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sábado, 5 de março de 2011

Roberto Paiva


Em 2010, Roberto Paiva - um dos maiores cantores do Brasil, um dos maiores patrimônios de nossa música - recebeu bela homenagem do programa “Alô, Rio”, (Seg. a Eex. das 08 às 11h - na Rádio Nacional, a partir das 8h), comandado por Hilton Abi-Rhian. O programa traz jornalismo, cultura, a música de ontem e de hoje, prestação de serviços, as histórias do Rio, reportagem nas ruas, esportes e a bronca dos ouvintes. A cidade em revista.

No quadro “Conversa de Bambas”, Hilton entrevistou Roberto Paiva, e ele sempre com sua costumeira simpatia e bom humor, brindou a todos com histórias fantásticas, de quem de fato viveu momentos importantes da MPB.

Paiva disse que, certo dia, o produtor de Aloysio de Oliveira, um dos mais importantes do Brasil, pediu que ele fosse ao apartamento de Tom Jobim para escolher uma música. Que ele escutasse algumas canções, e escolhesse alguma para gravar. Paiva, imaginem só, disse ao Aloysio que não iria, que, magine só, ficava mal, chegar na casa de um cidadão que ele não conhecia pessoalmente, pedir para ouvir uma música e, se não gostasse, ter que dizer que nao queria nenhuma. Mas o Aloysio insitiu. E o Roberto Paiva foi.

Chegando á casa do maestro, Paiva pediu para ouvir umas musiquinhas, que o Aloysio tinha falado, e coisa e tal, e Tom Jobim mostrou a ele “Se todos fossem iguais a você”. Depois de ouvir a música, Paiva exclamou:

- Essa é minha! Vou gravar. Tem outra?

O maestro então tocou mais uma. Paiva disse: “Essa eu quero! Vou gravar também!” E o maestro tocou outra. E Roberto: “Vou gravar!”

“Sei que, quando sai de lá, éramos grandes amigos, e eu gravei cinco sucessos do filme “Orfeu da Conceição”, contou Paiva. Detalhe: o próprio Jobim regeu os músicos da orquestra e as vozes do esplêndido coro da Odeon. (Diário do Osmar - aqui)

Um mês depois desse encontro, reuniam-se no estúdio da Odeon no Rio com 35 músicos, coro, Luiz Bonfá ao violão e regência do próprio Tom. Bastou um dia para gravar todas as músicas do disco. E um detalhe. O estúdio onde as canções foram gravadas estava tecnicamente condenado, mas era o único disponível. “Quem fez a avaliação tinha se enganado, pois o som saiu perfeito”, conta Paiva.

Paiva gravou cinco músicas do LP Orfeu da Conceição: Se Todos Fossem Iguais a Você, Um Nome de Mulher, Eu e o Meu Amor, Lamento no Morro e Mulher Sempre Mulher.

Maysa - Se Todos Fossem Iguais a Você


BIO

Nascido e criado no Rio de Janeiro, Helim Silveira Neves - 8/2/1921 Rio de Janeiro/RJ. Embora de discreta atuação, sempre foi considerado um cantor correto. E, por isso, muito requisitado pelos compositores. A tal ponto, que registrou em 1956 o histórico LP original "Orfeu da Conceição", com músicas iniciais de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Em 2010, cinquenta e quatro anos depois, uma nova montagem do musical Orfeu, sob direção de Aderbal Freire-Filho, chega ao Rio (em superprodução de 2,2 milhões de reais) a ser exibida em mais cinco capitais. A trama de amor, ciúme e vingança do mito negro grego, transposto para o carnaval num morro carioca, tem como ponto central a paixão de Orfeu (Érico Bras) e Eurídice (Aline Nepomuceno), que desperta ódio em Mira (Jéssica Barbosa) e Afisteu (Milton Filho). Ex-namorados do casal, eles decidem se vingar, assassinando Eurídice.

O elenco, de 16 atores negros, conta ainda com Isabel Filardis, Thatiana Pagung, Wladimir Pinheiro, Maria Salvadora, Eduardo Canto, Dandara Mariano, Édio Nunes, Márcio Vieira, Patrícia Costa, Pedro Lima, Rodrigo França e Verônica Bomfim. Nessa nova versão, o texto original e a trilha sonora foram mantidos, com o acréscimo de canções de Tom e Vinicius. Outra novidade é a inclusão de personagens e cenas.

Paiva foi o primeiro cantor a gravar as composições da parceria entre Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Em 1954, o então pianista da noite carioca e o poeta se reuniram pela primeira vez e comporam as canções da peça que Vinicius arquitetara como um sonho. Com Orfeu da Conceição, o poeta imaginava traduzir para o mundo dos morros cariocas a tragédia grega universal de Eurídice.

A peça, na qual todos os protagonistas eram negros, foi levada à cena do Theatro Municipal do Rio em setembro de 1956. O sucesso foi tanto que, três anos depois, virou filme pelo francês Marcel Camus. Orfeu Negro ganhou Palma de Ouro em Cannes em 1959, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960 e Globo de Ouro no mesmo ano, em idêntica categoria.

O sucesso motivou a gravadora Odeon a registrar as músicas da peça ainda em 1956. O desafio era encontrar um cantor de bela voz para interpretar as canções. Aloysio de Oliveira, que tinha liderado o Bando da Lua, namorado Carmen Miranda, feito uma bela carreira de produtor nos Estados Unidos e então dirigia a gravadora, lembrou-se de Paiva, uma das maiores estrelas da Era do Rádio, sucesso desde quando ela começou, em 1938.

Quando a Mayrink Veiga era a melhor do Rio, ele estava lá. Quando a Rádio Nacional estabelecia o mais alto padrão de profissionalismo no rádio brasileiro, Paiva integrava seu elenco. Parecia natural que o ex-líder do Bando da Lua convocasse o funcionário para a tarefa.

Cantor eclético, das canções românticas às marchas carnavalescas, lançou Se Todos Fossem Iguais a Você, Oh! Minas Gerais e Menino de Braçanã, que revelou Geraldo Pereira e Nelson Cavaquinho diz que fez tudo a que tinha direito em sua vida...com sua sensibilidade interpretativa e bom gosto na escolha do repertório, o cantor Roberto Paiva marcou a história da MPB.

"Fui um típico cantor de rádio". Quem se define assim é o veterano Roberto Paiva. De fato, sua época áurea foi do final dos anos 30 (quando começou a gravar, com apenas 17 anos de idade) ao começo dos 50 - exatamente o período áureo do rádio no Brasil.

Pra Machucar Meu Coração


Ainda adolescente, Helim Silveira Neves (verdadeiro nome de Roberto Paiva) inscreveu-se em um programa de calouros da Rádio Clube Fluminense, em Niterói (RJ), cantando a valsa "A Você" (sucesso de Francisco Alves), obtendo o primeiro lugar.

Pouco depois, ajudado pelo cantor Cyro Monteiro, foi contatado para atuar no programa Picolino, de Barbosa Júnior, na Rádio Mayrink Veiga. Enturmou-se com grandes cartazes da época, como o pianista Nonô e o violonista Laurindo de Almeida. Este último o levou à gravadora Odeon, onde em 1939 lançou seu primeiro 78 rpm, justamente com músicas desses amigos: "Último Samba" (Laurindo) e a valsa "Jardim das Flores Raras" (Nonô e Francisco Mattoso).

No mesmo ano, revelou o grande sambista Geraldo Pereira em disco, com "Se Você Sair Chorando" (com Nelson Teixeira). Pouco depois, foi para a Rádio Educadora e na mesma época gravou seu primeiro grande sucesso, o samba "O Trem Atrasou" (Paquito/ Artur Vilarinho/ Estanislau Silva) na RCA Victor.

O TREM ATRASOU


Na década de 40, lançou várias canções de Roberto Martins, como: "Devagar com a Louça" (com Oswaldo Santiago), "A Valsa dos Noivos" (com Mário Rossi) e "Leva Meu Coração" (com Mário Lago).

Em 1949, excursionou pelo Brasil e foi para a Rádio Guanabara. Dois anos depois, transferiu-se para a Tupi.



Roberto Paiva também emplacou uma versão (de Paulo Roberto) que virou hino estadual, Vienne sul mare ("Ó Minas Gerais"). "Foi a maior praga da minha vida. Nunca fui a uma cidade, por menor que fosse, que não me pedissem para cantá-la", confessou numa entrevista em 1979, ao Jornal do Brasil.

Guiando-se sempre pela intuição na escolha das músicas dos mais variados estilos, ele também lançou Nelson Cavaquinho ("o nome não aparece nos discos porque ele vendia os sambas") e Luís Vieira (Alguém que Não Vem, um samba-canção, e depois o estouro, Menino de Braçanã). A canção Menino de Braçanã de 1953, foi o primeiro sucesso do cantor, compositor e radialista brasileiro, o cantador Luis Vieira, na voz de Roberto Paiva; e depois a música foi gravada também pelo cantor Ivon Curi.

Gramophone: O Menino de Braçanã - Ivon Curi


Emplacou ainda sucessos como Tagarela (1946), do xará Roberto Martins, o compositor que mais gravou (16 músicas), ao lado de Paquito (o do Trem e de outro sucesso, A Marcha do Conselho, de 1957), com 10, e Geraldo Pereira (8).

Roberto Paiva - Tagarela

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Em 1953, lançou a "Marcha do Conselho" (Paquito e Romeu Gentil).

Contratado pela Odeon no ano seguinte, lançou o baião "Valei-me, Nossa Senhora" (Paquito) e em 1956, o LP (de dez polegadas) da peça "Orfeu da Conceição", que inaugurou a parceria entre Tom Jobim e Vinicius de Moraes, interpretando, entre outras, o samba-canção "Se Todos Fossem Iguais a Você".

Outro LP Polêmica (de dez polegadas) do mesmo ano foi com sambas de Wilson Batista e Noel Rosa, ao lado de Francisco Egydio, fizeram por conta do célebre desafio musical iniciado (despropositadamente) por Noel Rosa, com o samba "Rapaz folgado", em resposta ao samba de Wilson Batista, "Lenço no pescoço", que fazia um elogio à malandragem. Nesse LP, gravou os sambas "Lenço no pescoço", "Mocinho de Vila", "Frankenstein", "Conversa fiada" e "Terra de cego", todas de Wilson Batista.

Depois desse lance de pioneirismo, do qual participou com Francisco Egídio), em 1953, da primeira gravação em disco da polêmica entre Noel Rosa e Wilson Batista, 11 anos depois em outra gravadora, Roberto Paiva regrava o LP com o caricaturista do samba, Jorge Veiga. Foi em 1974, voltou a gravar sambas da polêmica Wilson Batista x Noel Rosa, dentro da série "Temas e figuras da Música Popular Brasileira", desta vez cantando com Jorge Veiga interpretou os sambas "Rapaz folgado", "Palpite infeliz", "Feitiço da Vila", "João Ninguém" e "Eu vou pra Vila", todos de Noel Rosa.

Roberto Paiva - Louca

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Em 1957, na era de transição do 78 para o LP, ele gravou um 10 polegadas com as músicas (de Tom Jobim) da peça (de Vinícius) Orfeu da Conceição, incluindo a estréia do samba-canção sinfônico Se todos fossem iguais a você.

Em 1957, lançou os sambas "Lamento no morro", e Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Morais e "Alguém que não vem", de Luiz Vieira e Arcelino Tavares.

No ano seguinte gravou os sambas "Volúpia", de Antônio Almeida e Geraldo Queiroz e "Maria da Graça", de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes e a marcha "Resposta da fanzoca", de Miguel Lima e Gil Lima.

Em 1959, gravou o bolero "Tua", de Malgoni e Pallesi com versão de Lourival Faissal.

Em 1962, gravou um único disco para a Mocambo com os sambas "Deixa de sofrer", Nelson Cavaquinho, Pedro Martins e Renato Araújo e "Deixa ela rolar", de Nelson Cavaquinho, Pedro Martins e Valter Silva.



Em 1987, convidado por Ricardo Cravo Albin para estrelar o espetáculo "O cordão dos puxa-sacos", baseado na obra de Roberto Martins, show que ele chegou a ensaiar durante algumas semanas e que seria levado na série carnavalesca, da Sala Sidney Miller da Funarte, mas não estreou por conta de um súbito problema de saúde. No espetáculo, de que participavam o próprio compositor homenageado e a cantora Marília Barbosa, foi substituído às pressas pelo cantor Chamon.

Em 2000, foi lançado o CD "A Música Brasileira deste século por seus autores e intérpretes" com um resumo de sua obra.

Em 2001, apresentou-se em baile popular durante o carnaval na Cinelândia no centro do Rio de Janeiro. Vivendo no bairro carioca da Tijuca com a mulher, continuou a fazer shows esporádicos, entre os quais o baile carnavalesco da Cinelândia.

Inteiraço, com seus 80 anos completados em 2001, ele sempre que pode ainda solta sua bela voz, como fez durante o carnaval carioca num coreto, em plena Cinelândia, ao lado de outros ícones de sua época, como Marlene, Emilinha Borba e Roberto Silva. Roberto cantou sucessos como: O Trem Atrasou e (Fala) Tagarela, que teve o privilégio de lançar, ao lado de outros clássicos, como a valsa (Oh!) Minas Gerais (45), a toada Menino de Braçanã (53) e até o samba-canção Se Todos Fossem Iguais a Você (56). Foi também ele quem realizou a façanha de lançar grandes compositores como Geraldo Pereira, Nelson Cavaquinho e Paquito.

Roberto Paiva descobriu que cantava por acaso. É que sua tia, Jandira Pereira, que tocava piano, ao executar Santa, sucesso do cantor (tenor) Vicente Celestino, foi surpreendida pelo sobrinho que conseguiu cantá-la na íntegra. "Eu agüentei a música toda e ela disse: 'Nossa! Você canta!'", recorda-se o cantor, que, aluno do Colégio Pedro II, no Rio, já era motivado pelos colegas a cantar os sambas de Noel Rosa, como De Babado e Provei.

De passagem um dia por Niterói, foi incentivado pelos amigos a inscrever-se num programa de calouros. Como não podia cantar com seu nome de batistmo, Helim Silveira Neves, decidiu adotar o pseudônimo de Roberto, graças aos insistentes cartazes pela rua que anunciavam a vinda do ator Robert Taylor de navio para o Brasil.

Incentivado pelo sambista Cyro Monteiro, pelo pianista Nonô (tio de Cyro) e pelo violonista Laurindo de Almeida, Roberto foi à Odeon em 1938 para um teste. Lá chegando, esperou duas horas o cantor Francisco Alves terminar de gravar uma canção.

"Esqueceram o microfone ligado na sala da técnica e quando fui fazer meu teste, o Chico ouviu, pois estava lá conversando com o Strauss, dono da gravadora. Ele veio até mim e pediu que eu cantasse uma música do repertório do Orlando Silva, outra do Silvio Caldas... Terminei e ele não disse nada. Meia hora depois veio ele abraçado com o Strauss, com um contrato para eu assinar", lembra. Como era menor de idade, Roberto teve de convencer o pai - que o queria no Exército e não nessa "profissão de vagabundo"- a assiná-lo.

No carnaval 1941, o cantor emplacou o primeiro grande sucesso, lançando de quebra o compositor Paquito (Francisco da Silva Fárrea Junior). O samba O Trem Atrasou ("Patrão, o trem atrasou/ Por isso estou chegando agora/ Trago aqui o memorando da Central/ O trem atrasou meia hora/ O senhor não tem razão/ Para me mandar embora"), de Paquito, Estanislau Silva e Artur Vilarinho, foi um dos preferidos dos foliões daquele ano, concorrendo com Aurora, Alá-La-Ô, O Bonde de São Januário, Helena, Helena e Passo do Canguru.

19 - Eu E O Meu Amor [Roberto Paiva]

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Roberto fez muito sucesso com sambas e marchas do compositor Roberto Martins. Uma delas - (Fala) Tagarela - foi um grande sucesso do carnaval de 1945. "O Roberto Martins me ensinou uma coisa muito importante: você nunca deve rejeitar logo de cara uma música que um compositor vier te apresentar. Se for possível, deve aprender a música para depois discernir para ver se é boa ou não é. Porque algumas você vê de primeira que vão pegar, como essa recente que o Gilberto Gil está cantando, Esperando na Janela. Isso é sucesso. Nem conhecia o rapaz que gravou originalmente (Targino), mas desde a primeira vez que ouvi o Gil cantando, comentei com minha esposa que ela seria sucesso", disse Roberto Paiva, em 2001.

Na verdade, Roberto Martins ensinou a seu xará de uma forma muito original como se deve analisar uma música. "O Roberto tinha duas marchas para me dar no carnaval de 1945. Então, fez a seguinte experiência comigo: Estávamos na esquina da Rua México com Santa Luzia, no Centro do Rio, e ele me disse: 'Vamos cantar essa música daqui até a Rua da Assembléia, sem parar. No meio caminho, estava cansado de cantá-la, mas ele me fez continuar até o lugar marcado. Paramos, tomamos um cafezinho. Aí me ensinou o Fala, fala Tagarela ("Que eu vou fingindo que não é comigo"). Vi logo que a anterior era muito melhor, pois essa era muito grande. Mas fui cantando até a Santa Luzia, de volta. Então, me perguntou: 'O que achou?' Respondi: 'Essa é uma marcha enorme, a outra é mais curtinha, mais fácil. Mas, engraçado, na outra eu cansei de cantar, enjoei, e essa não'. E ele: 'Então, grava essa segunda que eu garanto'. E eu ganhei o carnaval disparado longe das concorrentes. Mas veja que curioso: no entanto, no ano seguinte ninguém mais cantou Tagarela. Já O Trem Atrasou, que teve inúmeras concorrentes fortes, até hoje é pedida nos meus shows", compara.

20 - Mulher, Sempre Mulher [Roberto Paiva]

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21 - Lamento No Morro [Roberto Paiva]

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Paiva tem uma cadência e um ouvido privilegiados, qualidades que lhe valeram, na época da gravação de Orfeu da Conceição, os elogios de Vinicius registrados na contracapa do LP: “Roberto Paiva, escolhido de comum acordo pela Odeon e por nós para cantar neste LP os sambas de Orfeu da Conceição, em nada desmereceu essa confiança. A sua voz de timbre tão agradável dá em todos os números justamente a interpretação que eles pediam: uma interpretação sóbria e direta, apoiada sobre a melodia e em justa composição com os ricos elementos harmônicos que Antonio Carlos Jobim soube tão bem criar em todos os seus arranjos”.

Paiva recebeu também o carinho daquela que deu à canção Se Todos Fossem Iguais a Você seu estilo inconfundível. Uma noite, a cantora Maysa o viu na plateia de uma casa noturna do Rio e, ao microfone, disse-lhe: “Aprendi a cantar esta com você”.

Recentemente, o cantor carioca Roberto Paiva decidiu comemorar seus 90 anos num restaurante de Niterói. Magrinho, voz firme, afinada, ele ficou emocionado ao encontrar parentes e amigos na cidade onde passou momentos marcantes de sua vida... continue lendo aqui

FONTE

Cliquemusic
Cliquemusic -  Roberto Paiva completa 80 anos
Dicionário MPB

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