domingo, 5 de agosto de 2012

Paula Santoro



Paula Santoro de Sousa Lima nasceu em Belo Horizonte (Minas Gerais) e desde cedo já demonstrava gosto pelo canto. Aos 3 anos de idade, costumava fazer pequenas apresentações cantando cantigas de roda nas reuniões de sua família.
Na sua infância, a casa em que morava com seus pais e avós maternos, era repleta de música. Seu avô, médico e violinista amador, organizava saraus onde ele e seus amigos tocavam e faziam audições de vinis de música clássica. Sua avó materna, sua mãe e suas tias também tocavam piano e seu pai tocava gaita de boca.
Seu primeiro instrumento foi um violão, presente de aniversário dos seus padrinhos, aos 10 anos de idade. Aos 12, subiu ao palco pela primeira vez, cantando e tocando suas próprias canções, no Iriri Praia Clube, em Iriri (ES) onde sempre passava férias com sua família. Aos 14, participou do Festival da Canção do Colégio Loyola, onde estudava, ganhando o prêmio de cantora revelação. Dos 10 aos 25 anos, Paula também se dedicou à dança, sua outra grande paixão, além da música.
Apesar de ter cursado dois anos de Medicina e de ter se formado em Comunicação Social, foi na música que Paula encontrou sua vocação.
Aos 20 anos, ao mesmo tempo em que estudava Comunicação na UFMG, também se dedicava aos cursos de canto, violão, piano e musicalização na Fundação de Educação Artística. Além de seus estudos na FEA, teve aulas particulares com alguns dos melhores professores de técnica vocal do Brasil.
Logo depois, começa sua carreira profissional como integrante do grupo vocal Nós & Voz. Além de excursionar por todo Brasil, o grupo participou do musical “Manoel, o Audaz” - com roteiro de Fernando Brant - e gravou o LP HUM, primeiro registro fonográfico de Paula, aos 25 anos. Neste período também cantou ao lado de Cláudio Nucci, Sérgio Santos e Rosa Emília, no espetáculo “Mar de Mineiro” em homenagem ao poeta Cacaso.
Depois da experiência com o Nós & Voz e a música de Cacaso, Paula ingressa no universo do rock progressivo. Convidada por Marcus Viana, a cantora se torna integrante do respeitado grupo Sagrado Coração da Terra com quem realizou a turnê de “Pantanal” e gravou o tema de abertura de “Ana Raio e Zé Trovão”- novelas da extinta TV Manchete. Participou também do terceiro álbum do Sagrado, “Farol da Liberdade”, um dos mais representativos trabalhos do grupo.
Aos 26 anos recebe o Troféu Faísca de Melhor Cantora de Minas Gerais, fato que se repetiu três anos mais tarde.
Estréia como atriz no musical “Mulheres de Hollanda”, dirigido por Pedro Paulo Cava, sobre a obra de Chico Buarque. O espetáculo ficou mais de um ano em cartaz em Belo Horizonte, com lotação esgotada.
Logo depois, participou de vários álbuns, começou sua carreira solo e gravou um CD pop, projeto da gravadora Paradoxx Music. Neste momento, Paula ainda não tinha achado sua identidade musical. Em 1998, Paula foi selecionada para atuar na minissérie “Chiquinha Gonzaga” da Rede Globo e participou do musical “Aldir Blanc, um cara bacana” ao lado de Lucinha Lins, Cláudio Tovar, Cláudio Lins, Adriana Garambone e Zé Luiz Mazziotti, no Rio de Janeiro.
Neste mesmo ano, Paula fez sua estréia no exterior. Cantou em um dos maiores eventos da Copa do Mundo - “Brahma Brasil Festival” - na França, ao lado de nomes como Gilberto Gil, O Rappa, Skank, Paralamas do Sucesso, Fernanda Abreu e Antonio Villeroy, entre outros. Em 2000, participou do Projeto Novo Canto (RJ), que revelava novos talentos de todo o Brasil (tendo como padrinho Chico César) ficando entre os dez artistas selecionados para se apresentar no Canecão, no show de encerramento do projeto. Além disso, dublou a voz da atriz Maria Fernanda Cândido na minissérie global “Aquarela do Brasil”, ficando mais conhecida pelo grande público. Foi também uma das protagonistas do curta-metragem “Castigo” do cineasta mineiro José Américo Ribeiro e cantou na trilha do filme. Em 2002, conquistou o terceiro lugar do V Prêmio Visa – Edição Vocal, entre mais de dois mil candidatos do Brasil inteiro.
No ano seguinte, foi convidada por Nestor Sant’Anna para gravar o álbum SABIÁ, que seria dado como brinde de fim de ano para os clientes da empresa mineira Vallée. Mesmo não sendo um álbum de carreira, e sim um projeto que não foi comercializado, através deste CD Paula parte para sua primeira turnê européia. Em Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra apresentou-se para uma platéia estusiasmada. Sua elogiada performance em Londres, no Momo’s Kemia Bar, resultou em um convite para retornar à cidade em novembro deste mesmo ano para uma apresentação no The Forum ao lado da cantora Alcione. O concerto, intitulado “Forever Samba”, projeto do Brazilian Contemporary Arts, comemorava o centenário do nascimento de Ary Barroso e foi sucesso de público e crítica.
Ainda em Londres, Paula cantou no programa de música mais importante da televisão britânica - “Later with Jools Holland” (BBC-TV2), como também nos programas de rádio “Late Junction” e “BBC Radio London”. Na mídia impressa, recebeu críticas elogiosas na revista “Time Out” e no jornal “Evening Standard”. Gravou seis faixas em um tributo a Tom Jobim que foi lançado pela gravadora londrina Union Square. Participou também da coletânea “Brazilian Love Songs” ao lado de Joyce, Marcos Valle, Everything But the Girl e Celso Fonseca, entre outros.
De volta ao Brasil, Paula ingressou no universo do samba fazendo uma participação especial nos shows do grupo Gafieira de Bolso, liderado pelo saxofonista Eduardo Neves. O grupo se apresentou durante dois anos nas melhores casas de shows da efervescente Lapa, no Rio de Janeiro. A parceria continuou no CD do grupo onde Paula interpretou duas canções. No final de 2004, Paula começou a gravar aquele que considera o seu primeiro álbum solo, onde encontrou sua identidade musical. Não é à toa que o CD foi intitulado PAULA SANTORO e teve como maior influência, a sonoridade do Clube da Esquina e a liberdade do jazz. Lançado em 2005 pela gravadora Biscoito Fino no Brasil, Japão e Argentina, o CD contou com as participações especiais de Chico Buarque, Toninho Horta, Nelson Angelo, Jaques Morelenbaum e Banda Mantiqueira, entre outros grandes músicos da MPB e foi produzido por Rodolfo Stroeter e Rafael Vernet. Em 2006, Paula excursionou com sua banda por todo Brasil lançando o novo álbum. O sucesso de crítica e público acabou gerando um convite de Nélson Motta para participar do projeto “Sintonia Fina”. Foi selecionada para o “Projeto Pixinguinha” ao lado do carioca Wilson das Neves e do amazonense Antonio Pereira, excursionando pelo centro-oeste do Brasil. Cantou ao lado de Flávio Venturini no projeto “Conexão Telemig Celular”, em Belo Horizonte e apresentou-se em alguns dos mais importantes festivais de jazz do Brasil, tais como: “Tudo é Jazz” em Outro Preto e “Tim Valadares Jazz Festival” em Governador Valadares. Foi indicada ao 5° Prêmio Rival Petrobrás de Música na categoria “Melhor Cantora”. No final de 2006, embarcou para sua terceira turnê européia em que se destacaram os concertos no tradicional Jazzkeller (Frankfurt) e no respeitado Gasteig, maior centro cultural de Munique. Em 2007, Paula continuou a divulgação de seu álbum e também se apresentou ao lado de Guinga pelo Brasil e Itália, interpretando canções do novo disco do compositor - "Casa de Villa" - em que faz uma participação especial na faixa "Via-crúcis". Paula e sua banda participaram do programa "Som Brasil" (TV Globo) em homenagem à Ivan Lins (com a participação dele) e, no final de 2007, embarcaram para sua quinta turnê européia: Londres (Guanabara), Paris (Havana Jazz Club), Barcelona (Harlem Jazz Club), Frankfurt (Jazzkeller), Munique (Bayerischer Hof Night Club), Lisboa (Onda Jazz), Luxemburgo (Mierscher Kulturhaus), entre outros importantes clubes de jazz. Paula Santoro e o pianista Rafael Vernet acabam de gravar o programa Mosaicos (TV Cultura) em homenagem à Aracy de Almeida, exibido em maio de 2008.
 
Além dos shows, Paula está se preparando para a gravação de um novo CD. FONTE http://www.paulasantoro.com.br/bio.php

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