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domingo, 25 de janeiro de 2015

Madrugada e Seu Conjunto



Resenha do Álbum: Madrugada e Seu Conjunto – Apaixonadamente (1964)

Apaixonadamente


O misterioso Madrugada está de volta! E cada vez mais bolereiro, para alegria daqueles sempre curtiram o gênero no Brasil. Com as bases feitas pelo organista Lafayette, como ele próprio admitiu em entrevista ao site oficial da Jovem Guarda, esta nova leva de boleraços nos traz poderosíssimos petardos do gênero.


Pra começar, tem “Sabra Diós” (“se tu me quieres o me enganas”…), do mexicano Álvaro Carrillo, morto em 1969, aos 47 anos, num acidente automobilístico (colisão com outro carro) na autoestrada Cidade do México-Puebla, quando viajava com sua família (a esposa e o chofer também faleceram; dois filhos do casal, que iam no banco de trás do veículo, sobreviveram).

Os “hitmakers” brasileiros do gênero, Evaldo Gouveia (Orós, CE, n. 1930) e Jair Amorim (Santa Leopoldina, ES, 1915-São José dos Campos, SP, 1993), comparecem com “Quem tudo quer nada tem”, então hit de Anísio Silva.


A ala brasileira do gênero tem também o carioca Paulo Borges (n. 1916), autor do clássico rasqueado “Cabecinha no ombro”, aqui com “Palavras de amor” e “Nostalgia”, Fernando César (Viseu, Portugal, 1917-Rio de Janeiro, 1983) e Rossini Pinto (Ponte de Itabapoana, ES, 1937-Rio de Janeiro, 1985), este último também integrante da Jovem Guarda, com “Deus é testemunha”, Othon Russo (Rio de Janeiro, n. 1925) e Britinho (João Adelino Leal Brito, Pelotas, RS, 1917-Rio de Janeiro, 1966) com “Riam de mim”.

Renê Bittencourt (Paquetá, RJ, 1910-Rio de Janeiro, 1979) com “Prece de amor”, verdadeira coqueluche no final da década de 1950 nas vozes de Cauby Peixoto e Dalva de Oliveira.


Murilo Latini e Jacobina com “Juramento” (essa dupla também compôs a toada “Uirapuru”, hit de Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano em 1963).


Temos também os mexicanos Teddy Fregoso (Jalisco, n. 1925), com “Sabras que te quiero”, e Agustín Lara (Veracruz, 1897-Cidade do México, 1970) com “Pervertida”, o porto-riquenho Benito de Jesus (Barceloneta, 1912-Hato Re y, 2010) com “De rodillas”, conhecida no Brasil como “De joelhos” e aqui popularizada por Agnaldo Rayol.


E até mesmo os franceses Hubert Giraud (Marselha, n. 1920) e Pierre Dorsey, com “Je te tendrai les bras”, que o misterioso A. Bourget verteu para o português como “O que será de mim agora?”. E aí, dá-me mais uma vez o prazer desta contradança?


SAMUEL MACHADO FILHO

Curiosidades:


Madrugada e Seu Conjunto - Só Sucessos - Volume 11",
editado no Brasil, em 1970, pela gravadora CBS



Fonte

http://baudelongplaying.net/madrugada-e-seu-conjunto-apaixonadamente-1964

http://www.jovemguarda.com.br/entrevista-lafayette.php

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