No sábado 25/06 estive em Assis/SP onde visitei com minha filha e meu genro (gravidos do Michell!!) a 41ª Exposição Nacional de Orquideas, no Prédio da ACIA (Associação Comercial e Industrial de Assis) que acontece de 24 a 26/06/2011... Orquídeas, realmente algo muito lindo de se apreciar. Então, quando fui fazer este post gostei de encontrar o vídeo abaixo que registra a visita de Lenine no dia 13/06 ao orquidário na CENPES (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello) - na Universidade Federal do Rio de Janeiro...
Acredito que eu passaria o domingo alternando as músicas Paciência e Aquilo que Dá no Coração.
Paciência
Composição: Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
Aquilo Que Dá No Coração
Lenine
Aquilo que dá no coração
E nos joga nessa sinuca
Que faz perder o ar e a razão
E arrepia o pêlo da nuca
Aquilo reage em cadeia
Incendeia o corpo inteiro
Faísca, risca, trisca, arrodeia
Dispara o rito certeiro
Avassalador
Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar
Aquilo bate, ilumina
Invade a retina
Retém o olhar
O lance que laça na hora
Aqui e agora,
Futuro não há
Aquilo se pega de jeito
Te dá um sacode
Pra lá de além
O mundo muda, estremece
O caos acontece
Não poupa ninguém
Avassalador
Chega sem avisar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Aquilo que dá no coração
Que faz perder o ar e a razão
Aquilo reage em cadeia
Incendeia.
Nesta sexta-feira (24/06), o programa Som Brasil, da Rede Globo homenageou Jackson do Pandeiro e Lenine também esteve lá interpretando entre outras: "Chicletes com Banana", de Gordurinha e Almira Castilho; "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti, e "Tum,tum, tum", de Ary monteiro e Cristóvao de Alencar; essa última, ao lado de Selma do Coco e sua neta Ninha.
Um capítulo único da história da música brasileira. "Um farol que brilha solitário", diz Lenine. "Jackson é indefinível, não deixou escola, é um compositor e cantor ímpar", diz. E lembra que - como se não bastasse - "é um dos maiores percussionistas de boca do mundo".
Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, (Recife, 2 de fevereiro de 1958) é um cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista, músico, produtor. Poucos artistas reúnem talento em tantas atividades quanto Lenine. Ele ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspontende da Academia Pernambucana de Letras.
Filho de um velho comunista e de uma católica praticante, criou-se porém uma espécie de détente na família. Até os 8 anos, os filhos eram obrigados a ir à missa com a mãe. Depois disso, ficavam por conta do pai: Marx era leitura obrigatória. Aos domingos, ouvia-se música de todo tipo - canções napolitanas, música alemã, música folclórica russa, Glenn Miller, Tchaikovsky, Chopin, Gil Evans, e mais tarde, Hermeto Pascoal e os tropicalistas.
Aos 17 anos, em sua Recife natal, Oswaldo Lenine Macedo Pimentel montou com um amigo a loja de discos Wave, para estar mais perto dos desejados LPs importados. Só então ele despertaria para a música brasileira.
No final de 1970, Lenine foi acompanhar o nascimento de seu primeiro filho, no Rio de Janeiro (RJ), onde pretendia passar um ou dois anos, pois havia pouco espaço ou recursos para música no Recife. Lá morou com alguns amigos, compositores. Dividiram por algum tempo um apartamento na Urca, depois uma casinha numa vila em Botafogo, famosa por ter sido moradia de Macalé e Sônia Braga. Depois foram para Santa Teresa.
No começo dos anos 80, o público, perplexo, via Lenine e seus companheiros invadindo o palco com bumbos rústicos, entoando tradicionais maracatus pernambucanos com uma linguagem pop e equilibrando os acentos regionais de sua música. Cerca de 15 anos ainda se passariam até que o gênero fosse aceito em âmbito nacional e Recife (PE) fosse vista como um novo pólo de criação musical no Brasil.
Lenine inscreveu-se no festival MPB Shell 81 com a música “Prova de fogo”, de sua autoria. No ano seguinte, gravou seu primeiro disco, “Baque solto”, em parceria com Lula Queiroga.
Em 1993, em dupla com Marcos Suzano, Lenine lançou o segundo LP, “Olho de peixe”. Quando viu, já tinha adotado o Rio.
Nesse tempo, Lenine se revelou um compositor de sucesso. Hoje, mais de 500 músicas levam sua assinatura, sendo que cerca de cem delas já foram gravadas por ele ou outros artistas. Esta rica obra inclui até mesmo oito sambas-enredo campeões do carnaval de rua carioca.
Em 1997, Lenine lançou seu primeiro disco solo, “O dia em que faremos contato”, considerado um marco da MPB por unir acústica, tecnologia eletrônica, raízes regionais e linguagem pop internacional para dar novos rumos à música brasileira. O CD lhe rendeu dois prêmios Sharp.
Após uma grande turnê nacional, Lenine se apresentou na Cité de la Musique, em Paris, em 1999, o que alavancou sua carreira na Europa.
Em 1999, Lenine lançou o CD “Na pressão”, que revelava toda a diversidade brasileira ao misturar maracatu, xote, samba, rap, coco, jungle, xaxado e trip hop. Lenine se colocava como um “cronista sonoro” do Brasil de fim de década/século/milênio, radiografando fielmente o cotidiano da nação.
Desde então, Lenine tem feito shows em dezenas de países. Em três anos, ele se apresentou para mais de 800 mil pessoas no exterior.
Em 2001, este pernambucano de alma carioca esteve em 14 cidades da França, onde seu público é mais significativo e “Na pressão” vendeu 30 mil cópias, sendo sempre apontado como um dos nomes mais representativos da nova música brasileira.
O ano de 2001 marcou a presença de Lenine no cinema e no teatro, visto que o artista assinou a direção musical do filme “Caramuru – A invenção do Brasil”, de Guel Arraes, que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Participou também da direção do musical de "Cambaio", musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo. Na TV, suas músicas estiveram nas novelas "As filhas da mãe" e “O clone”, além do infantil "Sítio do Picapau Amarelo".
Lançado simultaneamente em dez países, “Falange canibal”, álbum de 2002, contou com participações especiais de diversos artistas brasileiros e estrangeiros de variadas vertentes musicais. Lenine segue sua viagem inovadora sem encontrar as tais barreiras supostamente impostas pela língua.
Em 2008, lançou Labiata.
Lenine ganhou dois prêmios Grammy Latino: um pelo “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".
CURIOSIDADES
Lenine teve seu som gravado por Elba Ramalho, sendo ela a primeira cantora de sucesso nacional a gravar uma música sua. Depois vieram Fernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros.
Produziu "Segundo", de Maria Rita; "De uns tempos pra cá", de Chico César; "Lonji", de Tcheka (cantor e compositor do Cabo Verde); e "Ponto Enredo", de Pedro Luis e a Parede.
FONTE
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