domingo, 12 de junho de 2016

Cristiano e Carlos César


A dupla Cristiano e Carlos César foi formada no final da década de 70. Tudo começou numa reunião de amigos, quando os dois começaram a cantar. O Cristiano fazendo a Primeira Voz, e o Carlos Cezar a Segunda Voz, e sem combinação prévia eles inverteram os papéis, dentro da mesma música, sem interrupção! Um "entendimento perfeito". Tal entrosamento animou Carlos Cezar e Cristiano a formar a dupla.

No início da década de 80, antes mesmo de gravar o primeiro disco, a dupla Cristiano e Carlos César já havia conquistado um enorme sucesso, de modo que haviam feito um contrato com o Governo do Estado de São Paulo (até 1982), pelo qual percorreram o Interior Paulista em caravanas diversas, nas quais eram bastante aplaudidos. Em Novo Horizonte-SP, por exemplo, a tourneé se prolongou por quase uma semana!

João Carlos Cézar Dorácio (Pradópolis, 1942 — São Paulo, 2002) foi um compositor, instrumentista, produtor e cantor brasileiro, com brilhantes participações em festivais diversos, tanto na MPB como também na Música Sertaneja. Carlos Cezar conseguia compor com incrível facilidade, chegando inclusive a musicar os versos ao mesmo tempo em que lia a letra da música.

Em parceria com José Fortuna, Carlos Cezar compôs mais de uma centena de belíssimas páginas, gravadas por diversos excelentes intérpretes do quilate de Sérgio Reis, Tião Carreiro e Paraíso, Chitãozinho e Xororó e Duo Ciriema, entre outros. 

A consagração de Carlos Cezar como compositor e parceiro de José Fortuna aconteceu por ocasião do II Festival Record (em 1979, apresentado por Geraldo Meirelles), no qual os dois compositores conquistaram três primeiros lugares, com todos os méritos.


"Riozinho" (José Fortuna - Carlos Cezar) foi defendida pelas Irmãs Galvão, com o próprio Carlos Cezar acompanhando-as com o Violão, e conquistou o Primeiro Lugar, tendo sido considerada como sendo a Melhor Letra, dentre mais de 13.000 concorrentes! 


"Berrante de Ouro" (José Fortuna - Carlos Cezar) foi a Segunda Colocada e também arrebatou o prêmio de Melhor Melodia, tendo sido defendida por "Josemar e Joselito", juntamente com José Fortuna, Carlos Cezar e Pitangueira! 


E "Brasil Viola" (José Fortuna - Carlos Cezar) contou com a belíssima interpretação a cargo do Duo Ciriema, mais um excelente grupo de Catireiros, e conquistou o Terceiro Lugar, além do prêmio de Melhor Interpretação!! 


Ainda naquele ano, a Secretaria do Trabalho do Estado de São Paulo oficializou a composição feita também em parceria com José Fortuna, "Hino do Trabalhador Brasileiro" (Carlos Cezar - José Fortuna). 


Dois anos depois, em 1981, Carlos Cezar e José Fortuna voltaram a conquistar o primeiro lugar no mesmo Festival com a composição "O Vai e Vem do Carreiro" (Carlos Cezar - José Fortuna) (que foi gravada por Sérgio Reis e também por Carlos Cezar e Cristiano). 


Além das já citadas, merecem destaques outras belíssimas composições dessa excelente parceria de Carlos Cezar com José Fortuna, como: "A Porteira" (José Fortuna - Carlos Cezar - O. Bettio), "A Vaquinha" (Carlos Cezar - José Fortuna - Oswaldo Bettio), "Caixinha De Ciúmes" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Carga Pesada" (Carlos Cezar - José Fortuna), "Expresso Boiadeiro" (Carlos Cezar - José Fortuna), "Geração de Boiadeiro" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Lágrimas" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Manhã Sem Aurora" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Moça Caminhoneira" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Moça Do Carro De Boi" (José Fortuna - Carlos Cezar), "Terra Tombada" (Carlos Cezar - José Fortuna), "Vento Violeiro" (José Fortuna - Carlos Cezar), "24 Horas de Amor" (Carlos Cezar - José Fortuna). 


Antonio Caires Dourado, o Cristiano, nasceu no dia 24/11/1955 em Piacatu/SP, com sua voz excepcional e vibrante, além de bastante sensibilidade, também desenvolveu de forma brilhante a arte da Oratória. Após diferentes tentativas frustradas, já quase desistindo da carreira, Cristiano foi falar com Carlos Cezar, que já vinha se tornando famoso por suas já bastante requisitadas composições, inclusive em parceria com José Fortuna, e,  o entrosamento foi tanto que a nova dupla se formou. A dupla também combinava uma completa ausência de vícios, não precisando recorrer ao "excesso de álcool" para a busca da inspiração...


Ambos de origem urbana, utilizavam a voz ao natural, sem forçar sotaques nem dialetos (achavam desnecessário os "nóis vai, nóis vem", tão descabidos na Música Sertaneja do início da década de 1980). Em diversas interpretações podemos também ouvir um belíssimo "vibratto" a cargo do Cristiano, em sua belíssima voz, perfeitamente harmonizada com a voz do Carlos Cezar!


A dupla chegou a ser conhecida na época como "A Nova Maravilha Sertaneja", com o modo de interpretar, a instrumentação, o repertório e o visual bastante originais e inovadores, sem no entanto ferir o Velho Estilo Caipira Raiz. Carlos Cezar e Cristiano atraíam uma média de 15.000 pessoas em suas diversas apresentações ao ar livre, nas diversas cidades por onde passavam.


Em termos de inovação musical, é interessante lembrar que ao final da década de 70 e início da década de 80, já eram conhecidas as versões interpretadas por Pedro Bento e Zé da Estrada, Belmonte e Amaraí e Tibagi e Miltinho, além da "revolução no visual" que havia sido lançada pelas duplas Léo Canhoto e Robertinho e Milionário e José Rico.


Além de composições próprias (principalmente da brilhante parceria com José Fortuna), Carlos Cezar e Cristiano também gravaram diversas versões de músicas originalmente nos idiomas Inglês e Espanhol. E, nesse caso, faziam questão de cantar alguns trechos das músicas em Espanhol, pois consideravam que o grande público não estava sendo enganado: sabia que ouvia de fato uma versão! E, diferentemente de diversos "pop-sertanejos" que vieram depois, Carlos Cezar e Cristiano também deram um outro significado às músicas Country ("Sertanejo Norte-Americano"), das quais também gravaram algumas versões.


CD "Dose Dupla - Carlos Cezar e Cristiano" (Warner Music), que contém a reedição em CD dos dois LP's gravados pela dupla na Chantecler em 1983 e 1985. Por problemas de cronometragem uma das faixas dos LP's não consta no CD ("Ella" (Felipe Valdez Leal - versão: Carlos Cezar) a 12ª Faixa do Primeiro LP). Excelentes interpretações de 21 belíssimas composições, dentre as quais: "Berrante de Ouro" (José Fortuna - Carlos Cezar), "O Vai e Vem do Carreiro" (Carlos Cezar - José Fortuna), "Pássaro Tiuí" (Pitanguá - Carlos Cezar - Paulo Roberto Ayello), "Caminheiro" (Jack), "Retalhos de Amor" (José Fortuna), "Os Cowboys Andarilhos" (Carlos Cezar - Paulo Lobo), "Boiadeiro Errante" (Teddy Vieira), além das versões de "Tu Solo Tu" (José Alfredo Gimenes - vers.: Carlos Cezar) e "O Homem e a Natureza" (Five Hundred Miles) (Hedy West - José Fortuna).


O CD "Carlos Cezar e Cristiano - Vai e Vem do Carreiro" (Warner Music), coletânea de 14 músicas de LP's gravados pela dupla na Chantecler em 1983, 1984, 1985 e 1988. Destaque para "Moça Caminhoneira" (Carlos Cezar - José Fortuna), "Os Três Boiadeiros" (Anacleto Rosas Jr.), "Amargurado" (Tião Carreiro - Dino Franco) e "Expresso Boiadeiro" (Carlos Cezar - José Fortuna), apenas para citar algumas.


CD (lançado originalmente em LP no ano de 1989 pela RGE (hoje Som Livre) - o sétimo e último LP da Dupla), com belíssimas interpretações de 10 músicas em diversos estilos, dentre as quais: "Moça do Carro de Boi" (Carlos Cezar - José Fortuna) ("aboio" na voz de Marlene Fortuna, filha de José Fortuna), "A Volta do Boiadeiro" (Sulino - Teddy Vieira), além das versões de "Eu Vendo Dois Olhos Negros" (Yo Vendo Unos Ojos Negros) (D. P. - arranjos: Carlos Cezar - Tom Gomes), "O Menino da Gaita" (El Chico De La Armonica) (Fernando Arbex - versão: Sérgio Reis), "Vaya Con Dios" (Larry Russel - Inez James - Buddy Peper - versão: Pedro I. Gamboa), além da belíssima "Lua e Flor" (Oswaldo Montenegro) que fazia bastante sucesso na época, tendo sido tema da novela "O Salvador da Pátria" (Sassá Mutema) da Rede Globo, com a excelente participação de Lima Duarte no Papel Principal!


O último show de Carlos Cezar e Cristiano foi no dia 06/04/2002 na cidade de Mogi Guaçu-SP, na "Expo-Guaçu", numa noite inesquecível na qual a dupla dividiu o palco com Daniel.

Carlos Cezar faleceu em Mogi Guaçu-SP no dia 06/05/2002 (exatamente um mês após sua última apresentação), vítima de insuficiência renal. E Cristiano ficou ausente do Mundo Musical, durante 4 anos, após o período de atividade da excelente Dupla com o Carlos Cezar.


Em 2006 o Cristiano acrescentou o sobrenome Cesar, homenageando o antigo companheiro da dupla (apesar de escrever com "S", e não com "Z"), e lançou seu primeiro CD-solo, intitulado Trem Ajeitado, na gravadora Atração Fonográfica. Além de algumas composições próprias (inclusive no estilo "pop-sertanejo"), o CD contém dois antigos sucessos da dupla que são "Moça Caminhoneira" (Carlos Cezar - José Fortuna) e "O Vai E Vem Do Carreiro" (Carlos Cezar - José Fortuna). "Carreiro Vai E Saudade Vem" (Cristiano Cesar) é um verdadeiro poema que, apesar de não mencionar o nome, é uma belíssima homenagem a Carlos Cezar.


De acordo com o Cristiano, "O Carlão foi uma pessoa especial com quem aprendi muito e que marcou minha vida". Para ele, "O Vai E Vem Do Carreiro" (Carlos Cezar - José Fortuna) foi a Música que projetou a dupla e é com certeza a mais conhecida do seu repertório. No refrão de "Carreiro Vai E Saudade Vem" (Cristiano Cesar), Cristiano homenageia o parceiro que já se foi:

"Carreiro vai, saudade vem,
É a solidão dentro do peito,
batendo em mim,
Carreiro vai, saudade vem,
Ida sem volta de uma viagem
que não tem fim..."

Conheça mais detalhes sobre a Carreira-Solo de Cristiano no Portal Mogi Guaçu, num artigo publicado em 18/09/2006 intitulado Música - Cristiano César inicia Carreira-Solo. Contato para shows: e-mail: cristianocesar.som@ig.com.br

CHITÃOZINHO E XORORÓ e CÉZAR E PAULINHO
TERRA TOMBADA (Carlos Cézar/José Fortuna)

Em dezembro de 2007 a Academia Guaçuana de Letras homenageou Carlos Cezar, no evento que se realizou no auditório Professor Geraldo Ferreira Gonçalves, na cidade de Mogi Guaçu-SP, evento esse que contou com a participação de sua Esposa Virgina Keer (também Compositora) e de sua filha Tammy César.

Nessa homenagem, o Acadêmico Capitão Mauro Martins dos Santos fez um pronunciamento sobre a marcante passagem do Poeta Sertanejo pela Academia e o Acadêmico Maestro Barzon conduziu o Coral Familiar na interpretação da sua belíssima Música "Terra Tombada" (Carlos Cezar - José Fortuna).


A Dupla Cristiano e Carlos César

Cristiano e Carlos César gravaram em 1981 seu primeiro disco o LP "Cawboys andarilhos", pelo selo Brasil Rural, no qual registraram as músicas: "O vai e vem do carreiro" e "Berrante de ouro", de Carlos César e José Fortuna, que logo se tornaram clássicos da música sertaneja; "Mundo de dor", de Carlos César; "Cavalinho de pau", de Amaraí e Clóvis Brunelli; "Boiadeiro errante", de Teddy Vieira; "Menina da favela", de Carlos César e Morgado; "Cachoeira", de Jaime Sandoval e José Homero e "Pássaro tiuí", de Ritanguá, Carlos César e Paulo Roberto Aiello, além de versões de sucessos latinos como "Mercedita", de Belmonte para composição de Ramon Sixto Rios e "Tu solo tu", de J. A. Gimenes, versão de Carlos César.


No mesmo ano, a dupla participou, juntamente com outros artistas, do LP "Brasil sertanejo", do selo Brasil Rural, interpretando as músicas "Natal sertanejo", de Carlos Cézar e José Fortuna, e "Noite Feliz (Silent Night)" em versão de José Fortuna e Carlos Cézar.


Em 1982, ainda pelo selo Brasil Rural, foi lançado o LP "O forasteiro", com música título de Carlos César, José Fortuna e Virgínia Kheer, disco no qual também interpretaram "Escola de peão", de Carlos César e José Fortuna; "Coração sem coração", de Carlos César; "Moça caminhoneira", de Carlos César e José Fortuna; "Mundo velho sem porteira", de Carlos César, Osvaldo Bettio e Milton Nellis, e "Velha canoa", de Crisostomo e Belmonte, entre outras.


Ainda em 1982, a dupla participou de duas coletâneas. Na primeira, o LP "O som do sertão em FM", pelo selo Brasil Rural, foram incluídas as músicas "Berrante de ouro", de Carlos César e José Fortuna; "Mercedita", de Ramon Sixto Rios e Belmonte; "O homem e a natureza", de Hedy West e José Fortuna, e "Cachoeira", de Jaime Sandoval e José Homero.


No outro disco, o LP "Meu pedacinho de chão" lançado pela Som Livre, e que contou com as participações, entre outras, das duplas Pena Branca e Xavantinho, Léo Canhoto e Robertinho, César e Paulinho, e Chico Rey e Paraná, foi incluída a gravação "Vai e vem do carreiro".


Em 1983, participaram de outra coletânea, "Paraíso sertanejo", da Veleiro/CBS com a música "Moça Caminhoneira". Esse disco contou entre outras, com as participações das duplas Milionário e José Rico, Juliano e Jardel, Pedro e Paulo, Dino Franco e Mouraí, Praião e Prainha, Irmãs Freitas e Voninho, e Pena Branca e Xavantinho.


Em 1984, pela gravadora Continental, a dupla lançou o LP "O filho do caminhoneiro", música título de Carlos Cézar e Sebastião Ferreira da Silva, no qual cantaram as músicas "Boiadeiro mentiroso", de Cristiano e Carlos Cézar; "Que será será", uma versão de Nadir Corte Real para a música "Whatever will be will be", de Jay Livingston e Ray Evans; "Lembrança", de José Fortuna; "Alma de cigarra", de Carlos Cézar e Paulo Gaúcho; "Começo do fim", de Cristiano e Aida dos Santos; "Amor na relva", de Cristiano e José Raimundo; "Que pobre tão rico", de Carlos Cézar e Waldemar de Freitas Assunção; "Vaqueiro velho (A vida de Taf)", de Téo Azevedo e Thais de Almeida e "Ídolo -Tributo a Elvis Presley", de Carlos Cézar e Djalma Chaves.


Nessa época, a dupla encontrava-se em pleno sucesso, tendo participado de quatro coletâneas de sucesso sertanejos: "A grande parada sertaneja - Volume 3", da Chantecler, da qual participaram entre outras, as duplas Milionário e José Rico, Irmãs Freitas, Irmãs Galvão, e Matogrosso e Mathias. Nesse disco interpretaram a clássica moda-de-viola "Os três boiadeiros", de Anacleto Rosas Júnior.


Já na coletânea "A grande parada sertaneja - Volume 4", também da Chantecler, que contou entre outras com as duplas Tião Carreiro e Pardinho, Duo Ciriema e Duduca e Dalvan, interpretaram a moda "Moça caminhoneira", de Carlos Cézar e José Fortuna; em "O melhor da música sertaneja", da gravadora Fermata, interpretaram a clássica moda-de-viola "Boiadeiro errante", de Teddy Vieira.


Finalmente na coletânea "Especial sertanejo - Volume 2", do selo Seta, que contou com nomes como Milionário e José Rico, Duduca e Dalvan, Léo Canhoto e Robertinho, Almir Rogério, Suzamar, Marcelo Costa, e Chrystian e Ralf, interpretaram a toada "Expresso boiadeiro", de Carlos Cézar e José Fortuna.


Em 1985, a dupla lançou pela Continental o LP "Pedra 90", música título de Carlos César. O disco contou ainda com outras composições da dupla como "Caixinha de Ciúmes", de José Fortuna e Carlos César; "Existe alguém pra mim" e "Cara e coragem", de Carlos Cézar e Virgínia Kheer; "Tanta água tanta sede", de Carlos Cézar e Cristiano; "Os cowboys andarilhos", de Carlos Cézar e Paulo Lobo; "Grito aberto (Yo soy Purahei)", de Maurício Cardozo Ocampo, com versão de Carlos Cézar, e "Vidinha", de Cristiano, além de "O caminhoneiro", de Jack, e "Retalhos de amor", de José Fortuna.


No ano seguinte, tomaram parte da coletânea "Especial sertanejo - Volume 5" da Chantecler, juntamente com artistas como Dalvan, Matogrosso e Mathias, Cleyton e Cristiane, Ataide e Alexandre, Irmãs Barbosa, Lourenço e Lourival, Tião Carreiro e Pardinho, Milionário e José Rico, Roberta Miranda, Chrystian e Ralf, Irmãs Galvão, César e Paulinho, e Marcelo Costa. Nesse disco cantaram a toada "Pedra 90", de Carlos César.


Em 1988, pela Continental, foi lançado outro LP, dessa vez com o nome da dupla no qual gravaram novas composições deles mesmos como "Pro que der e vier", de Carlos César e Sebastião Ferreira da Silva; "Luzes e espelhos", de Carlos César e Wally; "Momento do adeus", de Carlos César e Virgínia Kheer; "Noite do esquecimento (En la ventana)", de R. S. Campo e T. Cocomarola, com versão de Carlos César e Virgínia Kheer; "Misto quente", de Virgínia Kheer e Cristiano, e "É fácil dizer adeus", de Cristiano, além de composições de autores que naquele momento começavam a se destacar no universo sertanejo como "Blefe", de Joel Marques; "Prisão", de César Augusto; "Agarrados", de Joel Marques e Carlos Franco; "A primeira vez", de Fátima Leão, e também a música "Diga pra mim", da consagrada compositora Martinha, que se destacara durante a jovem guarda, parceria dela com Iranfe.

 

Em 1989, lançaram, pela RGE, aquele que seria o último disco da dupla. Desse disco fizeram parte as músicas "Moça do carro de boi", de Carlos César e José Fortuna, com participação especial de Marlene Fortuna, viúva de José Fortuna; "O Rei da estrada", de Carlos César e Virgínia Kheer, e "Manhã sem aurora", de Carlos César e José Fortuna, além de outras como "Lua e flor", de Oswaldo Montenegro, "O menino da gaita" "El chico de la armonica", de Fernando Arbex em versão de Sergio Reis; "A volta do boiadeiro", de Teddy Vieira; "Vai meu carro velho vai", de Juraci e Marcito, e "O chalé de madeira", de Leonardo.


No mesmo ano, a dupla apareceu em duas coletâneas "Parada country sertaneja", da Chantecler, com a música "Doces memórias", e no LP "Som Brasil", da Som Livre, relativo ao programa homônimo apresentado pela TV Globo, no qual cantaram a música "Lua e flor", de Oswaldo Montenegro.


Em pouco mais de dez anos de carreira, a dupla gravou sete discos de carreira e participou de sete coletâneas tendo lançado discos pelas gravadoras Continental, Chantecler, Brasil Rural, RGE, e Som Livre, além de fazer apresentações em programas de Rádio e Televisão como "Viola minha viola", "Som Brasil" e outros, além de shows em feiras agropecuárias, festas de rodeio e outros eventos, deixando seu nome marcado na história da música sertaneja. Ficou conhecida com "A Nova Maravilha Sertaneja" devido ao modo de interpretar, a instrumentação e o repertório, com visual bastante original e inovador.

Carlos Cezar & Cristiano - O Vai e Vem Do Carreiro

DISCOGRAFIA
1981 - O Vai e Vem do Carreiro
1982 - Os Cowboys Andarilhos
1983 - Expresso Boiadeiro
1984 - O Filho do Caminhoneiro
1985 - Pedra
1988 - Carlos Cézar e Cristiano
1989 - Carlos Cézar e Cristiano
2001 - Dose Dupla
2009 - O Melhor de Carlos Cézar e Cristiano


CURIOSIDADES

Ringo Black & Kid Holiday, foi uma dupla misteriosa formada por Tony Damito e Carlos César (da dupla Carlos César & Cristiano).



FONTE


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