Quando Filó Machado começa a tocar, ninguém fica parado. Conversar com ele já é entrar no ritmo. Terça-feira (12/07/2011), ele inaugurou uma série de shows no Ao Vivo Music para comemorar seus 50 anos de carreira.
Ele se somou no palco ao Septeto S.A., grupo formado por Débora Gurgel (piano), Carlos Alberto Alcântara (sax tenor), Daniel D'Alcântara (trompete e Flugel Horn), Vitor Alcântara (sax tenor) e Marinho Andreotti (contrabaixo).
No dia 19, será a vez de Michel Leme, Sandro Haick e Danilo Silva realizarem um encontro de guitarras e gerações. No dia 26, Filó receberá a flautista e compositora Lea Freire, o pianista Fábio Torres e o saxofonista canadense Jean-Philippe Cote.
Fechando o projeto, no dia 2 de agosto, Filó promoverá uma homenagem ao dia dos pais e receberá, ao lado do seu filho, o baterista Serginho Machado, o multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo e o seu filho, o baixista Thiago Espírito Santo.
"Vai ser uma coisa muito bonita", diz Filó, segundo texto de divulgação. "Estou muito feliz em me apresentar com grandes músicos e mais feliz ainda por juntar os amigos, pela oportunidade de fazer um som prazeroso, para nós no palco e para o público."
Filó é multi-instrumentista, arranjador e produtor e já somou no palco com prestigiados nomes da música nacional e internacional (como Michel Legrand, Jon Hendricks, Ivan Lins, Leny Andrade, Joyce, Hermeto Paschoal e Tim Maia), além de assinar composições em parceria com Djavan, Sérgio Natureza, Cláudio Roditi, Sérgio Ricardo e Fátima Guedes.
Soma ainda no currículo participações em grandes festivais de jazz (chegando a abrir o show de Nina Simone no Festival de Jazz de Cannes), uma indicação ao Grammy, na categoria Latin Jazz, com o álbum Cantando um Samba (2000) e uma recém terminada turnê em Xangai, onde apresentou, ao lado da cantora Jasmine Chen, clássicos da MPB adaptados para o Mandarim.
Filó Machado, compositor, instrumentista, cantor, arranjador e produtor, nascido em Ribeirão /SP em 3 de fevereiro de 1951. Aos dez anos começou a atuar em grupos de baile, como New Boys, Acadêmicos de Marília, Birutas do Ritmo e Conjunto Icaraí.
Em 1967 trabalhou como cantor e guitarrista no Grupo Black Falcons. Em 1968 entrou em estúdio e gravou o primeiro disco do Black Falcons. Em 1969, Filó Machado cursou o primeiro grau no Colégio Dom Bosco em Monte Aprazível (SP) onde atuou como professor prático de música, formando uma orquestra de cordas com setenta integrantes.
Em 1970 excursionou pelo Brasil fazendo direção e regência da Orquestra de Violões do Colégio Dom Bosco de Monte Aprazível. Em 1971 foi para São Paulo e começou a trabalhar em casas noturnas como Carinhoso, Batuqueje, Zibuka, Jogral, Catedral da Samba, Telecoteco, Igrejinha e Terceiro Whisky. Em 1972 participou como violonista no LP "Caminhada" de Marília Medalha, além de trabalhar com a violonista Rosinha de Valença e com a cantora Simone na boate Igrejinha.
Em 1973 apresentou-se na noite paulistana ao lado de Benito de Paula, Leny Andrade, Zé Luiz Mazziotti, Geraldo Cunha, Macumbinha, Mutinho e Bira (Sexteto do Jô). Participou do LP "Catedral do Samba Ao Vivo" ao lado de Alcione e Fabião. Em 1974 fez seu primeiro show com composições próprias no Teatro 13 de Maio.
Em 1975, ao lado da flautista Léa Freire, trabalhou com a cantora Alaíde Costa. Em 1976 trabalhou com o grupo Originais do Samba. Em 1977 participou de um grande show acompanhando o compositor Adoniran Barbosa. Fez uma série de shows em universidades como: Puc, Fatec, Usp e Mackenzie, todas em São Paulo.
Em 1978 apresentou-se ao lado de Johnny Alf e Alaíde Costa no Teatro Pixinguinha. Produziu o LP "O Violão de Celso Machado" e gravou seu primeiro disco "Filó" (Chantecler)- incluindo as parcerias com Judith de Souza "Velha Cidade", que fez parte da trilha da novela "Como salvar meu Casamento" (TV Tupi), e o sucesso "O Polvo". O LP contou com as participações de Léa Freire, Roberto Sion, Celso Machado e Aluízio Pontes.
Em 1979 inaugurou o bar Boca da Noite e teve seu LP "Filó" como um dos mais executados do ano.
Em 1980 produziu e dirigiu o LP "Confraria" de Robson Santos e participou do LP "Brincadeira Manhã" de Lé Dantas e Cordeiro. Em 1981 participou do disco "Seduzir" de Djavan, gravando a música "Jogral" em parceria com o compositor.
Pelo projeto Pixinguinha, fez uma turnê com Djavan e Fátima Guedes, realizando também a direção musical do show "Bailarina" da cantora e compositora.
Em 1982, lançou o compacto simples "Trem Fantasma", que obteve grande execução nas rádios. Fez arranjos e produção do LP "Neon" do grupo Placa Luminosa.
Em 1983, lançou o LP "Origens" (Pointer) com participações especiais de Djavan e Léa Freire. Participou dos programas de maior audiência do circuito televisivo da época, como Chacrinha e Fantástico (Globo), Bolinha e As mais mais (Bandeirantes), além de especiais da TV Cultura. Teve a música "Terras de Minas" inclusa na trilha da novela "Voltei pra Você" (Rede Globo).
Em 1984, lançou o LP "Canto Fatal" (Pointer) com participações de Jane Duboc, Léa Freire, Roberto Sion, Antônio Adolfo e Banda Sururu de Capote. A música "Canto Fatal" ganhou a versão em italiano "Che Será" e foi gravada pelo cantor Jim Porto.
Em 1985 viajou para os Estados Unidos onde se apresentou em casas de espetáculos como "Razz ma Tazz" (Dallas), "Caravan of Dreams" (Fourth World) e teve seus discos "Origens" e "Canto Fatal" amplamente executados nas rádios americanas. Participou do LP "Entre Amigos" (Pointer) ao lado de Michel Legrand, Gal Costa e Joyce.
Em 1986, no Rio de Janeiro, participou do "Free Jazz Festival" com Leny Andrade, na mesma noite em que também se apresentaram Egberto Gismonti e Ray Charles. Fez a trilha da peça "Sonho de uma noite de verão" (Shakespheare) e retornou aos Estados Unidos para uma série de shows. De volta ao Brasil, acompanhou o cantor "Cazuza" no programa de televisão "Som Brasil" (Rede Globo).
Em 1987 participou de um grande encontro de compositores na sala Guiomar Novaes e acompanhou Ivan Lins no programa "Som Brasil" (Rede Globo).
Em 1988 fez arranjos e produção do CD "Brèsil" da cantora Loalwa Brás.
Em 1989 viajou para França, onde fez uma série de shows na "Cote D'azur" em casas de espetáculos como L'aventure e Pam-Pam (Nice), além de "Arma di Taggia" (Itália). Neste mesmo ano conheceu Michel Legrand que o convidou para um espetáculo no "Teatro Bercy".
Em 1990 fez uma série de shows em Paris em casas de espetáculos como Baiser Sale, Le Petit Journal de Montparnasse, Discophage, Le Petit Opportun e Via Brasil (Bordeaux). Apresentou-se no Festival "Les Arts au Soleil", na costa atlântica da França.
Em 1991 apresentou-se na Alemanha ao lado da cantora Elisabeth Tuchmann. Na França, no Festival de Uzeste, ao lado de Jon Hendricks. E em Fougeres, no Festival Internacional de Guitarras, onde também se apresentaram Larry Coryell, John Mac Laughlin Trio e Christian Escoudé Trio.
Em 1992 participou do Festival "Nuits Atypiques" de Langon (França), que destacava artistas do folclore da Índia, Madagascar, Tailândia, África do Sul e Antilhas.
Em 1993 apresentou-se novamente no Festival de Uzeste, na França, e fez show na Córsega.
Produziu, dirigiu e fez arranjos dos CDs de Ana Carla e Robson Santos. Gravou "Oxalá Père" na França com participação de Hermeto Paschoal e Loalwa Brás.
Em 1994 apresentou-se no Festival de Jazz de Cannes, cuja programação incluía também os shows de Ray Charles, Nina Simone, All Jarreau, Michel Legrand e Diana Ross.
Em 1995 participou como músico, compositor e arranjador no CD "Rendez-vous Brésil Cuba" de Jane Bunnet.
Em 1996 lançou o CD "Milagre da Canção" com participações de Michel Legrand, Tetê Espíndola, Johnny Alf, Paulo Bellinati, Cibele Codonho, Naylor Proveta, Michel Freidenson e Jane Bunnet. Produziu, dirigiu e fez arranjos dos CDs "Luz" de Mônica Marsola e "Momentos" de Zezé Freitas.
A convite da flautista japonesa Yuka Kido, gravou no Pantanal e Rio de Janeiro, o CD "Aracuã", com produção de Kazuo Yoshida. No repertório, cinco de suas composições e arranjos com os músicos Arismar do Espírito Santo, João Carlos Coutinho, Lula Galvão, Carlos Bala e Robertinho Silva. Fez turnê por todo o Canadá com o show "Rendez-vous Brésil Cuba" ao lado de Jane Bunnet, Celso Machado, Hilário Duran, Carlito Del Puerto e Larry Crammer.
Em 1997 assinou a direção musical e os arranjos do CD "Vocalise" do grupo A Três, com produção de Jun Itabashi (Bossanovalogia). Também produziu e fez arranjos do CD "Num Tom Delicado", de Bia Mestriner.
Em 1998 apresentou-se no Japão como convidado especial do grupo A Três na casa de espetáculos TBS Blitz (Tóquio) e em especial transmitido pela TV japonesa NHK para todo o país. Realizou workshops em Tóquio e apresentou shows solo em Fujisawa e Kamakura, além de shows com Yuka Kido.
Participou como músico e arranjador dos CDs "Mosaico" da percussionista Saoli Sendo e "Espírito Serafim" da cantora Toyonno.
Em 1999 produziu, dirigiu e fez os arranjos do CD "Zezé Freitas interpreta Zica Bergami".
Em 1999 lançou o CD "Cantando um Samba" (Mallandro Records) nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
Em 2000 apresentou no "Altxerri" - casa de espetáculos de San Sebastian (Pays Basco) - show do CD "Cantando um Samba", que foi indicado para o Grammy na categoria "Latin Jazz".
Em 2001 apresentou-se no "Jazz House" de Copenhagen, na Dinamarca. Ao lado de Gal Costa, Dori Caymmi, Toots Thielemans, Cesar Camargo Mariano, Romero Lubambo, Jane Monheit e Paula Robison participou de um tributo a Tom Jobim, no Carnegie Hall de Nova York. Ainda nos EUA, apresentou-se no "Esnug Harbor" de New Orleans, "Bird of Paradise" de Ann Harbor e "Night Town" em Cleveland. Também fez shows em Tóquio e Takasaki (Japão) ao lado da cantora Toyonno.
Fez a produção e arranjos do CD "Salada de Danças" da compositora Zica Bergami (autora do clássico "Lampião de Gás").
Em 2002, sob direção artística de Zé Luiz Soares, direção de estúdio e produção executiva de Cibele Codonho, teve seu CD "Porto Seguro" lançado pela gravadora Lua Discos no Brasil e exterior, com participações de Léa Freire, Arismar do Espírito Santo, Laércio de Freitas, Robertinho Silva, Keco Brandão e Naylor Proveta.
Apresentou-se no Festival de Jazz "Artes de Março" em Teresina (Piauí), na mesma edição em que se apresentaram Léo Gandelmann, Toninho Horta e Márcio Menezes.
Relançou os álbuns Origens, Canto Fatal, Oxalá Père e Milagre da Canção para os mercados brasileiro e asiático.
Em 2003, junto com percussionista japonês Guennoshin, lançou o CD "F to G", realizando uma série de shows com o flautista número um do Japão "Masami Nakagawa".
Fez arranjos e participou como intérprete do CD "Cartas do Brasil" do compositor e instrumentista Tetsuo Sakurai, ao lado de Djavan, Rosa Passos e Valéria Oliveira. No Brasil, fez show com Tito Madi.
Em 2004 dividiu o palco do Sesc Pompéia com Johnny Alf, Alaíde Costa, Carmem Costa e José Domingos num show em homenagem à "Noite Paulista".
Lançou pela gravadora Maritaca, com produção de Léa Freire, o CD "Jazz de Senzala", com as participações de Toninho Horta, Arismar do Espírito Santo, Théo de Barros, Teco Cardoso, Vinicius Dorin e Thiago do Espírito Santo, além da própria Léa Freire. Participou do projeto Pixinguinha, ao lado de Alaíde Costa pelo sudeste e sul do Brasil em cidades como Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Londrina.
Em 2005, lançou pela gravadora Lua Music em parceria com a cantora Cibele Codonho o CD “Tom Brasileiro”. Fez uma tournée pelo Japão, se apresentando nas cidades de Tókio, Nagoya, Osaka, Yamagata, Rathinohe.
Em 2006 Filó Machado volta a fazer uma tournée ao lado de Tetsuo Sakurai (baixista do Cassiopéia) por várias cidades do Japão como Kioto, Kurachik, Nagoya, Osaka, Yokohama, e em seguida no Java Jazz Festival 2006 na cidade de Jakarta e no mesmo Festival se apresentaram Take 6, Tower of Power, Kool and the Gang, Hiromi, Incógnito, Bob James, Lee Ritenour e Natan East.
Em seguida, se apresentou encerrando o Festival Internacional de Quito, Equador, no mesmo Festival se apresentaram John Arbecombie, Rosa Passos e Nico Wayne. Participou do projeto Pixinguinha, ao lado de Alaíde Costa pelo sudeste e sul do Brasil em cidades como Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Londrina.
Em 2006 Filó Machado volta a fazer uma tournée ao lado de Tetsuo Sakurai (baixista do Cassiopéia) por várias cidades do Japão como Kioto, Kurachik, Nagoya, Osaka, Yokohama, e em seguida no Java Jazz Festival 2006 na cidade de Jakarta e no mesmo Festival se apresentaram Take 6, Tower of Power, Kool and the Gang, Hiromi, Incógnito, Bob James, Lee Ritenour e Natan East. Em seguida, se apresentou encerrando o Festival Internacional de Quito, Equador, no mesmo Festival se apresentaram John Arbecombie, Rosa Passos e Nico Wayne.
FONTE
PARANÁ ONLINE
site
Nenhum comentário:
Postar um comentário