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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Alceu Valença


Diário da Música: Alceu Valença - Em 2009, Alceu Valença iniciou as atividades relativas a seu filme "Cordel Virtual" (a Luneta do Tempo) que é um musical que não segue a linha de nenhum musical tradicional. No fundo, é um mergulho que faz em sua infância, no seu passado e este passado tem a trilha sonora das ruas do Nordeste, dos cantadores anônimos, coquistas, violeiros, emboladores, cegos arautos de feira, da música de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, do samba-canção dos anos 50, da música contemporânea brasileira. Um documento para se pensar a cultura do Brasil e do Nordeste.


(Carmem Miranda, Alceu Valença e Luiz Gonzaga Cantam o Baião de Humberto Teixeira - Filme: "O Homem que engarrafava Nuvens").

Preparando-se para concluir, no agreste pernambucano, as filmagens de Luneta do tempo, o primeiro longa-metragem escrito, dirigido e musicado por ele, Alceu Valença, de 64 anos, quer falar inicialmente de sua principal atividade. "Vamos falar de música", reivindica o cantor, compositor e instrumentista, apavorado com o que chama de assassinato da música popular brasileira.

"Até para cantar nossas raízes africanas (congado, samba e outras manifestações), temos de passar pela matriz da soul music norte-americana", protesta ele, que, desde que decidiu tocar a carreira por contra própria, em detrimento do fim do contrato com gravadora, tem trabalhado mais do que nunca, gravando e lançando discos paralelamente aos shows.

Para se manter independente em um mercado fonográfico eternamente em crise, o irrequieto Alceu diz ter criado três formatos de shows com os quais tem circulado o Brasil e o mundo.

Com a performance carnavalesca, por exemplo, ele comanda o reinado momesco de Olinda a Recife, apresentando-se ainda em outras cidades da região metropolitana da capital pernambucana.

Já o show de São João, Alceu leva para o país inteiro, depois dos festejos juninos oficiais do Nordeste, onde se tornou o dono das quadrilhas.

Finalmente, violão em punho, ele também explora o formato acústico, com o qual voltou a Minas, no fim de semana, para cantar, em Santa Bárbara, os incontáveis sucessos da consagrada carreira de 42 anos.

Festival consagrado

Na passagem por Belo Horizonte, o falante Alceu revelou que a empresária Yane Montenegro, com a qual está casado, vai produzir em Pernambuco uma edição do consagrado Montreux Jazz Festival, originário da Suíça, provavelmente entre novembro de 2011 e janeiro de 2012.

O cantor, que se apresentou em quatro edições do festival (1982, 1989, 2001 e 2005), cujos concertos serão lançados por ele em DVD, diz que no Nordeste eles vão ocorrer desde o Teatro Guararapes, de Olinda, até o Marco Zero, do Recife. Depois de eleger por duas vezes consecutivas um presidente da República, a região tem tudo para voltar a chamar a atenção do mundo.

Em comum entre Alceu Valença e Luiz Inácio Lula da Silva, a região de origem: enquanto o primeiro vem de Garanhuns, o segundo é de São Bento do Urna, ambas cidades do agreste pernambucano.

E é lá que o cantor está rodando o longa-metragem "Luneta do tempo", que vai marcar sua estreia nas telas como diretor, depois de atuar em A noite do espantalho, de Sérgio Ricardo, em 1974. Definido pelo próprio Alceu como um musical, o filme é uma espécie de cordel cinematográfico, com o roteiro todo escrito por ele em rimas. “Deu um trabalho profundo, para não ficar bobo”, confessa.

Na tela, ícones da cultura nordestina como Lampião e Maria Bonita (interpretados pelos atores Irandhir Santos e Hermila Guedes) se mesclam a discussões sobre o tempo, a transitoriedade das coisas e a tragédia humana. Para se ter uma ideia do envolvimento de Alceu com a obra, só laptops ele diz ter gasto três durante as filmagens.

“Foi muito bom, mas doeu em mim. Dormia e acordava com os personagens falando comigo. O meu próprio casamento quase acaba, porque a mulher já não aguentava mais”, revela.. Do vendedor de coco ao intelectual, todo mundo ouvia ele falar do filme. Com o laptop sobrevivente sobre a mesa da casa do coprodutor Paulo Rogério Lage, em Belo Horizonte, ele passa e repassa cenas de Luneta do tempo, de ritmo e planos surpreendentes.

Cinematográfico no próprio ato de compor, na aridez do agreste pernambucano Alceu parece ter encontrado a luz e o cenário perfeitos para a trama, na qual ele botou a própria família para trabalhar.

O elenco de apoio do filme inclui desde artistas populares nordestinos até amigos, funcionários e familiares. Caseiro, mecânico, filhos, irmãos, todo mundo se juntou ao cantor para dar vida ao longa-metragem, orçado em R$ 4 milhões e viabilizado pela Lei do Audiovisual.

De Minas Gerais, além do coprodutor Paulo Rogério Lage, ele levou para o projeto Elza Cataldo (pré-produção e assistência de filmagem), Felipe Fernandes (assistente de direção), além de câmeras. De olho na agenda de festivais internacionais de cinema, como o de Cannes, da França, o diretor aposta: “Evidentemente, que deve dar um feedback”.

Alceu só não tem noção, ainda, se vai dar continuidade à carreira cinematográfica, paralela. “Não sei se quero fazer novos roteiros, esse demorou demais”, afirma, contabilizando uma década de trabalho. A trilha sonora de Luneta do tempo, no entanto, levou o artista a distribuir as canções que sobraram.

“Fui para o estúdio e fiz toda a trilha (em métrica) com as falas dos personagens”, ressalta, recordando das cerca de 100 canções compostas. Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2011, o longa-metragem está em processo de montagem.

Foi no enterro do pai, na pequena São Bento do Urna, de cerca de 4 mil habitantes, que Alceu Valença decidiu fazer da terra de origem familiar cenário de sua estreia como diretor de cinema. Afinal, foi lá que ele viu as lendárias sessões de sombras, exibidas e encenadas pela própria mãe. Mais tarde, já na universidade (graduou-se em direito), no Recife, teve tempo e oportunidade de se aprofundar na magia das telas, guiado por mestres como Jean-Luc Godard, Michelangelo Antonioni e Federico Fellini, entre outros gênios da sétima arte.

“Alceu Valença e Geraldo Azevedo serão as principais estrelas do show com sotaque pernambucano que vai animar o ato de despedida de Lula de Pernambuco no próximo dia 28, no Marco Zero, no Recife. Além deles, cantarão Santana, Maciel Melo, Bia Marinho, Inah Caldeira, entre outros.

A programação está sendo organizada por um comitê designado pelo governador Eduardo Campos. Antes de chegar ao Marco Zero, às 19 horas, para o show, Lula visitará Suape mais uma vez, onde comandará atos administrativos, sendo o principal deles o lançamento da pedra fundamental da fábrica da Fiat.

Nádia Maia, Cristina Amaral, Rogério Rangel, Beto Ortiz, Roberto Cruz, Andreza Formiga e Benil do Território Nordestino também tiveram suas participações confirmadas. Participam da festa ainda, saudando o presidente e o governador, os violeiros Valdir Teles e João Paraibano.”


(imagens de Bonito/MS)

MARCO ZERO

A poucos dias de passar a faixa para Dilma Roussef, primeira mulher a governar o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Pernambuco para uma grande festa de despedida junto a seus conterrâneos. O filho de Caetés será homenageado com uma grande festa nesta terça-feira (28), no Marco Zero, que reunirá grandes artistas locais, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Maciel Melo, Santana e Nádia Maia, entre vários outros. Foi a 10º visita ao Estado em 2010 e a 40º desde que assumiu a presidência em 2003.

A Praça do Marco Zero, no bairro do Recife, ficou lotada. Lula participou da solenidade da cessão de um terreno onde será construída uma escola de música da Orquestra Meninos do Coque. Lula foi homenageado por vários artistas. A festa em Pernambuco foi a despedida de Lula como presidente.

A banda Hanagorik prepara ao lado do produtor Zé da Flauta em um cd tributo a Alceu Valença.
FONTE

Site Oficial _ Alceu Valença

 

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Alceu Valença


Alceu Paiva Valença (São Bento do Una, 1 de julho de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Seu disco de estréia foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo.

Nasceu no interior de Pernambuco, nos limites do sertão com o agreste. É considerado um artista que atingiu maior equilíbrio estético entre as bases musicais nordestinas com o universo dos sons elétricos da música pop. Influenciado pelos negros maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra, - que chegou a galope montada nas costas do rock and roll de Elvis - com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas canções.

Por conta disso, conseguiu dar nova vida a uma gama de ritmos regionais, como o baião, coco, toada, maracatu, frevo, caboclinhos e embolada e repentes cantados com bases rock'n'roll. Sua música e seu universo temático são universais, mas a sua base estética está fincada na nordestinidade.

O envolvimento de Alceu com a música começa na infância, através dos cantadores de feira da sua cidade natal. Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês, três dos principais irradiadores da cultura musical nordestina, foram captados por ele pelos nostálgicos serviços de alto-falante da cidade.

Em casa, a formação ficou por conta do avô, Orestes Alves Valença, que era poeta e violeiro. Aos 10 anos vai para Recife, onde mantém contato com a cultura urbana, e ouve a música de Orlando Silva e Dalva de Oliveira, alternando com o emergente e rebelde ritmo de Little Richard, Ray Charles e outros ícones da chamada primeira geração do rock'n'roll.

Recém-formado em Direito no Recife, em 1969, desiste das carreiras de advogado e jornalista - trabalhou como correspondente do Jornal do Brasil - e resolve apostar no talento e na sensibilidade artística.

Em Recife, a profusão de folguedos vindos de todas as regiões do estado, notadamente no carnaval, onde até hoje os grupos se confraternizam, seria decisiva na solidificação de uma das mais febris personalidades da música brasileira. Inerente a sua obra, o sentido cosmopolita de fazer arte, de forma direta e que refletisse a sua vivência e bagagem cultural de homem nordestino, sua história, seu povo e as novidades da música.

A partir daí, o mago de Pernambuco amadurece a idéia de colocar a guitarra e o teclado nessas vertentes da música da sua região. A atitude em si não é novidade visto que os tropicalistas já tinham fundido o baião de Luiz Gonzaga com as guitarras.

Alceu, entretanto foi mais fundo: pesquisou duplas de emboladores como Beija Flor e Treme Terra, Geraldo Mouzinho e Caximbinho, embolou-se com os maracatus de Pernambuco, bebeu na fonte dos aboios mouriscos, dos pífanos, rabecas e pandeiros, cozinhou tudo na panela do rock, e o resultado é uma obra atemporal, de qualidade.

Em 1971, vai para o Rio de Janeiro com o amigo e incentivador Geraldo Azevedo. Começa a participar de festivais universitários, como o da TV Tupi com a faixa Planetário. Nada acontece. Nenhuma classificação, pois a orquestra do evento não conseguiu tocar o arranjo da canção.

Alceu Valença - Anunciação (com legenda)


Pétalas - Alceu Valença


Perfídia - Alceu Valença


Em 1980, Lança o LP “Coração Bobo” (Ariola), cuja música de mesmo nome estoura nas rádios de todo o país, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. Apresenta-se em vários estados brasileiros.

Em 1996, Ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho participa da série de shows “O Grande Encontro”, que percorreu diversas cidades brasileiras e registrada pela gravadora BMG no CD de mesmo nome.

Em 1980, Lança o LP “Coração Bobo” (Ariola), cuja música de mesmo nome estoura nas rádios de todo o país, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. Apresenta-se em vários estados brasileiros.

Em 1996, Ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho participa da série de shows “O Grande Encontro”, que percorreu diversas cidades brasileiras e registrada pela gravadora BMG no CD de mesmo nome.

Em julho de 2000, participa da noite “Pernambuco em canto: carnaval de Olinda”, no Festival de Montreux (Suíça), ao lado de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos e Moraes Moreira.

Em maio de 2003, grava novo projeto ao vivo no Rio de Janeiro (Indie Records), reunindo vários sucessos em CD e, pela primeira vez, em DVD. Em julho, é agraciado com o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria "Melhor cantor regional", pelo CD "De Janeiro a Janeiro", em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda nesse mês chega às lojas o CD "Ao vivo em todos os sentidos". Em agosto o DVD do mesmo projeto é lançado.

FONTE
Wikipédia