domingo, 30 de setembro de 2012

Vidal França


Cantor. Compositor. Instrumentista. Filho do cantor, compositor e repentista Venâncio, da dupla Venâncio e Corumba. Nascido no sertão da Bahia, migrou com a família para São Paulo em 1953, pois o pai queria seguir a carreira artística. Estudou música e cursou a Faculdade Superior de Música São Paulo, onde se formou maestro arranjador.


Começou a carreira artística cantando em programas de calouro da televisão, recebendo sempre as melhores notas. Viajou por diferentes países levando a música popular brasileira.

Com apenas 14 anos de idade formou um trio vocal que, um ano depois, já era praticamente profissional. Com esse trio se apresentou no espetáculo "Marta Saré" no teatro São Paulo, na Barra Funda. Esse musical, de Gianfrancesco Guarnieri, teve músicas de Edu Lobo, e tinha no elenco: Fernanda Montenegro, Marcos Miranda, Paulo César Peréio, entre outros, com direção de Fernando Torres. Nesse espetáculo o trio cantou as músicas da peça e fez ponta como atores.

Corria o ano de 1979, Festival de Música da Tupi. Participavam entre cinco a seis artistas. Estavam inscritos Fagner, Oswaldo Montenegro…. “Eu estava sendo descoberto por Facho de Fogo, mas não classificaram minha música on Festival. Preferiram a de Caetano (Veloso). O povo, revoltado, se levantou e virou as costas para Caetano e começaram a cantar Facho de Fogo. Foi minha consagração. No outro dia a Folha da Tarde estampava: ‘A grande vencedora do festival foi a injustiçada Facho de Fogo. Daí surgiram convites para cantar no teatro e outros festivais’”.


O segundo grande momento da carreira artística de Vidal França foi em outro evento musical famoso na época. A Fazenda Iacanga, também em São Paulo, lembrava a atmosfera de Woodstock. Eram milhares de estudantes eufóricos misturados ao clima de gradativa derrocada da ditadura. As músicas de protesto pipocavam. Nesta noite, se apresentaram Luiz Gonzaga, Artur Moreira Lima, Belchior, Raul Seixas e… Vidal França. “Quando chegou minha vez a vaia começou. Pediam Raul a toda hora. Cantei com medo. Quando acabei, corri para o camarim, temeroso de jogarem alguma coisa em mim. Foi quando escutei o pedido de ‘volta’. Fui o único, naquela noite, a voltar três vezes ao palco”, se orgulha.
Em 1995, lançou com Mazé o LP "Sertão e mar - Vidal França e Mazé" no qual foram interpretadas as músicas "O mar" e "Vamos chamar o vento", de Dorival Caymmi; "O sertão vai virar mar", de Sérgio Ricardo e Glauber Rocha; "Lá vem Virgulino", de Catulo de Paula; "Mulé rendeira - Lampião", de motivo popular adaptadas por Zé do Norte; "Sodade meu bem sodade", de Zé do Norte; "Moxotó", de José Gomes e Josil Cavalcanti; "Forró em Limoeiro", de Edgar Ferreira; "Glória in Excelsis (da Missa Agrária)", de Gianfrancesco Guarnieri e Carlos Lyra; "Carcará", de João do Vale e José Cândido; "Súplica cearense", de Gordurinha; "Canção nordestina", de Geraldo Vandré; "Bendito" e "A lira", de domínio público; "Esse mar vai dar na Bahia", de Hilton Acyoli; "Jequitibá", de sua autoria e Eliezer Teixeira; "Desenredo", de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro; "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant; "Luar do sertão", de Catullo da Paixão Cearense e João Pernambuco; "Tristeza do jeca", de Angelino de Oliveira; "Danças das borboletas" e "Marchas das abelhas", de sua autoria e João Bá; "Asa branca", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; "Último pau-de-arara", de Venâncio e Corumba; "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; "Arco vermelho", de sua autoria e Celso de Alencar; "Brinde", com Chico Teixeira, e "Dia santo", de Luiz Carlos Bahia e Eliezer Teixeira.


Em 2006, iniciou o projeto "MPB ao vivo - Projeto Tocando o barco", no Bar Lua Nova, de sua propriedade e que se tornou um ponto de encontro de artistas e cantadores. O projeto "Tocando o Barco" é apresentado por Mauri de Noronha e Santiago Dias todos os 2° e 3° domingos de cada mês, recebendo artistas convidados.

Em 2010, completou cinquenta anos de carreira artística, fazendo uma apresentação no metrô da Sé, em São Paulo com grande sucesso de público. Passou a desenvolver o projeto "Vidal França, um baiano universal". Ao longo da carreira, gravou quatro discos, os LPs "Fazenda" e "Cidade Bruxa" e os CDs "Sertão e mar" e "Não é só forró". Ainda em 2010, começou a gravar um CD duplo mapeando toda sua carreira, com 34 músicas de sua autoria.


O cantor, compositor, instrumentista e maestro arranjador Vidal França não só chega à cidade para festejar 50 anos dedicados à cultura musical brasileira, como trouxe as malas e as cuias para Natal. Veio para morar mesmo. O show de estreia é às 20h de amanhã, na Aliança Francesa. Vidal é quase um Forreste Gump da música brasileira. Presenciou momentos marcantes da história cultural brazuca em tempos de festivais e psicodelia. Cantou em peças teatrais de Francesco Guarnieri, participou de musicais com Fernanda Montenegro, cinema com Zé do Caixão, compôs ópera para a Sinfônica de São Paulo e trilha sonora para o cineasta húngaro Jorge Jonas. Também representou o Brasil no exterior quando só as mulatas de Sargenthelli eram símbolos da cultura brasileira e ainda desbancou Caetano Veloso em festivais de música.

Agora em Natal, pelas mãos do produtor João Barra e para viver o aura da província e comemorar seus 50 anos de carreira, Vidal França apresenta o show “Do Vale do Jequitinhonha à Elzinha”. O repertório variado guarda como essência composições representativas do interior ou da vida mais simples do povo. São canções recheadas de mensagens e esperança; de sertão. Como Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros). A própria Facho de Fogo traz expressões e costumes desconhecidos à urbe. A voz suave e aguda da mineira Mazé Pinheiro, mulher de Vidal, funciona como equilíbrio à voz grave, meio Zé Ramalho, de Vidal. O violão é tocado com intensidade nas músicas e empresta um tom de trovas às músicas. Uma das parcerias é com o potiguar Romildo Soares, na canção Gente, Gente. “Porque tem gente que é bicho, desumano”, explica Vidal.

 
fonte

http://www.dicionariompb.com.br/vidal-franca

http://sergiovilar.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html

Emilio Santiago

Emílio Sant´Anna Santiago (Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1946) é um cantor brasileiro.
Frequentando a faculdade de Direito na década de 1970, começou a cantar em festivais universitários nesta mesma década e participou de um programa de calouros, chegando aos finais num programa de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi e trabalhou como crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de muitas apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas.



Em 1973 lançou o primeiro compacto, com as canções Transa de amor e Saravá Nega, que ocasionou maiores participações em rádios e programas televisivos.



O primeiro LP foi lançado pela CID em 1975, com canções esquecidas de compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Jorge Benjor, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Marcos e Paulo Sérgio Valle, dentre outros.



Transferiu-se no ano seguinte para a Philips/Polygram, permanecendo neste selo até 1984, pelo qual lançou dez álbuns - todos com pouca repercussão. Foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo em 1985, com a canção Elis Elis.



O sucesso veio na verdade em 1988, quando lançou o LP Aquarela Brasileira pela Som Livre, um projeto especial de sete volumes, dedicado exclusivamente ao repertório de música brasileira; o projeto ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.



Nesta época, lançou também outros projetos especiais, como um tributo ao cantor Dick Farney (Perdido de amor, 1995) ou regravando clássicos do bolero hispânico (Dias de luna, 1996). Assinou com a Sony Music em 2000.



O disco que marca a estreia na nova gravadora é Bossa Nova, que trouxe muitos clássicos do gênero e também rendeu um DVD. Prosseguiu com Um sorriso nos lábios (2001), um tributo a Gonzaguinha e outro ao compositor acreano João Donato em 2003.



O mais recente álbum foi O melhor das aquarelas ao vivo, onde reviu o repertório de música brasileira que gravou a partir do álbum Aquarela Brasileira (1988), e que entre os méritos conta ser o primeiro disco ao vivo de Emílio e o segundo DVD da carreira, após Bossa nova.


Discografia

  • 1975 - Emílio Santiago
  • 1976 - Brasileiríssimas
  • 1977 - Comigo é assim
  • 1977 - Feito pra ouvir
  • 1978 - Emílio
  • 1979 - O canto crescente de Emílio Santiago
  • 1980 - Guerreiro coração
  • 1981 - Amor de lua
  • 1982 - Ensaios de amor
  • 1983 - Mais que um momento
  • 1984 - Tá na hora
  • 1988 - Aquarela Brasileira
  • 1989 - Aquarela Brasileira 2
  • 1990 - Aquarela Brasileira 3
  • 1991 - Aquarela Brasileira 4
  • 1992 - Aquarela Brasileira 5
  • 1993 - Aquarela Brasileira 6
  • 1995 - Aquarela Brasileira 7
  • 1995 - Perdido de amor
  • 1996 - Dias de luna
  • 1997 - Emílio Santiago
  • 1998 - Emílio Santiago
  • 1998 - Preciso dizer que te amo
  • 2000 - Bossa nova
  • 2001 - Um sorriso nos lábios
  • 2003 - Emílio Santiago encontra João Donato
  • 2005 - O melhor das Aquarelas - ao vivo
  • 2007 - De um jeito diferente
  • 2010 - Só Danço Samba

FONTE

http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Santiago

Trajeto 2


Uma amiga postou no Facebook a música "Diz Pra Mim", gostei e tratei de procurar saber mais sobre a banda.



A banda Trajeto 2, de Dourados/MS, vem se destacando no cenário musical em todo o Estado. Formada por Eliezer vocal e violão, Alex bateria, Guga guitarra e Greff Wolf baixo”.



Trajeto 2 lançou seu primeiro CD em 2006, totalmente independente, gravado no estúdio Ritmus em Dourados, masterizado e prensado em São Paulo e feito através do apoio do empresariado douradense”.

O álbum traz músicas que falam de amor e do mundo em que vivemos, guitarras agressivas e arranjos orquestrais são pontos de identificação no inovador estilo musical definido por todo o grupo como “new rock nacional”. Algumas músicas já estão sendo bem executadas nas principais rádios do Estado e interior de SP, alcançando destaque as músicas "Como tudo pode ser" e "Nada vai mudar".



A banda Trajeto 2 surgiu no ano de 2006, como referência ou base da antiga banda O2. Esse “trajeto” que ainda está sendo percorrido já dura 4 anos e começou até antes mesmo da banda O2.

A história inicia-se quando Alex e Eliezer se conhecem nos bancos da faculdade, os dois cursavam o curso de Arquitetura e Urbanismo e juntos tocavam na Arquiband, banda formada por alunos do curso. Foi a primeira experiência musical de Alex, já Eliezer vivia da música tocando com bandas shows em bailes pela região afora.



A união logo rendeu à banda uma grandiosa participação no Skol Rock 98, festival de bandas independentes que reuniu mais de mil concorrentes, ficando a Arquiband na 3° colocação na Etapa Centro-Oeste realizada em Campo Grande/MS.



Com o fim da faculdade Eliezer se mudou para os EUA, onde ficou durante 4 anos, Alex no entanto seguiu tocando, dessa vez juntou-se a uma banda de universitários que pagavam o aluguel da república onde moravam com shows pela cidade e região, era a “República do Som”.

A banda participou do festival universitário da canção em 2001 e abriu o show do Chico César na capital. Ao retornar ao Brasil, Eliezer trouxe consigo a experiência de tocar com músicas americanos e na bagagem composições próprias prontas para serem executadas.



Depois de apresentar as idéias para o amigo e parceiro Alex, os dois resolvem partir para o projeto que seria o primeiro CD, Eliezer se juntou a República do Som que a partir daí passou a se chamar O2.

A banda deu um imenso salto em qualidade, chegando a tocar com mais freqüência em todo o Estado e também no interior de Mato Grosso e São Paulo, teve ainda a oportunidade de abrir o show do CPM22 em 2002 e entrou em estúdio para gravar as primeiras demos. As músicas inéditas passaram a tocar diariamente nas rádios da cidade e também na capital.

Com isso a banda entrou em processo de gravação no estúdio Ritmus em Dourados e encarou o desafio de fazer o primeiro trabalho independente. Com o apoio do empresariado da cidade e de amigos a banda realizou o sonho e lançou o CD “Como Tudo Pode Ser” em Setembro de 2006, o nome Trajeto2 surgiu pouco antes do lançamento do CD devido ao fato de já existir o nome O2 no circuito de bandas do Brasil.



A banda passou por várias formações e atualmente conta com: Eliezer Rosa, voz e violão; Alex Ávalos, bateria; Greff Wolf, baixo e Guga Menezes, guitarra. A banda espera continuar sempre com humildade e dedicação esse longo “Trajeto.

fonte

http://www.letras.com.br/#!biografia/banda-trajeto-2

http://tramavirtual.uol.com.br/trajeto2

https://www.facebook.com/Trajeto2Oficial/info

sábado, 29 de setembro de 2012

Amantes de música mantêm a tradição do vinil no Sul de MG


O disco de vinil, conhecido simplesmente como vinil, ou ainda Long Play (LP) é uma mídia desenvolvida no final da década de 1940 para a reprodução musical, que usa um material plástico chamado vinil (normalmente feito de cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, que podem ser reproduzidas através de um toca-discos.

Com a praticidade de ouvir música pela internet em padrão digital, a geração do Século XXI não aprendeu a curtir o disco de vinil. Mas segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos, a produção de vinil está voltando a crescer no país. Esse ano já foram fabricados 18 mil discos de vinil. Na contramão da praticidade, muitos jovens estão se desfazendo do CD e abrindo espaço no armário para o vinil. Entre 2010 e 2011, o mercado cresceu 170%.



Lucas Dias, Leonardo Vilhena e Felipe Guida de Oliveira são jovens entre 23 e 28 anos que nasceram na década de 80 quando o vinil começava a deixar de ser fabricado no Brasil. No entanto, todos eles têm uma coleção de discos. Felipe é o mais novo nessa onda e começou a colecionar há seis meses. A vitrola que ele comprou pela internet é moderna e os encartes dos discos comprados também, outro grande atrativo para essa nova geração de fãs do LP.

Os discos fabricados com o plástico chamado vinil, também conhecidos como LP ou Long Play em inglês, foram desenvolvidos em 1948. No Brasil, com a chegada do CD entre 1980 e 90, os discos começaram a perder espaço.

Os três jovens explicam que os discos mais antigos são encontrados em sebos, lojas de produtos antigos ou trocados entre colecionadores. Já os novos, 99% dos discos tem que ser comprados fora do Brasil, mas Leonardo acredita que esse mercado volte a crescer entre os brasileiros. “Para preservar a arte, não só o comércio digital”, comentou ele.

Na coleção de Leonardo podemos encontrar uma raridade: a capa do álbum do Legião Urbana com uma coletânea de músicas gravadas pelo grupo entre 78 e 87 vem acompanhada do selo da censura no período da ditadura. “Faroeste Caboclo” e “Conexão Amazônica” eram músicas proibidas nessa época. Segundo Lucas, que é colecionador, o gênero de rock é o mais produzido em vinil e nos Estados Unidos e Europa ele nunca saiu de moda.

Capa de álbum do Legião Urbana com selo de censura da ditadura. (Foto: Reprodução EPTV / Devanir Gino)
Capa de álbum do Legião Urbana com selo de censura da ditadura. (Foto: Reprodução EPTV / Devanir Gino)
No Brasil, em 2009, uma fábrica considerada a única da América Latina voltou a produzir o disco, justamente por perceber que ainda existem muitos apreciadores do som chiado que o vinil produz.



FONTE

g1

http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_vinil

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Biquíni Cavadão



Biquini Cavadão é uma Banda de Rock brasileira formada no Rio de Janeiro. Composto por Bruno Gouveia, Carlos Coelho, Miguel Flores e Álvaro "Birita" Lopes tendo como músicos convidados o baixista e produtor Marcelo Magal e o saxofonista Walmer Carvalho, a banda fez parte da segunda geração de bandas dos anos 1980.

"Quando Eu Te Encontrar"
Composição: Alvaro / Bruno / Miguel / Sheik / Coelho / Beni 

Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravasar, de demonstrar

Mas nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar
É isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar

Mas nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar
É isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Surgido em 1985, o Biquíni Cavadão nasceu do encontro, ainda em colégio, de Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores da Cunha (teclados), Sheik (baixo) e Álvaro Birita (bateria). Descobertos por Carlos Beni - ex-baterista do Kid Abelha - contaram com a ajuda de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, na gravação de sua primeira música - "Tédio" - cuja execução na Rádio Fluminense FM lhes rendeu o primeiro disco na Polygram. De Herbert também veio a sugestão do nome da banda.


Não demorou muito para eles completarem a formação com Carlos Coelho nas guitarras. Já no primeiro ano, "Tédio" se destacou entre as melhores canções de 85 e a banda ganhou prêmios como revelação. O primeiro LP trouxe ainda mais participações especiais: Celso Blues Boy e Renato Russo abrilhantaram Cidades em Torrente, eleito um dos dez melhores discos de rock de 1986, e que ainda trazia sucessos como "Timidez", "Múmias" e "No Mundo da Lua".


Primeira banda a participar do célebre Projeto Pixinguinha, o grupo percorreu o Brasil de norte a sul em tournée, enquanto compunha seus novos trabalhos. A Era da Incerteza, lançado em 1987, chamou a atenção da crítica, enquanto Zé (89) apresentava um banda que amadurecia diante de seu público, expondo-os em letras sobre críticas sociais, confissões pessoais e uma certa apologia à pessoa comum.

O Biquíni era a banda caçula do Rock Nacional. Alçaram o estrelato com apenas 18 anos, mas dividiam histórias comuns a todos. Este poder de síntese e a capacidade de falar a língua do cidadão comum é que gerou seu quarto disco Descivilização.

Zé Ninguém

Quem foi que disse que amar é sofrer?
Quem foi que disse que Deus é brasileiro,
Que existe ordem e progresso,
Enquanto a zona corre solta no congresso?
Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?
Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!
Os dias passam lentos
Aos meses seguem os aumentos
Cada dia eu levo um tiro Que sai pela culatra

Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes

Quem foi que disse que os homens nascem iguais?
Quem foi que disse que dinheiro não traz felicidade?
Se tudo aqui acaba em samba,
no país da corda bamba, querem me derrubar!!

Quem foi que disse que os homens não podem chorar?
Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta?
A minha acabou faz tempo, agora entendo por que ....
Cada dia eu levo um tiro Que sai pela culatra

Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes (4X)
Os dias passam lentos Os dias passam lentos
Cada dia eu levo um tiro Cada dia eu levo um tiro
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes...

"Zé Ninguém" entrou nas rádios em momento delicado do país. Seu refrão acabou sendo usado nas ruas pelos estudantes que pediam a saída do Presidente Collor. Outras músicas do disco tocaram, como "Impossível" e "Cai Água, Cai Barraco", mas foi "Vento Ventania" que consagrou a banda. A música foi mais a executada nas rádios em 92.


Ganharam novos prêmios, destaques e um convite para abrir o Red Hot Chili Peppers no Hollywood Rock, em janeiro do ano seguinte. Os shows seguiram intensos por todo país. Em pleno auge, mudaram-se para a Sony, lançam o quinto disco, Agora, e "Chove Chuva", um clássico de Jorge Benjor, ganhou uma nova roupagem pela banda.


De 94 a 98, os integrantes investiram em projetos pessoais, lançaram um livro de partituras, apostaram em estúdios de gravação, tocaram nos Estados Unidos, produziram discos de artistas, do rock ao erudito, e ingressaram pioneiramente na Internet. Com o primeiro e-mail para contato dos fãs, primeiro site oficial de uma banda, fecham acordo com a UNISYS e lançam um CD que visava, já em 1998, a inclusão digital, contendo um kit de acesso à Grande Rede e uma faixa interativa. O nome do disco não poderia ser outro: biquini.com.br.


Lançado pela BMG, "Janaína" logo se destacou como novo hit, seguido de Sabor do Sol. Coletâneas da banda também chegaram às cem mil cópias, e eles fizeram shows e apresentações em Portugal. Imersos na tecnologia, gravam o disco seguinte com transmissão de fotos diretamente do estúdio, além de incluírem um diário de todo o processo - isto quase 5 anos antes de alguém falar em blog ou fotolog. Escuta Aqui, que teve apoio da Apple trouxe mais uma faixa interativa, sucessos como "Quando Eu Te Encontrar", "Você Existe, Eu Sei" e a faixa título. Neste ano, completaram mil shows e tiveram sua primeira baixa. Sheik saiu no fim de 2000.


Reduzidos ao um quarteto, em 2001, o Biquíni voltou para a Universal, participaram do Rock In Rio III e lançaram um disco interpretando sucessos de seus amigos e contemporâneos da década de 80. As versões da banda para "Carta Aos Missionários" e "Toda Forma de Poder" do disco 80 ganharam força nos palcos, mas foi "Múmias", do próprio Biquíni, que voltou com tudo nas rádios. A canção trazia a voz original de Renato Russo(morto há cinco anos) em novo arranjo da banda para os versos "esperamos pela vida vivendo só de guerra". Tomou de assalto as rádios coincidentemente na época dos ataques de 11 de Setembro.


Com uma formação diferente no palco, incluindo metais, o grupo foi gradativamente aumentando sua força nos shows pelo país. Uma nova geração veio a descobrir o Biquíni Cavadão, especialmente aquela que ia aos grandes festivais: gente que muitas vezes nem era nascida quando a banda surgiu, mas que sabia de cor as canções antigas (embaladas por pais, tios, primos mais velhos) e as novas "Dani", "Quanto Tempo Demora Um Mês" e "Vou Te Levar Comigo".


O resultado disso foi gravado em Fortaleza, no Ceará Music de 2004 e se transformou no primeiro DVD do grupo, celebrando vinte anos com as marcas de CD de ouro e DVD de platina, além de uma extensa tour por todo país.


Fizeram shows fora do país, tornaram presença obrigatória nos principais festivais e iniciaram um novo ciclo, agora independentes. Gravaram três discos de uma só vez: as coletâneas 1985/2007 vols. 1&2 e o disco de inéditas Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer e não param de colecionar sucessos, como a faixa Em Algum Lugar No Tempo.


Em 2008, entraram no Circo Voador, Rio de Janeiro, no dia 20 de Setembro e gravaram para a Somlivre seu segundo CD e DVD. O sucesso do disco "80" rendeu-lhes o convite para um volume 2, desta vez, ao vivo. Com convidados projetados num telão digital, o Biquini fez uma homenagem ao rock brasileiro trazendo várias participações. O rock da nova geração se fez presente com Tico Stª Cruz (Detonautas) e Egypcio (Tihuana) enquanto Claudia Leitte e Hudson (solando guitarra) provaram que o rock também influenciou artistas de outros estilos.


A tournée deste CD varreu o país por mais de vinte estados e mais de cem shows em 2009. Ao mesmo tempo, o primeiro DVD Ao Vivo chegou à marca de diamante com mais de cem mil cópias vendidas, totalizando mais de um milhão de discos em sua carreira. Com presença nos principais festivais do ano (Triângulo Music, Ceará Music, Piauí Pop, Fest Music Belém, Festival de Inverno de Brasília, Festival de Verão de Salvador…) o grupo compôs uma nova música em parceria com Lucas Silveira do grupo Fresno e fez seu lançamento no final de 2009.

Em meados de 2010, a banda grava para a novela Ti Ti Ti, da Rede Globo uma versão da música Agora é Moda, composição de Rita Lee e Lee Marcucci. A canção tem boas execuções nas telinhas, e no final do mesmo ano, é lançada uma versão remix com a presença de Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest.


Para comemorar os 25 anos do LP Cidades em Torrente, em 2011, não haverá nenhum álbum comemorativo e sim de inéditas, conta o vocalista da banda, que está procurando fazer parcerias com bandas da década de 1990 e 2000 como Jota Quest, Fresno e Strike.

Depois de alguns meses da entrevista acima, chegou as rádios e as emissoras musicais a música Acordar Pra Sempre Com Você, uma parceria da banda com Lucas Silveira, vocalista, guitarrista, e tecladista da banda Fresno. A música tem boas execuções em rádios dedicadas ao Pop rock e mostra que o próximo disco da banda, não apresenta a sonoridade da banda nas décadas de 1980, 1990 e 2000.


Nos últimos tempos, a banda tem lançado apenas singles e videoclipes e o próximo álbum será lançado em 2012, após o lançamento da terceira música de trabalho É Dia de Comemorar. O videoclipe foi dirigido por Carlos Coelho, guitarrista do Biquini, gravado no Reveillon 2011, em Fortaleza, no Ceará.


Em setembro, foi anunciado o nome do novo álbum. Se chamará Roda Gigante e provavelmente, o projeto será Independente e além do Formato Físico, a banda tem projeto de lançar o novo trabalho no Formato Digital.

Mais de 500 cidades já viram os 1700 shows realizados pela banda desde o seu surgimento. O Biquíni é hoje uma banda hiper-representativa do pop e rock brasileiro, antenada com as novas tecnologias e querida de norte a sul do país. Um grupo que acompanhou todas as décadas sem ficar perdido no tempo, orgulhosos do seu passado mas atentos ao futuro.


fonte


http://pt.wikipedia.org/wiki/Biquini_Cavad%C3%A3o

http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2009/09/analise-da-musica-ze-ninguem-da-banda.html

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paulo Mac



Nascido no Rio de janeiro, Paulo Mac desde os 5 anos de idade demonstrava talento cantando e tocando instrumentos musicais, ao longo de sua trajetória, participou de diversos cds e projetos como bandas e grupos se apresentando em alguns dos principais clubes, festas e casas de show do Brasil.
 
 
 
Destacando-se também:
Em 2006 - 15 shows de abertura do grupo INTERNACIONAL "WESTLIFE" em turnê pelo Reino Unido, com um público de mais de 200 mil pessoas espalhadas pela Inglaterra e Escócia.
 
 

Em 2006 - Música " Minha versão" foi lançada no cd "Pancadão do caldeirão do huck".
Em 2007 - Música "Chega aí" foi lançada no CD "HIP HOP NACIONAL do caldeirão do huck".
Em 2009 - Começou a gravação do seu Cd pop - Paulo Mac
Em 2010 - Começou a se destacar no mercado de música Latina em vários países com o "Zouk", dança que absorveu de forma absoluta a sua sonoridade sensual e romântica.
 
 
EM 2011 - criação do cd Singles ( cd que reune alguns dos remixes e singles do cantor )
Em 2011 - Turnê pela Australia com shows em cidades como Sidney, Brisbane, Melbourne Perth entre outras...
Em 2011 - Participação no Congresso de Dança latina em buenos aires "Buenos Aires baila".
Em 2012 - Turnê pela Europa (Alemanhã -Espanha - Inglaterra -Holanda) para lançamento e divulgação do seu novo cd "Imutável".
 
 
 
Em cada trabalho alimentou sua vontade de criação, não se limitando apenas para si, criando composições e produções para outros artistas.
 
 
 
Hoje com uma proposta atual e de qualidade, traz em seu cd uma mistura de elementos da música Romantica Pop, Reggae, R&B, Zouk (O zouk é um gênero musical originário das Antilhas (Guadalupe e Martinica). Está presente em vários ritmos brasileiros e sempre teve grande influência na região norte e região nordeste do Brasil especialmente no Pará, Amapá e Bahia, precisamente em Porto Seguro) e eletrônica, num trabalho para todos os tipos de público, de um jeito que vc nunca viu no Brasil, trazendo consigo a experiência de cantor, músico, espelhando-se no que há de melhor no Brasil e no mundo, misturando qualidade e versatilidade, que você pode ter acesso através do site www.paulomac.com   e redes sociais espalhadas pela web.
 
 
 
FONTE
 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Yara Tchê


Yara Washington Cruz (Rio Grande do Sul1 de Junho de 1988), mais conhecida como Yara Tchê é uma cantora de forró eletrônico brasileira. Atualmente é a vocalista principal da banda Desejo de Menina. Tem uma filha que se chama Aysha Vitória. Yara namora Alessandro Costa, também seu companheiro de Banda.


Ingressou na banda Desejo de Menina em 2008 substituindo da ex-vocalista Jeane, sua estreia na banda foi na gravação do segundo DVD da banda ao vivo em João Pessoa junto com os ex-integrantes da banda Mirella Vieira, Léo Ferreira, Leno Ferreira e Alba Suany.
Yara começou a cantar aos 12 anos de idade ao lado de sua mãe. A banda que a projetou foi a banda Desejo de Menina, mas antes passou pelas bandas: Avalanche, Zouk e Pegada QuenteDivide os palcos com Any Barbi e Alessandro Costa.
A gaúcha é super amada pelos fãs e por onde passa se destaca pela sua humildade. É constantemente comparada com a ex-vocalista da também Desejo de Menína Mirella Vieira, seus fãs sempre discutem entre si para defender a estadia de cada uma dentro da banda. Dona de uma vozeirão super romântico vem encantando o Brasil e ganhando projeção nacional.Yara canta vários dos sucessos da banda como “Culpa do amor”, “Sua casa”, “Cumplicidade” e “Baby fala pra mim” outros sucessos são “Sorte”, “Alérgico”, “Olhe nós dois” que são cantadas por Yara e seu colega de banda Alessandro e seu ex-colega de banda Léo. Com a saída de Leno e Mirella da banda. Yara assumiu os vocais principais da banda ganhando mais notoriedade e reconhecimento.

fonte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Yara_Tch%C3%AA

domingo, 9 de setembro de 2012

Roberto Silva


Sambista de estilo sincopado, elegante, tanto no modo de vestir quanto no cantar, Roberto Napoleão Silva (Rio de Janeiro, 9 de abril de 1920 - Rio de Janeiro, 09 de Setembro de 2012), mais conhecido como "O Principe do Samba", foi um cantor e compositor carioca.

Nascido no morro do Cantagalo em Copacabana, iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco das rádios Nacional e Tupi. Nesta última ficou conhecido como "príncipe do samba", e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores, Cyro Monteiro e Orlando Silva.
Seu primeiro sucesso, lançado pela Star, foi "Mandei Fazer um Patuá" (R. Olavo/ N. Martins). Em 1958 veio o LP "Descendo o Morro", que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se "Maria Teresa" (Altamiro Carrilho), "O Baile Começa às Nove" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), "Juraci Me Deixou" (Raimundo Olavo/ Oldemar Magalhães), "Escurinho" (Geraldo Pereira) e "Crioulo Sambista" (Nelson Trigueiro/ Sinval Silva), entre outras.
No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea "Roberto Silva Canta Orlando Silva", extraída de seus vários LP na Copacabana.
Roberto participou da Série de CD´s “Casa do Samba” onde, para o nosso deleite, cantou, “Escurinho”, com Fernanda Abreu (1997) e “Juracy”, com Caetano Veloso (2000), já no CD/DVD, Cidade do Samba (2007), cantou magistralmente com a ótima Roberta Sá, o Samba "Falsa Baiana”. Na década de 1940, Paulo Gracindo o chamou para integrar do elenco da Rádio Tupi, Roberto informou, ao contrário do que dizem, não foi nesta época que recebeu o famoso título de “Príncipe do Samba", a homenagem foi prestada por volta de 1960, pelo menos foi o que declarou ao Blog nacaocultural.blogspot.com: “foi em 1960, mais o menos, nessa época eu trabalhava na Rádio Tupi, e tinha o Carlos Frias, que era um dos maiores apresentadores da nossa musica popular brasileira. Ele trabalhava nesse tempo na Rádio Tupi, e nós ficávamos no corredor esperando a vez de se apresentar e quando chegou minha vez de entrar, eu tive aquela surpresa: “Agora com vocês o Príncipe do Samba ROBERTO SILVA”, disse ele. E aí pegou”.
Gravou músicas de compositores consagrados na história como: Wilson Batista, Joubert de Carvalho, Lupicínio Rodrigues, Nelson Cavaquinho, Haroldo Lobo, Herivelto Martins, Miguel Gustavo, Altamiro Carrilho, dentre outros. Botafoguense, brindou os flamenguistas gravando “samba rubro-negro” de Wilson Batista e Jorge de Castro, posteriormente regravado por João Nogueira, até o nosso Abelardo Barbosa, o famoso Chacrinha, foi gravado por Roberto, trata-se do Samba “Ela não tem razão", parceria do velho guerreiro com José Gonçalves, o Zé da Zilda.
Por estas e outras o sambista é reverenciado por muita gente boa: João Gilberto, Zeca Pagodinho, Cristina Buarque, Roberta Sá, Paulinho da Viola e sua querida amiga, Dóris Monteiro, estão no rol dos seus fãs. No dia 09 de Setembro de 2012, aos 92 anos, ele veio a falecer, após sofrer um AVC no dia 07 de Setembro..
FONTE http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Silva http://www.drzem.com.br/2009/02/roberto-silva-o-principe-rei-do-samba.html  

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Andrea Motis






Andrea Motis, que tem apenas dezessete anos, se destaca como um dos principais trompetistas e saxofonistas do mundo do jazz na cidade. Também revelou-se como uma excelente cantora que consegue emocionar a cada nota que vem de dentro.


A jovem espanhola Andrea Motis, participará da 11ª edição do Festival Tudo é Jazz (14 e 15 de setembro) como uma das revelações do jazz mundial. Pela primeira vez no Brasil, ela se apresenta junto com seu professor e padrinho musical, Joan Chamorro.


Entre as atrações internacionais, destaque para a cantora e instrumentista catalã Andrea Motis, de apenas 16 anos. Sua voz doce chama a atenção dos críticos de jazz e blues de todo o mundo. Ela vem acompanhada do músico Joan Chamorro, que conduz a banda de jazz de Sant Abreu, em Barcelona, na Espanha.


Também irão se apresentar o gaitista francês Charles Pasi e a clarinetista de Israel Anat Cohen, acompanhada por Romero Lubambo. Os saxofonistas nova-iorquinos Jesse Scheinin e Eddie Barbash farão intervenções pelas ladeiras de Ouro Preto nos fins de tarde.

A música brasileira será representada por encontros de gerações: João Bosco, que comemora 40 anos de carreira, fará um dueto com sua filha Júlia Bosco; também teremos Cida Moreira e Thiago Pethit. Completam o time verde-amarelo o paulistano Marcelo Jeneci, o capixaba Silva e a mineira Maíra Labanca.

Os ingressos já estão à venda. Para mais informações, acesse o site oficial do festival.



O talento musical da jovem Andrea Motis já está percorrendo mundo. Sua voz melodiosa, doce, impõe presença como deve ser a voz de qualquer cantora que se aventura pelas estradas do jazz e de blues. Veio ao mundo musical pela sensibilidade e percepção do músico Joan Chamorro, que conduz a banda de jazz de Sant Abreu, em Barcelona, na Espanha.
 
Além dessa voz maravilhosa, toca com talento o saxofone alto, saxofone soprano curvo e trompete. Seu primeiro álbum lançado chama-se Joan Chamorro apresenta Andrea Motis. Um CD com 16 músicas, entre elas jazz e blues tradicionais da primeira metade do século passado, mas também trazendo duas canções brasileiras: Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá, e No More Blues (Chega de Saudade), de Tom Jobim.



Como o termo “jazz” tem desde longa data sido usado para uma grande variedade de estilos, uma definição abrangente que incluisse todas as variações é difícil de ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de certos tipos de jazz tem colocado definições menos amplas, que excluem outros tipos, que também são comumente descritas como “jazz”, os próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto a definição da música que são executadas. Duke Ellington dizia, “é tudo música.”


Existe há bastante tempo debates na comunidade do jazz sobre a definição e as fronteiras do “jazz”. Andrew Gilbert diz que o jazz tem a “habilidade de absorver e transformar influências” dos mais diversos estilos de música.

Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo “jazz” de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é um conceito” ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: “um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente”.

Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que uma música que inclue atributos tais como: “swing, improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de uma “voz individual”, e estar “aberto” a diferentes possibilidades musicais”.


Quando escolhemos o nome para o Festival em 2002, respeitamos esta abrangência enorme de conceitos sobre o jazz, e para resumirmos o assunto, e evitarmos polêmicas, resolvemos colocar que no Festival de Jazz de Ouro Preto “Tudo é Jazz”.

Com a indústria fonográfica massacrada pela internet, com a rendição dos cantores e compositores ao mercado, fazendo música por encomenda, repetindo temas que agradam à massa, sem inspiração, com apelação e mal gosto, a única fonte de água límpida, honesta e pura foi o jazz (mesmo engarrafada às vezes para vender mais), que deixou de ser um estilo há muito tempo e passou a ser sinônimo de música de qualidade, de bom gosto e por incrível que pareça um símbolo de status social e econômico.


Hoje, o jazz está associado a marcas de perfume caros, carros caros, eventos caros. Quem diria, uma música que começou no início do século passado nos prostíbulos de New Orleans… Bom pra nós, que realizamos o “Tudo é Jazz”, este efeito nos deu o prestígio e a aura mística que precisávamos e que junto com a sofisticação de Ouro Preto, tesouro barroco, bem tombado para a humanidade, nos dá um encanto irresistível. Sim, o “Tudo é Jazz” é irresistível e este ano de 2012 será mais ainda pois traremos músicos dos 5 continentes, grupos da Nova Zelândia, Suécia, Coréia, França, Espanha e claro EUA.

Vai ser uma apresentação para mostrar que o jazz está em constante mutação, dependendo das interpretações de várias etnias e instrumentos de culturas milenares. Sim, o jazz sobrevive porque está em movimento e o que está em movimento não pertence a ninguém. Jazz: a linguagem musical do mundo.

Maria Alice Martins
  FONTE      http://www.tudoejazz.com.br passeando pelo cotidiano http://zecabarroso.blogspot.com.br/2011/11/andrea-motis-o-mais-novo-talento-do.html