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sábado, 4 de junho de 2011

Leila Silva


Inezilda Nonato da Silva (Manaus, 7 de junho de 1935), mais conhecida como Leila Silva, é uma cantora brasileira. Filha de Raimundo e Raimunda. Seu pai era um telegrafista dos Correios, que, ao se aposentar, resolveu se mudar para a cidade de Santos/SP, porque queria uma cidade, também de clima quente, em que pudesse melhor encaminhar os filhos, que eram muitos. Inezilda, a quarta de uma dezena de irmãos, estudou 6 anos de piano com D. Lourdes e teve aula de violão com o Prof. José do Patrocínio.


Leila Silva ficou famosa na década de 1960 e com a música Não sabemos, de Rubens Caruso, gravado com orquestra sob regência do maestro Poly - Ainda no mesmo ano, lançou seu primeiro LP, "Perdão para dois", com orquestras regidas por Élcio Alvarez e Guerra Peixe, rendendo a ela a conquista dos prêmios mais importantes da época. Sucesso no rádio e na televisão, se apresentou em quase todos os programas.

Começou a cantar na Rádio Atlântica de Santos, acompanhada dos conjuntos regionais de Pascoal Mello e de Maurício Moura, irmão do cantor Mauricy Moura.

Leila Silva é uma geminiana nascida em Manaus, porém foi em Santos (onde reside até hoje) que conquistou seu cartaz, iniciando a carreira de grande cantora na Rádio Atlântica e na Rádio Clube de Santos, por volta de 1958.

Nessa época, por sua atuação naqueles prefixos, ganhou o troféu do jornal "A Tribuna", como melhor intérprete e foi coroada "Rainha dos Músicos". Por seu talento inegável, gravou seu primeiro disco 78 rpm, na etiqueta "Califórnia", com os sambas "Mentira" e "Resignação".

A beleza de sua voz chamou a atenção da crítica e do público para uma nova estrela que surgia na constelação de nossa música. De acordo com o grande Palmeira (Diogo Mulero), Leila "podia cantar sem mostrar seu corpo perfeito, pois não necessitava deste expediente", tal a qualidade de sua voz.

O inesquecível Palmeira, da dupla Palmeira e Biá, tinha alma e talento de artista, sabendo onde estava o sucesso. Por suas mãos, Leila Silva entrou para o cenário profissional definitivamente, assinando um novo contrato com a "Chantecler".


Neste selo, a estrela assinalou inúmeros e sucessivos sucessos como o pioneiro "Não Sabemos", "Não Diga a Ninguém" (Eu já fiz a sua trouxa), "Que Será de Ti", "Inteirinha", entre tantos outros, mas a consagração definitiva se deu em 1960, quando lançou "Perdão Para Dois".
Não Diga a Ninguém" (Eu já fiz a sua trouxa)


Em 1961, gravou os sambas "Justiça de Deus", de Normindo Alves e Ruth Amaral e "Nossa união", de Vicente Clair; o tango "Promessa", de W. White com versão de Teixeira Filho; o rock-balada "Adeus amor", de Haroldo José e Eufrásio Boreli e o bolero "Na solidão do meu quarto", de Rubens Machado.


Nesse ano, gravou pela Chantecler o LP "Quando a saudade apertar". No ano seguinte, lançou ainda na Chantecler o bolero "Vai dar no mesmo", de Edmundo Arias e Teixeira Filho; as baladas "Mais uma vez, adeus", de G. Auric e D. Langdon, com versão de Teixeira Filho e "Meu amor pertence a outra", com adaptação de Teixeira Filho sobre tema de Beethoven e, o samba "O que é que eu faço", de Ribamar e Dolores Duran.

Em 1962, assinou contrato com a gravadora Continental embora ainda lançasse mais três discos pela Chantecler. Em seu disco de estréia na nova gravadora registrou a balada "Deus o mundo e você", de Palmeira e Alvares Filho e o tango "Desespero", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Paulo Aguiar.


Também em 1962, lançou pela Chantecler o LP "Quando Canta Leila Silva", que contou com orquestras regidas por Élcio Alvarez e Zico Mazagão e o Regional de Poly.

Em 1963, lançou a balada "Canção do fim", de U. Mincci e R. Jaden com versão de Paulo Rogério e os sambas "Correio das estrelas", de Dênis Brean e Osvaldo Guilherme; "Coração a coração", de Arquimedes Messina e B. Barrela e "Não diga a ninguém", de José Messias. Nesse ano, lançou seu último disco na Chantecler, o LP "Novamente Ela".

Em 1964, gravou pela Continental os sambas "Juca do Braz"; "Nó de porco" e "Joguei fora o brilhante", de Haroldo José e Romeu Tonelo e "Favela do Vergueiro", de K-Ximbinho e Laércio Flores.

Ainda na década de 1960, teve um programa na TV Record de São Paulo que ficou no ar durante três anos. Embora com carreira fonográfica discreta, seus maiores sucesso foram as músicas "Perdão para dois" e "Não sabemos". Gravou discos também pelas gravadoras RCA Victor, Continental, RGE, Copacabana e Warner. Teve discos lançados na Itália, França, Japão, México, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Por seus sucessos recebeu inúmeros prêmios (aproximadamente 140 troféus), entre os quais destacam-se: quatro "Roquete Pinto", cinco "Chico Viola", cinco "Discos de Ouro", um "Pinheiro de Prata" (Curitiba), um "Ritmo para a Juventude", três "A Tribuna" (Santos), dois "Gaúcho do Sul", dois "Imigrantes de Prata", cinco "Rádio Cultura" como melhor intérprete, oferecidos pelo saudoso Paulo Mansur e, mais recentemente, a "Clave".

Deixando a “Chantecler” após tantas criações musicais vitoriosas, Leila Silva passou pela "RCA Victor", "Continental", "RGE", "Copacabana" e "Warner" (onde gravou seu primeiro CD), em cujos catálogos deixou várias gravações de êxito. Gravou com grandes maestros como os inesquecíveis Elcio Alvarez, Guerra Peixe e Luiz Arruda Paes.

Por suas interpretações em canções de Palmeira, Haroldo José, Alfredo Corleto, Luiz Vieira, Cyro Aguiar, Denis Brean, Oswaldo Guilherme, Waldir Azevedo, Ataulfo Alves, Evaldo Gouveia e Chico Buarque de Hollanda (citando só alguns) e por ser dona de uma voz que personaliza qualquer gênero musical, seu talento ultrapassou as nossas fronteiras, com lançamentos na Itália, França, Japão, México, Argentina, Paraguai e Uruguai.

O sucesso de gravação após gravação promoveu o seu nome e o interesse para apresentações nos quatro cantos do país, atuando também em programas de televisão, sendo contratada pela TV Record por três anos, com um programa só seu.

Mais recentemente prestou uma homenagem aos saudosos João Nogueira e Moreira da Silva, no programa "Espaço Livre", da TV Santa Cecília e fez uma participação especial no "Programa da Saudade na TV", de Francisco Petrônio.

À custa de excelente interpretação e voz expressiva Leila Silva permanece no cenário artístico musical. Embora goste muito do gênero romântico e ter se projetado através da balada "Perdão Para Dois", Leila canta sambas como ninguém. Isto lhe valeu o título de "RAINHA DO SAMBA", oferecido pela Revista do Rádio. Os sambas "Juca do Brás", "Não Sabemos" e "Não Diga A Ninguém" tornaram-se seus prefixos musicais.

Em 2001, apresentou-se no "Programa da Saudade na TV", do cantor Francisco Petrônio no canal Rede Vida.

Em 2002, o selo Revivendo lançou o CD "Leila Silva - o mais puro amor", com 21 gravações suas incluindo antigos sucessos como: "Não sabemos", de Rubens Caruso; "Sarjeta", de J. Luna e Clodoaldo Brito; "Perdão para dois", de Palmeira e Alfredo Corleto; "Juca do Braz", de Haroldo José e Romeu Tonelo; "Justiça de Deus", de Normindo Alves e Ruth Amaral Dias; "O amor mais puro", de Palmeira; "Desespero", de Umberto Silva, Luis Mergulhão e Paulo Aguiar; "Nó de porco", de Haroldo José e Romeu Tonelo e "O que é que eu faço", de Ribamar e Dolores Duran, além de clássicos como "Flor amorosa", de Catulo da Paixão Cearense e Joaquim Antonio da Silva Callado; "Chicletes com banana", de Gordurinha e Almira Castilho; "Murmurando", de Fon-Fon e Mário Rossi e "Apesar de você", de Chico Buarque de Hollanda.

Recebeu do compositor Palmeira o título de "A estrela de São Paulo".

FONTE

WIKIPÉDIA


SAMBA CHORO


dicionário MPB

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