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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Brasinha, o poeta da folia


Compositor. Sócio da SBACEM, manteve durante alguns anos a coluna "Notícias e fatos" na Revista da SBACEM. Foi funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro. Brasinha foi um dos compositores de grande sucesso nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Suas composições irreverentes, como Zé Marmita, A lua é dos namorados e Avenida iluminada, foram interpretadas por Orlando Silva, Ângela Maria, Marlene, Emilinha Borba, Linda e Dircinha Batista, Noel Carlos e outros ícones da música no século XX.



Nascido no Rio em 10 de dezembro de 1925, amante da noite e da sua magia e fã do estilo singular de Noel Rosa, Brasinha conviveu com grandes nomes de nossa MPB. Entre eles, Pixinguinha, que chegou a orquestrar uma de suas letras. Ao longo de sua vida artística, compôs mais de 200 canções, algumas ainda inéditas. O músico faleceu em 16 de abril de 1998.

O compositor tem seu nome inscrito no Almanaque de Seleções (1970), na Enciclopédia Delta Larousse, e em verbete da Enciclopédia da Música Popular Brasileira. Também é citado por estudiosos de MPB, como José Ramos Tinhorão, Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello (A canção no tempo - 85 anos de música brasileira) e Edigar de Alencar (O carnaval carioca através da música).

Blecaute e Brasinha conseguiram relativo sucesso com a marcha Direito de Nascer:
Ai, Dom Rafael
Eu vi ali na esquina
O Albertinho Limonta
Beijando a Isabel Cristina
A Mamãe Dolores falou
Albertinho não me faça sofrer
Dom Rafael vai dar a bronca
E vai ser
Contra o Direito de Nascer.
Sua primeira composição foi feita em 1938, e se chamava "Minha canção". Em 1950, teve sua primeira composição gravada, o samba "Quero esquecer", com Salvador Miceli e Mário Blanco, lançado por Zezé Gonzaga em disco da Sinter.

Em 1953, fez com Wilson Batista e J. Batista a marcha "Meia noite" gravada por J.B. de Carvalho pela Todamérica. Nesse ano, conheceu seu primeiro grande sucesso com o samba "Zé Marmita", com Luiz Antônio, gravado por Marlene para a Continental. Esse samba seria regravado por Djalma Ferreira e Seus Milionários do Ritmo, Abílio Martins, Vocalistas Modernos e Grupoo Chapéu de Palha.

Em 1954, teve o samba "Bastião", com Wilson Batista, gravado na Sinter por Roberto Paiva, e a "Marcha portuguesa", com José Batista e Paulo José, lançada por Flora Matos, também na Sinter.

Em 1955, teve duas composições gravadas pela cantora Vera Lúcia na Continental: o samba "Já devia saber" e a marcha "Nana neném", ambas com Haroldo Lobo. No mesmo ano, ainda pela Continental, Risadinha gravou o samba "Você me fez penar", e Dora Lopes a marcha "Homem leão", ambas com Haroldo Lobo.

Também em 1955, teve a marcha "Eu chorei", com Milton Legey e Paulo Menezes, gravada por Lana Bittencourt para o LP "Carnaval 1956" da Columbia, e o samba "Saco de papel" com Haroldo Lobo, registrado por Risadinha para o LP "Carnaval de 56" da gravadora Continental. Para o carnaval de 1956, teve gravada por Heleninha Costa, na Copacabana, a "Marcha do faquir", com Haroldo Lobo. No ano seguinte, Bill Farr gravou na Continental o samba "Calminho".

Em 1957, o samba "Ai favela", com Paulo Medeiros, foi gravada pelo Trio de Ouro para o LP carnavalesco "Carnaval RCA Victor". No ano seguinte, a marcha "Paiê", com Armando Cavalcanti foi lançada pelo cantor Venilton Santos em disco da Odeon.

Também em 1958, a marcha "Posso morrer de saudade", com Amâncio Cardoso, foi gravada por Neusa Maria para o LP "Carnaval RCA Victor 1959".

Em 1959, a cantora Dalva de Oliveira gravou a marcha "Passe na segunda feira", com Armando Cavalcanti, para o LP "Carnaval 1959" da Odeon.

Em 1960, fez com Carvalhinho e Paulo Gracindo, a marcha "Massagista de vedete" gravada por Bill Farr na Continental; com Rutinaldo e Vicente Amar, a marcha "Menina direitinha" que Emilinha Borba lançou no LP "Reinado de Momo" da gravadora Columbia, e com Paulo Gracindo e M. M. Guimarães, a marcha "O que passou é passado", que Haroldo de Almeida registrou para o LP "Brincando o carnaval", também da gravadora Columbia.


No mesmo ano, a marcha "A lua é dos namorados", com Armando Cavalcânti e Clécius Caldas, foi gravada por Angela Maria na Continental, e fez grande sucesso no carnaval do ano seguinte tornando-se um dos grandes êxitos da cantora. Essa marcha receberia diversas outras gravações, entre as quais, as de Waldir Calmon e seu conjunto pela Copacabana, em 1961; Moacyr Silva e Seu Conjunto e Coro no LP "Carnaval de boate - Nº2" da gravadora Copacabana em 1963; e no LP "Carnavália - Eneida conta a História do carnaval - Volume 1" com Marlene, Blecaute e Nuno Rolando lançado pelo Museu da Imagem e do Som em gravação ao vivo realizada no Teatro casa Grande, em 1968.

Em 1961, a marcha "Eu lhe dei a mão", com Leduvy de Pina, foi gravada por Orlando Silva para o LP "Carnaval RCA Victor 1961" da RCA Victor, enquanto a marcha "Força total", com Armando Cavalcanti, foi gravada por Angela Maria para o LP "Carnaval de 1962 - Volume 2" da gravadora Continental, e a "Marcha do pescador", com Rutinaldo, foi registrada por Gordurinha para o LP "Carnaval 1962 - Vol. 1" da Continental.


Em 1962, Ivete Garcia gravou a marcha "Amor de verdade", com Armando Cavalcanti, e Dircinha Batista as marchas "O último a saber" e "Põe a mão na consciência", com Clécius Caldas, incluídas no LP "Rio - Carnaval do Brasil 1963" da gravadora Mocambo. No mesmo ano Araci Costa registrou a marcha "Botão de laranjeira", com Rutinaldo e J. Gonçalves, para o LP "Carnaval de 1963" da gravadora Continental.


Também em 1962, o instrumentista Waldir Azevedo gravou pela Continental o LP "Souvenir de carnaval - Waldir Azevedo e sua bandinha" no qual registrou a marcha "Papai e mamãe", com Rutinaldo.

Em 1963, teve o samba "Deixa pra lá" gravada por Raul Sampaio para o LP "Uma voz... Uma saudade" lançado pela RGE. No mesmo ano, teve duas marchas incluídas no LP "Rio carnaval do Brasil - 64" da gravadora Mocambo: "Macacão", com Humberto de Carvalho, na voz de Linda Batista, e "Na mulher não se bate", com David Raw, na voz de Jorge Goulart.

Teve ainda a marcha "Vaca malhada", com Vicente Amar, gravada pelo palhaço de circo Carequinha para o LP "Isto é carnaval" da gravadora Copacabana.


Em 1964, teve duas marchas incluídas no LP "Benvindo ao carnaval do Rio!!!" da gravadora RGE, ambas, parcerias com Clécius Caldas: "Casa de sapé" cantada por Dircinha Batista, e "Seu garçom" por Linda Batista.

No mesmo ano, a "Dança do cateretê", com Vicente Amar, foi gravada pelo palhaço de circo Carequinha no LP "O ídolo da garotada" da gravadora Copacabana. Ainda em 1964, o "Samba do povo", com Geraldo Medeiros, foi gravado por Araci Costa para o LP "Carnaval Rio/65" da gravadora Continental.

No ano de 1964, quando a cidade do Rio de Janeiro completou 400 anos de sua fundação muitas homenagens musicais foram prestadas, entre elas, o LP "Rio de Janeiro (400)" da RCA Victor com gravações de diversos interpretes, entre os quais Orlando Silva que cantou o samba "Velho Rio de Janeiro".

Em 1965, duas marchas com Clécius Caldas foram gravadas para o LP "Carnaval alegria de todos" da gravadora Philips, "Garota mentirosa" na interpretação de Dircinha Batista, e "Rigoleto" na de Nuno Roland. No mesmo ano, Waldir Maia interpretou a "Marcha da novela", com Benil Santos, para o LP "Carnaval quatrocentão" da RCA Victor, e Blecaute gravou a marcha "O direito de nascer", parceria dos dois, e que se referia a uma novela de grande sucesso na época, incluída no LP "O fino da folia - 1966" da gravadora Philips.

Em 1966, a marcha "A patroa me contou (Segredo)", com Newton Teixeira, foi gravada por Emilinha Borba para o LP "Carnaval no salão"da gravadora Entré/CBS, e a marcha "Bicho carpinteiro", com Denis Lobo, foi gravada por Noel Carlos para o LP "Carnaval 67" da RGE, ambas visando o carnaval seguinte.

Ainda em 1966, a marcha "O Sheik de Copacabana", com Blecaute e Almeidinha, foi gravada por Blecaute para o LP "Carnaval barra limpa - Vol. 1" da Copacabana. Em 1967, a marcha "Carnaval antigo", com Newton Teixeira e Fiori, foi registrada por Joel de Almeida para o LP "Carnaval de verdade 1968 - Vol. 2" da gravadora Philips, e a marcha "Oh que delícia de mulata", com Milton de Oliveira e Bevilaqua, foi registrada por Noel Carlos no LP "O verdadeiro carnaval" da Entré/CBS.

No mesmo ano, a marcha "Dia dos palhaços", com Milton de Oliveira, foi gravada por Jairo Aguiar para o LP "Carnaval de verdade 1968 - Vol. 1" da gravadora Philips. Ainda em 1967, Nuno Roland gravou a marcha "Nosso bangalô", com Altamito Baptista, para o LP "Carnaval Ranger 67" da gravadora Ranger.

Em 1968, a "Marcha do costureiro", com Chico Netto , foi gravada por Risadinha para o LP "Carnaval 69 -Vol. II" da Odeon, e a marcha "O seresteiro", com Altamiro Baptista, foi registrada por Nuno Roland para o LP "Carnaval dos 7 grandes - 1969" da gravadora CID. Nesse ano, a cantora Angela Maria gravou pela Copacabana o LP "A grande mentira" no qual incluiu a marcha "O bonde".

Em 1969, conquistou o segundo lugar no Concurso Oficial de músicas para o carnaval promovido pela Secretaria de Turismo da Guanabara, Museu da Imagem e do Som e Tv Tupi com a marcha "Avenida iluminada", parceria com Newton Teixeira, defendida por Zé Kéti. Essa marcha receberia ainda gravações de Elizeth Cardoso, Jair Rodrigues, Cauby Peixoto, Banda do Canecão, Vocalistas Tropicais e Nelson Ferreira e Claudionor Germano, entre outros.

No mesmo ano, teve mais duas marchas incluídas no LP "Carnaval 1970" da Entré/CBS: "Quem quiser que vá", com Milton de Oliveira, na voz de Dircinha Batista, e "Carnaval de antigamente", com Milton de Oliveira, na interpretação de Linda Batista. Também em 1969, Miltinho registrou a marcha "Estou chorando", com Milton de Oliveira, para o LP "Carnaval 70 - Vol. 2" da Odeon, e Zé Kéti a marcha-rancho "Fantasia de luxo", com Newton Teixeira, para o LP "Carnaval Rio 1970" da RCA Candem.

A marcha-rancho "Fantasia de luxo" chegou às semi-finais no IV Festival de Músicas de Carnaval, defendida por Zé Kéti. Em 1970, Dircinha Batista gravou a marcha "A útima orquestra", com Newton Teixeira, e o conjunto vocal As Damas registrou a marcha "Ninguém segura mais este país", ambas incluídas no LP "Carnaval 1971" da Entré/CBS.

Em 1971, a marcha "Madrugada", com Newton Teixeira, foi gravada por Oswaldo Nunes para o LP "Carnaval 1972" da Entré/CBS. Ainda em 1972, Moreira da Silva gravou o samba "A última seresta", parceria dos dois. Ainda nesse ano duas marchas suas foram incluídas no LP "Carnaval 1973" da Entré/CBS: "Fora de série", com Jóia Mulata e Irena Matos, lançada por Paulo Bob, e "Chapeuzinho vermelho" na voz de Emilinha Borba.

Em 1973, a "Marcha do Odorico (O Bem Amado)", com Almeidinha, foi registrada por Waldir Maia no LP "1974 - Carnaval pra 100 milhões" da RCA Candem.

Em 1974, a marcha "Nossa palhoça", com Altamiro Baptista, foi gravado pela Turma do Caneco para o LP "Turma do Caneco - Carnaval 75" da gravadora CID.

Em 1975, fez sucesso com o samba "Fio da véia", com Luiz Américo, gravado pelo parceiro. No mesmo ano, fez sucesso no carnaval com a "Marcha do Kung-fú" baseada num personagem de série televisiva gravada por Djalma Dias apara o LP "Carnaval 75 - Convocação geral" da Som Livre.

Em 1976, a marcha "Carnaval da saudade", com Nelson Gonçalves e Maria Luiza, foi gravada por Nelson Gonçalves, para o LP "Carnaval, amor e fantasia" da RCA Candem. No mesmo ano, Noel Carlos gravou a marcha "Ela está pinel", com Bevilaqua, para o LP "Carnaval 76" da Musicolor/Continental, e Djalma Dias lançou a marcha "Mexa-se" para o LP "Carnaval 76 - Convocação geral- Vol. 1" da Som Livre.

Em 1979, teve a marcha "Pé de cana", com Adelino Moreira, gravada por Nelson Gonçalves para o LP "Carnaval 80" da RCA Victor.

Em 2009, por ocasião dos 11 anos de sua morte foi homenageado pelo grupo Boca de Siri com o show "11 anos sem Brasinha" que aconteceu no Teatro Noel Rosa na Universidade do estado do Rio de Janeiro. Consagravdo como autor carnavalesco teve entre seus parceiros no mês como Armando Cavancânti, Cléciu7s Caldas, Newton Teixeira e Haroldo Lobo, entre outros.

Teve composições gravadas por Marlene, Orlando Silva, Emilinha Borba, Nuno Roland, Raul Sampaio, Blecaute, Linda Batista, Dircinha Batista, Angela Maria e outros.

Deixou mais de 200 composições e entre seus grandes êxitos estão "Avenida iluminada", "Zé Marmita" e "A lua é dos namorados" incorporadas aos clássicos do cancioneiro popular brasileiro.

Da Filha sobre o pai

**As provas para o vestibular de Direito estavam marcadas para depois do carnaval de 1951, mas ele estava ali, em um boteco da Lapa, com os amigos vendo a folia passar. E então, entre uma cerveja e outra, veio a surpresa que mudaria para sempre a sua trajetória: um bloco passou cantando a sua primeira composição. Ele mal pôde acreditar. A faculdade ficou no sonho e a música tornou-se a sua grande paixão.

Foi assim que começou a carreira de Brasinha (Gustavo Thomas Filho) na MPB. Nem ele podia imaginar que, carioca, 17º. filho de uma família com origem italiana e inglesa, fosse conviver com os grandes nomes da música popular brasileira. Mas o destino quis assim. E ele seguiu a vocação, que inscreveria seu nome em enciclopédias e livros sobre a nossa MPB e deixaria aos admiradores da canção popular marchinhas inesquecíveis.

Com a chamada sorte de principiante, Brasinha gravou Quero esquecer, seu primeiro samba, em 1951. Depois, inspirado no ambiente do operariado brasileiro, de que ainda era integrante, olhou em volta, captou o sentimento do povo e brotaram os versos de Zé Marmita, uma crítica social que ainda não saiu de moda, elogiada até por Chico Buarque. Na época, um sucesso na voz da intempestiva Marlene.

As músicas são muitas. Quase 200 gravadas. Os parceiros outros tantos. As noites de boemia, incontáveis. Tudo servia de inspiração. A alardeada - e até hoje inacreditável - chegada do homem à Lua acabaram nos versos de A lua é dos namorados. A mulata, histórias infantis, histórias de adultos, como a do compositor e amigo Herivelto Martins, que em uma de suas idas ao sítio que tinha em Bananal, São Paulo, ficou maluco procurando uma tal vaca malhada. Se achou não se sabe, mas ela acabou em música de carnaval.

Por conta de seu ofício de carnavalesco conheceu gente bamba como Zé Kétti, Zé da Zilda, Blecaute, Risadinha, Donga, João da Baiana, Guilherme de Britto, Braguinha, entre tantos outros. Conheceu também astros da MPB, como Pixinguinha, Orlando Silva, Lupicínio Rodrigues, Dorival Caymmi. Sem contar as estrelas: Emilinha, Ângela Maria, Linda e Dircinha Batista, Dalva de Oliveira.

Aliás, a magia e o feitiço do carnaval sempre povoaram a imaginação do compositor, que gravou um de seus grandes sucessos Avenida iluminada (com o subtítulo sugestivo "As lágrimas de um coração").

Para garantir o leite das crianças (uma delas, eu), Gustavo Thomas Filho era funcionário público. Depois do expediente, as noites de sexta-feira especialmente eram sempre uma criança. E, já na década de 70, com um gravador de rolo, dava asas à imaginação para compor novas músicas madrugada adentro.

Foi assim que ele criou A marcha do Kung Fu, com a qual sairia campeão do concurso Convocação Geral, promovido pelo Jornal O GLOBO, em 1975. Inspirado no seriado da TV Globo, a marchinha até hoje é tocada no carnaval. Depois viria Mexa-se, também na linha da crítica de costumes, enfocando a mania de saúde das pessoas nos anos 80, fazendo todo mundo praticar exercícios para viver com saúde e alegria.

Infelizmente, por conta do vício do cigarro, Brasinha viria a falecer, vítima de câncer de pulmão, no dia 16 de abril de 1998. Deixou a esposa, Maria de Lourdes, companheira de 48 anos de vida, e os filhos Gustavo e Kátia. Brasinha nasceu em 10 de dezembro de 1925. A sua vida e obra é hoje tema de um projeto, já certificado pelo Minc para ser transformado em livro, CD e show. Só falta o patrocínio.


* Kátia Thomas é jornalista e filha do compositor Brasinha.

fonte

http://www.dicionariompb.com.br/brasinha/dados-artisticos

http://www.revivendomusicas.com.br/reportagens.asp?id=52

http://governo-rj.jusbrasil.com.br/politica/2664815/marchas-ao-som-de-boca-de-siri-relembram-11-anos-sem-brasinha

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