sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sylvinha Araujo


Silvia Maria Vieira Peixoto Araújo (Mariana/MG, 16 de setembro de 1951 — São Paulo, 25 de junho de 2008), mais conhecida como Sylvinha Araújo, foi uma cantora e compositora brasileira.

Sylvinha Araujo . Banho de Lua.mpg


Sylvinha Araujo começou sua carreira na década de 1960, lançada por Chacrinha. Na época, apresentou o programa O Bom, com Eduardo Araújo, com quem se casou, em 1969; e teve dois filhos: Eduardo e Mônica.

Em 1967, Sylvinha gravou seu primeiro disco, o compacto Feitiço de Broto, pela Odeon. Entre suas composições de maior sucesso, está "Minha primeira desilusão". A cantora atingiu as primeiras colocações nas paradas de sucesso, permanecendo entre as mais vendidas por aproximadamente dois anos.

1967 - Silvinha - Minha Primeira Desilusão


O crítico e produtor musical Nelson Motta chegou a chamá-la de Janis Joplin brasileira, após a versão soul que imprimiu à canção "Paraíba", de Luiz Gonzaga  e Humberto Teixeira.

Silvinha - Paraíba (1971)

Faixa presente no disco de 1971 - Versão do clássico de Luiz Gonzaga com muito fuzz! Lanny Gordin na guitarra.

"Risque", clássico de Ary Barroso, ganhou em 1971 essa versão pop de Sylvinha Araújo, época em que a artista ainda assinava como Silvinha.

Sylvinha Araújo: Risque (Ary Barroso)


A música foi originalmente gravada em 1952 por Aurora Miranda (irmã de Carmen Miranda), mas é na voz de Linda Baptista que esse samba-canção obteve estrondoso sucesso.

A gravação de Sylvinha está presente em seu terceiro LP, o mesmo em que gravou Paraíba, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, criticado por alguns puritanos de plantão e elogiado por profissionais do disco, como Nelson Motta, que a comparou com Janis Joplin após ouvir a gravação.

Sylvinha chegou a vender mais de um milhão de discos na carreira. Além do sucesso como cantora Sylvinha Araujo também obteve êxito como intérprete de jingles a partir de 1978, contabilizando mais de 2 mil gravações ao longo de 20 anos. Foi certamente a voz mais ouvida no Brasil em campanhas para McDonald's, Coca-Cola, Unibanco, Varig, entre várias outras.

Nesse período, Sylvinha também participou do conjunto vocal "4 x 4", grupo criado por Edgard Gianullo, que contava ainda com Ângela Márcia e Faud Salomão, todos cantores de jingles. Além dos clássicos da música brasileira e internacional, o quarteto gravou incontáveis jingles, para campanhas como Credicard, Fermento Royal, Gelatina Royal, dentre vários outros.

Em parceria com o marido, Sylvinha Araujo abriu a gravadora "Number One" e lançou mais dois CDs Kinema e "Suave é a Noite", em que comemora 35 anos de carreira, com participações especiais de Moacyr Franco, Dominguinhos, Claudya, Daniel e Zezé Di Camargo e Luciano.

"Quis esse disco porque nunca perdi a esperança de voltar para os palcos e gravar uma coisa minha. Agora sou dona do meu produto, faço o que quero e estou feliz", disse Sylvinha quando deixou a carreira no mercado publicitário.

Sylvinha também  foi jurada de calouros no programa dominical de Silvio Santos, entre 1970 e 80.

JOVEM GUARDA

Jovem Guarda, movimento surgido na segunda metade da década de 60, mesclava música, comportamento e moda. Surgiu como um programa televisivo brasileiro exibido pela Rede Record, a partir de 1965. Ao contrário de muitos movimentos que surgiram na época, a Jovem Guarda não possuía cunho político.

Os integrantes do movimento foram influenciados pelo Rock and Roll da década de 50 e 60 e pela precursora do rock no país, Celly Campello. Com isso, faziam uma variação nacional do rock, batizada no país de "Iê-Iê-Iê"(expressão surgida em 1964, quando os Beatles lançaram o filme "A Hard Day's Night", batizado no Brasil de "Os Reis do Iê-Iê-Iê"), com letras românticas e descontraídas, voltada para o público jovem. A maioria de seus participantes teve como inspiração o rock da década de 50/60, comandado por cantores como Elvis Presley e bandas como os Beatles.

Da turma da Jovem Guarda, a cantora Sylvinha Araujo virou a maior intérprete de jingles do país e voltou a cantar músicas românticas em disco lançado no fim de 2001, o álbum "Suave é a Noite". Ela fez sucesso com a geração Jovem Guarda e passou anos cantando na televisão e nos palcos como a versão brasileira da italiana Rita Pavone. Sylvinha é dona de uma das vozes que o Brasil mais ouviu nos últimos 20 anos em jingles. "O que me encantou no jingle é que eu só dependia do meu talento. Não dependia de gravadora, de televisão. Pude cantar coisas dificílimas e arrasei”. (comentário de Sylvinha - 2001 - Revista Isto É Gente)


Em 2007, Sylvinha Araujo lançou um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda.

CÂNCER DE MAMA

Sylvinha ficou internada 21 dias no Hospital 9 de Julho, em decorrência de complicações do câncer de mama, vindo a óbito. Desde 1994, a artista vinha lutando contra um câncer de mama e, mesmo enferma, continuava cantando. Sylvinha Araujo (56) foi enterrada em Itapecerica da Serra.

A cantora, falecida em 25 de junho de 2008, foi uma das principais artistas do movimento Jovem Guarda, ao lado de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Martinha, Ronnie Von, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Os Incríveis e outros, como o próprio marido, Eduardo Araújo, um dos pioneiros do rock brasileiro.

A VERSATILIDADE DA ARTISTA

Sylvinha Araújo-Satisfaction(2000)

**Sylvinha Araujo interpretando satisfaction no show de Marcelo Nova no "Caldeirão das Artes", em 2000, com LU STOPA no contrabaixo, DENIS MENDES, na bateria e Marco Guedes na guitarra.




Sylvinha Araujo e Zezé di Camargo - SBT - 22/10/2006



Eduardo e Sylvinha Araujo - especial dia dos namorados



CURIOSIDADES

*"O que vai ficar da minha filha é a imagem de uma menina dedicada e meiga. Um verdadeiro presente que Deus me deu. Ela nasceu cantando. Eu tinha um coral para crianças em São João Del Rey e foi comigo que ela começou a cantar, bem pequenininha", falou Elza Vieira Peixoto (82), mãe da cantora Sylvinha, no velório da filha (26/06/2008). Contribuição de Elizabeth

*Sylvinha tornou-se cantora profissional com apenas 14 anos, quando lançou seu primeiro disco, com as músicas: "Vou botar Pra Quebrar" e "Feitiço de Broto". Contribuição de Elizabeth

*Sylvinha ganhou fama na época da jovem guarda ao lado de ícones como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Sua voz potente emprestou força a canções como "Paraíba", de Luiz Gonzaga, o que na época rendeu comparações com a cantora americana Janis Joplin. Contribuição de Elizabeth


 FONTE
Site Letras.com

Um comentário:

ADEMAR AMANCIO disse...

A imagem que eu tenho dela é de uma cantora doce e suave,o lado mais agressivo eu desconhecia.