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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lenita Bruno


Lenita Bruno, treinada no canto lírico e intérprete de canções do universo musical norte americano durante as décadas de 40 e 50, abraçou a bossa nova com muita beleza e sofisticação em seus discos gravados nos Estados Unidos. Depois de deixar dois LPs clássicos como “Por Toda a Minha Vida” e “Modinhas Fora de Moda”, do selo Festa, Lenita foi para os EUA em 1964 e lá gravou com nomes como Laurindo de Almeida, Bud Shank, Claire Fisher e outros...

Francisco Alves & Lenita Bruno - I bring a love song


Lenita Bruno (08/12/1926 - 24/8/1987, Rio de Janeiro, RJ), cantora, teve uma formação lírica. Iniciou sua carreira aos 14 anos, em programas de calouros da Rádio Nacional e da Rádio Cruzeiro do Sul. Na época, saiu vencedora de vários.

Em 1946 assinou seu primeiro contrato com a Rádio Mayrink Veiga, para temporada de seis meses.

Em 1949, venceu o concurso Chiquinho a procura de uma Lady crooner, promovido pela Rádio Clube do Brasil.

Em 1950, retornou à Mayrink Veiga, onde se apresentou com o cantor Dick Farney, em um programa dedicado ao jazz.

Cantava em vários idiomas, principalmente inglês, interpretando o repertório jazzístico americano com competência, segundo a crítica da época. Com esse repertório, de músicas como Always, de Irving Berlin; Tonight, de Leonard Bernstein e Sondheim e Someone to watch over me, de George e Ira Gershwin, Lenita fez vários programas na Rádio Nacional nos anos 50. Essas interpretações podem ser encontradas na Collector's Editora Ltda, que em 1989 as lançou em LP.

A cantora participou de vários dos mais conceituados programas musicais da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, entre eles: Operetas famosas; Um milhão de melodias; Festivais GE; Canção da lembrança; Quando os maestros se encontram e Mestres da música.

Gravou seu primeiro disco em 1952, pela Sinter, interpretando duas músicas de Lírio Panicali e Evaldo Rui: Um domingo no Jardim de Alah e Enquanto houver. Em 1958, gravou duas versões feitas por Aloysio de Oliveira, pela Odeon: Sayonara e Love me again.

Conheceu Tom Jobim através de seu marido, o maestro Leo Peracchi, que orquestrou Orfeu da Conceição, em 1957.

Em 1959, lançou o LP Modinhas fora de moda, com a orquestra de Leo Peracchi, onde a cantora gravou várias modinhas brasileiras. O disco, lançado pela etiqueta Festa, recebeu elogios da crítica, do maestro Heitor Villa-Lobos e apresentação do maestro Edino Krieger.


Ainda em 1959, Tom Jobim a convidou para gravar o LP Por toda a minha vida, só com músicas dele e de Vinícius de Moraes.

Por toda a minha vida gravado pela cantora lírica Lenita Bruno, com orquestração e arranjos do Maestro Leo Perachi, traz treze temas de autoria e parceria de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes. O álbum traz as canções: Por toda a minha vida: Serenata do adeus; Estrada branca; Soneto da separação; Valsa do orfeu; Canção do amor demais; As praias desertas; Eu sei que vou te amar; Canta, canta mais; Modinha; Cai a tarde; Sem você; Eu não existo sem você...


Lenita participou com  Lamartine Babo, Ary Barroso, Dolores Duran... orquestrações e regência dos maestros Pachequinho e Guaraná, além do côro de Joab Teixeira e participação da Orquestra Copacabana e outros da gravação do LP “Festival do Rio”, álbum lançado pelo selo Copacabana em 1960, com a canção "Seu amor, Você".


Em 1964, deixou a Rádio Nacional e foi para Nova York, onde se apresentou ao lado de Laurindo de Almeida. Nos EUA gravou o LP Lenita Bruno em Hollywood, onde interpreta somente músicas brasileiras, algumas com versão em inglês, acompanhada de Laurindo de Almeida, Clare Fischer e Bud Shank.

Este seu Olhar

Este LP foi gravado em Hollywood, a edição nacional lançada em 1968 pelo selo Fermata [FB 235] omitiu como de costume, os nomes dos músicos e arranjadores. Mas é bastante possível que estejam presentes o órgão de Walter Wanderley [o toque inconfundível] e a bateria do mestre Paulinho. Com letras traduzidas para o inglês Lenita canta clássicos de Jobim [“Este Seu Olhar”, “Desafinado” e “Chega de Saudade”], Dorival Caymmi [“Acalanto”], Chico Buarque de Hollanda [“A Banda”, “Carolina” e “Tem Mais Samba”], Dolores Duran [“A Noite do Meu Bem”], Djalma Ferreira e Luis Antônio [“Cheiro de Saudade” e “Murmúrio”] e outros. Tudo emoldurado por belos arranjos com destaque para os metais, percussão, piano e órgão hammond marcantes. Um clássico.

Eu Sei Que Vou Te Amar


Lenita fez também um especial na TV ao lado de José Feliciano. Gravou, em seguida, outro LP, ao lado de Bud Shank, intitulado Work of love. Ao retornar ao Brasil, participou de um show na Sala Funarte, em homenagem a Mário de Andrade.

Realizou o show Tom Jobim, popular ou clássico? em 1985, no Projeto Seis e Meia da A. B. I. , no Rio de Janeiro. Fez sua última apresentação em 1986, no Restaurante Botanic, no Rio de Janeiro, no show Para amar e sofrer.



FONTE

Um comentário:

  1. LENITA BRUNO CANTORA FABULOSA COM UMA BELA DICÇAO TENHO SEUS DOIS DISCOS GRAVADOS NO BRASIL MODINHAS E VINICIUS E JOBIM TENHO TANBEM MATERIAL DE PROGRAMAS DE RADIO PRETENDO FAZER UM CD COM ESSE MATERIAL FALTA ME MATERIAL GRAVADO NO EXTERIOR

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