sábado, 10 de dezembro de 2011

Silvio César


Sílvio Rodrigues Silva (Raul Soares, 14 de agosto de 1939), mais conhecido como Sílvio César, é um cantor e compositor brasileiro. Foi crooner do Conjunto de Ed Lincoln, no início dos anos 1960. Participou, em 1965, do filme Na Onda do Iê-iê-iê, no papel de César Silva, contracenando com Renato Aragão e Dedé Santana.


Cantor e compositor que surgiu nos anos 60 no cenário da música popular no núcleo de renovação do samba sediado na gravadora Musidisc ao lado de Orlandivo, Ed Lincoln e Pedrinho Rodrigues.

Suas composições foram gravadas por diversos artistas da MPB, como Roberto Carlos ("Moço-Velho"), Elizeth Cardoso ("Pra Você"), Elis Regina e muitos outros, incluindo sucessos como "O que Eu Gosto Você" e "Cantiga Antiga".

MOÇO VELHO - Silvio César

ROBERTO CARLOS - MOÇO VELHO 1974

Silvio César participou de musicais, como "O Teu Cabelo Não Nega" e fez trilhas para cinema e temas de novelas.

Em 1992 gravou o disco "Aos Mestres com Carinho", em que interpreta clássicos da MPB, como Tom Jobim, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Nelson Cavaquinho e outros.

O mineiro Silvio César veio tentar a sorte no Rio de Janeiro e mudou o seu destino. Seu sonho de menino pobre era, como todo mundo, ser jogador de futebol, ou cantor, mas para "garantir o futuro", estudava na Faculdade Nacional de Direito onde se formou em 1964, justamente num momento em que todas as leis do país foram atingidas pela ditadura militar. A música que aprendera a amar desde cedo com a família, abriu-lhe um novo caminho profissional.

Em 1959/60 já cantava na noite carioca. Em 1961/2 nos bailes da vida, com a orquestra de Waldemar Spilman e, depois, no conjunto de Ed Lincoln, com quem inicia uma brilhante trajetória de compositor em músicas como: "Nunca mais", "Olhou pra mim", "É o Cide", por exemplo.

No mesmo ano, Ed Lincoln produz o primeiro disco de Silvio: "AMOR DEMAIS", na Musidisc, onde aparecem os sucessos: "O que eu gosto de você", "Conselho a quem quiser voltar", "Preciso dar um jeito", "Eu te agradeço", entre outros.

Depois de dois LPs na Musidisc, vai para a Odeon onde fica por 12 anos, lançando, entre muitas, a canção "Pra você", de sua autoria, gravada em 1965 e que permanece até hoje como um hino ao amor e à esperança.


A televisão, em ascenção no Brasil, nos anos 60, teve grande influência na carreira de Silvio, incentivando-o a tomar aulas de dança e expressão corporal, para poder participar da programação musical das emissoras, influenciadas, na época, pelos musicais de Hollywood.

Na TV Tupi, Silvio, entre outras coisas, comandou o programa "A Grande Parada". Da televisão ao teatro foi um pulo. Convidado por Abraham Medina e Carlos Machado faz, no Teatro República - no Rio, os musicais "Arco-Iris" e, logo após, "O teu cabelo não nega", no qual tem a honra de dividir o palco com Grande Otelo.

Do Teatro ao Cinema, outro pulo. Produzido por Jarbas Barbosa e dirigido por Aurélio Teixeira, faz o filme "Na onda do Yê-Yê-Yê" ao lado de Renato Aragão e Dedé Santana. Além de fazer o papel principal, Silvio compôs, com Ed Lincoln, a trilha sonora do filme e o tema central "Mônica" , que logo se tornou um sucesso nacional.

Silvio escreveu, ainda, as trilhas sonoras dos filmes "Essa gatinha é minha", de Jece Valadão e "Mineirinho- vivo ou morto", de Aurélio Teixeira. Neste último surgiu uma das nossas maiores atrizes de cinema: Leila Diniz.

Entre 1968 e 1973 - São Paulo, TV Record. Era a época áurea dos musicais: "O Fino da Bossa", "Esta noite se Improvisa", "Show do dia 7", "Jovem guarda", etc.

A vida torna-se uma verdadeira roda-viva, com as aparições constantes na programação da Record e a participação fixa no seriado "Quartel do Barulho", com Renato Aragão e Dedé Santana e que seria o embrião do mais tarde famoso "Os Trapalhões". As viagens tornam-se frequentes. Numa dessas, Silvio vai a Acapulco representar o Brasil com a canção "Porque?"- cantada por Agnaldo Rayol - no Festival do "Ano Internacional da Comunicação", onde Pelé foi a figura central.

Com tudo isso, Silvio Cesar ainda encontra tempo e inspiração para criar algumas jóias da nossa música: "Cantiga antiga" (com Sylvan Paezzo), "Eu quero que você morra", " A minha prece de amor", "Vamos dar as mãos", "Você não "tá" com nada", " O Moço-Velho", "Maria, Maria, Maria", "O machão", "Verde e Rosa" (em homenagem à Mangueira), "Levante os olhos", "Agarre seu homem" (com Ronaldo Bôscoli)," A mais antiga profissão", e várias outras. Muitas delas foram aproveitadas em novelas de televisão, como: "Simplesmente Maria", " Bandeira 2", "Duas vidas", "Te contei?"," O Jogo da vida", "Tudo ou Nada", para citar algumas.

Bem, esse foi o começo. A continuação, todos já sabem. Mas qual seria o saldo de uma carreira tão intensa e diversificada? Seria a chance histórica de ter atuado, ao lado de Darlene Glória, no musical "Alô Dolly"- de Miéle & Bôscoli, na estréia da Rede Globo? Ter participado da inauguração da TV Continental - Canal 9? Seria a emoção do Festival de Acapulco? Ou, talvez, as experiências em cinema e teatro?

Nada disso. Para Silvio Cesar o saldo de sua carreira são suas canções. E seu maior orgulho, seus intérpretes. Só para citar alguns: Angela Maria, Alcione, Agnaldo Timóteo, Agnaldo Rayol, Altemar Dutra, Ana Rosa, Antonio Marcos, Claudete Soares, Claudia Barroso, Os Cariocas, Caçulinha, Cauby Peixoto, Doris Monteiro, Dudu França, Ed Lincoln, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Emilio Santiago, Elza Soares, Ellen de Lima, Francisco Cuoco, As Frenéticas, Fábio, Francisco Egidio, Gal Costa, Hebe Camargo, Isaura Garcia, João Nogueira, Jane Duboc, José Vasconcelos, João Donato, Hermeto Paschoal, Leda Barbosa, Leny Andrade, Jair Rodrigues, Marcia, Marcos Valle, Martinho da Vila, Marlene, Martinha, Marta Mendonça, Maysa, Miltinho, Nelson Gonçalves, Negritude Jr., Netinho, Noite Ilustrada, Nana Caymi, Orlando Silveira, Os Originais do Samba, Paulo Figueiredo, Peri Ribeiro, Pedrinho Rodrigues, Priscila Camargo, Roberto Carlos, Rosana, Sandra de Sá, Sérgio Mendes, Silvio Brito, Simonal, Taiguara, Tim Maia, Tito Madi, Vanusa, Waleska, Wanderley Cardoso...

E tantos outros que, por um motivo ou por outro, não foram lembrados, mas nunca serão esquecidos.

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2 comentários:

TANIA disse...

GOSTARIA DE SABER SE O CANTOR E COMPOSITRO SILVIO CESAR AINDA ESTÁ VIVO. ELE SUMIU !!!!

TANIA disse...

GOSTARIA DE SABER SE O CANTOR E COMPOSITRO SILVIO CESAR AINDA ESTÁ VIVO. ELE SUMIU !!!!