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domingo, 26 de junho de 2011

Vitor Garbelotto


Para o violonista Vitor Garbelotto, indicado na categoria artista revelação da 22º edição do Prêmio da Música Brasileira, não existe reconhecimento maior do que ver o seu nome na lista de uma premiação que traz músicos como Hamilton de Holanda e Yamandu Costa. “Isso já é o prêmio. Não tenho palavras para expressar o que estou sentindo. É só mais uma confirmação de que estou no caminho certo”.

Considerado um dos mais importantes da música brasileira, o prêmio reúne 104 artistas divididos em 16 categorias e este ano presta uma homenagem ao sambista e compositor Noel Rosa.


Contemplado com o Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC) de 2010 para a gravação do álbum “Radamés Gnattali - Integral para Violão Solo”, Vitor abandonou o curso de medicina em Santa Catarina para estudar música na Unicamp e agora disputa com as cantoras Tulipa Ruiz e Luísa Maita, um dos mais importantes prêmios da música nacional.

Vai depender muito do critério de seleção dos jurados porque são trabalhos bem diferentes. Sou o único concertista que está concorrendo com duas cantoras, na época das cantoras no Brasil”, conta Vitor, que prefere não criar expectativas para a premiação, que acontece dia 6 de julho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Depois de sete anos pesquisando a obra do compositor gaúcho, Victor acredita que o projeto baseado na obra de Radamés Gnattali abriu portas para a indicação. “Acho que a figura do Radamés é algo muito forte nesse prêmio. A homenagem é para ele também. Talvez se tivesse feito um CD de músicas próprias eu não estivesse concorrendo.”

Na categoria música instrumental, nomes como Yamandu Costa, Dominguinhos, Hamilton de Holanda, Marco Pereira e André Mehmari disputam o cobiçado prêmio. “Marco Pereira faz um trabalho fantástico com o violão. Só tem gente do primeiro time da música brasileira, o páreo vai ser duro. O resultado vai depender do critério do júri. Conheço bastante o trabalho do Yamandu, que adoro, e o Hamilton é o novo bandolinista da música brasileira, é a bola da vez. O André Mehmari não só toca piano como faz tudo, compõe os arranjos. Ele está despontando. Acho que é o novo caminho que a música brasileira está tomando, essa mistura do popular e do erudito, que marca também a obra do Radamés.”

O compositor e violonista Yamandu Costa foi uma das inspirações que levaram Vitor a seguir o caminho da música. Foi por meio dele e do músico Raphael Rabello que Garbelotto conheceu o trabalho de Gnattali. “Yamandu, Baden Powell e Raphael Rabello são parte da minha escola musical. Eles retratam o violão brasileiro com muita energia, do jeito que gosto de ouvir.”

No começo do ano, Vitor foi eleito melhor artista revelação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e teve o projeto “Sarau Para Radamés” selecionado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) para excursionar pelo interior de São Paulo. Atualmente, ele segue com as apresentações do ProAC e fazendo shows pelos País.


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