segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Orlando Dias
Orlando Dias, nome artístico de José Adauto Michiles (Recife, 1 de agosto de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2001), foi um cantor e compositor brasileiro.
Cantor diferenciado e muito polêmico, seu principal sucesso foi "Tenho ciúme de tudo".
Gravou também músicas de apelo bem popular, como: "Com pedra na mão" e "Coração de pedra".
Cantor. Compositor. Neto de um violonista e também poeta, de quem herdou a veia artística e se iniciou na música. Em meados da década de 1940, casou-se e pouco depois ficou viúvo. Orlando Dias deixou Recife definitivamente em 1950.
Sua marca registrada eram suas interpretações cheias de estilo, exageradas, que se constituíam em verdadeiros "happenings" (o lenço branco acenado, gestual teatral, inclusive a mania de se ajoelhar no palco, declamação de versos emocionados e roupas desalinhadas), sendo portanto um dos precurssores do que hoje se chama estilo "brega-romântico".
Em 1938, Orlando Dias deu início à carreira, participando de um programa de calouros sem sucesso. Logo depois, em outra tentativa na Rádio Clube de Pernambuco, foi mais feliz. Nessa época, costumava imitar o ídolo Orlando Silva.
Na década de 1940, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conseguiu contrato na Rádio Mayrink Veiga.
Voltou ao Recife, por volta de 1946, mas depois da perda da esposa, decidiu voltar ao Rio de Janeiro.
Gravou seu primeiro disco pela Todamérica em 1952, com "Tive ciúme", um samba de Almeida Freire e "Ainda não sei", um bolero de Peterpan. No ano seguinte lançou o samba "Não te quero bem nem mal", de J. Cascata e Leonel Azevedo.
Em 1954 gravou o fox-trot "Façamos as pazes", de Luiz de França, Ubirajara Nesdan e Nelson Bastos.
Em 1955 gravou na Mocambo o baião "Perigo de morte", de Gordurinha e Wilson de Morais.
No fim da década de 1950, passou a cantar com o estilo que lhe deu fama.
Em 1959 estreou na Odeon com os boleros "Se eu pudesse", de Valdir Machado e "Nas tuas horas de tristeza", de Cid Magalhães.
Atingiu o auge de sua carreira no início dos anos 1960. Nessa época lançou da dupla Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal a guarânia "Minha serás eternamente".
Em 1961, lançou com sucesso o bolero "Tenho ciúmes de tudo", de Valdir Rocha.
No ano seguinte gravou mais dois boleros de Valdir Machado, compositor do qual gravava composições frequentemente.
Em 1963, gravou com êxito o LP "Se a vida fosse um sonho bom", trazendo, além da faixa-título, "Beija-me", ambas de autoria de Valdir Machado.
Em 1965, lançou para o carnaval o samba "Saravá", de Zilda Gonçalves e Jorge Silva.
Em 1966, lançou novo LP pela Odeon intitulado "O ator da canção", onde se destacaram as músicas "Sonho de amor", de Arsênio de Carvalho, e "Uma esmola", de Ramirez, com versão de Pedro Lopes.
Em 1968, lançou o LP "O atual", também pela Odeon, com destaque para "Amor desesperado", de Dino Ramos, com versão de Romeu Nunes, e "Perdoa-me", de Manzareno, com versão de Rubem Carneiro.
Em 1973, gravou novo LP Odeon com o título "O cantor mais popular do Brasil", com destaques para "Leva-me contigo", de sua própria autoria, e "Tu partiste", de Pedrinho.
Nos anos 1980 passou a viajar pelo interior para divulgar seus discos, apresentando-se em rádios locais. Fez excursão à Europa e, em 1997, regravou vários sucessos em CD intitulado "Vinte supersucessos". Ao longo da carreira, vendeu cerca de 6 milhões de discos.
O cantor Orlando Dias veio à óbito em uma tarde sábado, em 11 de agosto de 2001, no Rio de Janeiro, aos 78 anos.
Seu corpo foi velado no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. Orlando Dias sofria de mal de Parkinson, mas morreu vítima de infarto.
Ele estava em casa, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, quando começou a passar mal, por volta das 14 horas. A irmã, a também cantora Maria Creuza, ainda tentou levá-lo ao hospital, mas o cantor não resistiu. Orlando Dias era viúvo, não tinha filhos e morava com Maria Creuza.
Fomos pegos de surpresa porque ele estava bem, apesar de ter ficado internado no hospital por causa de uma queda que sofreu quando caminhava pela rua, contou o sobrinho José Carlos Eugênio de Peixoto.
O acidente havia acontecido há dois meses. Dias bateu com a cabeça e ficou 17 dias internado numa Unidade Intensiva de Tratamento (UTI).
Em 2000, o cantor teve dois discos relançados pela EMI Music dentro da Série BIS.
FONTE
Wikipédia
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