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sábado, 19 de novembro de 2011

Túlio Piva



Túlio Simas Piva (Santiago, 4 de dezembro de 1915 - Porto Alegre, 4 de fevereiro de 1993) foi um violonista e compositor brasileiro. Seu repertório sempre valorizou o choro, o samba e a música popular.

TEM QUE TER PANDEIRO
de Túlio Piva
gravado em 1958 na Rússia pelo Conjunto Vocal Farroupilha


Como é que um cara lá do meio do mato, de Santiago do Boqueirão, me sai sambista?, foi a pergunta que o então jovem radialista gaúcho Paulo Deniz fez pro seu colega e humorista Carlos Nobre. O ano era 1954 e o Nobre puxava Deniz prum canto dos estúdios da Rádio Gaúcha, a fim de apresentá-lo ao farmacêutico-prático Túlio Simas Piva, que já havia se apresentado nos bares boêmios de Porto Alegre, mesmo ainda morando em sua longínqua cidade natal.

Desta vez era Tem Que Ter Mulata, que seria sucesso quase instantâneo. Deniz o arrastou pro ensaio do Norberto Baldaulf & Seu Conjunto - o um dos melhores conjuntos melódicos gaúchos de então - e acertou ali mesmo a primeira gravação da música. Não deu outra. Esta música foi regravada em diversos idiomas, inclusive em russo. Certa feita, Túlio passeava por Montevidéu numa tarde de Carnaval quando passou uma murga - que é o bloco de carnaval lá deles -, feliz da vida, mandando o maior candombe: tiene que tener mullata, tiene que tener mullata...

Em 1955, Túlio e sua família mudaram-se de Santiago para Porto Alegre. A capital gaúcha, se já não era mais a cidade que, nos anos 10, quase rivalizou com Buenos Aires em movimentação musical, ainda assim resplandecia uma Pasárgada de possibilidades para um já nem tão jovem compositor.

Logo estava instalada - na Rua dos Andradas quase esquina com Dr. Flores - a Drogaria Piva. Em pouco tempo, ali seria um ponto de encontro vespertino da boemia da terra. Naquela época, era comum cantores de renome viajarem pelo país atrás de músicas inéditas pra gravar. E o samba-batucada de Túlio garrou fama. Elza Soares, Germano Mathias, Carmélia Alves, Francisco Petrônio, Luís Vieira, Noite Ilustrada, Caco Velho e muitos outros nomes ilustres do samba dos anos 50 gravaram músicas dele. Três nomes bastariam: o lendário Conjunto Farroupilha, os eternos Demônios da Garoa e uma menina vesga, risonha e tímida, espécie de mascote da turma do Túlio, onde todos já a apontavam como a futura maior cantora brasileira: Elis Regina Carvalho Costa.

Um grande momento veio em 68. Foi o grande vitorioso do II Festival Sul-Brasileiro da Canção Popular, com Pandeiro de Prata e, na saída, ter sido carregado nos ombros pelos seus admiradores. Como grande vencedora deste concurso regional, a música interpretada por Edgar Pozzer foi para o Rio, participar do festival O Brasil Canta no Rio, mas não teve o mesmo sucesso.

Túlio Piva - Pandeiro de Prata

Na década seguinte, anos 70 -, Túlio e seu inseparável Lucio do Cavaquinho montaram dois bares que marcariam a noite da cidade: o Gente da Noite e o Pandeiro de Prata, localizados no bairro Cidade Baixa, marcado pela boemia. Muito sucesso, mas pouco dinheiro.



Os donos ficavam compondo sambas no escritório ou tocando palco enquanto os gerentes mexiam indevidamente no dinheiro. Mas, ele não se importava, pois as alegrias eram diárias e maiores do que estes detalhes. Foi nessas casas que Túlio compôs a maior parte dos seus 500 sambas. Foi lá que os netos, filhos da única filha, Vera, estrearam na música. Rodrigo Piva, que tinha doze anos na estréia, hoje é compositor e cantor e mora em Florianópolis. Rogério, que tinha dez, hoje é um dos maiores bandolinistas do Brasil, ainda que pouca gente saiba.

O grande problema, e ao mesmo tempo alegria de Túlio é que, além de compositor, cantor e violonista, ele sempre foi muito arraigado à família. Quando veio em definitivo para Porto Alegre, já não era nenhuma criança. Não teve vontade, necessidade ou coragem pra arriscar a vida no centro do País. Foi ficando. Pagou o preço de nunca ter estourado nacionalmente, não ter virado um Herivelto Martins, um Luis Antônio. Mas, pelo menos, viveu seus últimos anos de vida cercado de gente de todas as idades: os velhos amigos, filhos e netos. Ao lado de Heloísa, sua fiel companheira, mais de meio século de casamento e franca tietagem. No meio dos troféus, seus entes também eram dignos de um grande orgulho.

O boêmioTúlio, apesar de estar longe de sua cidade natal, mantinha a sua simplicidade e cultivava um grande número de amigos. Musicalmente, não era contra o uso de novas tecnologias nas regravações de suas músicas, desde que não as descaracterizassem. Seus netos Rodrigo e Rogério herdaram o gosto pela música, sendo atualmente dois grandes bandolinistas.

Seu último show ocorreu em 1991, Túlio Piva 75 Anos, uma homenagem prestada pelo grupo de chorinho Bando Bom pra Cachorro. Pelos relatos de alguns componentes da banda, Túlio parecia um garoto em seu primeiro show, alegre e aproveitando intensamente aquele momento, que imaginava que seria o último nos palcos da vida. Isto pelo fato dele manter em segredo a doença que lhe custaria a vida.

Talvez por isso, ele também buscava viver intensamente seus últimos momentos na vida, junto aos parentes e amigos, em casa e no hospital, onde ficou internado e veio a falecer de embolia pulmonar, decorrente do agravamento do câncer de próstata que lhe acometia há cerca de dois anos.

No ano do seu falecimento, foi homenageado pela Academia de Samba Praiana, escola do Grupo Especial de Porto Alegre, com o enredo Lua e Sol, Cenário Inspirador de um Poeta: Túlio Piva. Ele era esperado no desfile, que ocorreu duas semanas após o óbito, tornando assim o enredo uma homenagem póstuma. Mas, foi representado por seus netos, que desfilaram tocando e cantando no carro de som junto ao intérprete praianense Edson Chulepe.

Outra grande homenagem ao grande músico foi o batismo de um teatro bastante freqüentado no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. O antigo Teatro de Câmara passou a acrescentar o nome de Túlio Piva em sua identificação oficial: tornando-se assim o Teatro de Câmara Túlio Piva.

CURIOSIDADES



Teatro de Câmara Túlio Piva

O Teatro de Câmara Túlio Piva é um pequeno teatro da cidade de Porto Alegre, localizado na Rua da República 575, no bairro da Cidade Baixa.

O Teatro de Câmara foi criado em 1970 como o primeiro teatro administrado pela municipalidade, sendo instalado provisoriamente no prédio de um antigo depósito de automóveis, que futuramente deveria ser demolido para dar lugar à abertura de uma avenida. Com a alteração no Plano Diretor da cidade o teatro acabou permanecendo ali definitivamente, sendo reformado e reinaugurado em 1999 já com sua denominação atual, que homenageia o conhecido músico gaúcho Túlio Piva. Novamente reformado em 2005 com a instalação de diversos melhoramentos, foi reaberto ao público em março de 2006.

Seu espaço possui uma área de 750m², com um palco italiano, uma platéia de 210 lugares, uma boca de cena com 7,78m de largura por 4,50m de altura e profundidade de 7,28m, além de três camarins e cabine de som e luz. Além de suas apresentações teatrais o teatro mantém um programa de cursos, palestras e visitas guiadas.


  • CD-Book Túlio Piva Pra Ser Samba Brasileiro

O CD-Book Túlio Piva Pra Ser Samba Brasileiro traz um estojo com dois CDs que reúnem os principais fonogramas remasterizados dos quatro Long-Plays de Túlio Piva gravados nas décadas de 70/80 ao lado da cantora Eneida Martins; e um livro que revela a sua faceta literária, desconhecida pelo grande público: uma coletânea de poemas, crônicas e aforismos, além de escritos diversos onde ele expõe sua opinião sobre temas relacionados à cultura popular.

Rodrigo Piva - filho de Vera Regina Piva e neto do compositor Túlio Piva - produziu em 2005, juntamente com Márcio Gobatto, o CD-Book Túlio Piva – Pra Ser Samba Brasileiro, um resgate musical e literário da obra de seu avô (Túlio Piva), com o patrocínio do Programa Petrobras Cultural 2004. Em 1996 ele já havia produzido o CD Túlio Piva – Composições Inéditas (Funproarte), que registra 14 obras inéditas de Túlio.

Mais informações: http://www.odarablog.blogspot.com/


Papéis antigos
Túlio Piva

Em horas mortas, ler papéis antigos,
É mergulhar a fundo no passado.
É reencontrar-se com velhos amigos
Numa carta, até mesmo num recado.

É sentir o calor da mocidade,
Renovar-se no espírito da gente.
É encontrar as raízes da saudade,
Florescendo no peito, de repente.

Papéis velhos, outrora confidentes,
De remotos amores, sonhos, medos...
É o próprio passado no presente!

E só os relemos quando estamos sós,
Pois os velhos papéis guardam segredos,
Que se revelam tão-somente a nós!

Inventário de um sambista

Livro e CDs reúnem a fina flor da produção de Túlio Piva, o mais carioca de todos os gaúchos -
por FLÁVIO ILHA

Uma jóia rara. É assim, com o nome de uma canção de sua autoria, que pode ser definido o CD-Book que comemora os 90 anos do sambista e compositor Túlio Piva, nascido no interior do Rio Grande do Sul, quase na fronteira com a Argentina, mas que paradoxalmente desenvolveu uma alma ligada ao imaginário da melhor tradição carioca.

Pra Ser Samba Brasileiro reúne 39 músicas de Túlio Piva em dois CDs e faz um inventário da produção intelectual do compositor, que também assinou sonetos, poemas de cunho regionalista e crônicas. "Ele deixou mais de 100 fitas cassete gravadas, algumas com sambas que pouca gente conhecia", diz o neto Rodrigo Piva, organizador, junto ao produtor executivo Márcio Gobatto e ao poeta Hugo Ramirez, do material que resultou na caixa. O CD-Book de Túlio Piva, patrocinado pelo projeto Petrobras Cultural, tem lançamento previsto para o dia 27 de outubro em Porto Alegre.

Estão nos CDs as preciosidades que transformaram o compositor num fenômeno musical.

Tem Que Ter Mulata, por exemplo, foi gravada nos Estados Unidos, na Rússia, na Venezuela. Composta em 1940, teve mais de dez gravações diferentes pelo Brasil afora, incluindo o antológico registro de Germano Mathias e sua latinha de graxa. Foi essa música que impulsionou a carreira musical de Piva: sucesso absoluto na sua primeira versão, executada pelo conjunto melódico de Norberto Baldauf, em 1956, provocou a mudança do compositor da pequena Santiago para Porto Alegre. O samba, antes disso, foi recusado pela poderosa rádio Nacional em 1944, depois de Túlio ter realizado um verdadeiro périplo para colocar uma partitura na sua melodia. O sambista, é claro, nunca estudara música.

"Ele não sabia ler ou escrever partitura, compunha intuitivamente", lembra o neto Rodrigo. Isso não o impediu, entretanto, de ser conhecido por um estilo único, particular, de dedilhar o violão. "O trunfo dele era a mão direta: com dois dedos, fazia uma batida percussiva e bem sincopada, como se fosse uma escola de samba. Até hoje, eu nunca vi alguém reproduzir esse som", explica Rodrigo. A harmonia dada pela mão esquerda ficava em segundo plano.

Freqüentemente comparado a Adoniran Barbosa e a Herivelto Martins, Túlio já não era nenhum guri quando deu essa guinada na sua vida. Casado e com uma filha, transferiu sua drogaria para a capital apenas, como ele mesmo reconhecia, com a intenção de buscar maiores oportunidades na carreira artística. Um ano depois, já integrava uma comitiva convidada para os shows comemorativos ao aniversário de Montevidéu, no Uruguai.

O sambista não pararia mais. Logo a seguir, comandava um programa de música na rádio Difusora com o mesmo nome de seu maior sucesso, o samba Gente da Noite. Poucos anos depois, seria carregado nos braços por uma multidão ao vencer o II Festival Sul-Brasileiro da Canção Popular, organizado pela rede Excelsior. Era 1968. Túlio representaria o Rio Grande do Sul na etapa nacional do concurso, depois da aclamação popular de Pandeiro de Prata. Tudo estava dando certo. Quem sabe uma carreira no Rio de Janeiro, já que o samba premiado era favoritíssimo para vencer o festival. Quem sabe mais uma guinada rumo ao estrelato?

Marmelada

O que aconteceu depois marcaria a vida e a carreira de Túlio Piva. Defendida pelo conjunto vocal Tempo Três – formado pelas cantoras Maria Tereza Lima, Ana Maria Bolzoni e Yedda Leite –, a música teve o som prejudicado na apresentação do Maracanãzinho e acabou desclassificada. "Meu irmão, que estava na segunda fila da platéia, nos fazia sinais dizendo que não ouvia nada", recorda Ana Maria Bolzoni.

Consta que o boicote foi patrocinado pelo compositor Carlos Imperial, que apresentava a música Você Passa, Eu Acho Graça na voz da estreante Beth Carvalho, uma parceria com Ataulfo Alves. "Foi sabotagem", assegura Ana Maria.

"Marmelada", define Rodrigo Piva. Túlio não escondeu sua decepção com o desfecho do episódio, já que havia até mesmo uma festa programada na quadra da escola de samba Mangueira para festejar a vitória. "Ele apostou todas as fichas no festival da Excelsior. É possível que fosse para o Rio se tivesse vencido", relata o neto. O certame acabou sendo vencido pela música Modinha, uma parceria do pai Jacob do Bandolim com o filho Sérgio Bittencourt.

Mesmo assim, o revés não afetou a personalidade conciliadora e dócil de Túlio. "Ele era uma pessoa maravilhosa, só pensava em música", relata a cantora Ana Maria Bolzoni. Ela guarda um caderno com 79 composições do sambista, duas das quais, segundo assegura, inéditas.

Ladeira da Vida, um samba-canção, foi manuscrita pelo próprio Túlio para Ana Maria menos de um mês antes de morrer, em 1993. A canção Quem Há de... foi batizada pela própria cantora, que tem um arsenal de 16 fitas cassete com gravações caseiras de Túlio e seus amigos feitas em festas na casa de Ana Maria. É uma relíquia guardada a sete-chaves.

Outra pérola é a letra de Internacional, de 1978, uma marcha feita para o clube de futebol que vivia seu momento mais glorioso no final dos 70. O detalhe curioso é que Túlio torcia pelo Grêmio. "Ele cantava a marchinha com muita ênfase e logo emendava o samba Mas Eu Sou Gremista", diverte-se Ana Maria. Mais uma prova da personalidade de Túlio.


Morro e mulatas

O compositor se tornou ainda mais profícuo quando fechou a farmácia e abriu sua própria casa noturna, a Gente da Noite. Era 1973 e Porto Alegre vivia uma verdadeira febre de boates e bares que investiam em seus próprios conjuntos musicais. Túlio já havia tocado em casas noturnas como a Pandeiro de Prata e a Chão de Estrelas, sempre acompanhado de Lúcio do Cavaquinho e de Fabrício Galeano. Juntos, eles formaram o Triunvirato do Samba. "Ele passava mais tempo no escritório dos fundos, compondo, do que cuidando dos negócios", lembra o amigo Plauto Cruz.

Isso explica, em parte, a falta de reconhecimento do músico. Contemporâneo de Lupicínio, de quem inexplicavelmente não foi parceiro, Túlio não teve a fama merecida. "Ele é exceção numa geração de muitos cantores, mas de poucos compositores", avalia o músico e jornalista Arthur de Faria. Além de fazer samba numa terra tradicionalmente direcionada aos motivos telúricos, Túlio tinha um violão ousado. "A batida dele era única, só dele", reforça Faria. E também cultuava um imaginário calcado na tradição do samba carioca, o que igualmente causava um certo estranhamento nos críticos. "Aqui não havia nem mulata nem morro", lembra o jornalista.

Tudo misturado, significa que Túlio não tinha um sotaque regional. Ou seja, o samba que ele fazia podia perfeitamente passar por carioca. "É bom lembrar que o Lupicínio tinha uma tradição mais vinculada ao tango, suas letras são mais reconhecíveis para nós em função dessa influência", analisa Faria. Mas, apesar de ser até mais valorizado por uma característica universal, o sucesso foi limitado.

Túlio gravou apenas quatro LPs durante mais de 50 anos de samba, além de um compacto duplo. A maior parte deles na década de 70.

Talvez o fato de não se considerar um cantor explique a pequena discografia própria, apesar de seus sambas terem sido gravados por artistas do quilate de Jair Rodrigues, Miltinho, Elis Regina, Elza Soares, Demônios da Garoa, Noite Ilustrada. Túlio só encontraria uma fórmula satisfatória de gravar em 1975, quando achou a voz de Eneida Martins. Com uma forte presença de palco, voz potente, a cantora seria marca registrada também dos últimos discos em 1977, 1979 e 1982.

"Ele era adorável, mas isso não impedia que nós brigássemos muito por questões rítmicas", brinca a cantora. Sócia da boate Gente da Noite durante alguns anos, Eneida diz que insistia para dar aos sambas um andamento mais rápido, enquanto Túlio investia na sua batida sincopada e suave. "Mas eu aprendi muito com ele", suspira. Até hoje, ela não gosta de falar dos quase dez anos que passou na casa noturna, acompanhando o mestre. "Ele era rígido, mulher sozinha não entrava", desconversa.

Na boate, que permaneceu aberta até 1983, ele cantava todas as noites e recebia inúmeros amigos para participações especiais. Aqueles foram os anos dourados da boemia porto-alegrense. Os casais saíam para ouvir música, dançar. Mas, mais importante: Túlio considerava a casa noturna um espaço de resistência da música popular, devastada segundo ele por toda sorte de influências estrangeiras. Era, na sua expressão, uma "catedral do samba".

Nas rodas de samba, ele também se sentia à vontade. Geralmente gravadas, essas reuniões ocorriam quase todos os finais de semana, na casa do compositor ou na casa de amigos. Foi nesses encontros que aflorou a vocação musical dos netos Rodrigo e Rogério e do pandeirista Giovanni Berti, que formaram o grupo Vibrações. Berti ainda guarda lembranças vivas do mestre. "Ele compunha com um gravador portátil, letra e música numa tirada só. Além disso, tirava acordes no violão sem saber as maravilhas que estava fazendo", recorda. O músico deve sua carreira a Túlio. "Comecei a estudar música por causa das rodas de samba. Enquanto a maioria dos adolescentes só queria saber de rock, eu falava do Jacob do Bandolin, do Pixinguinha", conta. E completa: "Ele me chamava de neto". Coisas de um coração do tamanho de um pandeiro.



FONTE

WIKIPÉDIA

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