Páginas

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Carlos Navas


O cantor paulistano Carlos Navas (São Paulo, 28 de dezembro de 1968) chegou à música de maneira bastante inusitada. Começou como divulgador em 86 e, posteriormente, agente e produtor de artistas como Tetê Espíndola e Alaíde Costa, ficando conhecido no meio artístico.


Em 92, fez backing vocal para Alzira Espíndola numa apresentação onde a cantora estava praticamente afônica. A partir daí, desenvolveu trabalhos em jingles e coros, além de participações esparsas em shows de Tetê, Alzira e Luli & Lucina em várias cidades.

Em 96, monta o espetáculo “Canções e Momentos” que apresenta em diversos espaços paulistanos, chamando a atenção do público e da imprensa que o saúda como uma revelação. Tenor, com um timbre vocal bastante singular e extensão incomum, foi convidado pelo selo Dabliú para registrar em disco o êxito que vinha acumulando nos palcos.


Seu primeiro CD, “Pouco pra Mim” (Dabliú), chegou ao mercado em 97. Produzido por Mario Manga e batizado pela canção inédita que recebeu de Lucina e Zélia Duncan, o álbum contou com as participações especiais de Tetê Espíndola, Alaíde Costa e Lady Zu e trouxe o melhor do repertório dos shows realizados até então, destacando temas inéditos de Hilton Raw, Arnaldo Black, Luli & Lucina, Alzira Espíndola, Alice Ruiz e releituras personalíssimas, como: “Me Leve”(Djavan) e “Beatriz”(Edu Lobo/Chico Buarque).



Lançado em 2000, seu segundo álbum solo também tem produção de Mário Manga e se chama “Sua Pessoa” (Dabliú), título de uma canção inédita de Péri. É uma homenagem a autores contemporâneos, alguns deles já interpretados em seu CD de estréia, como Alzira e Jerry Espíndola e Itamar Assumpção. Há também temas de Luiz Gayotto, Fred Martins, Monica Tomasi e Cacaso, entre outros.


A surpresa fica por conta da releitura de “Corre-Corre”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho. O disco recebeu elogios da crítica e foi mostrado em importantes espaços do país.


Também no início de 2000, Carlos monta, ao lado da consagrada atriz Clarisse Abujamra, o espetáculo “Por um Triz”, que mescla poesia e música. Eles estréiam em janeiro, lotando o Sesc Vila Mariana (SP) e ainda excursionam com grande sucesso.

Em 25 de janeiro deste mesmo ano, ele é um dos solistas da “Sinfonia Paulistana”, ao lado de Claudya, Zé Luiz Mazziotti, Célia e da Banda Sinfônica São Paulo Essemble, durante evento oficial de aniversário da cidade.


Nos primeiros meses de 2001, estréia o show “Cantando Elas”, no qual sua voz reverencia algumas das mais importantes compositoras brasileiras, com o qual viaja pelo Brasil.

Entre os shows expressivos que fez em 2002, destaque para a participação no Projeto “Intimidade é Fato”, ao lado de Sandra de Sá, no Teatro Sesc Pompéia (SP).


Em 2003, lança seu terceiro álbum, “Tanto Silêncio”, pela gravadora Movieplay e começa a ministrar workshops e oficinas de percepção e consciência vocal que vêm despertando muito interesse.


No ano seguinte, estréia o show "Clássicos e Canções", ao lado de Alaíde Costa. Em junho de 2004, leva aos palcos “Na Arca de Noé”, seu primeiro espetáculo musical infantil, onde relê as canções que Vinícius de Moraes fez para as crianças, registradas em dois discos e especiais de TV dos anos 80, com orientação de Clarisse Abujamra. O sucesso deste projeto resulta no CD e Show “Algumas Canções da Arca...” (Movieplay/2004), seu quarto álbum e primeiro voltado ao público infantil.


Em 2006, é o intérprete do CD independente “Pássaro Passará – A Lira em Tom Maior”, com poemas de Sueli Batista musicados por Lucina e Alzira Espíndola, que conta com as participações de Tetê Espíndola e Clarisse Abujamra.


Os diversos projetos de show que desenvolve continuam em 2006 e 2007, como o poético-musical “Tributo a Vinicius de Moraes”, em duo com Clarisse Abujamra, “O Feiticeiro das Palavras”, sarau lítero-musical em homenagem a Guimarães Rosa e a participação na série “Contornos Literários”, com leitura de Clarice Lispector, além da turnê de “Algumas Canções da Arca...”, já assistida por mais de 70 mil pessoas, em várias partes do país.


Convidado pelo jornalista Thiago Marques Luiz, participa do álbum “Maysa – Esta Chama que Não vai Passar” (Biscoito Fino), que chega ao mercado quando se completaram 30 anos de partida desta inesquecível diva. Ele interpreta justamente “Resposta”, composição da artista que contém a frase de onde foi tirado o título do CD, chamando, mais uma vez, a atenção da crítica.


Em Maio, lança seu sexto disco, “Quando o Samba Acabou” – Dedicado a Mario Reis, (Lua Music/2007), onde reverencia este grande ícone da canção brasileira, que influenciou gerações, recebendo elogios unânimes da imprensa especializada. O repertório, lançado por Mario Reis, traz pérolas de Sinhô, Lamartine Babo e Noel Rosa, entre outros, além da participação de Tetê Espíndola em “Joujoux e Balangandans”.


“Canções de Faz de Conta”, seu sétimo álbum e segundo de temática infantil, chega ao mercado em setembro (2007) também pela Lua Music. A obra de Chico Buarque para crianças está aqui realçada através de leitura de “História de Uma Gata”, “Hollywood”, “Rebichada” e “Passaredo” e outras faixas, que têm aqui ressaltadas seu aspecto lúdico, como “João e Maria”e “A Banda”.


O disco tem as luxuosas participações de Vânia Bastos e Bibi Ferreira. Na seqüência, Carlos participa do CD “Dolores” (Lua Music/2007), produzido por Thiago Marques Luiz, em homenagem à genial artista Dolores Duran, com 21 artistas. Ele interpreta “Idéias Erradas”, dela e Ribamar.

FONTE

mpbnet

Nenhum comentário:

Postar um comentário