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sábado, 11 de junho de 2016

Diário da Música ♪♫: Roberto de Regina



Diário da Música ♪♫: Roberto de Regina: Nome relevante da nossa área erudita, Roberto de Regina dedica-se a manter viva a tradição do cravo, seja tocando, seja fabricando o instrumento que, ao longo dos séculos, perdeu terreno para o piano. Nos últimos anos, o maestro tem concentrado cada vez mais suas apresentações na Capela Magdalena. Essa acanhada sala de concertos fica dentro de seu sítio em Guaratiba, um endereço aberto ao público que tem também como atrações um restaurante de culinária indiana e um museu de miniaturas.

Comemoração dos 90 anos do maestro Roberto de Regina

Uma preciosa atração turística para o Rio de Janeiro, a Capela Magdalena, do cravista Roberto de Regina, é um ambiente requintado de cultura e entretenimento. A capela fica em Guaratiba, Zona Oeste da cidade, no sítio onde o artista também mantém o Museu Ronaldo J. Ribeiro, que expõe em duas alas mais de 400 peças de miniaturas de veículos — carros, embarcações e aviões — e de catedrais e castelos.


O artista recebe grupos para visitas guiadas ao museu e à capela durante toda a semana. Desde 1991, ele promove concertos com ambientação de época, seguidos de degustação de vinhos e pratos indianos e tailandeses. Neste programa musical e gastronômico, o público é recebido por pajens trajados com roupas de época, que conduzem os visitantes por um caminho iluminado por tochas. Depois, Roberto de Regina inicia o recital em seu cravo, que ele próprio modelou.


O cravista também é um artesão muito talentoso. A maioria do acervo de catedrais de seu museu foi montada por ele próprio. Roberto também amplia o tamanho das igrejas e incrementa a peça com paisagismo e adornos que não fazem parte da peça original. Embora as instalações sejam um tanto acanhadas, os objetos expostos são impecavelmente idênticos aos originais e têm um valor histórico e cultural imenso, já que é possível passear por várias épocas e lugares dentro do museu.


A primeira ala do museu mostra réplicas de carros a vapor do século XVIII e de outros modelos fabricados há mais de 100 anos. Também se destacam no acervo a miniatura do 14 Bis, pilotada por Santos Dumont em 1906, e a Kitty Hawk, dos irmãos Wright.


A viagem ao passado retrocede ainda mais em relação ao transporte naval. Podem ser vistas cópias da Barca do Sol, usada no funeral do faraó Quéops em 4 500 a.C., e da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Um dos destaques é a cidade fictícia que o artista projetou, onde trens e bondes circulam entre teatros, cinemas e igrejas inspiradas em endereços famosos da Europa.

No segundo setor, com quarenta peças, são expostas catedrais e castelos, como o Krak des Chevaliers, situado na Síria e o Vaticano, a peça mais real entre as catedrais. Quem quiser conferir as miniaturas de perto deverá agendar a visita (Estrada do Mato Alto, 6024, Guaratiba, 2410-7183 e 3406-9927).

  
 
  


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