quarta-feira, 21 de julho de 2021

Aracy de Almeida



Aracy Teles de Almeida (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1914 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1988) foi uma cantora brasileira. Conhecida como o "Samba em Pessoa" ou "A Dama do Encantado", foi identificada como a primeira grande cantora de samba, tendo também interpretado diversos outros estilos. Amiga e principal intérprete da obra de Noel Rosa, é considerada a responsável pelo renascimento da obra do compositor.

Também foi jurada em diversos programas de televisão, notavelmente do programa Show de Calouros de Silvio Santos.

Cantava samba, mas era apreciadora de música clássica e se interessava por leituras de psicanálise, além de ter em sua casa, quadros de pintores brasileiros como Aldemir Martins e Di Cavalcanti. Os que conviviam com ela, na intimidade ou profissionalmente, a viam como uma mulher lida e esclarecida. Tratada por amigos pelo apelido de "Araca", Noel Rosa disse, em entrevista para A Pátria, em 4 de janeiro de 1936: "Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo".

Aracy Teles de Almeida nasceu em 19 de agosto de 1914. Foi criada no subúrbio carioca, no bairro de Encantado, numa grande família protestante; o pai, Baltazar Teles de Almeida, era chefe de trens da Central do Brasil e a mãe, dona Hermogênea, dona de casa. Tinha apenas irmãos homens.




Estudou num colégio no bairro do Engenho de Dentro, onde foi colega do radialista Alziro Zarur. Em 1933, levada por Custódio Mesquita, estreia na rádio Educadora do Brasil com a música "Bom-dia, Meu Amor" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano) e grava em seu primeiro disco a marcha "Em Plena Folia" (Julieta de Oliveira) . Nessa mesma emissora conhece o compositor Noel Rosa, que a convida para "tomar umas cervejas cascatinhas na Taberna da Glória". Torna-se então interprete de alguns dos seus sambas e grava em álbum "Riso de Criança" (1934).

Transferindo-se para a Victor, participou do coro de diversas gravações e lançou, ainda em 1935, como solista, "Triste cuíca" (Noel Rosa e Hervé Cordovil), "Cansei de pedir", "Amor de parceria" (ambas de Noel Rosa) e "Tenho uma Rival" (Valfrido Silva). A partir de então, tornou-se conhecida como intérprete de sambas e músicas carnavalescas, tendo sido apelidada por César Ladeira de "O Samba em Pessoa". Trabalhou na Rádio Philips com Sílvio Caldas, no Programa Casé, nas rádios Cajuti, Mayrink Veiga e Ipanema. Excursionou com Carmen Miranda pelo Rio Grande do Sul.


Em 1936 foi para a Rádio Tupi e gravou com sucesso duas músicas de Noel Rosa, "Palpite Infeliz" e "O X do Problema". Em 1937 atuou na Rádio Nacional e destacou-se com os sambas "Tenha Pena de Mim" (Ciro de Sousa e Babau), "Eu Sei Sofrer" (Noel Rosa e Vadico) e "Último Desejo", de Noel Rosa, que faleceu nesse ano.

Gravou, em 1938, "Século do Progresso" (Noel Rosa) e "Feitiço da Vila" (Noel Rosa e Vadico), e, em 1939, lançou em disco "Chorei quando o Dia Clareou" (Davi Nasser e Nelson Teixeira) e "Camisa Amarela" (Ari Barroso). Para o Carnaval de 1940, gravou a marcha "O Passarinho do Relógio" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira) e, no ano seguinte, "O Passo do Canguru" (dos mesmos autores).

Em 1942, lançou o samba "Fez Bobagem" (Assis Valente), "Caramuru" (B.Toledo, Santos Rodrigues e Alfeu Pinto), "Tem Galinha no Bonde" e "A Mulher do Leiteiro" (ambas de Milton de Oliveira e Haroldo Lobo). Fez sucesso no Carnaval de 1948 com "Não me Diga Adeus" (Paquito, Luis Soberano e João Correia da Silva) e, em 1949, gravou "João Ninguém" (Noel Rosa) e "Filosofia" (Noel Rosa e André Filho).


Entre 1948 e 1952, trabalhou na boate carioca Vogue, sempre cantando o repertório de Noel Rosa; graças ao sucesso de suas interpretações nessa temporada, lançou pela Continental dois álbuns de 78 rpm com músicas desse compositor: o primeiro deles, lançado em setembro de 1950, continha Conversa de botequim (com Vadico), Feitiço da Vila (com Vadico), O X do problema, Palpite infeliz, Não tem tradução e Último desejo; no segundo, lançado em março de 1951, interpretou Pra que mentir (com Vadico), Silêncio de um minuto, Feitio de Oração (com Vadico), Três apitos, Com que roupa e O Orvalho Vem Caindo (com Kid Pepe).

Foi, ao lado de Carmen Miranda, a maior cantora de sambas dos anos 30. Depois de atuar com sucesso na boate Vogue em Copacabana na década de 40, entre 1950 e 1951, gravou dois álbuns dedicados a Noel Rosa, que seriam responsáveis pela reavaliação da obra do poeta da Vila.
Sérgio Porto, Billy Blanco e Aracy de Almeida.

Mudou-se para a cidade de São Paulo em 1950, e lá viveu durante 12 anos. Em 1955 trabalhou no filme Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga, e lançou, pela Continental, um LP de dez polegadas só com músicas de Noel Rosa, no qual foi acompanhada pela orquestra de Vadico, cantando, entre outras, São Coisas Nossas, Fita Amarela e as composições inéditas Meu Barracão, Cor de Cinza, Voltaste e A Melhor do Planeta (com Almirante).


Anos 1960

Três anos depois, lançou pela Polydor o LP Samba em pessoa. Em 1962 a RCA, reaproveitando velhas matrizes, editou o disco Chave de ouro. Em 1964, gravou com a dupla Tonico e Tinoco, o cateretê Tô chegando agora (Mário Vieira) e apresentou-se com Sérgio Porto e Billy Blanco na boate Zum-Zum no Rio de Janeiro.

Em 1965, fez vários shows no Rio de Janeiro: "Samba pede passagem", no Teatro Opinião; "Conversa de botequim", dirigido por Miele e Ronaldo Boscoli, no Crepúsculo; e um espetáculo na boate Le Club, com o cantor Murilo de Almeida. No ano seguinte, a Elenco lançava o disco Samba é Aracy de Almeida. Com o cômico Pagano Sobrinho, fez "É proibido colocar cartazes", um programa de calouros da TV Record, de São Paulo, em 1968. No ano seguinte, a dupla apresentou-se na boate paulistana Canto Terzo.

Ainda em 1969, fez parte do show "Que maravilha!", apresentado no Teatro Cacilda Becker em São Paulo e dirigido por Fernando Faro. Além de Aracy, participaram Jorge Ben, Toquinho e Paulinho da Viola.


Carreira na Televisão

Depois disso, com a entrada da bossa nova, os intérpretes de samba já não eram tão solicitados. Aracy trabalhou em vários programas de TV: Programa do Bolinha; na TV Tupi, com Mário Montalvão; na TV Globo, com a Buzina do Chacrinha; no Programa Silvio Santos; programas na TVE; Programa da Pepita Rodrigues, na TV Manchete; Programa do Perlingeiro, na TV Excelsior; no Almoço com as estrelas, com Aérton Perlingeiro, entre outros.
Vida pessoal


Foi sempre bastante discreta com relação a sua vida pessoal e não teve filhos. Entre 1938 e 1942, foi casada com José Fontana, mais conhecido como Rey e que era então goleiro do Vasco da Gama.

Desde o final dos anos 1950, esteve em um relacionamento com o coronel-médico reformado Henrique Leopoldo Pfefferkorn, conhecido por seus amigos como Capita.
Doença e morte

Em 1988, Aracy teve um edema pulmonar. No início, ficou internada em São Paulo, retornando ao Rio de Janeiro para o hospital da SEMEG, na Tijuca. Silvio Santos a ajudou financeiramente na época em que esteve doente e lhe telefonava todos os dias, às 18 horas, para saber como ela estava.

Depois de dois meses em coma, voltou à lucidez por dois dias, e, num súbito aumento de pressão arterial, faleceu no dia 20 de junho, aos 73 anos. Seu corpo foi velado no Teatro João Caetano, visto que seu último show com Albino Pinheiro havia sido lá. O Cemitério Parque Jardim da Saudade doou o túmulo para ela; porém, já havia uma gaveta num cemitério em São Paulo, mas Adelaide não quis levá-la para lá. O Corpo de Bombeiros percorreu parte do Rio de Janeiro com a sua urna como homenagem, passando pelos lugares importantes frequentados por Aracy (Copacabana, Glória, Lapa, Vila Isabel, Méier e Encantado).



quinta-feira, 1 de julho de 2021

Outra Rodada

 


1. Locutor - Léo Magalhães


2. Simone e Simaria




3. Bruno e Marrone



sábado, 12 de junho de 2021

Aracy Cortes


Zilda de Carvalho Espíndola, conhecida como Aracy Cortes, (Rio de Janeiro, 31 de março de 1904 — Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 1985) foi uma cantora brasileira. Nascida no Estácio, foi criada pela madrinha muito severa; cresceu e mudou-se com a família para o Catumbi, aonde teve como vizinho um rapaz negro que tocava flauta, Pixinguinha, o fundador do grupo Oito batutas.


Por iniciativa própria começou a cantar em vários teatros da cidade, tornando-se conhecida pela voz de timbre soprano e o jeito personalista de cantar. O reconhecimento veio com a música Que Pedaço, de Sena Pinto (1923), e em seguida outro sucesso, Jura, de Sinhô (1928). Na esteira do sucesso e já muito enfronhada com o mundo da música, foi ela quem lançou também, na década de 1930, outros compositores, então desconhecidos: Ary Barroso e Assis Valente.


Zilda, conhecida mais tarde pelo nome artístico de Araci Cortes fez grande sucesso nas décadas de 1920 e 1930, com voz soprano, Aos 17 anos de idade, foi embora de casa para trabalhar como cantora em um circo, sendo descoberta pelo artista Luís Peixoto, quando cantava e dançava maxixes no Democrata Circo. Seu nome artístico foi dado por Mário Magalhães, crítico teatral do jornal "A Noite", quando passou a atuar teatro de revista no começo dos anos 20.

Considerada a primeira grande cantora popular brasileira, foi praticamente a única a ter sucesso na década de 20, numa época em que figuravam apenas homens entre os grandes nomes.


Em 1925, gravou seu primeiro disco, com duas músicas: A Casinha (A Casinha da Colina), de Pedro de Sá Pereira, e Petropolitana.

Já em 1928, teve enorme sucesso com o samba "Jura", de José Barbosa da Silva, mais conhecido como Sinhô. Conta-se que no dia em que a canção foi apresentada, Araci teve que repeti-la até sete vezes a pedido do público.


No mesmo ano, Araci gravou uma canção que teve enorme sucesso: Ai, Ioiô, composta por Henrique Vogeler, Luiz Peixoto e Marques Porto. A canção, cujo título original é Linda Flor, é considerada o marco inicial do gênero samba-canção.




Araci ajudou no sucesso de vários compositores, entre eles Ary Barroso. A cantora foi, junto com Francisco Alves, uma das primeiras a gravar Aquarela do Brasil.

Entre as décadas de 50 e 60, afastou-se do meio artístico. Mas, em 1965, teve uma volta triunfal com o espetáculo Rosa de Ouro, ao lado de Paulinho da Viola, Elton Medeiros e da então estreante Clementina de Jesus.




terça-feira, 1 de junho de 2021

Outra Rodada

 


1. Depois do prazer / Essa tal liberdade - SPC


2. Essas mulheres / Leandro e Leonardo


3. Um sonho a dois - Roupa Nova


4. Falando Sério - Elas cantam Roberto Carlos


5. Sem limites - Victor e Leo


6. Amei te ver - Tiago Iorc


7. Alexandre Pires


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Orlando Silva


Em 1938, depois de uma breve e exitosa temporada em São Paulo, Orlando Silva voltou ao Rio de Janeiro e foi anunciado no auditório da Rádio Nacional: - Aqui está de volta Orlando Silva, o cantor das multidões! A definição que passou a acompanhar o artista por toda a carreira não era exagero. Como os auditórios pelo país não eram mais suficientes para comportar o público do cantor, Orlando passou a se apresentar em praças públicas, interpretando canções que, cem anos após seu nascimento (3 de outubro de 1915), ainda fazem parte do imaginário do povo brasileiro. Viveu o auge da carreira nas décadas de 1930 e 1940.


"Um cantor que o Brasil ainda acata, acarinha, aplaude, incentiva. Um marido bom, que combina tudo com sua mulher. Um amigo que quando pode atender a solicitude de um outro amigo, ele tá com presteza ali. Um artista que cumpre seu dever, apesar do tempo que tem de carreira e do nome que tem nas costas. Um artista que quando se compromete com compositores, ele grava nem que seja a toque de caixa. Sempre fui assim e acho que vou morrer assim".

Foi dessa forma que Orlando Silva se defininiu em um depoimento para a posteridade gravado no Museu da Imagem e do Som (MIS) em 1968. A simplicidade do discurso pode esconder a imensa influência que Orlando exerceu sobre uma grande quantidade de cantores contemporâneos e das gerações seguintes. É o que diz Jonas Vieira, biógrafo do artista: “foi ele quem plantou uma nova maneira de cantar, muito simples e com um fraseado novo, extraordinário. Essa é a razão pela qual eu o considero um cantor único no mundo”, defende. Lúcio Alves, Ciro Monteiro, João Gilberto e Caetano Veloso são alguns dos cantores “filiados” à escola de canto de Orlando Silva.


Ao olhar para a música mundial naquele período, Jonas Vieira compara Orlando Silva a Frank Sinatra. Para ele, a principal diferença entre os dois em termos de influência era a máquina publicitária que girava em torno do cantor norte-americano. “Os empresários dele contratavam mocinhas para seus shows, não apenas para aplaudí-lo, mas para rasgar suas roupas e transformar aquilo em um acontecimento coberto pela mídia”, revela o autor de Orlando Silva - o cantor das multidões, livro que ganhou reedição em 2015, com capítulo dedicado ao centenário do biografado.


Orlando Silva integrou o elenco principal da Rádio Nacional já no momento de sua criação, em setembro de 1936, e foi um dos responsáveis por seu sucesso e consolidação. Ele permaneceu como um dos principais nomes da emissora até 1946, quando foi demitido devido a problemas com álcool e drogas, retornando em 1952 para substituir o cantor e apresentador Francisco Alves. Sobre seu afastamento em depoimento ao MIS, ele conta que aproveitou o período para viajar.


"Me afastei da Rádio em 50 para 51, fui viajar. Viajei o Norte todo. Quando voltei, próximo do carnaval, não me afastei, eu tinha muito chamado para fora. Como estava sem contrato, aproveitei, arrumei minhas malinhas e saí".


Carreira

Filho de Balbina Garcia e José Celestino da Silva, Orlando nasceu na estação do Engenho de Dentro, subúrbio carioca. O pai era um dos músicos que tocavam com Pixinguinha, ocupação que revezava com o trabalho de ferroviáro, e morreu quando Orlando tinha apenas três anos de idade.

Antes de iniciar profissionalmente sua carreira artística, Orlando trabalhou como entregador de marmitas, operário em uma fábrica de cerâmicas, aprendiz de cortador em uma fábrica de calçados e entregador de encomendas.

Em 1936, nessa última ocupação, ele caiu do bonde em movimento quando voltava para casa e teve de amputar dois dedos do pé esquerdo. Passou dois meses de recuperação no hospital, medicado com morfina para aliviar a dor. Após esse período ele passou a trabalhar como cobrador de ônibus, ofício que o permitiu ficar sentado, já que passou a mancar da perna esquerda.

Nessa época, surgiu a oportunidade de cantar na Rádio Cajuti, por intermédio do cantor Bororó, que o ouviu cantando no corredor da rádio e, impressionado com a voz, o apresentou a Francisco Alves. O então célebre cantor chamou Orlando Silva para se apresentar em seu programa. Assim, aos 18 anos, Orlando teve a estréia como cantor profissional, em 23 de junho de 1934, com a música Mimi, de Silvio Caldas.

No ano seguinte, ele passou a gravar discos. Teve também a experiência pioneira de gravar um jingle brasileiro - como é conhecido o comercial radiofônico - com uma canção propagando o chope Brahma. Era uma marchinha de autoria de Ary Barroso, lançada no carnaval de 1935.

Em 1937, Orlando Silva era uma das maiores estrelas da RCA Victor, que tinha no elenco artistas como Carmem Miranda, Silvio Caldas e Chico Alves. Naquela época, gravou duas faixas de sucesso, uma de cada lado do LP: "Lábios que eu beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo e "Juramento Falso", de Pedro Caetano. Ambas tiveram arranjo do maestro Radamés Gnatalli.




"O estouro mesmo, onde o Brasil tomou conhecimento que já existia mais um cantor popular foi com Lábios Que Beijei, que saiu em março de 1937. Eu já vinha fazendo sucesso, mas não dessa envergadura". Depoimento de Orlando Silva ao MIS em 1968.

No ano seguinte, viria mais um disco que ficou para a história. Com arranjos de Gnatalli, o LP trazia no lado A a música "Carinhoso", composição de Pixinguinha com letra de Braguinha, e no lado B "Rosa", de Pixinguinha e Otávio Souza. “Esse disco foi um sucesso dos dois lados, sobretudo Carinhoso, que é uma espécie de hino do romantismo brasileiro”, pontuou o biógrafo Jonas Vieira.
Bossa Nova



"O alto falante pendurado num dos postes da rua do Apoio, em Juazeiro Bahia, tocava "Naná", com Orlando Silva, pelo menos três vezes por dia", relata Ruy Castro na abertura de seu livro "Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova". Com essa frequência na rádio, Orlando influenciou o cantor baiano nascido em Juazeiro que seria o principal responsável pela criação da Bossa Nova: João Gilberto, que iniciou sua carreira imitando o modo de cantar do carioca. "Quando o chamavam de 'o novo Orlando Silva', Joãozinho ficava todo prosa — porque era exatamente o que ele queria ser", apontou Ruy Castro no livro.

Após a volta ao cenário músical em 1952 na Rádio Nacional, Orlando Silva encontrou um cenário diferente, onde os cantores do rádio não tinham mais o mesmo prestígio. Parte devido à chegada da televisão e à mudança estética promovida na música brasileira pela Bossa Nova, que introduziu uma nova forma de cantar, distinta daquela que ficou consagrada no pais nas décadas de 1930 e 1940. Em seu depoimento ao MIS em 1968, Orlando reflete sobre o cenário de então.




"Um sucesso atualmente não é espontâneo, não é escolhido pelo povo, é imposto por autores, sociedades, editores. É uma gangue que está atrás empurrando esse canhão e quem não quer morrer que saia da frente"

Perguntado na ocasião se a carreira estava em declínio ele amenizou. "Não há quem permaneça e fique eterno na crista. Não pode se manter um ídolo na crista. Eu fiquei muito tempo."

Em 1940, já no auge da fama, Orlando Silva iniciou um relacionamento amoroso com a atriz Zezé Fonseca que perdurou até aproximadamente 1943 em meio a muitas turbulências. Em 1947, casou-se com Maria de Lourdes, com quem viveu pelo restante da vida. Orlando morreu em 1978, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).





segunda-feira, 12 de abril de 2021

Francisco Alves


Francisco de Morais Alves, mais conhecido por Francisco Alves, Chico Alves ou Chico Viola (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1898 — Pindamonhangaba, 27 de setembro de 1952), foi um dos mais populares cantores do Brasil na primeira metade do século XX, e considerado por muitos o maior do país. A qualidade de seu trabalho lhe rendeu em 1933, pelo radialista César Ladeira, a alcunha de "Rei da Voz". Foi, ainda, peça decisiva para a construção de vários gêneros populares da música.


Era uma figura alta e magra; andava sempre elegante e bem penteado; muito sorridente e avesso às bebidas. Como seu ídolo Vicente Celestino, tinha uma voz de tenor mas, com o tempo, consolidou-se em barítono. De origem humilde, deixou uma vasta produção de mais de quinhentos discos; sua morte trágica causou imensa comoção no país, num sentimento que um de seus biógrafos, David Nasser (que também era amigo e compositor de algumas músicas por ele interpretadas), escreveu: "Tu, só tu, madeira fria, sentirás toda agonia do silêncio do cantor". A despeito disso, muitos no meio artístico o consideravam bruto, de poucos amigos e vários desafetos.


Foi dele a primeira gravação de disco elétrico feita no Brasil. Graças a ele compositores como Cartola, Heitor dos Prazeres ou Ismael Silva vieram a ser consagrados, o mesmo ocorrendo com várias canções que interpretou, como Ai! que saudade da Amélia, ou a primeira gravação do samba Aquarela do Brasil do parceiro Ary Barroso Representava para o país, quando de sua morte, o que o cantor Maurice Chevalier era para a França: um "caso raro" — como então registrou o Jornal do Brasil.








terça-feira, 30 de março de 2021

Instrumentos Musicais Diferentes



O som do piano, da bateria e da guitarra você já conhece, não é mesmo? Porém, apostamos que há vários outros que você não tem ideia, uma vez que, ao redor do globo, existem muitos instrumentos musicais diferentes.

Afinal, a cultura e a música tem uma relação estreita. Basta pensarmos que enquanto no continente africano os sons que predominam vêm de instrumentos de percussão como o tambor, no Brasil, um dos mais famosos é o cavaquinho, pelo fato de ele ter sido trazido pelos portugueses.

Porém, há vários outros instrumentos musicais exóticos bastante peculiares. Quer saber quais são eles? É só seguir com sua leitura!

CIMBALOM

Também conhecido como dulcimer, o cimbalom é bastante utilizado para expressar o folclore europeu, principalmente o das etnias ciganas. Sua origem remete à Hungria, mas o cimbalom também faz parte das festividades de outros países do leste europeu, como Eslováquia e Romênia.


Nem imagina como seja o som desse que é um dos instrumentos musicais de povos mais inusitados? É só conferir no vídeo!

KORA

O kora é um instrumento que faz parte da cultura africana, principalmente do povo Mandeng. Bastante difícil de ser executado, ele traz 21 cordas e se assemelha a uma harpa.

Confira o som lindo que o kora faz e entenda por que ele faz parte dessa lista de instrumentos musicais diferentes!


KALIMBA

O kalimba é um instrumento também de origem africana, bastante tocado em festas e em comemorações do Zimbabwe. Ele é conhecido como “piano de dedo” e seus sons são delicados e bastante característicos.

O vídeo mostra a agilidade de um músico ao tocar o Kalimba:

BALALAICA

A balalaica é um instrumento muito comum na Rússia. Ela apresenta três cordas e tem um formato triangular. Ela é tocada com os dedos e sua origem etimológica é bastante interessante. Isso porque o som da palavra significa “balançar”, o que dá ao instrumento um caráter bastante lúdico. Bacana, não?

O vídeo abaixo mostra uma performance impressionante, não deixe de assistir!

KAHEN

Muito popular na Ásia, mais especificamente no Laos, o kahen chama a atenção por sua riqueza harmônica. Ele é tão importante na cultura desse povo, que a região promove uma série de festivais para aprimorar e divulgar o seu uso.

Feito por tubos de bambu de diferentes tamanhos, o kahen é um instrumento de sopro, cujo som você pode conhecer assistindo ao vídeo.

2 INSTRUMENTOS MUSICAIS DIFERENTES QUE VOCÊ NÃO TINHA IDEIA QUE EXISTIAM

STYLOPHONE

Inventado por Brian Jarvis, no fim da década de 1960, o stylophone exige uma canetinha para ser tocado. Há uma certa controvérsia se ele é realmente um dos instrumentos musicais mais exóticos de todos os tempos ou se é apenas um sintetizador.

De toda forma, o que se sabe é que ele já foi utilizado em músicas famosas, como “Space Oddity”, de David Bowie.

Confira o efeito sonoro que o stylophone faz!



VIOLÃO PICASSO

Inspirado nas obras do cubista Pablo Picasso, esse instrumento levou dois anos para ser desenvolvido. Não é para menos. Afinal, tem 4 braços e dois bocais. Logo, é super difícil de ser manuseado.

O seu som é uma combinação inusitada de harpa com violão. Veja a seguir!



2 INSTRUMENTOS MUSICAIS EXÓTICOS BEM DIFERENTES

TEREMIM

Inventado em 1920, o Teremim já foi “tocado” por Albert Einstein e Sting. A palavra tocado está entre aspas e não é por acaso. Isso porque esse instrumento não precisa de contato físico para funcionar, basta mover as mãos para perto de suas antenas de metal. Uma delas é responsável pelo volume e a outra altera a frequência.

Ficou curioso para ver como o teremim funciona e descobrir por que ele foi escolhido como um dos instrumentos musicais mais diferentes da história? É só ver o vídeo…


HANG

O hang é um instrumento de percussão que foi criado por um casal suíço. Ele é formado por um chapa de metal e cada parte tocada traz um som diferente. Segundo percussionistas, tocar hang é uma experiência única, que combina técnica e intuição.

O seu som realmente em nada parece com um instrumento clássico de percussão, como o vídeo a seguir mostra.



Gostou de conhecer essa lista de instrumentos musicais diferentes? Qual deve ser o mais difícil de ser tocado? Compartilhe com a gente a sua opinião, ela é muito importante para a Laart!

Sabe o que também é valioso para a Laart? Enaltecer o trabalho de artistas brasileiros e latino-americanos!

Não é à toa que o acervo dessa galeria de arte online traz mais de 15.000 gravuras originais e de tiragem limitada.

Todas contam com certificado de autenticidade e podem ser entregues em sua casa, garantindo a segurança e o conforto que você quer e merece.

Para saber qual gravura especial mais combina com seu estilo, convidamos você a visitar o acervo da galeria!

sábado, 6 de março de 2021

Mário Reis


Mário da Silveira Meireles Reis (Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1907 — Rio de Janeiro, 5 de outubro de 1981) foi um popular cantor brasileiro da era do rádio. Ganhou o epíteto de Bacharel do Samba. Nasceu numa família de classe média-alta. Sua mãe, Alice da Silveira Reis e seu pai foi Raul Meireles Reis (advogado, e também presidiu o America Football Club). Aos dois anos, mudou-se para a rua Afonso Pena nº 53, na Tijuca, indicando a ascensão social dos Reis e forjando o caráter elitista de Mário.


Em 1922, ele integrou a equipe juvenil do America, pela qual disputou o campeonato estadual da categoria na posição de meia-direita. Com quatro gols marcados, foi artilheiro da equipe, que se sagrou vice-campeã.Ele também se enveredou no tênis, chegando a integrar a seleção estadual.

Mário se formou em Direito em 1930 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na turma de Ary Barroso (LLB, 1929), de quem era amigo e incentivador, tendo gravado sua primeira música ("Vou à Penha") e seu primeiro sucesso popular, "Vamos deixar de intimidades". Mas foi revelado por Sinhô, em 1928.



Com a ajuda de seu tio Guilherme da Silveira, que era amigo do presidente do Banco do Brasil, conseguiu um emprego no setor jurídico da instituição. Com a deposição do então presidente do Brasil Washington Luís ainda em 1930, Guilherme teve de deixar seu cargo e Mário aproveitou para pedir demissão na mesma época em que sua parceria dom Francisco Alves começava a decolar.


Carreira musical

Aprendeu violão com Carlos Lentini (Carlos Sertório de Freitas Lentini), então futuro integrante do Regional de Benedito Lacerda. Em 1926, aos 19 anos, encontrou Sinhô, compositor e instrumentista cognominado "O Rei do Samba", na loja de instrumentos e partituras A Guitarra de Prata. Mário o pediu que se tornasse seu professor. Sinhô aceitou após ouvi-lo cantar "Ora Vejam Só" e gostar de seu modo singular de cantar.

Depois de dois anos dedicados a aprimorar a técnica do pupilo, Sinhô apresentou Mário Reis a Fred Figner, o todo-poderoso da gravadora Odeon, que ao ouvi-lo cantar topou gravar um disco com a voz do até então desconhecido..Seu primeiro registro fonográfico, lançado em 1928 e bem recebido pela crítica, trazia "Que vale a nota sem o carinho da mulher" de um lado e "Carinhos de vovô" do outro. Além de Sinhô, Donga tocou violão em ambas. Mais tarde, Mário reconheceria a importância de Sinhô em sua formação musical, considerando-o responsável por lhe ensinar "o segredo do samba".

Parceria com Francisco Alves

Da esquerda para a direita: Pessoa desconhecida, Pery Cunha, Mário Reis, Francisco Alves, Noel Rosa e Nonô a bordo do navio Itaquera em 1932.

No mesmo ano em que saiu do Branco do Brasil, Mário iniciou uma parceria com Francisco Alves, mesmo ambos tendo vozes bem diferentes. Não se sabe qual dos dois teve a ideia da colaboração, que rendeu 24 músicas em 12 discos. O primeiro lançamento, de setembro daquele ano, vinha com "Deixa Essa Mulher Chorar" (Brancura) e "Quá-quá-quá" (Lauro de Barros, o Gradim) e foi criado com o melhor que as tecnologias da época poderiam oferecer.



Francisco, que tinha faro para negócios, decidiu transformar a dupla num espetáculo ao vivo, promovendo apresentações que traziam a participação de nomes como Lamartine Babo.[10]

Em 1931, um empresário argentino contratou a dupla para se apresentar em Buenos Aires; além deles, foram junto Carmen Miranda, Luperce Miranda, Artur de Souza Nascimento e uma equipe de bailarinos. Foram trinta dias de apresentações realizadas em duas sessões; o cantor de tango Carlos Gardel se apresentava entre uma e outra.


No ano seguinte, Mário, Francisco, Noel Rosa, Pery Cunha e Nonô fizeram uma turnê conjunta ao sul do Brasil.

Carreira solo

Ainda pela Odeon, lançou seu segundo disco de estúdio, com mais duas músicas de Sinhô: "Sabiá" e "Deus nos Livre do Castigo das Mulheres". Em novembro de 1928, veio o terceiro disco, de novo com duas obras de Sinhô: "Jura" e "Gosto Que Me Enrosco" (esta última teve a autoria de sua primeira parte reivindicada por Heitor dos Prazeres). Este terceiro disco vendeu 30 mil cópias nas primeiras semanas, quantidade considerava expressiva na época.




O estilo diferenciado de Mário ao cantar foi recebido inicialmente com estranhamento, mas eventualmente recebeu elogios da crítica. Por outro lado, tradicionalistas o acusavam de ser um "filhinho de papai" querendo ditar os rumos do canto de samba.

Para seu quarto disco, decidiu interpretar criações de outros compositores: "Vou à Penha", do colega de faculdade Ary Barroso, e "Margot", de Alfredinho Dermeval.

No carnaval de 1929, duas canções lançadas por Mário Reis gozaram de grande popularidade: "Dorinha, Meu Amor", de Freitinhas; e "Gosto Que Me Enrosco". Os sucessos impulsionaram a carreira do cantor, que totalizou sete discos lançados naquele ano.

Também naquele ano, Mário passou a compor, embora sob o pseudônimo Zé Carioca. Às vezes, comprava sambas de compositores do Estácio.


Em 1935, realizou uma segunda excursão pelo Sul, desta vez com Carmen Miranda, com quem participou da inauguração da Rádio Farroupilha e gravou muitos sucessos.Em janeiro de 1936, Mário gravou um disco com "Este Meio Não Serve" (Noel Rosa) e "Tira... Tira..." (Alberto Simões e Donga) que não foi bem recebido pela crítica. No dia 10 daquele mês, Mário deu sua carreira musical por encerrada.


Volta à música

Mário ainda realizou alguns trabalhos após se aposentar. Em 1939, gravou quatro músicas e participou de um programa da Rádio Nacional com Francisco Alves e Jean Sablon (da França); já em 1940, lançou duas músicas para o carnaval. Quase uma década depois, em 1951, lançou três discos. Mais outra quase-década depois, em 1960, lançou seu primeiro LP, Mário Reis Canta Suas Criações em Hi-Fi, pela Odeon. Em 1965, pela Elenco, lançou seu segundo LP, Ao Meu Rio, em homenagem aos 400 anos da sua cidade natal.

Em 1971, lançou o terceiro LP, auto intitulado, que trazia entre as faixas o samba "Bolsa de Amores", de Chico Buarque.


Também em 1971, Mário realizou aquela que é considerada sua real despedida da música: uma série de apresentações em três dias no chamado "Golden Room" do Copacabana Palace, que tiveram o então ex-presidente da república Juscelino Kubitschek e Chico Buarque em meio ao público; este último se emocionou com a interpretação que Mário fez de sua canção "A Banda".

Carreira no cinema

Mário estreou no cinema em 1935 nos musicais Alô, Alô, Brasil! e Estudantes. Neste último fez o papel de um estudante em uma relação amorosa com uma cantora de rádio chamada Mimi, interpretada por Carmen Miranda. Mais tarde, participou de Alô, Alô, Carnaval! (1936) e Joujoux e Balangandãs (1939).





Morte e legado

Mário morreu em 5 de outubro de 1981 de insuficiência renal e embolia pulmonar após complicações de uma cirurgia para tratar de um aneurisma abdominal. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, 

Em 1995 Júlio Bressane fez o filme O Mandarim sobre a trajetória de Mário Reis, que foi interpretado por Fernando Eiras.

Mário Reis, esteve presente na trilha sonora da telenovela Kananga do Japão (1989/1990), da extinta Rede Manchete, com a canção "Gosto que me enrosco", canção essa, que em 1995, viria a inspirar um samba enredo da Portela.

FONTE

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Dua Lipa

 

Nascida no dia 22 de agosto de 1995, em Londres na Inglaterra, Dua Lipa é filha de pais refugiados. Seu pai, Dukagjin Lipa, hoje é gerente de marketing e atuou como vocalista de uma banda chamada Oda. Já sua mãe, Anesa Lipa, trabalha como executiva de turismo.


O primeiro nome da cantora, Dua, é a palavra albanesa para amor. Ela possui dois irmãos mais novos, uma irmã chamada Rina Lipa e um irmão de nome Gjin Lipa


Seus pais deixaram a cidade de Pristina, capital de Kosovo, durante a Guerra Civil da Iugoslávia na década de 1990 e se refugiaram para a capital inglesa.


Quando Dua nasceu, seus pais trabalhavam em bares e cafés da cidade como garçons. Em 2008, foi decretada a Independência do Kosovo, seus pais decidiram retornar para Pristina. Porém, aos 15 anos, ela decidiu voltar para Londres com a intenção de construir uma carreira musical. Já em 2011, começou a realizar trabalhos como modelo.


Dua cresceu ouvindo as canções de seu pai e quando completou 14 anos, lançou diversos covers de suas musicas favoritas em seu canal do Youtube. Ela interpretava de cantores que eram considerados ícones, como Nelly Furtado e Christina Aguilera.

No ano de 2015, Lipa assinou um contrato com a gravadora Warner Music, além de iniciar seus trabalhos para estrear seu primeiro disco. Em agosto do mesmo ano, lançou seu single “New Love”, produzido por Emile Haynie e Adrew Wyatt. Seu segundo single, a música “Be the One”, foi mostrado ao público em outubro de 2015 e atingiu o top 10 em charts em diferentes países da Europa, como Alemanha e Bélgica.


O videoclipe da faixa já possui mais de 450 milhões de visualizações no YouTube. A artista disse que a música “Be The One” foi a única faixa do álbum que não escreveu, mas que não poderia descarta-la, pois é uma de suas favoritas.


Lipa descreve seu estilo musical como “pop sombrio” e também possui influencias do hip hop em suas canções. Em novembro de 2015, ela foi considerada uma das artistas mais promissoras no mundo da música pela BBC e foi indicada ao prêmio Sound of...2016. Dua também foi considerada uma das maiores artistas revelação de 2016 no meio musical pela MTV. Sua primeira turnê pelo Reino Unido teve início em janeiro de 2016.


Em fevereiro de 2016 divulgou seu terceiro single, a canção “Last Dance” e logo depois, em maio, “Hotter Than Hell”, a qual chegou ao top 15 do UK Charts. Já em agosto veio o lançamento de “Blow Your Mind (Mwah)”, música que se tornou sua primeira entrada na parada Hot 100, da Billboard norte-americana. Em novembro de 2016 o rapper jamaicano Sean Paul lançou o single “No Lie” que conta com a participação da artista.


Seu álbum de estreia auto-intiludado foi apresentado no dia 2 de junho de 2017 e ficou em quinto lugar na parada de álbuns do Reino Unido. “New Rules” foi o sétimo single divulgado e atingiu o topo da parada oficial do Reino Unido. A faixa “Homesick” introduzido em dezembro de 2017, contou com a participação do cantor Chris Martin, vocalista da banda britânica Coldplay, porém os vocais acabaram não sendo creditados.

Chegando em 2018, Dua anunciou através das redes sociais que ela começou a trabalhar em novo material pelo seu segundo álbum. Neste caso, ela estava elaborando um projeto com o cantor britânico MNEK na composição de “IDGAF” e na faixa “High” com o DJ Whethan, que está presente na trilha sonora do filme Cinquenta Tons de Cinza.

Já em setembro, Lipa anunciou que lançaria uma reedição do seu álbum de estreia com o nome Dua Lipa: Complete Edition incluindo três músicas; “Want To”, “Running” e “Kiss And Make Up” uma parceria com o grupo feminino sul-coreano Black Pink, além de inserir as faixas “Scared To Be Lonely”, “One Kiss”, “No Lie” e “Eletricity”, que teve a colaboração recente de Dua com o duo Silk City, formado por Diplo e Mark Ronson, publicada em 6 de setembro. Dua adicionou também a participação na faixa “If Only” com o tenor italiano Andrea Bocelli, presente em seu álbum Si.


Em 2019, no mês de outubro, Lipa divulgou um teaser de seu novo single “Don´t Start Now”, para seu futuro segundo álbum de estúdio Future Nostalgia. Ele acabou sendo lançado no dia 27 de março de 2020 e recebeu críticas positivas da mídia especializada e pelos fãs.


O disco apresenta estilos sonoros inspirados nas décadas de 1970,80 e 90 contendo influencias de música disco, synthpop, eletropop, new wave, funk e EDM.

A artista criou a Sunny Hill Fundation com seu pai para financiar diversos projetos sociais em seus país de origem, Kosovo. Ela mesma organizou o seu próprio festival para arrecadar fundos para a nova instituição, chamado SunnyHill Festival, onde também atuou.

O presidente da Câmara de Pristina, Shpend Ahmeti atribuiu então a Lipa, a chave da capital pela primeira vez. Kosovo recebe o festival pelo segundo ano consecutivo em 2019, com Miley Cyrus como uma das artistas interpretes e executantes.

Desde 2016, Lipa namorava o chef de cozinha e modelo inglês Isaac Carew. Eles terminaram o relacionamento em 2017, mas chegaram a reatarem até separarem de vez. Atualmente, Dua namora o modelo Anwar Hadid, irmão mais novo das modelos Bella Hadid e Gigi Hadid.

Possui 15 tatuagens, incluindo uma homenagem a Sunny Hill, bairro em que cresceu em Kosovo.




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Dora Lopes


Em 1949 após participação no programa de calouros de Ary Barroso, Dora Lopes passou a apresentar-se em diversas rádios como a Nacional e a Mayrink Veiga, sendo bastante comum apresentar-se ao lado de alguns dos grandes nomes da música popular da época, como Dalva de Oliveira, Marlene e Emilinha Borba.


Dora fez turnês pela Europa e também foi ao México.



Participou da gravação do álbum do cantor, instrumentista e compositor Ary Barroso intitulado "Fantasia carioca", disco de 1953 e que conta com a cantora interpretando a canção "Risque".




Apesar do nome de Dora Lopes (assim como o dos demais intérpretes) não constarem no disco, o instrumentista Paulo Moura (que acompanhou Ary nesta incursão pelo México) afirmou que a intérprete foi a cantora Dora.




Como compositora, no período áureo do rádio, emplacou sucessos de sua autoria, tais quais os sambas "Toalha de Mesa", "Ponto de Encontro" e "Samba na Madrugada" e a marchinha carnavalesca "Pó de Mico".


Compôs canções para artistas populares como Agnaldo Timóteo ("Amor proibido", em parceria com Clayton), Edith Veiga ("Canção de mulher sozinha" entre outras).



Sua discografia iniciou-se em 1948 pelo selo Star com um 78 rotações composto pelas canções "Volta Pro Teu Barracão" e "Roubei O Guarani", daí em diante foram mais cerca de vinte 78 rpm, 4 compactos e 4 lp's, sendo o último pelo selo Tapecar em 1976 intitulado "Esta é minha filosofia".

Dora Lopes foi jurada de programas de calouros, participou do programa Raul Gil.












Dora Freitas Lopes (Rio de Janeiro, 6 de novembro de 1922 – São Paulo, 24 de dezembro de 1983)



Em 1974, ano em que completou 52 anos, a cantora e compositora fez no quarto álbum um "testamento musical" em fala inserida no samba Ponto de encontro (Dora Lopes e Clayton Werre), lançado pela extinta gravadora RGE e relançado no formato de CD em 2017, em edição do selo Discobertas. Na faixa Homenagem (Dora Lopes), a cantora apresenta os músicos do disco em espécie de jam feita na cadência do samba. A apresentação continua na introdução do samba Tomando mais uma (Dora Lopes, Conde Fernete e Jony Santos). Em 1976, Dora, lançou Esta é minha filosofia (Tapecar), produzido por Chil Deberto.





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