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sexta-feira, 2 de março de 2012

Victor Simón

Afonso Victor Simón foi um cantor e compositor brasileiro. Nasceu em Macaé, Rio de Janeiro, em 1º de agosto de 1916. Morreu por volta das 23 horas do dia 15 de maio de 2005, em São Paulo/SP.

É autor de canções como "Vagalume", "Bom Dia, Café" e "O Vagabundo".


BOM DIA, CAFÉ - samba de Victor Simon com Roberto Luna

Sua obra possui mais de 200 composições, segundo o Sindicato dos Compositores e Intérpretes do Estado de São Paulo. No Rio, "Vagalume" ganhou o carnaval de 1954.

A canção "Bom Dia, Café" foi apresentada em vinhetas da Rádio Tupi.

A música "O Vagabundo", gravada no Brasil por Altemar Dutra, recebeu versão pelos mexicanos do Trio Los Panchos e repercutiu internacionalmente. Ernesto Che Guevara dizia-se admirador de tal obra.


Victor Simón foi parceiro de diversos autores da música brasileira. Convidado por Mao Tsé-Tung, acompanhou diretamente a Revolução Cultural Chinesa. Nos anos 1960, visitou a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.



Seu grande sucesso foi a marcha "Vagalume", parceria com Fernando Martins, lançada em 1954 e que satirizava a infraestrutura da cidade do Rio de Janeiro, então capital federal afirmando: "Rio de Janeiro/Cidade que me seduz/de dia falta água/de noite falta luz".

A música, criada pela cantora Violeta Cavalcanti, obteve sucesso nos salões e nas ruas do Rio. A marcha foi incluída no show "Estão voltando as flores", no quadro sobre a vida da cantora Violeta Cavalcanti como sendo seu maior sucesso. O show, estreado em 2001, continuou em cartaz por cinco anos seguidos, correndo todo o Brasil, além de ter sido gravado em CD pela Som Livre.

Em 1944, fez sucesso com a valsa "Vaqueiro alegre", versão de uma composição de B. Kanter feita em parceria com Bob Nelson, e que acabou por servir como designação para o cantor Bob Nelson, conhecido a partir de então como "O vaqueiro alegre".


Em 1945, obteve novo sucesso na voz de Bob Nelson com a marcha "Minha linda Salomé", parceria com Denis Brean. Ainda nesse ano, fez a versão para a canção "Vaqueiro do oeste", de Stephen Foster gravada por Bob Nelson e Seus Rancheiros na Victor. Também no mesmo ano, a marcha "Lá vem o xerife", com Bóris foi gravada na Continental pelo grupo vocal Vagalumes do Luar.

Teve outra composição gravada por Bob Nelson em 1946: "A valsa do vaqueiro". No mesmo ano, Anthony Sergy e sua Orquestra Continental gravou o samba "Comitê do morro", parceria com Valdomiro Lobo.


Em 1949, fez com Luiz Gonzaga o xamego "Quase maluco" lançado pelo "Rei do baião" na RCA Victor.

Em 1950, fez com Bueno Braga o baião "Rolinha" lançado na Odeon por Wilson Roberto, e com Fernando Martins a marcha "Vou beber" lançada por Gilberto Alves na RCA Victor. No mesmo ano, a marcha "Princesa do Sião", com Paulo Marques e Ismael Neto foi gravada por Heleninha Costa, e o samba "Meu maior amor", com Fernando Martins e Ismael Neto, foi lançado pelo grupo vocal Os Cariocas, as duas pela Sinter.

Teve duas parcerias com David Raw lançadas na Odeon em 1951: a toada "Adeus Pernambuco", na voz de Jorge Fernandes, e a toada "Pará parou", na voz dos Titulares do Ritmo. Teve ainda a canção "Sinos de Natal", com Wilson Roberto registrada na voz de Francisco Alves, o samba "Adeus Edite", com Fernando Martins, gravado pelos Titulares do Ritmo, e a valsa "Coisas da vida", com Fernando Martins, lançada pelos Quatro Ases e Um Coringa.

Além dessas composições, Roberto Amaral gravou na Elite Special o samba "Amei como um louco", parceria com Osvaldo França. Ainda em 1951, teve cinco composições gravadas no selo Carnaval: a batucada "Tira a coroa", com Jaime Soares e Fernando Martins, na voz de Elza Laranjeira, a marcha "Ai, que carestia", na voz de Cauby Peixoto, além do samba "Eu não posso viver sem mulher", com David Raw, com os Ases do Ritmo, e a marcha "O turco vem aí", com Osvaldo França, e a batucada "Boa Boca", com J. Piedade, com o grupo Os Quatro Amigos.

Em 1952, o samba-canção "Cruel destino", com Fernando Martins foi gravada por Alcides Gerardi, o samba-canção "Veleiro do Brasil", por Wilson Roberto, na Odeon, e o samba-choro "O pato na lagoa", foi registrado pela Dupla Ouro e Prata na Elite Especial.

Nesse ano, o samba "Último tostão", com David Raw, foi gravado na RCA Victor pelo grupo Os Cariocas. No mesmo ano e na mesma gravadora, o Trio de Ouro gravou o samba "Barraco de táboa", parceria com Herivelto Martins. Teve ainda o samba-canção "Não digas nada", com David Raw, gravado na Sinter pelo cantor paulista Mauricy Moura.

No ano seguinte, o fox "Céu do oeste", com Fernando Martins, foi lançado por Pato Preto na Odeon, a valsa "Guarujá", com David Raw, foi lançada por Orlando Ribeiro, o baião "Primeiro milho é dos pintos", com Fernando Martins foi registrado por Diamantina Gomes, e o samba-canção "Fume um cigarro", com David Raw, foi gravado pela cantora Joana D'Arc, na Odeon.

Ainda em 1953, fez com Fernando Martins o samba "Vou levando", gravado por Violeta Cavalcânti na Odeon; com David Raw, o samba "Falso patriota", registrado por Geraldo Pereira, e com Fernando Martins o baião "A dor que mais dói", lançado por Blecaute, as duas na RCA Victor.

Além dessas músicas, teve mais uma, em parceria com José Roy, gravada na Sinter pelo Trio Nagô, e o baião "Rebeca", com David Raw registrada por Aloísio e Seu Conjunto pela gravadora Copacabana. Também em 1953, gravou seu único disco, com o samba "Homem não chora por mulher", com José Roy, e a marcha "Paçhaço é que come confete", de Bueno Braga e Ernâni Cardoso.

Em 1954, o samba "Ontem e hoje", com Vicente Paiva, foi gravado na Odeon por Vicente Paiva e sua orquestra com vocais de Jupira e suas cabrochas, o mambo "Por amor" foi registrado por Zaccarias e Seu Conjunto na RCA Victor, e a marcha "Vagalume", com Fernando Martins, foi registrado pelos Anjos do Inferno na gravadora Copacabana.

No mesmo ano, fez com Luiz Gonzaga o chamego "Cana só de Pernambuco", lançado na RCA Victor por Luiz Gonzaga. Teve ainda, o samba "Fume um cigarro", com David Raw regravado em dueto por Nelson Gonçalves e Linda Batista na RCA Victor, o samba "Pequei", com L. Monteiro e João Simon lançado por Dircinha Costa na Columbia, e a valsa "Dia do papai", gravado por Ieda Maria na Copacabana.



Em 1955, o cantor e radialista Carlos Henrique gravou em dueto com a cantora Araci Costa o baião "Alice", com Neco, e o grupo vocal Titulares do Ritmo lançou pela Copacabana a marcha "Neném", com Gomes Cardim e Buci Moreira. Teve no mesmo ano, dois sambas gravados por Aracy de Almeida na Continental: "Zé Povinho", com Dias da Cruz, e "Já fui areia", com David Raw, além do samba-canção "Fume um cigarro", com David Raw, e o choro "Pica pau, pau, pau", com Liz Monteiro, gravados por Nozinho e Sua Música, além da toada "Até as pedras se encontram", com David Raw, que foi registrada pelo Trio Marabá, ambos pela Copacabana.


No ano seguinte, Carlos Galhardo gravou o maxixe "São Paulo dos lampiões". Ainda em 1956, a dupla Ouro e Prata gravou o samba "Capote de pobre é cachaça", com Antoninho Lopez, e Wilson Roberto o samba "Jequintibar", também com Antoninho Lopez.

Em 1957, seu samba-canção "Um gosto e seis vinténs", foi registrado por Isaura Garcia no LP "A Personalíssima", gravado por ela na Odeon.

Em 1958, teve gravadas por Catarino e sua banda na Odeon, o maxixe "Bandinha Aurora", e o samba "Bom dia, café". No mesmo ano, Osvaldo Rodrigues regravou o samba "Bom dia café", e gravou o samba "Samba Brasil", com Hector Lagna Fietta. Ainda no mesmo ano, a Dupla Ouro e Prata gravou na Polydor o baião "Vamos mariscar", e Roberto Luna lançou pela RGE o samba "Bom dia, café".

Teve duas outras composições gravadas por Catarino e sua banda em 1959, os sambas "Samba Brasil", com Hector Lagna Fietta, e "Terreiro de Iaiá". No mesmo ano, a toada "Vagabundo" foi registrada na Polydor por Carlos Augusto. Esta mesma composição, foi transformada em bolero-mambo por Alfredo Gil e lançada na gravadora Columbia pelo Trio Los Panchos.



Ainda em 1959, Dolores Duran gravou a toada "Quase louco" no LP "Êsse Norte é minha sorte", lançado por ela no LP Copacabana.

Em 1960, a toada "O vagabundo", foi regravada na Copacabana por Antônio Martins, e na gravadora Continental no LP "Una aventura más", com a Orquestra Romântica de Severino Araújo.

Em 1962, sua composição "Vou pra lua" foi incluída no LP "Souvenir de carnaval", gravado por Waldir Azevedo e Sua Bandinha pela Continental.

Em 1996, no CD "Vaqueiro alegre", com gravações de Bob Nelson lançado pelo selo Revivendo, teve relançadas as músicas "A valsa do vaqueiro", "Minha linda Salomé", com Denis Brean, e "O boi Barnabé", com Bob Nelson, além da música que deu título ao CD "Vaqueiro alegre", original de Ben Kanter, com versão sua e de Bob Nelson.

Em 1997, no CD "Meus momentos Vol. II", com gravações de Altemar Dutra lançado pela EMI-Odeon, teve relançada a toada "O vagabundo".



Em 1999, no CD "Verônica", editado pelo selo Revivendo com gravações originais de Luiz Gonzaga, teve incluída a música "Quase maluco", parceria com Luiz Gonzaga.

Em 2000, no CD "Sambas da minha terra - Samba de breque/Gafieira", com gravações de vários Intérpretes, lançado pela BMG, teve incluído o samba "Falso patriota", com David Raw, na voz de Geraldo Pereira.

Profícuo compositor que teve sua melhor fase durante o período áureo da "Era do Rádio", teve mais de 60 composições gravadas, sendo parceiro de nomes como Herivelto Martins, Luiz Gonzaga, Vicente Paiva e Buci Moreira. Teve, contudo, como mais constantes parceiros Fernando Martins e David Raw.

Compôs toadas, sambas, marchas, fox, valsas e outros ritmos gravados por nomes como Dolores Duran, Severino Araújo, Luiz Gonzaga, Anjos do Inferno, Linda Batista, Nelson Gonçalves e vários outros. Além da marcha "Vagalume", com Fernando Martins, seus grandes sucessos foram as marchas "Linda Salomé", com Dênis Brean, "Boi Barnabé", com Bob Nelson, e a "Valsa do vaqueiro".

FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Sim%C3%B3n

http://www.dicionariompb.com.br/victor-simon/dados-artisticos

http://bandarioclaro.blogspot.com.br/2015/08/rioclaro-homenageia-o-rebelde-vagabundo.html

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