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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Zé Miguel Wisnik


O músico, compositor e ensaísta brasileiro José Miguel Soares Wisnik (São Vicente, 27 de outubro de 1948) é também professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo. Graduado em Letras (Português) pela Universidade de São Paulo (1970), mestre (1974) e doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada (1980), pela mesma Universidade.

Wisnik estudou piano clássico durante muitos anos, mas optou pela faculdade de Letras. Apresentou-se pela primeira vez como solista da Orquestra Municipal de São Paulo aos 17 anos, interpretando o Concerto nº 2, de Camille Saint-Saëns.

Em 1968 participou do Festival Universitário da extinta TV Tupi, com a canção Outra Viagem, cantada por Alaíde Costa e gravada posteriormente por Ná Ozzetti.

Um dos grandes compositores da atualidade, dentro da música contemporânea paulista, José Miguel Wisnik uniu em seu mestrado e doutorado literatura e música. Excepcional músico e grande poeta, tem parcerias com artistas do porte de Alice Ruiz, Luiz Tatit, Caetano Veloso e Tom Zé, entre outros.

Cursou mestrado e doutorado em teoria literária, publicando vários ensaios sobre literatura e música, como "O Som e o Sentido – Uma Outra História da Música", lançado pela Companhia das Letras em 1989.

No início da década de 90, dedicou-se à sua primeira paixão, a música, e passou a compor com freqüência para o Grupo Corpo, companhia de dança mineira, e ter suas canções gravadas por vários artistas, entre eles Zizi Possi, Vânia Bastos, Edson Cordeiro, Ná Ozzetti e Eliete Negreiros. Para o cinema, escreveu a trilha sonora para o filme "Terra Estrangeira", de Walter Salles Júnior e Daniela Thomas, de 1996.

Em 1998 compôs "Assum Branco", uma elogiada reconstrução de "Assum Preto", clássico de Luiz Gonzaga, que acabou fazendo parte do repertório do disco "Aquele Frevo Axé", lançado no mesmo ano por Gal Costa.


Wisnik tem quatro discos gravados.
  • Em 2000 gravou o disco independente José Miguel Wisnik.
  • Em 2002 lançou o CD São Paulo Rio, que teve participação da cantora Elza Soares, com quem Wisnik realizou alguns shows em 2002, além de participar da direção artística de seu disco Do Cóccix até o Pescoço.
  • Em 2003 lançou o CD Pérolas aos Poucos.
  • Em 2011, lançou o CD duplo Indivisível, com um disco dedicado a canções acompanhadas por piano, e outro, por violão. Apresenta-se regularmente em shows no Brasil e no exterior.

Desde 2005 tem realizado várias séries de "aulas-shows" com o violonista e compositor Arthur Nestrovski. Wisnik escreve regularmente ensaios sobre música e literatura.




Publicou O Coro dos Contrários - a Música em Torno da Semana de 22 (Duas Cidades, 1977), O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira (Brasiliense, 1982) e O Som e o Sentido (Companhia das Letras, 1989), Sem Receita - Ensaios e Canções (Publifolha, 2004), Veneno Remédio: O Futebol e o Brasil (Companhia das Letras, 2008) e "Machado Maxixe: O Caso Pestana" (Publifolha, 2008), além de participar dos livros coletivos Os Sentidos da Paixão, O Olhar e Ética (Companhia das Letras, 1987, 1988 e 1992) e do Livro de Partituras (Gryphus, 2004). Mantem uma coluna semanal no jornal carioca O Globo.

Além de seus discos, livros, ensaios e aulas, Wisnik faz também música para cinema (Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas), teatro (As Boas, Hamlet e Mistérios Gozozos para o Teatro Oficina, e Pentesiléias, de Daniela Thomas, dirigida por Bete Coelho) e dança. Fez quatro trilhas sonoras para o grupo Corpo: Nazareth, de 1993, sobre obra de Ernesto Nazareth; Parabelo, de 1997, em parceria com Tom Zé; Onqotô, de 2005, com Caetano Veloso e Sem Mim, de 2011, com Carlos Nuñez, sobre canções de Martín Codax.

FONTE

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