupa (1952)
- Carnaval em Caxias (1954)
- O Petróleo É Nosso (1954)
- Carnaval em Marte (1955)
- Tira a Mão Daí (1956)
- Depois Eu Conto (1956)
- Metido a Bacana (1957)
- É de Chuá (1958)
- Mulheres à Vista (1959)
- Virou Bagunça (1960)
Cantora. Compositora.
Filha do humorista e ventríloquo João Baptista
Júnior e de Emília Grandino de Oliveira, de tradicional família paulista. Nasceu
no bairro paulistano de Higienópolis. Na verdade, seus pais já moravam no bairro
do Catete, no Rio de Janeiro, mas a avó materna, Dona Florinda fazia questão que
todos os seus netos nascessem em sua casa. Foi lá que nasceram Odete (sua irmã
mais velha), ela (que recebeu o nome da avó) e Dircinha (a caçula).
O pai, que
era capaz de imitar 22 vozes sem abrir os lábios, resolveu ir para o Rio de
Janeiro, já que na capital federal encontraria mais perspectivas de trabalho.
Tratou de educar as filhas nos melhores colégios. A pequena Florinda fez seu
curso primário no tradicional Colégio Sion.
Aos 10 anos, já estudava violão com
Patrício Teixeira e, nessa época, compôs sua primeira música intitulada "Tão
sozinha". Ainda menina, costumava ser levada pela empregada da família à
gafieira "Corbeille de Flores", que ficava perto de sua casa. Concluiu o ginásio
no Colégio São Marcelo e, em seguida, iniciou cursos de contabilidade e de corte
e costura.
Em 1937, casou-se com Paulo Bandeira, mas separou-se poucos meses
depois. Tinha uma personalidade carismática, temperamental e excêntrica. Seu pai
faleceu em 1943, o que provocou um pequeno interrompimento em sua carreira.
Em
1959, recebeu da UBC e da Sbacem o troféu Noel Rosa. Na década de 1960, começou
a afastar-se embora muito sutilmente da vida artística. Nos anos 1980, parou de
trabalhar, recolhendo-se à companhia das irmãs, em seu apartamento no bairro
carioca de Copacabana, o último bem imóvel que lhes restou. No fim da vida,
passaram por dificuldades financeiras, tendo sido auxiliadas pelo cantor e fã
José Ricardo.
Foi, depois de Carmen Miranda, uma das primeiras estrelas de grande
popularidade em todo o Brasil. Ao fim da chamada Época de Ouro era difícil
encontrar quem não ouvisse seus programas de rádio. Recebeu inúmeros títulos com
Rainha do Rádio, Estrela do Brasil, Nosso Patrimônio Nacional, Sambista nº 1 da
Belacap, entre outros. Foi amiga dos Presidentes Vargas, Juscelino e Jango e,
admirada por personalidades internacionais como Sablon, Orson Welles, a
estilista Schiaparelli, entre outros.
Começou sua carreira artística muito cedo,
assim como a irmã, Dircinha Batista, três anos mais nova que ela. Aos 13 anos já
acompanhava ao violão a irmã Dircinha em apresentações na Rádio Cajuti. Já eram
conhecidas como as Irmãs Batista, pois resolveram adotar o sobrenome do pai.
Em
1936, por causa de um atraso da irmã, teve que substituí-la cantando no programa
de Francisco Alves, na Rádio Cajuti. Na ocasião interpretou "Malandro", de
Claudionor Cruz, iniciando uma carreira de muito sucesso. Soube depois que o
"atraso" havia sido combinado entre seu pai e Francisco Alves, pois este a
queria cantando em seu programa e ela era muito tímida para cantar. Logo depois,
foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Na mesma época, fez uma
excursão de grande repercussão ao Nordeste.
Em 1937, foi eleita a primeira
Rainha do Rádio, título que manteve por 11 anos. O concurso foi realizado no
Iate dos Laranjas, um barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no
centro do Rio de Janeiro. Logo depois, viajou pelo Norte e Nordeste do país,
numa excursão de 6 meses, que começou no Recife, no Teatro Santa Izabel, onde
interpretou músicas do pernambucano Capiba com a companhamento da Jazz-Band
Acadêmica. No mesmo ano, atuou no filme "Maridinho de luxo", de Luís de Barros,
na Cinédia e foi contratada pela Odeon.
Em 1938, transformou-se na principal
"crooner" da Orquestra de Kolman, no Cassino da Urca. Ainda em 1938, inaugurou o
Cassino da Ilha Porchat, em São Vicente, no litoral de São Paulo, com o maior
salário pago até então a uma cantora brasileira. Quando retornou ao Rio, recebeu
o slogan de "A Maioral do Samba". Seu estilo de estrela, provocava cenas
antológicas. Costumava chegar na Rádio Nacional em um sofisticado carro
importado, vestida com casacos de pele e ostentando jóias caras, o que causava
grande repercussão na imprensa.
No mesmo ano, atuou no filme "Banana da terra",
escrito por João de Barro com produção de Wallace Downey, ao lado de Carmen
Miranda, Almirante, Dircinha Batista e outros astros. Gravou, pela Odeon o
primeiro disco em dupla com Fernando Alvarez interpretando duas rumbas:
"Churrasco" e "Chimarrão", a primeira de Djalma Esteves e Augusto Garcez e a
segunda de Djalma Esteves. Seu nome, no entanto, não consta no selo do disco e
nem na discografia em 78 rpm.
Em 1939, voltou a atuar no Cassino da Urca como
atração principal, lançando músicas compostas exclusivamente para ela por
Chiquinho Sales, como "A vida é isso"; "Eu fui à Europa" e "Eu quero é gaita",
permanecendo como artista daquela casa até 1946, quando o cassino fechou. Também
em 1939, lançou pela Odeon, cantando em dueto com Fernando Alvarez a marcha
"Oitava maravilha", de sua autoria.
Em 1940, gravou na Odeon seu primeiro disco
solo, cantando a marcha "Macaco quer banana", de J. Piedade e Sá Róris e o samba
"Abre a porta", de Raul Marques e César Brasil. No mesmo ano, gravou um de seus
grandes sucessos o samba "Bis maestro, bis", de Cristóvão de Alencar e J. Maia.
Ainda no mesmo ano, foi contratada pela Victor gravadora onde permaneceu por 20
anos e na qual estreou com a marcha conga "Passei na ponte", de Ary Barroso e o
samba "Renda nova", de Juraci Araújo e Gomes Filho, com acompanhamento de Louis
Cole e Sua Orquestra do Cassino Atlântico.
Em 1941, gravou a marcha "História de
Adão e Eva", de Nelson Teixeira e Antônio Barreto e o samba "Dança mas não
encosta", de Raul Marques e Roberto Roberti. No mesmo ano, fez grande sucesso
com a valsa "Tudo é Brasil", de Vicente Paiva e Sá Róris e "Batuque no morro",
de Russo do Pandeiro e Sá Róris. Excursionou ainda a Buenos Aires na Argentina.
Também no mesmo ano, gravou os sambas-choro "Eu fui à Europa", de Chiquinho
Sales e sucesso no Cassino da Urca e "Meu bamba", de Chiquinho Sales e Luiz
Peixoto, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu dirigido pelo maestro
Pixinguinha.
Em 1942, gravou com acompanhamento de Luiz Americano e seu regional
os sambas "Quarta-feira, 17", de Russo do Pandeiro e Ari K. Silva e "De sol a
sol", de Alvaiade e Ari Monteiro; a batucada "Olha a onda", de Ubirajara Nesdan
e Artur Vargas, e a "Marchinha do pintor", de Nássara e Roberto Martins.
Nesse
mesmo ano, fez nova excursão à Buenos Aires. Também no mesmo ano, gravou os
sambas "Folga nego" e "O índio, o sarará e o português", de Vicente Paiva e Luiz
Peixoto com acompanhamento de Vicente Paiva e Sua Orquestra do Cassino da Urca e
"Desperta Brasil", de Grande Otelo e "Vitória amarga", de Popeye do Pandeiro e
Grande Otelo com Luiz Americano e seu regional nos acompanhamentos.
Gravou ainda
com As Três Marias os sambas "Bom dia", de Herivelto Martins e Aldo Cabral e
"Aula de música", de Haroldo Barbosa e Herivelto Martins. Seu sucesso no rádio e
no disco, acabou por levá-la à presença do Presidente Vargas nos anos 1940. A
partir de então, iniciou-se uma admiração mútua entre os dois, sempre citada com
orgulho pela cantora.
Em 1943, deixou a Rádio Nacional e foi para a Rádio Tupi
recebendo 10 contos por mês, um salário altíssimo para a época. No mesmo ano,
gravou os sambas "Para de gritar", de Herivelto Martins e "Grande prêmio", de
Marília e Henrique Batista com acompanhamento dos Diabos do Céu. Por essa época,
com grande prestígio popular emprestou sua imagem à mobilização patriótica
naqueles tempos de guerra cantando músicas como o samba "A pátria está te
chamando", de Grande Otelo com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu
regional. Apresentou-se na época, no Norte e Nordeste do país para tropas
brasileiras e americanas lá aquarteladas no "Show da vitória", com orientação de
Ary Barroso e direção de Teófilo de Barros com elenco que contava, entre outros,
com Dorival Caymmi e o Trio de Ouro.
Em 1944, para o carnaval lançou a
marcha "Clube dos barrigudos", de Cristóvão de Alencar e Haroldo Lobo, gravada
em dezembro do ano anterior. Também em 1944, gravou o samba "Os direitos são
iguais" e a marcha "São João do Barro Preto", de Grande Otelo e o samba "Terra
de Ioiô", de Russo do Pandeiro e Ari Monteiro. No mesmo ano, gravou os sambas
"Mulata brasileira", de Custódio Mesquita e Joracy Camargo e "Donde é que você
é?", de Ari Monteiro e Arnô Canegal.
Em 1945, lançou o samba "Coitado do Edgar",
que foi um dos sucessos do ano e a marcha "A cobra está fumando", uma homenagem
à FEB, Força Expedicionária Brasileira, ambas da dupla Benedito Lacerda e
Haroldo Lobo. No mesmo ano, fez sucesso no carnaval com a marcha "No boteco do
José", de Wilson Batista e Augusto Garcez e excursionou com sucesso pelo Brasil
apresentando-se em diversas capitais.
Em 1946, participou do filme "Caídos do
céu", de Luís de Barros na Cinédia. No mesmo ano, gravou os sambas "Assobia um
samba", de Ary Barroso; "Você sempre me dizia", de sua autoria e "Ranchinho
abandonado", de Norberto Martins e Pacheco Silva, entre outras composições.
Em
1947, gravou a batucada "Pobre vive de teimoso", de Ciro de Sousa e Jorge de
Castro; o choro "Mulato doce", de Jaime Silva e José Luiz e o samba "Língua não
tem osso", de César Brasil e Haroldo Torres, entre outras. No mesmo ano, assinou
contrato com a boate Vogue onde permaneceu por cinco anos. Ainda no mesmo ano,
viajou com a irmã Dircinha ao Ceará para a inauguração da Ceará Rádio Clube,
fazendo apresentações no Teatro José de Alencar.
Atuou também no Teatro Santa
Izabel e na Rádio Clube de Pernambuco. No ano seguinte, gravou da dupla Haroldo
Lobo e David Nasser a marcha "Por trás" e o samba "Entregue o apito ao Vavá".
Participou ainda do filme "Esta é fina", juntamente com Dircinha Batista, Aracy
de Almeida, Nelson Gonçalves e outros.
Em 1950, gravou com sucesso o
samba "Nega maluca", de Fernando Lobo e Evaldo Rui. Gravou também a marcha "A
mão de pixe", de Donga e J. Piedade e fez seu primeiro registro de uma
composição de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Migalhas", parceria com
Felisberto Martins. Ainda no mesmo ano, gravou o samba "O Brasil há de ganhar",
de Ary Barroso alusivo à Copa do Mundo realizada naquele ano no Brasil.
Em 1951,
gravou o coco "Bambu", de Manezinho Araújo e Fernando Lobo e o samba "Ó de
penacho", de Manezinho Araújo e Armando Cavancânti. No mesmo ano, retornou para
a Rádio Nacional onde apresentou seu próprio programa intitulado "Coisinha
Linda". Também no mesmo ano, viajou para uma temporada de 4 dias em Portugal que
se transformou em temporada de 20 dias devido ao sucesso alcançado. Foi
convidada pelo gerente da boate Vogue de Paris para cinco apresentações.
Apresentou-se ainda no Carrol's e no programa Henri Salvador na TV francesa. Seu
sucesso foi tamanho que foi convidada para se apresentar no Open Gate, de Roma,
capital italiana, onde ficou por um mês e meio. Retornou ainda à Paris onde
apresentou-se em mais dois programas de TV antes de retornar ao Brasil. Ainda no
mesmo ano, atuou no filme "Agüenta firme, Isidoro", da Cinédia. Também em 1951,
conheceu um de seus maiores sucessos com o samba-canção "Vingança", de Lupicínio
Rodrigues.
Em 1952, gravou com Trio Madrigal o samba "Chico Viola", de Nássara e
Wilson Batista, homenagem ao cantor Francisco Alves, falecido em acidente
automobilístico naquele ano. Ainda no mesmo ano, atuou nos filmes "Tudo azul",
de Moacir Fenelon; "Está com tudo", de Luís de Barros e "É fogo na roupa", de
Watson Macedo.
Em 1953, gravou os sambas "Trapo de gente" e "Risque", de Ary
Barroso. Gravou também com Ataulfo Alves, o samba "Balança, mas não cai", de
Ataulfo Alves. No mesmo ano, gravou com a irmã Dircinha os sambas "Carro de
boi", de Capiba e "Nossa homenagem", de sua autoria e Henrique Beltrão. Do
compositor pernambucano Capiba, gravou ainda no mesmo ano o samba canção "Última
carta" e o samba-choro "Subúrbio triste".
Em 1954 gravou a "Marcha da
penicilina" e o samba "Graças a Deus", da dupla Klécius Caldas e Armando
Cavalcânti. No mesmo ano, participou dos filmes "Carnaval em Caxias", de Paulo
Wanderley, da Fama-Atlântida e "O petróleo é nosso", de Watson Macedo. Ainda no
mesmo ano, gravou com Nelson Gonçalves os sambas " Fume um cigarro", de David
Raw e Victor Simon e "Fumei", de sua autoria.
Em 1955, saiu da Rádio Nacional e
ingressou na Rádio Mayrink Veiga. No mesmo ano, gravou os sambas "Palavra de
honra", de Carolina Cardoso de Menezes e Armando Fernandes e "Prefiro ele", de
René Bittencourt. Também no mesmo ano, participou do filme "Carnaval em Marte",
de Watson Macedo.
Em 1956, atuou nos filmes "Depois eu conto", de Watson Macedo
e "Tira a mão daí", de J. Rui, da Flama-Unida. No mesmo ano, gravou a "Marcha do
resfriado", de Klécius Caldas, Armando Cavalcânti e Brasinha e ingressou na
Rádio Tupi com o fabuloso salário de 60.000 cruzeiros mensais.
Em 1957, gravou
outro clássico de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Volta". No mesmo ano, fez
excursão ao Uruguai e participou do filme "Metido a bacana", de J. B. Tanko, da
Cinedistri-Sino.
Em 1958, registrou os sambas "O gemido da saudade", de Monsueto
Menezes e José Batista; "Qual é o caso", de Jorge de Castro e Erasmo Silva e "O
morro está doente", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães.
No mesmo ano, atuou no
filme "É de chuá", de Vítor Lima, da Cinedistri-Sino e fez nova excursão ao
Uruguai. Lançou também o LP "Linda Batista", interpretando entre outras, "Zé do
morro", de Herivelto Martins e David Nasser; "Feijoada completa", de Oswaldo
França e Mary Monteiro e "Conselho", de Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos.
No
ano seguinte, apresentou-se na Argentina e participou do filme "Mulheres à
vista", de Herbert Richers. Ainda em 1959, retornou para a Rádio Nacional além
de receber da UBC e SBACEM, o prêmio Noel Rosa dado artistas que tivessem
gravado apenas música nacional. No mesmo ano, gravou o choro "Stanislau Ponte
Preta", de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho e o samba "O maior samba do
mundo", de Herivelto Martins e David Nasser.
Em 1960, obteve grande sucesso no
espetáculo "Varieties, 1960" apresentado por Carlos Machado na boate "Night and
day". No mesmo ano, gravou a marcha "Vai que é mole" e o samba "Não precisas
bater", de Mário Lago e Castelo.
Em 1961, fez sucesso no carnaval com o samba
"Quero morrer no carnaval", de Luiz Antônio e Eurico Campos. O outro lado do
disco, trazia a marcha "Olha a italiana" de sua autoria, naquele que foi seu
último disco na RCA Victor. No mesmo ano, transferiu-se para a Chantecler onde
estreou com o samba "Naná", de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Rutinaldo.
Em
1963, assinou com a Mocambo e lançou os sambas "Olho grande", de João de
Oliveira e Oldemar Magalhães e "Pagar pra ver", de Armando Cavalcânti e Ivo
Santos.
Em 1964, obteve algum sucesso no carnaval com o samba "Quem gosta de
passado é museu", de sua parceria com Jorge de Castro. Participou de programas
de televisão, mas foi aos poucos se afastando da vida artística entrando em
depressão enquanto a fortuna pessoal acumulada se esvaía.
Em, 1998, o
musical intitulado "Somos irmãs", de Sandra Werneck foi encenado no CCBB, no Rio
de Janeiro, revivendo a vida, o sucesso e a decadência das irmãs Batista. A
montagem, dirigida por Ney Matogrosso, ainda percorreu o Brasil em várias
apresentações, sempre com êxito de público e de crítica.
FONTE
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