domingo, 29 de setembro de 2013

Natan Marques


Natan Marques, aos treze anos, ganhou de seu pai um violão e, com a ajuda de um barbeiro amigo da família, aprendeu os primeiros acordes. A partir deles começou a tocar, a seu modo, as músicas que ouvia no rádio e nos parques de diversão.
 
 
 
Ele recorda que, por influência de seus pais, frequentava a igreja metodista. "Ao lado do templo havia uma quermesse que começava em junho e ia até o final do ano. Eu ficava dentro da igreja, mas com os ouvidos na música que tocava lá fora - Luiz Gonzaga, Bienvenido Grana, Trio Los Panchos, Ângela Maria, Nelson Gonçalves, Connie Francis, Pat Boone... Não deu outra: troquei a igreja pela quermesse."
 

Natan, que não tem parentes músicos, viu-se influenciado, naquele tempo, pelo repertório que seu vizinho ouvia em casa: Luiz Gonzaga. Descobrindo sozinho como harmonizar as músicas, mais tarde passou a tocar na noite, em bailinhos e programas de televisão, como os de Sílvio Santos e Chacrinha. Fez, também, várias excursões pela Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, tocando em navios de turismo.
 
Na TV Excelsior, Natan Marques integrou a Banda Jovem do Maestro Peruzzi, músico que lhe ensinou a ler cifras e o levou a fazer as primeiras gravações em estúdio.
 
Foi assim que Natan aprendeu música: "Sou um 'baileiro' de formação. Os bailes e a noite foram escolas muito importantes para grandes músicos e intérpretes do Brasil."
 
Entre as experiências que lhe trouxeram base musical, aos 19 anos e ainda sem muito conhecimento de harmonia, teve a oportunidade de viajar com uma companhia de teatro de revista pelo nordeste, tocando com diferentes artistas. "Nesse trabalho, tive a honra de acompanhar a inesquecível Dalva de Oliveira."
 
 
Até 1974, Natan tocou na noite paulistana, nas famosas "boca do lixo" e "boca do luxo", como eram chamados os prostíbulos e boates elegantes do centro da cidade de São Paulo, mais precisamente da rua Nestor Pestana. "Foi nessa época que resolvi estudar teoria musical. Procurei o contrabaixista Luiz Chaves no CLAM, escola do Zimbo Trio. Acabamos nos dando muito bem musicalmente; tanto assim, que ele me indicou para integrar o grupo da maior cantora que esse país já teve até hoje: Elis Regina."



O músico, arranjador e compositor Natan Marques talvez seja mais conhecido por ter acompanhado a diva Elis Regina durante oito anos, desde que se conheceram em 1974 até o momento em que ela infelizmente se calou. Desde então, Natan já enriqueceu músicas de Djavan, Ivan Lins, Simone e Renato Teixeira, entre outros.
Músico, Arranjador, Compositor e Produtor Musical Natan Marques tocou com Elis Regina durante 8 anos (1974 até Jan/1982), em shows e gravações, assinando a direção musical de seu último show “Trem Azul”, com Simone (1982 a 1990), Djavan (1979), Ivan Lins (1979), Renato Teixeira (1994 a 2004) com quem atuou como músico, arranjador e diretor musical, Lula Barbosa, Chico Buarque, Nana Caymmi entre tantos outros grandes nomes da música brasileira, tanto em discos como em shows.

Tem composições em parceria com Aldir Blanc, Murilo Antunes, Márcio Borges, Paulo Garfunkel, Jean Garfunkel, Ana Terra, Vanessa da Mata, Flora Figueiredo, entre outros.

Ganhou prêmio de melhor arranjador do festival Rímula (1991), melhor música no festival XI FAMPOP de música brasileira (1993), e do prêmio Colunistas de melhor jingle com “Bráulio” para a campanha do Ministério da Saúde (1996).

Gravou 2 discos instrumentais pelo selo SOM DA GENTE, contendo composições próprias: COMBOIO, também lançado na Alemanha, e DOIS, ambos em parceria com Ricardo Leão. Com esses trabalhos, se apresentou no Festival de Jazz de Montreal e no Free Jazz em SP.

Em 2000 - "Foi muito bom/ mas deixou completamente de existir/ pega uma foto de tempos atrás/ e veja como tudo mudou/ é, minha amiga, esse tempo passou/ não estranhe". Quase didático, o manifesto Transformação, de acento country, que abre este disco de Renato Romaria Teixeira com seu parceiro e acompanhante Natan Marques prefacia novas misturas para o universo caipira. Em Na ponta da Língua, a cana verde também aparece estilizada com uma rabeca lubrificando o rodopio rítmico. Rural, embolera um velho sucesso enquanto Invernada é degustada como canção quase toada, com os erres interioranos enfatizados. Há mais hibridismos em Jaci, numa levada aparentada ao tango de Astor Piazzolla no acordeon de Oswaldinho, e nas valsas Tia Edith incluindo baixo jazzístico e improviso falseteado casado ao encordoamento e Rosana, com uma parte da letra em italiano. Vocal confidente atravessando guarânias (Temporal, A Poeira é Ouro em Pó) e até uma adaptação da simplória cantiga folk Meu Limão, Meu Limoeiro, Renato mexe nas tradições rurais sem trair sua essência. (Tárik de Souza)

A convite do produtor Fernando Faro, gravou o programa Ensaio exibido pela TV Cultura SP, um especial sobre sua carreira, contanto fatos de sua via musical, mostrando suas composições, o trabalho registrado nos CDs instrumentais, as parcerias com letristas como Ana Terra, Murilo Antunes e também, músicas do repertório de Elis Regina, relembradas por Fernando Faro, responsável pela direção geral de “Trem Azul”, último show de Elis no qual Natan assinou a direção musical.

A convite de Rolando Boldrin, Myrthes e Natan gravaram participação em seu programa “Sr Brasil” também exibido pela TV Cultura SP, onde mostraram canções que integram o show Restos e Rastros, que dá nome ao primeiro CD de Myrthes Aguiar.

Lançou em jan/2010 o primeiro CD de Myrthes Aguiar, “Restos e Rastros”, onde assumiu a produção e direção musical. Neste CD, Myrthes Aguiar interpreta composições de Natan Marques com diversos parceiros.

Junto com Jean Garfunkel e Joana Garfunkel, se apresenta no projeto Canto Livro, um encontro da música e da literatura resultando em shows temáticos com enfoque em autores brasileiros ou da língua brasileira, onde a narrativa é permeada por canções afinadas com a temática da abro do autor.

Com o Sarau Chama Poética, produzido por Fernanda Almeida Prado, vem se apresentando junto com Myrthes Aguiar nos tributos à Charles Chaplin e Vinícius de Moraes em unidades do SESC, Museu da Língua Portuguesa e Biblioteca de São Paulo. Apresentou com Luis Felipe Gama e Ana Luiza shows com repertório composto por canções de Luis Felipe, de Natan Marques e da parceria dos dois.



Apresentou com Myrthes Aguiar no show “FElisidade”, especialmente elaborado  por ele em homenagem a Elis Regina, relembrando o período marcante de sua trajetória acompanhando Elis, revisitando o repertório impecável mostrado nos espetáculos “Elis e Tom”, “Falso Brilhante”, “Transversal do Tempo”, “Essa Mulher”, “Saudade do Brasil” e “Trem Azul”. Com formações diversas, de duo a sexteto, “FElisidade” foi apresentado no SESC Ipiranga, SESC Vila Mariana, SESC Bertioga, Clube Paineiras do Morumby, inaugurando o projeto Quartas Culturais, no projeto Duos Brasileiros no teatro Cultura Inglesa, no projeto Duos Homenageiam do SESC Consolação, no SESC Ipiranga, no SESC Vila Mariana, no SESC Bertioga, no projeto Chuva de Estrelas do Centro Cultural São Paulo, no Museu da Língua Portuguesa e no All Of Jazz.

A convite do Centro de Cultura Brasileira em Frankfurt, na Alemanha, apresentou o show “FElisidade” junto de Myrthes Aguiar, na BrotFabrik em Frankfurt no dia 19 de outubro de 2010.

Ainda em 2010, Natan Marques lançou seu terceiro CD instrumental com composições de sua autoria, chamado “Fotografias”.



fonte

http://festivaldapalavra.blogspot.com.br/2010/08/natan-marques.html

http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/alvorada-brasileira--renato-teixeira-e-natan-marques

http://pedrinhocavallero.blogspot.com.br/2011/02/quem-e-natan-marques.html

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