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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lia Salgado



Lia Portocarrero de Albuquerque Salgado (Rio de Janeiro/RJ, ** Belo Horizonte/MG, 14/11/1980) mudou-se ainda criança para Belo Horizonte, considerando-se mineira de coração, onde realizou seus estudos de canto no Conservatório Musical de Belo Horizonte, sob orientação de Nahyr Jeolás.

Lia estreou na cena lírica em 1947, nas comemorações do Cinquentenário de Belo Horizonte, com “Cavalleria Rusticana”. Em 1949, apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando “La Bohème”, e desde então participou de todas as temporadas até 1972, em inúmeras óperas.

La Bohème



Cantou ao lado de celebridades como Mario Del Monaco, FerruccioTagliavini, Siminato, Boris Christoff, Guelfi, Italo Tajo, Rossi Lemeni, Georgi Mellis, Gottlieb, Tadei e Damiano.

Lia Salgado especializou-se em música erudita brasileira e dedicou-se à sua difusão no exterior.

Em 1959 gravou o disco "Interpretando Autores Brasileiros", pela Sinter. Já nos anos 60 lançou "Canções Brasileiras", pela Chantecler. Nestes discos foi acompanhada de Alceu Bocchino e Camargo Guarnieri, dois nomes de peso da música erudita brasileira.

Os dois discos foram relançados em 2009 em um álbum, em um delicado formato de livro, apresentado ao público num lançamento acontecido no Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte.

Lia Salgado gravou 10 LPs de música brasileira, incluindo a primeira gravação de música colonial mineira, “Missa em Fá”, de Lobo de Mesquita. Apresentou-se com êxito em palcos da Itália, França, Espanha, Portugal, Inglaterra, Argentina e Estados Unidos.



Seu acervo com quase 600 itens (reúne fotografias, recortes de jornais, programas de óperas, partituras, diplomas, correspondências pessoais, estatuetas de premiação, além de discos de vinil gravados pela soprano ao longo de sua carreira) foi doado pela família para o Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte. Lá estão gravados domesticamente todos os seus LPs. Ela foi a cantora preferida dos compositores brasileiros, tais como Villa-Lobos, Mignone, Bocchino, Siqueira.

CURIOSIDADES

No dia 1º de julho/2009, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) recebe a doação do acervo da soprano Lia Salgado, uma das maiores intérpretes da canção lírica brasileira. Doado por familiares da cantora, o acervo reúne fotografias, recortes de jornais, programas de óperas, partituras, diplomas, correspondências pessoais, estatuetas de premiação, além de discos de vinil gravados pela soprano ao longo de sua carreira. Alguns desses itens compõem uma pequena mostra que será aberta na recepção do Museu no mesmo dia. A cerimônia de doação aconteceu às 19h, no auditório do Museu, seguida de abertura da mostra. Na ocasião também será lançado o CD “Lia Salgado e a Canção Brasileira”, que reúne os grandes sucessos da soprano. Lia era esposa do médico e político mineiro Clóvis Salgado, cujo acervo também foi doado ao MHAB. Eles tiveram três filhos.
 
*Os álbuns “Interpretando Autores Brasileiros” de 1959, lançado pela Sinter juntamente com “Canção Brasileira” que saiu pela Chantecler nos anos 60, foram relançados dentro do que se pode dizer um projeto que vai muito além do próprio desejo de seus familiares em prestar-lhe uma homenagem, está também no valor artístico desta grande intérprete. Ao lado de Alceu Bocchino e Camargo Guarnieri, dois nomes de peso da música erudita brasileira, presentes não apenas nas músicas interpretadas, mas também acompanhando-a ao piano. Lia Salgado inovou e gravou ao lado dos próprios autores. O álbum duplo, lançado em um delicado formato de livro, foi apresentado ao público em julho/2009, no Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte. Este ‘mimo’ teve uma tiragem limitada e foi distribuído gratuitamente aos convidados e à diversos setores da cultura, além de bibliotecas e escolas. Sem dúvida, um ítem importante que enriquece nossos bancos de informação cultural. Parabéns à família pela bela e necessária atitude, honrando não apenas à mãe e avó, mas também a um grande nome da música brasileira. Nós, os admiradores e amantes da boa música, só temos a agradecer... (Toque Musical)

*Lia Salgado foi talvez o nome mais expressivo, como intérprete da música erudita nos anos 50 e 60. Solista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do RJ e da Sinfônica de Belo Horizonte, Lia também atuou nas mais importantes obras de gêneros camerístico, lírico e coral da época. Foi casada com o médico Clóvis Salgado, figura de destaque na medicina, artes e política mineira. Clóvis Salgado foi vice-governador, governador e ministro da Educação e Cultura na fase de Juscelino Kubitschek.

  • “Conheço a extensa galeria de personalidades brasileiras e posso afirmar, com conhecimento de causa, que nenhuma o excede em correção, preparo, eficiência, lealdade e nobreza.” Foi assim que o ex-presidente Juscelino Kubitschek definiu o amigo Clóvis Salgado em uma carta datada de 1973.

*No álbum “Interpretando Autores Brasileiros” de 1959, Lia Salgado interpreta alguns dos maiores compositores brasileiros do gênero. Temos aqui obras de Villa Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandes, Alceu Bocchino e Camargo Guarnieri. Dos compositores apresentados nesta coletânea, temos ao piano, acompanhando a cantora – de um lado, Camargo Guarnieri e do outro Alceu Bocchino...

*Presidente: Lia Porto Carrero de Albuquerque Salgado
Serviço Voluntário de Assistência Social

Período: maio de 1955 a janeiro de 1956
Governador: Clóvis Salgado da Gama
Período de governo: 31.05.1955 a 31.01.1956
Quando JK saiu do Governo do Estado para disputar a presidência, o trabalho continuou pelas mãos de Lia Porto Carrero de Albuquerque Salgado. Em seguida, Sarah Kubitscheck expandiu as Pioneiras para o Brasil, época em que a entidade foi desvinculada do Governo Mineiro.

FONTE

Memória da MPB

2 comentários:

  1. A Lia fez parte da primeira geração da ponte cultural Rio - Belo Horizonte já que ela mudou para cá aos 23 anos numa época em que Juiz de Fora ainda era a maior cidade de Minas. Essa ponte já gerou muita coisa boa e espero que os laços do capital não ofusque o muito que podemos dar.

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  2. A Lia fez parte da primeira geração da ponte cultural Rio - Belo Horizonte já que ela mudou para cá aos 23 anos numa época em que Juiz de Fora ainda era a maior cidade de Minas. Essa ponte já gerou muita coisa boa e espero que os laços do capital não ofusque o muito que podemos dar.

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